Os Melhores Episódios de 2018
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Depois de analisar as melhores personagens e as melhores séries estreadas, fazemos mais uma retrospetiva ao último ano para eleger os melhores episódios de 2018.
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30. Killing Eve, “Nice Face”
Realizado por: Harry Bradbeer; Escrito por: Phoebe Waller-Bridge
Não há amor como o primeiro, dizem. Durante a sua temporada de estreia, “Killing Eve” colecionou momentos extraordinários e com peso narrativo: uma discoteca que virou palco de homicídio abafado, uma visita a casa inesperada com uma faca como guarnição e aquele final no qual a serenidade, lado a lado na cama, dura pouco.
Porém, é impossível não destacar o 1º episódio, porventura o piloto mais eficaz do ano no que diz respeito a séries estreadas em 2018. A introdução das duas personagens principais, Eve Polastri (Sandra Oh) e Villanelle (Jodie Comer), a apresentação da premissa e sua oposição, e aquela fugaz troca de impressões numa casa de banho. O berço da obsessão recíproca entre Eve e Villanelle. O berço da obsessão dos fãs pela série.
29. Cobra Kai, “Mercy”
Realizado por: Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg; Escrito por: Josh Heald, Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg
O maior mérito de “Cobra Kai“, o retomar 34 anos depois da rivalidade entre Johnny Lawrence e Daniel LaRusso, ganha vida no último episódio da temporada. Ao tatami e à competição chega o acumular de todo o treino e preparação, com os rejeitados a serem promovidos a favoritos e os 2 rostos da nova geração a cerrarem os punhos, olhos nos olhos e com Daniel e Johnny como seus mentores.
Numa série que brilhou pelo saudosismo e pelo equilíbrio na escrita, o principal segredo de Mercy é o conflito interno de Johnny Lawrence (William Zabka) que se torna, por consequência, o do espectador.
28. Atlanta, “Woods”
Realizado por: Hiro Murai; Escrito por: Stefani Robinson
É difícil deixar de parte alguns episódios da segunda temporada de “Atlanta” que facilmente integrariam uma lista de melhores do ano. Barbershop e North of the Border, por exemplo. Mas seria um crime absoluto ignorar Woods.
Só mesmo a série de Donald Glover seria capaz de oferecer um episódio assim depois de dedicar o anterior a Van e às suas amigas numa festa em busca de Drake. Com o Paper Boi de Bryan Tyree Henry (o MVP desta temporada) em primeiro plano, Woods é uma constante caixinha de surpresas. Além de fechar os 27 minutos de excelente televisão com uma selfie que capta na perfeição o que Glover, Robinson e Murai queriam dizer sobre a sociedade, a fama e o artista como objeto, apresenta-se como uma sofrida, intensa e vulnerável forma de luto.
27. Better Call Saul, “Coushatta”
Realizado por: Jim McKay; Escrito por: Gordon Smith
Fica a nota: a cada ano que passa, Gordon Smith está tornar-se um senhor argumentista!
Tendo já escrito Chicanery e Five-O, dois dos melhores episódios de “Better Call Saul” até à data, o colaborador de Vince Gilligan e Peter Gould esmerou-se uma vez mais com Coushatta, um marco no pico tardio (muitíssimo superiores os episódios 8, 9 e 10 em relação aos restantes) da quarta temporada. Um dos melhores “golpes” de Kim e Saul, em defesa de Huell, aquele beijo, e a inesquecível introdução de Lalo Salamanca chegariam perfeitamente, mas o oitavo capítulo de BCS contém ainda um momento emblemático. Kim, com o seu inesperado Let’s do it again. Rhea Seehorn está num patamar à parte.
26. Forever, “Andre and Sarah”
Realizado por: Alan Yang; Escrito por: Alan Yang, Colleen McGuinness
Várias séries atingiram em 2018 o seu ponto de rebuçado com aquilo que outrora se poderiam designar por “episódios para encher chouriços”. Felizmente, hoje são tudo menos isso. “Forever”, tal como “Castle Rock“, “GLOW”, “BoJack Horseman” e “Westworld”, brilhou ao desviar-se substancialmente do tronco principal da narrativa, colocando no ar um daqueles episódios que vale por si, com o seu próprio mundo, quase uma curta-metragem.
