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30 filmes que marcaram a última década do cinema português

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No dia em que se celebra o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, nada como rever 30 filmes que marcaram o nosso cinema.

Instaurado em 1880, por D. Dinis I, como o ‘Dia de Festa Nacional e de Grande Gala’, o dia 10 de junho celebrava a morte do nosso maior poeta, Luís Vaz de Camões. Muito mais tarde, já na época do Estado Novo, António de Oliveira Salazar decretou este dia como o ‘Dia de Camões, de Portugal e da Raça’. Após o 25 de abril, a data ganhou o nome pelo qual é conhecido até aos dias de hoje, ‘Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas’. Serve este dia para comemorar a nossa língua e os feitos do nosso povo, tal como havia feito Camões em Os Lusíadas.

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Em sequência das comemorações desta data, a MHD preparou um portefólio com 30 filmes portugueses que marcaram os últimos dez anos do cinema nacional. Trata-se de um conjunto de longas-metragens que exaltam acontecimentos importantes da história de Portugal, bem como biografias de personagens que contribuíram para a consolidação da cultura portuguesa, homenagens a obras literárias que fazem parte do nosso imaginário coletivo, ou simplesmente filmes que levaram o nosso país além-fronteiras.

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AS LINHAS DE WELLINGTON (2012)

Linhas de Wellington
© Alfama Filmes

Considerado um dos filmes mais ambiciosos da história do cinema português, “As Linhas de Torres” contou com um elenco maioritariamente nacional, mas também com algumas participações internacionais, como John Malkovich. A longa-metragem épica acompanha um dos momentos mais importantes da história de Portugal: as Invasões Francesas. Este acontecimento trouxe graves consequências para o país e foi importante para o surgimento de grandes alterações na política portuguesa. O filme centra-se na terceira e última invasão, liderada pelo General Massena, que levou os portugueses, liderados pelo Duque de Wellington, a prepararem uma emboscada às tropas opositoras, aproveitando os campos de Torres Vedras. Posteriormente, o filme deu lugar a uma minissérie homónima produzida pela RTP.


FLORBELA (2012)

Florbela
© Alambique Filmes

A poesia é talvez a forma mais profunda para compreendermos a linguagem de um povo. Florbela Espanca foi a poetiza que mais sofrimento e erotização colocou nos seus versos, criando poemas que enaltecem a feminilidade e o amor. A solidão, a tristeza e a saudade, uma palavra que muito nos caracteriza, estiveram tão presentes na obra de Florbela como na sua própria vida, o que culminou no suicídio da escritora. E é exatamente este período da sua existência, em que a autora buscava alguma inspiração para os seus poemas, que é retratado no filme “Florbela”, no qual Dalila Carmo dá vida à poetiza de Vila Viçosa. A longa-metragem, que posteriormente deu origem a uma minissérie, teve tanto sucesso que chegou mesmo a ganhar o Prémio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Bogotá, na Colômbia.


TABU (2012)

Tabu
© 2012 – Adopt Films

Apesar de não ser um episódio feliz, é inegável que a colonização portuguesa de territórios africanos tem um grande peso na história do nosso país. Até aos dias de hoje, muitas longas-metragens continuam a mostrar a relação que o povo português tem com os países que compartilham a mesma língua. “Tabu” é um excelente exemplo de uma obra cinematográfica que levou além fronteiras esta coexistência entre territórios. No filme, ficamos a conhecer as trágicas aventuras que Aurora, uma idosa portuguesa, experienciou nos dias em que viveu em África. O sucesso da longa-metragem fez com que esta vencesse importantes prémios em festivais internacionais, tais como o de Berlim, Ghent e de Las Palmas.


QUARTA DIVISÃO (2013)

Quarta Divisão (2013)
© MGN Filmes

Um dos estilos em que o cinema português mais se destaca é em dramas policiais. Muitas das obras que surgem no grande e pequeno ecrãs giram em torno dessa temática, não fosse “Inspetor Max” uma das séries de maior referência no nosso país, tendo conquistado fãs de todas as faixas etárias. Como tal, “Quarta Divisão” é mais uma longa-metragem policial, cuja história se centra no desaparecimento de uma criança, acompanhando a operação desenvolvida pela polícia para a encontrar.


A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU (2013)

A Ultima Vez Que Vi Macau (2012)
© Blackmaria

Pelos motivos apresentados anteriormente, também Macau é um dos países muitas vezes mencionados nos filmes portugueses. “A Última Vez que Vi Macau” acompanha a história de um homem que recebe um pedido de ajuda de uma velha amiga que vive na ex-colónia portuguesa. Ao regressar ao país onde vivera durante tantos anos, este homem fará também uma viagem pelo passado e pelas suas memórias mais íntimas. O sucesso deste filme concedeu-lhe importantes distinções em festivais internacionais, nomeadamente em Locarno, Copenhaga e Genebra.


