Judy (2019) |©Outsider Films

Renée Zellweger | 10 Interpretações Essenciais

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“Judy” estreou na passada quinta-feira, 10 de outubro, nas salas de cinema nacionais. Esta biopic recupera os últimos tempos da vida do ícone Judy Garland. Tudo indica que este papel, para o qual Renée Zellweger sofreu mais uma enorme transformação, lhe possa garantir uma nova nomeação ao Óscar e, quiçá, a vitória!

Enquanto aguardamos para saber se Zellweger será novamente nomeada ao Óscar com o seu papel em “Judy“, aproveitamos para fazer uma retrospetiva a esta enorme estrela de Hollywood, que parece estar agora a regressar à glória de outrem. Assim, selecionamos 10 papéis entre a longa carreira de Renée Zellweger, os quais assinalamos como os seus mais icónicos.

Renée Kathleen Zellweger é uma atriz e produtora norte-americana. Vencedora de inúmeros prémios, incluindo um Óscar e três Globos de Ouro, Zellweger foi nomeada ao Óscar por três anos consecutivos, e foi uma das atrizes mais bem-pagas do mundo em 2007.

O seu primeiro papel central foi em “Massacre no Texas: O Regresso” (1994), um spin off do clássico slasher. Renée Zellweger ganhou reconhecimento na viragem do milénio, e depois de um período mais “morno” na sua carreira, regressa em grande com “Judy”, em 2019.

Vamos então rumar a esta viagem pela carreira da atriz norte-americana, a qual se faz aqui cronologicamente, de 2019 até ao início. Esta viagem será então marcada por uma ausência de papéis entre 2008 e 2015, o dito período de queda de uma carreira que se quer revitalizada.

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JUDY (2019) 

Judy Óscares 2020
Renée Zellweger em “Judy” (2019) |© Pathe UK

“Judy” é o regresso à forma de Rennée Zellweger. Embora a atriz nunca tenha abandonado o grande ecrã, tendo protagonizado o terceiro capítulo da sua saga da Bridget Jones, teve um período baixo recente na sua carreira. Entre plásticas demasiado notórias e poucos papéis, pensámos por momentos que a carreira de Renée estivesse a perder o folgo. Felizmente, a recepção nos festivais de cinema, nomeadamente no TIFF, o afamado evento em Toronto, parece dizer o contrário.

“Judy”, estreado apenas esta semana em Portugal, guia-nos por uma biográfica viagem, situada no inverno de 1968. Judy Garland é neste ponto já uma icónica performer, mas a sua carreira está em baixas. A solução encontrada é deslocar-se até Londres para uma série de concertos esgotados. Renée Zellweger recebeu elogios infindáveis por esta interpretação, e fala-se mesmo de uma disputa pela estatueta dourada em fevereiro.




WHAT/IF (2019)

Renée Zellweger
Renée Zellweger em “What If” (2019) |©Netflix

“What/If” não é propriamente um conteúdo vencedor, no que diz respeito à crítica e à recepção do público. Digamos que entre a panóplia quase infindável de séries televisivas de qualidade nesta segunda idade de ouro da televisão, esta série da Netflix não deixou grande marca.

Contudo, “What/If” merece lugar nesta lista dedicada a Renée Zellweger, por ser o primeiro conteúdo televisivo que a atriz encabeçou. Para além disso, é importante também por ser um dos produtos que a atriz protagonizou em 2019, a par de “Judy”. A partir de 2016, com o terceiro capítulo de “Bridget Jones”, a atriz começou um forte “comeback“, que atinge o seu auge neste presente ano. A sua incursão pela “televisão” é relevante para marcar uma forte presença em diversos media.

“What/If” é uma série antológica, que lida com questões que se prendem com a moralidade dos nossos atos. O conceito baseia-se vagamente no filme “Uma Proposta Indecente” (1993), protagonizado por  Robert Redford, Demi Moore e Woody Harrelson.




O DIÁRIO DE BRIDGET JONES (2001 – 2016) 

Renée Zellweger
Renée Zellweger em “O Diário de Bridget Jones” (2001) |©Miramax

Renée nasceu para a comédia, e nenhum filme o tornou alguma vez mais óbvio do que “O Diário de Bridget Jones”. Por “O Diário de Bridget Jones” considero aqui os diversos capítulos desta “saga”. Estes divergem em termos de qualidade, e é indiscutível que o primeiro capítulo é o que mais icónico se tornou. Contudo, este é em geral um projecto ao qual vale a pena voltar, devido ao humor britânico , áspero e de situação que aqui abunda. Bridget é uma britânica de gema, e ninguém diria que a atriz que lhe dá vida nasceu no Texas.