Com bastante de “Master of None” (não surpreende uma vez que Alan Yang trabalha na série da Netflix com Aziz Ansari), Andre and Sarah é um profundo compêndio da relação de dois agentes imobiliários interpretados por Hong Chau e Jason Mitchell. Só vendo.
25. The Haunting of Hill House, “Two Storms”
Realizado por: Mike Flanagan; Escrito por: Jeff Howard
Mike Flanagan mostrou, ao longo de 10 episódios disponíveis na Netflix, como se faz bom terror. “The Haunting of Hill House” fez as maiores revelações nos igualmente fantásticos Screaming Meemies e The Bent-Neck Lady, mas foi com duas tempestades que Flanagan fez magia.
Two Storms exigiu tudo o que podia dos atores e de toda a equipa de produção, assemelhando-se a teatro com sequências de ação longas e coreografadas/coordenadas com astúcia.
24. Maniac, “Exactly Like You”
Realizado por: Cary Joji Fukunaga; Escrito por: Caroline Williams, Mauricio Katz
A culpa é de Emma Stone. Durante a jornada melancólica de “Maniac“, com tanto de profundo e depressivo como de surreal e bizarro, Exactly Like You é um sonho ou fantasia partilhada sob influência do comprimido B, uma festa elitista dos anos 40 em que se procura a obra máxima de Cervantes. Parecia ser apenas mais um episódio, complexo mas sem peso, até Annie Landsberg (Stone) ser levada para aquele interrogatório, com uma multiplicidade de câmaras e ecrãs a captar cada nuance de uma interpretação do outro mundo.
23. Homecoming, “Protocol”
Realizado por: Sam Esmail; Escrito por: Eli Horowitz
A inteligente opção de Sam Esmail alternar entre resoluções de 1:1 e 16:9 em “Homecoming” contribui para que Protocol tenha um dos candidatos a shot do ano. Marca o ponto sem retorno da série, com auxílio de um pelicano. Estranho, com certeza, mas muito bom.
22. Sharp Objects, “Milk”
Realizado por: Jean-Marc Vallée; Escrito por: Marti Noxon, Gillian Flynn
O nível que “Sharp Objects” atinge nos últimos 2 episódios compensa todo o tempo investido na mini-série, carregada em todos os momentos por Amy Adams, com o apoio de Patricia Clarkson e Eliza Scanlen. Camille, Adora e Amma.
Milk – Jean-Marc Vallée teima em oferecer-nos dos melhores episódios do ano, e sempre com o carimbo HBO – colocou todos os fãs da série num frenético reboliço nas redes sociais, Youtube e nos Reddits desta vida. Fácil perceber porquê depois de assistir ao último minuto e à cena pós-créditos.
21. Narcos: Mexico, “The Colombian Connection”
Realizado por: Amat Escalante; Escrito por: Andrew Black
E se Miguel Ángel Félix Gallardo viajasse do México até à Colômbia e conhecesse num só episódio o cartel de Cali (3ª temporada de “Narcos“) e Pablo Escobar (protagonista das duas primeiras temporadas)? Pois, aconteceu mesmo. E que saudades tínhamos de ver Wagner Moura, mesmo que o tenhamos ouvido mais de 50% a falar “só” de hipopótamos.
20. The Handmaid’s Tale, “First Blood”
Realizado por: Mike Barker; Escrito por: Eric Tuchman
Há um ano atrás este lugar pertencia a A Woman’s Place, episódio de “The Handmaid’s Tale”.
Um ano mais tarde, a série que colocou o Hulu no mapa está representada em mais do que um episódio neste Top. The Last Ceremony e Smart Power merecem uma palavra de apreço, mas é impossível apagar o impacto dos instantes finais de First Blood. Ao sexto episódio, a temporada explode em definitivo, nas mãos da segunda Ofglen, para uma reta final muito superior à primeira metade.
