© Netflix 2024

Eis as 10 melhores minisséries atualmente disponíveis no streaming

Se não sabes o que ver nos próximos dias, eu dou-te uma ajuda. Assim, neste artigo, sugiro 10 minisséries atualmente disponíveis no streaming e que considero como sendo das melhores e também para diferentes gostos.

O facto de serem minisséries têm a vantagem de poderes vê-las, em muitos dos casos, numa noite ou num fim de semana. Das mais “clássicas” como “O Gerente da Noite” (2016, David Farr) ao mais recente fenómeno “Adolescência” (2025, Stephen Graham e Jack Thorne), tens muitas opções para veres nas mais diferentes plataformas de streaming disponíveis em Portugal.

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O Gerente da Noite, minissérie de um fôlego só

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“The Night Manager” | © 2016 AMC Network Entertainment LLC.

“O Gerente da Noite” é uma minissérie de 6 episódios para os amantes da ação e do suspense. Foi já exibida em Portugal através da RTP2 e do canal AMC e está, neste momento, disponível na Amazon Prime Video. Se nunca viste esta série, esta é uma boa opção para começares.

Adaptada do romance homónimo de John Le Carré, a minissérie conta com Tom Hiddleston, Olivia Colman e Hugh Laurie nos principais papéis.

“O Gerente da Noite” é uma série inglesa realizada por Susanne Bier (do filme “Num Mundo Melhor”, 2010). Conta a história de Jonathan Pine (Tom Hiddleston), um ex-soldado e agora gerente da noite num hotel de luxo no Cairo, que é recrutado por Angela Burr (Olivia Colman) para entrar no círculo íntimo do negociante de armas Richard Roper.

Nesta série assistimos a um papel pouco habitual de Hugh Laurie: o de vilão. O ator é conhecido por muitos pela série “House” (2004-12, David Shore) mas também, antes disso, por “Blackadder” (1982-99, Richard Curtis).

Apesar de ter sido pensada como minissérie, já foi confirmado de que haverá 2.ª e 3.ª temporada. No entanto, face à distância temporal de quase 10 anos neste momento e ainda sem data de estreia prevista, não seria estranho que surgissem outros protagonistas ou histórias.

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Anjos na América, com selo da HBO

Anjos na América, minissérie HBO
© HBO / Max

“Anjos na América” é uma minissérie já com alguns anos mas que continua atual – diria até que é cada vez mais atual. A obra realizada em 2003 por Mike Nichols tem um elenco recheado de estrelas: Meryl Streep, Al Pacino, Emma Thompson, Mary-Louise Parker ou Patrick Wilson são alguns dos nomes do elenco.

A minissérie tem 6 episódios e aborda temáticas como cancro, SIDA, homossexualidade, política ou fé e baseia-se na peça homónima de Tony Kushner. Alguns dos atores da série interpretam mais do que uma personagem. A obra é ambientada em Nova Iorque nos anos 80 e está disponível na Max.

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1986, em Portugal

1986
© RTP

E porque não uma série portuguesa? Embora com um pouco mais de episódios do que é normal numa minissérie (13 episódios), “1986” (2018, Nuno Markl) não teve qualquer continuação e, por isso mesmo, pode ser considerada uma minissérie. Está disponível para veres gratuitamente na RTP Play.

“1986” é claramente um reflexo do seu criador. A personagem principal, Tiago (interpretado por Miguel Moura e Silva) é, obviamente, um jovem Markl.

Esta série é uma deliciosa comédia de época e que parte de um momento histórico em específico: as Eleições Presidenciais de 1986 onde Mário Soares e Freitas do Amaral foram a uma segunda volta, sendo até hoje a única vez que tal aconteceu em Portugal.

Tiago tem um pai que é um acérrimo comunista e que se vê obrigado a votar num candidato em que não quer. No entanto, tudo isto é indiferente para Tiago… até ao momento em que se apaixona por Marta (Laura Dutra), cujo pai é um acérrimo apoiante de Freitas do Amaral. Tiago vê-se a par de uma grande confusão…

A Noite em que Logan Despertou, primeira série de Xavier Dolan

A Noite em que Logan Acordou
© Canal+ / Productions Nanoby / Québecor Contenu

Nos últimos anos vários foram os realizadores de cinema que quiseram experimentar a realização de séries. Desde a experiência desastrosa para o próprio realizador como Woody Allen e a sua “Crise em Seis Cenas” (2016) a Jane Campion com a sua brilhante “Margens do Paraíso” (2013-17, co-criada com Gerard Lee), mais recentemente foi Xavier Dolan quem criou a sua própria série.

“A Noite em que Logan Despertou” – infelizmente com o título mal traduzido entre nós porque alteram o nome da personagem Laurier para Logan, adotando o título em inglês – é uma minissérie de 5 episódios que podes ver na FilmIn.