Um marco na comédia romântica, Bridget Jones valeu a Renée Zellweger a sua primeira nomeação ao Óscar, e um grau de reconhecimento que não conhecera até então. Depois de ser nomeada em 2002 por esta adaptação bem livre de “Orgulho e Preconceito”, voltou a ser indicada em 2003 e 2004, assinalando assim aquele que parecia ser o auge da sua carreira.

Esta saga figura em terceiro lugar na lista, pois o terceiro capítulo foi lançado recentemente, em 2016. Renée não engordou, pela primeira vez,  para o papel, mas manteve o mesmo charme de sempre.




CINDERELLA MAN (2005) 

Renée Zellweger
Russell Crowe e Renée Zellweger em “Cinderella Man” (2005) |©Universal Pictures

Saltamos de 2016 para 2005, não porque Renée não tenha feito nada entre estes anos, mas porque a maioria dos seus papéis significativos se encontram, de facto, no início dos anos 2000. Entre 2016 e 2005, entrou e protagonizou até diversas comédias românticas, mas nenhuma delas teve o impacto dos projectos anteriores. Entre 2010 e 2016, esteve mesmo completamente ausente do grande ecrã. A atriz tirou um hiatus voluntário de seis anos, dizendo que estava farta de se ver no grande ecrã, que tinha pouco tempo para respirar entre projectos e que precisava de tempo só seu para crescer.

Antes deste “até já” a Hollywood, Zellweger entregou-nos ainda algumas prestações louváveis na segunda metade da primeira década do século XXI. Entre estas, contamos “Cinderella Man”, um drama biográfico situado no decurso da Grande Depressão. É esta a história de um herói que vem do homem comum, James Braddock, o “Cinderella Man”, uma das lendas mais inesperadas dos pesos-pesados. É esta uma história sobre determinação, sobre amor, honra e perseverança. Aqui, Renée Zellweger ocupa um lugar secundário. Ela é Mae, a mulher de Jim, aqui interpretado por Russell Crowe. Renée apresenta aqui um papel contido, no qual não deixa de brilhar.




COLD MOUNTAIN (2003) 

Renée Zellwege
Renée Zellweger em “Cold Mountain” (2003) | ©Miramax

Recuamos até 2003, e chegamos ao pico do sucesso de Renée Zellweger. Acabadinha de ser nomeada aos Óscares no ano anterior por Chicago, e há dois anos por “O Diário de Bridget Jones” (2001), Renée foi em 2004 nomeada pela primeira vez na categoria de Melhor Atriz num Papel Secundário, e foi precisamente por esta indicação que obteve o seu primeiro Óscar de sempre, o seu único até agora.

“Cold War” é um romance dramático que se desenrola nos tempos da Guerra Civil Norte-Americana. Um soldado ferido (Jude Law) submete-se a perigosos múltiplos para voltar a casa, para Cold Mountain, na Carolina do Norte, onde se vai reunir com a sua amada (Nicole Kidman). À parte do par romântico mal fadado Inman e Ada, Renée interpreta Ruby Thewes, uma personagem exagerada, caricatural e com uma língua afiada. Ruby ajuda Ada, que pouco sabe sobre trabalhar as terras. É uma mulher dura, independente, emancipada até, uma personagem que não pertence ao seu tempo, e que não deixamos de apreciar pelo seu forte carácter. Mais uma entrada camaleónica para a atriz, embora possamos contestar o exagero de que se reveste a personagem.




ABAIXO O AMOR (2003) 

Renée Zellweger - Down With Love
Renée Zellweger e Sarah Paulson em “Abaixo o Amor” (2003) |©Twentieth Century Fox

2003 foi um ano ocupado para Renée Zellweger. “Abaixo o Amor” é exatamente o tipo de comédia romântica que não falta no seu currículo.

“Down With Love”, no original, é uma comédia romântica de época, situada na Nova Iorque de 1962, explorando a relação amorosa entre uma feminista e um jornalista playboy. Descrito como uma homenagem às comédias do início dos anos 60, protagonizadas por Rock Hudson e Doris Day. Um filme simples, que vence essencialmente pelo seu elenco.




CHICAGO (2002) 

Richard Gere e Renée Zellweger em “Chicago “(2002) |©Miramax

Um ano para trás, e chegamos a um dos papéis mais célebres da atriz norte-americana. Roxie Hart, a assassina com ar de menina inocente, foi um papel exigente para Renée Zellweger, e o primeiro onde descobrimos os seus dotes para a cantoria, que lhe foram novamente bem úteis em “Judy”.