19. The Marvelous Mrs. Maisel, “Midnight at the Concord”
Realizado por: Amy Sherman-Palladino; Escrito por: Amy Sherman-Palladino
Com o seu humor requintado, clássico e intemporal, sempre à velocidade de um filme de Woody Allen ou Martin Scorsese, “The Marvelous Mrs. Maisel” manteve o patamar qualitativo na segunda temporada. O final cantado em All Alone e a transmissão televisiva de Vote for Kennedy, Vote for Kennedy foram igualmente destaques em 2018, mas ao identificar “O Episódio” da série protagonizada por Rachel Brosnahan é impossível não escolher Midnight at the Concord.
Em palco, de vestido preto, colar de pérolas, tez branca como sempre e microfone na mão, Midge vê o segredo cair ao descobrir o pai, numa descontraída camisa havaiana, entre o público. A opção da personagem perante a situação faz deste muito provavelmente o melhor episódio de “Mrs. Maisel” até à data.
18. My Brilliant Friend, “The Money”
Realizado por: Saverio Costanzo; Escrito por: Saverio Costanzo, Francesco Piccolo, Laura Paolucci
Ao longo de oito episódios do poema italiano da HBO, “My Brilliant Friend” acompanha o crescimento das amigas Lenù e Lila. The Money é o momento em que o espectador percebe que está perante uma série de topo, e a última vez que vemos as sensacionais Eliza del Genio e Ludovica Nasti antes das suas personagens “saltarem” para a adolescência.
17. Atlanta, “FUBU”
Realizado por: Donald Glover; Escrito por: Stephen Glover
Muitas vezes o segredo é fazer simples. Numa colaboração dos irmãos Donald e Stephen Glover, FUBU surge entre estes 30 episódios por fornecer backstory nas doses certas para Earn e Paper Boi, privilegiando um fatídico dia no passado de ambos no liceu. Só mesmo “Atlanta” para arrasar o espectador com um episódio em que dois rapazes chegam à escola com duas t-shirts iguais, percebendo-se rapidamente que só uma é oficial e de marca. Mas qual?
16. GLOW, “The Good Twin”
Realizado por: Meera Menon; Escrito por: Nick Jones, Rachel Shukert
O episódio dentro do episódio foi um formato que, de certa forma, a série “Sara” de Bruno Nogueira e Marco Martins também adotou. Verdadeira feira de diversidades, The Good Twin é a prova que “GLOW” foi uma das séries mais refrescantes a surgir nos últimos anos.
15. Daredevil, “Blindsided”
Realizado por: Álex García López; Escrito por: Lewaa Nasserdeen
Desde a famosa cena no corredor na 1ª temporada, “Daredevil” ganhou fama e tradição de apresentar todas as temporadas um plano-sequência ambicioso e coreografado como mais nenhuma série ou filme de super-heróis conseguem na atualidade. Essencialmente, é por isso mesmo que Blindsided consta a meio desta compilação – a fuga de Matt Murdock (Charlie Cox) da prisão dura 11 minutos sem cortes. Épico.
14. Bodyguard, Episódio 2
Realizado por: Thomas Vincent; Escrito por: Jed Mercurio
A série mais vista de sempre no Reino Unido, produto BBC One adquirido entretanto pela Netflix, começou e terminou com doses elevadíssimas de tensão, deixando o espectador enervado, agarrado e preso. O piloto foi bom e o último episódio juntou apontamentos interessantes a uma resolução incapaz de corresponder ao potencial inicialmente apresentado.
Contudo, foi ao 2º capítulo que “Bodyguard”, mini-série de Jed Mercurio, se tornou um caso sério. Com sequências de fazer inveja a qualquer 007, tornou-se um dos melhores episódios do ano essencialmente ao sobreviver a um ataque de sniper e a toda a dinâmica amorosa entre David Budd (Richard Madden) e Julia Montague (Keeley Hawes).
13. BoJack Horseman, “The Showstopper”
Realizado por: Aaron Long; Escrito por: Elijah Aron
A única série de animação presente nestes 30 episódios é igualmente aquela que coloca um par de episódios mais acima. The Showstopper foi efetivamente o clímax da 5ª temporada de “BoJack Horseman”, embora não a amostra mais perfeita do que a série de Raphael Bob-Waksberg pode dar ao público, guardada para um dos lugares cimeiros.