Esta minissérie agradará certamente aos fãs do realizador Xavier Dolan. Embora o tratamento seja algo diferente dos seus filmes, o cariz autoral do autor está, efetivamente, presente na série. Adicionalmente, como em vários dos seus filmes, Xavier Dolan também participa como ator na série sendo um dos irmãos da família Larouche.

Em “A Noite em que Logan Despertou”, Anne Dorval (atriz fétiche do realizador) faz (novamente) de mãe. É a partir da morte da sua personagem que se conta esta história. A relação difícil entre 4 irmãos é o centro da série quando eles se reúnem para o funeral da sua mãe e despertam sentimentos de há 30 anos, nomeadamente acerca do ex-amigo de infância Laurier Gaudreault que lhes marcou de forma dramática.

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Daisy Jones & The Six, uma banda cheia de turbulência

Daisy Jones and The Six
© Amazon Studios

“Daisy Jones & The Six” é mais uma minissérie um pouco maior em número de episódios. Com um total de 10 episódios, podes acompanhar esta série na Amazon Prime Video, sendo uma criação original da plataforma de streaming.

Esta obra baseia-se no livro homónimo de Taylor Jenkins Reid e é uma série de época que decorre nos anos 70, em pleno auge das bandas de rock.

Apesar de representar uma banda ficcional, esta é uma série bem trabalhada do ponto de vista de aproximação com a realidade, sendo até plausível que a banda que dá o nome à série pudesse ter existido.

Em “Daisy Jones & The Six” assistimos à turbulenta relação dos 7 membros desta banda, especialmente dos vocalistas Daisy Jones (interpretada por Riley Keough) e Billy Dunne (Sam Claflin). A história é contada em flashback, com os protagonistas a contarem no presente o seu passado enquanto pertenceram a esta banda que rapidamente passou do anonimato para o estrelato.

Se isto ainda não é motivo suficiente para te convencer, fica ainda a saber que Reese Witherspoon é uma das produtoras executivas da série.

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Griselda, um papel inacreditável de Sofía Vergara

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Sofia Vergara (Griselda) © 2023 Netflix, Inc.

Agora, sugiro-te uma minissérie que eu considero que ficou um pouco escondida na plataforma de streaming Netflix, o que é pena. Para fãs da série “Narcos” (2015-17, Chris Brancato, Carlo Bernard e Doug Miro), esta obra é imprescindível.

“Griselda” é uma minissérie biográfica de 6 episódios sobre Griselda Blanco. Tal como o papel pouco habitual que falei de Hugh Laurie em “O Gerente da Noite”, também Sofía Vergara se apresenta num papel pouco habitual de uma chefe de narcotráfico da qual se diz que até Pablo Escobar teria medo dela.

Nesta série acompanhamos a ascensão difícil e a queda abrupta de Griselda Blanco que conseguiu ter um negócio lucrativo de venda de estupefacientes depois do seu marido a deixar mas que não olhou a meios para atingir os fins.

White Lines, minissérie com Nuno Lopes

White Lines, minissérie com Nuno Lopes
© Mark Mainz / Netflix

Continuando na temática dos estupefacientes e igualmente disponível na Netflix, sugiro-te agora “White Lines” (2017). A série foi criada por Álex Pina que também foi responsável pelo grande sucesso “La Casa de Papel” (2017-21). Apesar de não ter sido necessariamente pensada como minissérie, “White Lines” foi cancelada pela Netflix três meses após a sua estreia. Assim, poderemos considerar estes 10 episódios como uma minissérie…

“White Lines” é uma série que parte da misteriosa morte de Axel Collins (interpretado por Tom Rhys Harries). 20 anos depois de Axel desaparecer, o seu corpo aparece num deserto em Espanha.

Face a isto, a sua irmã Zoe (Laura Haddock) vai até Ibiza, onde Axel trabalhou como DJ, para tentar descobrir a verdade sobre a morte do seu irmão que acredita que tenha sido assassinado.

Esta série de Álex Pina foi encomenda por Netflix face ao êxito global de “La Casa de Papel”. Infelizmente, não obteve o mesmo êxito mas é uma obra bastante cativante que não podes perder! Ainda para mais, com dois atores portugueses no elenco: Nuno Lopes e Rafael Morais.

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Women Make Film, minissérie documental

As Mulheres Fazem Cinema
“Women Make Film – As Mulheres Fazem Cinema” © Dogwoof Digital e Hopscotch Films

Como prometido, as minhas sugestões vão para todos os gostos. Assim, para quem preferir o género documental, “Women Make Film – As Mulheres Fazem Cinema” (2018, Mark Cousins) é uma minissérie fundamental.

A série, em certa medida, continua o trabalho de Mark Cousins em “A História do Cinema: Uma Odisseia” (2011). Ambas as séries são fundamentais para quem quer saber um pouco mais sobre a História do Cinema. A minissérie de 2011 apresenta a História do Cinema universal através de grandes referências, sejam eles de autores homens ou mulheres. Já “Women Make Film – As Mulheres Fazem Cinema” foca-se em exclusivo nas mulheres realizadoras.