Embora tenha sido um pouco ofuscada por Catherine Zeta-Jones, recipiente do Óscar na categoria de Melhor Atriz num Papel Secundário, pela sua interpretação como Velma Kelly, Zellweger é uma protagonista marcante, especialmente quando consideramos alguns dos números musicais nos quais participa. “Chicago” foi o grande vencedor da edição de 2003 dos Óscares, onde conquistou 6 estatuetas. Renée não venceu uma delas, mas este não deixa de ser um dos papéis mais afamados de uma carreira dispare.

O filme é talvez a mais célebre criação de Rob Marshall, muito associado ao género do musical, responsável por obras como “Memória de uma Geixa” (2005), “Nove” (2009) ou “O Regresso de Mary Poppins” (2018). Renée foi uma adição justa a este seu universo, que adapta a famosa peça do West End e Broadway.




BETTY (2000)

Renée Zellwege
Renée Zellweger em “Betty” |Universal Studios – © 2000 Gramercy Pictures

Estreado em maio de 2000 no Festival de Cinema de Cannes, “Betty” é uma comédia criminal bem no espírito do tipo de conteúdo que associamos a esta atriz. A comédia realizada por Neil LaBute, que no original se intitula “Nurse Betty”, tem um humor próprio, rápido e recompensador. Especialmente por ser protagonizada por uma jovem Renée. 

A narrativa introduz-nos uma empregada de mesa de Kansas City (Betty, interpretada por Renée). Betty sonha ser enfermeira. Depois de ver o seu marido ser assassinado, Betty fica em choque e entra numa espécie de psicose, no decurso da qual se convence de que é a noiva do seu ídolo de telenovelas. Ela acredita também que a novela é real, e vai a LA, à procura do hospital no qual ele trabalha como cardiologista. Entretanto, os assassinos do marido procuram a droga roubada por este, a qual está na mala do carro de Betty. Morgan Freeman interpreta aqui Charlie, um assassino contratado que planeia reformar-se depois deste último trabalho. Também ele cria ilusões sobre a mulher que está a perseguir.

Uma comédia alucinante e que vale bem a pena, que conta com um elenco repleto de outras estrelas como Chris Rock, Greg Kinnear, Allison Janey ou Aaron Eckerthart.




JERRY MAGUIRE (1996)

Renée Zellweger
Renée Zellweger em  “Jerry Maguire” |© 1996 TriStar Pictures, Inc.

Chegamos aos papéis mais marcantes encarnados por esta atriz nos anos 90. E o principal foi, sem dúvida, “Jerry Maguire”, um dos filmes mais célebres de Cameron Crowe. Esta comédia dramática assinalou também um dos papéis mais célebres da carreira de Tom Cruise, e foi certamente o primeiro papel com reconhecimento crítico para Renée Zellwegger.

No filme, Tom Cruise dá vida a Jerry Maguire, um agente desportivo de sucesso, respeitado, com uma vida estável, noivo. Tudo está ótimo, até ao dia em que questiona o seu propósito na vida. Esta crise de identidade custa-lhe os seus maiores clientes. Agora, restam-lhe apenas dois aliados, um cliente muito volátil, interpretado por Cuba Gooding Jr. e a única pessoa que verdadeiramente acredita nas suas habilidades, Dorothy Boyd, a sua noiva. Juntos, têm uma tarefa impossível, reconstruir tudo o que ele perdeu. Pelo caminho, enfrenta verdades difíceis de confrontar, ignoradas no seu passado.

Um filme sobre a importância da viagem, e que marcou profundamente a carreira de Zellweger, como um ponto de transição.




MASSACRE NO TEXAS: O REGRESSO (1994) 

Renée Zellweger
Renée Zellweger em “Massacre no Texas: O Regresso” (1994) |©New Line Cinema

Nesta lista, era impossível ignorar este papel, onde Renée ocupa o lugar pouco comum de “Scream Queen”. “Texas Chainsaw Massacre: The Next Generation”, no original, é particularmente importante na filmografia da atriz, pois representa o seu primeiro grande papel de protagonista, aqui lado a lado com  Matthew McConaughey.

O reboot foi realizado por Kim Henkel, um dos argumentistas da narrativa original dos anos 70. Os nomes dos personagens mudam, mas a narrativa é essencialmente a mesma. Um grupo de adolescentes tem um acidente de carro no Texas, na noite do Baile de Finalistas, e chegam a uma casa no campo onde são saudados pelo famoso Leatherface e pela sua família de psicopatas canibais.

Pouco reconhecido pela crítica, este filme integra-se ainda assim numa longa tradição de filmes baseados neste universo de terror.

Assim damos a lista por concluída. Por aí, que outros títulos protagonizados por Renée Zellweger incluiriam nesta lista? 

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