Ao esbater as fronteiras entre a realidade de BoJack e o seu trabalho em Philbert, com o protagonista fora de controlo, The Showstopper asfixia o espectador (e não só) entre números musicais e pescoços marcados.
12. Maniac, “Utangatta”
Realizado por: Cary Joji Fukunaga; Escrito por: Patrick Somerville
Como tudo em “Maniac”, Utangatta é uma perfeita imperfeição. O penúltimo episódio da jornada de Annie (Emma Stone) e Owen (Jonah Hill) revela-se o contexto mais improvável de todos para o atingir de uma derradeira catarse.
Tendo como origem uma bizarra convenção das Nações Unidas a fazer lembrar “Dr. Estranho Amor”, inclui a sequência de ação mais poderosa da série e uma despedida devastadora entre as irmãs Annie e Ellie (Julia Garner).
11. Castle Rock “The Queen”
Realizado por: Greg Yaitanes; Escrito por: Sam Shaw
Há episódios que valem uma série inteira. The Queen é um desses casos.
A série que conjugou temas, personagens e histórias do universo escrito de Stephen King incluiu em 2018 o melhor retrato de demência colocado no pequeno ecrã, numa viagem com analepses e prolepses ao xadrez mental de Ruth (Sissy Spacek).
10. Sara, Episódio 7
Realizado por: Marco Martins; Escrito por: Bruno Nogueira, Marco Martins, Ricardo Adolfo
São vários os excelentes episódios de “Sara”. Podiam perfeitamente surgir entre os melhores do ano os episódios 8 (remate, além de um último plano pensado e atuado com bom gosto, inteligência e sensibilidade, capaz de fechar a série respondendo a todos os principais temas a que se propôs), 4 (rica meta-comunicação com um episódio de novela dentro da série) e 2 (tão bom final que se a partir daí a série avançasse com Sara Carinhas no lugar de Beatriz Batarda, comprávamos a ideia na mesma).
Porém, ao sétimo capítulo, Bruno Nogueira, Marco Martins e Ricardo Adolfo tocaram o céu. Com um pai e uma filha sentados na cama com as cabeças envoltas em toalhas, um pedido natalício segredado por quem até então não falara, um quarto de hotel como mergulho mais profundo no lado pessoal de Sara Moreno (Batarda), produzindo um dos melhores momentos da história da televisão portuguesa com um bebé que teimou em escapar dos braços da atriz ao som do silêncio, leia-se Simon & Garfunkel.
9. American Crime Story, “Creator/Destroyer”
Realizado por: Matt Bomer; Escrito por: Tom Rob Smith, Maggie Cohn
Acompanhar a segunda temporada de “American Crime Story” fez sentido graças ao extraordinário desempenho de Darren Criss como Andrew Cunanan. Incapaz de chegar aos calcanhares narrativos de The People v. O. J. Simpson durante vários episódios, a espera compensou à penúltima badalada.
Pequena obra-prima, o único de trabalho de realização de Matt Bomer até à data foi um poderoso recuar à casa de partida de Cunanan, com Jon Jon Briones marcante como ator convidado.
8. Westworld, “Kiksuya”
Realizado por: Uta Briesewitz; Escrito por: Carly Wray, Dan Dietz
The Riddle of the Sphinx (04), Vanishing Point (09) e The Passenger (10) tiveram cada qual elementos fortes, mas é simplesmente impossível pensar na segunda temporada de “Westworld” sem vir logo à cabeça a história de Akecheta (Zahn McClarnon) e da nação fantasma.
7. The Handmaid’s Tale, “Women’s Work”
Realizado por: Kari Skogland; Escrito por: Nina Fiore, John Herrera
Provavelmente não será consensual considerar Women’s Work o melhor episódio da 2ª temporada de “The Handmaid’s Tale”. Mas em boa verdade, trata-se de um daqueles capítulos em que tudo aquilo que a série tem de bom, está potenciado ao extremo.