BAIRRO (2013)

Maria João Bastos
© HBO Portugal

Francisco Moita Flores, para além de ser um conceituado escritor português, foi também inspetor da Policia Judiciária, o que lhe conferiu inspiração para escrever o argumento de “Bairro”. Este filme, protagonizado por Maria João Bastos, contou com um elenco bem conhecido dos portugueses. O drama gira em torno do tráfico existente num bairro lisboeta e acompanha a atividade clandestina conduzida pela líder do bando criminoso. O sucesso desta obra cinematográfica resultou numa minissérie da TVI, que se tornou numa das mais vistas no ano em que estreou.


OS MAIAS: CENAS DA VIDA ROMÂNTICA (2014)

LEFFEST
© RTP

É raro o aluno que não conhece a história de Carlos da Maia e Maria Eduarda. “Os Maias“, a obra de Eça de Queirós, tem feito parte dos programas de leitura da disciplina de Português desde tempos imemoráveis. Como tal, em 2014, João Botelho dedicou-se a adaptar a obra do escritor português para o grande ecrã, resultando em “Os Maias: Cenas da Vida Romântica”. A fidelidade ao livro original fez com que este fosse o filme mais visto de 2014, tendo sido distinguido com importantes prémios cinematográficos.


OS GATOS NÃO TÊM VERTIGENS (2014)

os gatos não têm vertigens
© MGN Filmes

“Os Gatos Não Têm Vertigens” reuniu todos os ingredientes necessários para um filme de sucesso. Com um elenco de luxo, a longa-metragem reuniu Maria do Céu Guerra, Nicolau Breyner, Fernanda Serrano, Ricardo Carriço e tantos outros nomes sonantes ao público português. A narrativa acompanha a difícil vida de Jo, um jovem influenciado pelas más companhias, e que encontra um suporte em Rosa, uma septuagenária que perdeu recentemente o companheiro. Com realização de António-Pedro Vasconcelos, o projeto foi distinguido com nove Prémios Sophia, os galardões da Academia Portuguesa de Cinema, que distinguem o melhor da produção nacional.


O GARNDE KILAPY (2014)

Kilapy
© David & Golias

Mais um filme centrado no colonialismo português, “O Grande Kilapy” decorre no final da década de sessenta, nos últimos anos em que o povo português esteve presente em Angola. A longa-metragem acompanha o testemunho relativo à libertação deste país, através de Joãozinho, um anti-herói apolítico. Consequentemente, “Kilapy” provém da língua Kimbundu e significa ‘golpe’.


YVONE KANE (2015)

realizadoras
©Filmes do Tejo

Em “Yvone Kane” contamos com a representação de mais um País de Língua Oficial Portuguesa, desta vez, Moçambique. No drama, Rita, interpretada por Beatriz Batarda, decide regressar a África, ao reencontro de sua mãe que vive em Moçambique. Durante a sua estadia, Rita decide investigar a misteriosa morte de Yvone Kane, uma ex-guerrilheira e ativista, cuja coragem e determinação marcou várias gerações. O sucesso do filme conferiu-lhe uma nomeação para o Grande Prémio do Festival de Cinema das Noites Negras de Tallinn.


CAPITÃO FALCÃO (2015)

Capitão Falcão (2011)
© NOS Audiovisuais

Um outro período que, indiscutivelmente, marcou a história de Portugal nos últimos anos, foi a era do Estado Novo, o regime ditatorial que governou o país entre 1933 e 1974. Nesse tempo, António de Oliveira Salazar (posteriormente substituído por Marcello Caetano) geriu o país com pulso firme e autoritarismo. Paralelamente, durante os anos 60, os portugueses viram-se intimidados pela onda comunista que assolou os países da União Soviética, gerando algum pânico ao nosso povo. Assim, “Capitão Falcão” é uma cómica sátira a este período, acompanhando um patriota super-herói português ao serviço do Professor Salazar, que é contratado para lutar contra a ‘ameaça vermelha’.


AMOR IMPOSSÍVEL (2015)

Amor Impossível
© MGN Filmes

Um outro drama policial português que fez muito foi “Amor Impossível“. Trata-se de um filme de António-Pedro Vasconcelos que acompanha a história de Tiago, um homem que afirma que Cristina, a sua namorada, teria sido raptada. Porém, Madalena e Marco, os dois inspetores da Polícia Judiciária não acreditam na versão do namorado triste. Com um elenco de luxo, a longa-metragem reúne Victória Guerra, Ricardo Pereira, José Mata e Soraia Chaves.


JOGO DE DAMAS (2016)

Jogo de Damas
© Leopardo Filmes

“Jogo de Damas” fala sobre o amor mais puro de todos, a amizade verdadeira. Trata-se de um filme que reúne cinco velhas amigas que se juntam após a morte do sexto elemento, confraternizando num alojamento de turismo rural que a amiga não chegou a inaugurar. A noite em que as colegas se reúnem resulta numa viagem pela vida e pelas memórias de uma amizade que sobrevive à passagem do tempo. Com um elenco de luxo, a longa-metragem recebeu mais de duas dezenas de prémios internacionais.