Infelizmente, “A História do Cinema: Uma Odisseia” não está disponível em nenhuma plataforma de streaming. Em contrapartida, podes ver a sua sucessora na FilmIn.

“Women Make Film – As Mulheres Fazem Cinema” é uma minissérie documental de 14 episódios em que Mark Cousins nos dá a conhecer centenas de obras de mulheres realizadoras dos 4 cantos do mundo. Desde as mais conhecidas como Alice Guy-Blaché ou Jane Campion até nomes desconhecidos como Ana Mariscal ou Assia Djebar. Ao contrário da obra de 2011 que segue uma linha cronológica clara, nesta série sobre mulheres realizadoras, Mark Cousins optou por dividir o conteúdo em 14 capítulos temáticos.

 

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Hard Cell, uma comédia negra com Catherine Tate

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NETFLIX © 2022

“Hard Cell” (2022, Catherine Tate) é mais uma série da Netflix que, tal como “White Lines”, não foi necessariamente pensada como minissérie. Apesar disso, foi igualmente cancelada ao fim de 6 episódios lançados, o que também a classifica como minissérie.

É uma série a não perder para os fãs da comédia britânica e do absurdo da mesma. Nesta brilhante série – que é pena que não tenha continuação – Catherine Tate, também criadora da série, interpreta um total de 6 personagens! São elas: Laura, Ros, Ange, Big Viv, Marco e Anne Marie.

“Hard Cell” é um mockumentary que nos lembra outras séries como, por exemplo “The Office – A Empresa” (2001-03, Ricky Gervais e Stephen Merchant). Foca a sua narrativa numa prisão só de mulheres quando a sua diretora Laura Willis pretende levar a cabo a encenação de uma peça de teatro musical com as suas reclusas: “West Side Story – Amor sem Barreiras”.

Adolescência, possivelmente a minissérie do ano 2025

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Owen Cooper (Adolescence) | © Netflix

Por fim, termino com a minissérie que já marcou o ano de 2025 e que ainda é tida como uma das melhores séries do ano, “Adolescência”. Tanto que, face ao êxito da mesma, vai ter uma 2.ª temporada ainda que seja com uma história diferente, uma vez que, neste caso, a ideia foi mesmo que “Adolescência” fosse uma minissérie.

“Adolescência” foi uma das séries mais vistas da Netflix logo após a sua estreia. Para lá do formato pouco habitual em que cada episódio foi filmado num único take, em plano-sequência, esta minissérie levantou várias questões importantes e atuais sobre a nossa sociedade: desde o cyberbulling, redes sociais, misoginia ou violência.

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Outras minisséries igualmente relevantes

Minissérie "Homem vs. Abelha"
© Netflix

Embora tenha feito uma lista com 10 minisséries a não perder, há outras igualmente relevantes. Assim, gostaria de dar algumas menções honrosas a outras minisséries importantes.

Começando na comédia: para fãs de Rowan Atkinson (o eterno Mr. Bean), a Netflix tem a deliciosa “Homem vs. Abelha” (2022, Rowan Atkinson e William Davies), uma minissérie que se vê praticamente num fôlego porque tem apenas 9 episódios com pouco mais de 10 minutos cada. Igualmente relevante na Netflix é “Crashing” (2016, Phoebe Waller-Bridge). Com apenas 6 episódios, é ideal para fãs de “Fleabag” (2016-19), sendo o primeiro grande êxito de Phoebe Waller-Bridge.

Ainda na Netflix, para fãs de obras históricas, é de muito boa qualidade a série francesa “As Lutadoras” (2022, Cécile Lorne). Esta série da TF1 mostra a luta de mulheres no início da I Guerra Mundial.

Do lado escandinavo, há duas minisséries imperdíveis na Netflix: “La Palma” (2024, Kasper Barfoed) que olha para um desastre natural de forma assustadora e “A Noite do Solstício de Verão” (2024, Per-Olav Sørensen) sobre uma família que esconde os seus sentimentos. Uma série com laivos de Ingmar Bergman, começando logo pela atriz principal Pernilla August que teve um dos seus primeiros papéis em “Fanny e Alexandre” (1982, Ingmar Bergman).

Por fim, infelizmente fora das plataformas de streaming, há três grandes minisséries anteriormente exibidas pela RTP2: “Nós” (2020, Geoffrey Sax), um drama sobre uma família que parte numa viagem pela Europa; “Alice aos Papéis” (2021, Roger Goldby, Simon Nye e Keeley Hawes) onde Keeley Hawes tem um papel inacreditável de uma viúva que não consegue aguentar-se com a morte do seu marido; finalmente, “MãePaiFilho” (2019, Tom Rob Smith) é um drama com Richard Gere onde uma família fraturada se vê a par de um grave acidente.

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