O primeiro episódio da série que não inclui cenas pré-Gilead põe fim à colaboração de June e Serena, encontra numa canção matinal de Janine um dos momentos mais bonitos da série, e num castigo doloroso de assistir eleva Yvonne Strahovski a MVP da temporada. Um dia será explicado como os principais prémios do setor ignoraram as duas melhores secundárias do ano, ela e Rhea Seehorn (“Better Call Saul”).
6. Daredevil, “A New Napkin”
Realizado por: Sam Miller; Escrito por: Erik Oleson
No último episódio de uma série que disse adeus sem saber que tinha que nos acenar, I beat you tornou-se definitivamente uma linha de diálogo candidata a mais arrepiante do universo Marvel. Com Wilson Fisk encharcado em sangue e um cenário branco imaculado, tingido e salpicado de vermelho, resta isto: obrigado Charlie Cox, obrigado Vincent D’Onofrio.
5. My Brilliant Friend, “The Island”
Realizado por: Saverio Costanzo; Escrito por: Saverio Costanzo, Francesco Piccolo, Laura Paolucci
The Island ou L’isola contém aquele que foi provavelmente o momento mais desconfortável da televisão em 2018. A ilha de Ísquia serve de palco para Margherita Mazzucco agarrar a sua personagem como nunca, longe de Lila e próxima de Nino.
4. Barry, “Chapter Seven: Loud, Fast, and Keep Going”
Realizado por: Alec Berg; Escrito por: Elizabeth Sarnoff
“Barry” foi surpreendendo, pé ante pé, episódio após episódio. E não será exagero considerar Chapter Seven: Loud, Fast, and Keep Going o episódio de 2018 que fez libertar o maior acumular de emoções. Os prémios que Bill Hader tem vencido (e bem) deve-os sobretudo a este quarto lugar. Shakespeare teria ficado orgulhoso.
3. Better Call Saul, “Winner”
Realizado por: Peter Gould; Escrito por: Peter Gould, Thomas Schnauz
Pelo segundo ano consecutivo, o 3º lugar nos episódios da MHD fica entregue a “Better Call Saul”. E uma vez mais graças a uma sequência em tribunal.
Há um ano atrás havia Chicanery, desta vez há Winner. O último episódio da temporada arranca num flashback com os irmãos McGill e um karaoke ao som de ABBA que diz mais sobre a sua relação do que algumas séries conseguem ao longo de anos, e encerra o subplot de Mike e Werner com um dos melhores planos do ano.
Mas é em tribunal, o palco de um advogado, que Jimmy McGill vira finalmente Saul Goodman. Uma vitória que custa a alma, uma vitória que engana tudo e todos, incluindo Kim e o espectador. Assim se faz boa televisão.
2. BoJack Horseman, “Free Churro”
Realizado por: Amy Winfrey; Escrito por: Raphael Bob-Waksberg
Por vezes, as palavras esgotam-se. Não foi o caso em Free Churro, um dos episódios do ano ao limitar-se exclusivamente a um elogio fúnebre, um longo monólogo de BoJack sobre a sua falecida mãe. Genial texto de Raphael Bob-Waksberg e brutal trabalho de Will Arnett num daqueles episódios que merece ser revisto.
1. Atlanta, “Teddy Perkins”
Realizado por: Hiro Murai; Escrito por: Donald Glover
Curioso o melhor episódio de “Atlanta” não ter Earn nem Paper Boi mas sim Darius (Lakeith Stanfield). Curioso o melhor episódio de 2018 ser uma história de terror numa série de comédia.
Primo afastado de “Foge“, Teddy Perkins é rico em camadas, temas e significados, merece ser visto, revisto, apreciado, analisado e desconstruído. É um incentivo à liberdade dos autores, provando Donald Glover como um dos mais geniais artistas da atualidade e Hiro Murai como um dos realizadores com maior potencial. Teddy Perkins é assustador mas faz rir, é sobre um pai abusivo, um filho ciumento ou um irmão prodígio. É sobre Teddy ou então é sobre Benny. É Donald Glover sem admitir que o é, e é o nascimento de uma máscara de Halloween. É um ensaio sobre Michael Jackson e sobre as infâncias roubadas de Jackson e Marvin Gaye, e é a obra-prima de 2018.
Concordas com as nossas escolhas para os melhores episódios de 2018?
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