CINZENTO E NEGRO (2016)

HBO PORTUGAL
© Fado Filmes

Nomeado para o Grande Prémio das Américas, “Cinzento e Negro” acompanha a história de David, um homem que trai a companheira e que foge para os Açores, onde se apaixona por Marina, uma faialense. Este é um amor que irá mudar o curso dos acontecimentos, num paralelismo entre o continente português e o Arquipélago dos Açores. Para trás fica Maria, a mulher abandonada que pede ajuda à Polícia Judiciária para encontrar o esposo.


A MÃE É QUE SABE (2016)

A Mãe é que Sabe
© Cinemundo

“A Mãe é Que Sabe” é a primeira longa-metragem de Nuno Rocha e acabou por ser nomeado para vários prémios cinematográficos portugueses. Ao estilo de Amália, que descreve “e se à porta humildemente bate alguém/senta-se à mesa com a gente”, o filme reúne um elenco de luxo à volta da mesa da matriarca Ana Luísa, interpretada pela falecida Maria João Abreu, Manuel Cavaco, Dalila Carmo, Manuela Maria, Carlos Santos, Noémia Costa e Margarida Carpinteiro são alguns dos nomes que constam no elenco de “A Mãe é Que Sabe”. Trata-se de uma celebração da vida que nos faz recordar do impacto que o amor materno tem nas nossas vidas.


SÃO JORGE (2017)

são jorge
© Filmes do Tejo

Escolhido pela Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas para representar Portugal no Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2017, e para o Prémio Goya de Melhor Filme Ibero-Americano do mesmo ano, “São Jorge” foi uma longa-metragem altamente premiada. A ação desenrola-se num Portugal assolado pela chegada da Troika, o que não permite que os portugueses tenham uma vida digna. Submerso em dívidas, Jorge aceita um trabalho como cobrador de dívidas difíceis, o que lhe impõe alguma dúvidas quanto à moralidade do seu novo emprego. Um homem acossado pela pobreza vê-se obrigado a usar a sua força contra outros homens que se encontram na mesma situação.


UMA VIDA À ESPERA (2017)

Uma Vida à Espera (2017)
© Caos Calmo Filmes

‘Saudade’ é talvez o sentimento que melhor descreve o povo português. Em “Uma vida à Tua Espera”, um pai escreve uma carta ao filho e decide aguardar por uma resposta num banco de jardim. Com o passar dos dias, que se transformam em semanas, meses e anos, o homem continua no mesmo sítio a aguardar uma resposta. O único propósito na vida deste sujeito é receber notícias de um filho desaparecido. Cresce assim a saudade de um pai que desespera pelo retorno do seu descendente.


ÍNDICE MÉDIO DE FELICIDADE (2017)

Índice Médio de Felicidade (2017)
© Big Picture Films

Em 2022, Portugal foi considerado o 56º país mais feliz do mundo. Em 2013, David Machado escreveu “Índice Médio de Felicidade“, uma obra que acompanhava Daniel, um homem acossado pela crise económica, que se vê abandonado pela mulher que regressa à aldeia natal. No meio do caos que assombra a sua vida, Daniel vê um amigo entrar numa depressão enquanto outro é preso por tentar resolver a falta de dinheiro. Ainda assim, Daniel não desiste e embarca numa aventura que o faz descobrir o que é a felicidade. Posteriormente, a obra foi adaptada ao cinema, por Joaquim Leitão.


SOLDADO MILHÕES (2018)

Soldado Milhões (2018)
© NOS Audiovisuais

Durante o período da I Guerra Mundial (1914-1918), milhares de homens portugueses foram enviados para a linha da frente, para combaterem do lado dos Aliados. Aníbal Augusto Milhais foi um dos destacados para a zona da Flandres, onde enfrentou sozinho um batalhão inimigo, apenas com a ajuda da sua metralhadora, popularmente conhecida como ‘Luisinha’. Aníbal acabou por salvar a vida de centenas de militares portugueses e ingleses, tornando-se no soldado português mais condecorado da Grande Guerra. Mais tarde, Ferreira do Amaral, comandante do exército saudou o militar, dizendo-lhe que este se chamava ‘Milhais’, mas que valia por ‘Milhões’, o que conferiu a Aníbal a alcunha de ‘Soldado Milhões’. É exatamente nesta história verídica que se baseia o filme de Gonçalo Galvão Teles e Jorge Paixão da Costa.


RUTH (2018)

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© HBO Portugal

Eusébio da Silva Ferreira, uma das maiores referências do futebol, é hoje um nome mítico para qualquer geração. Mesmo aqueles que nasceram em anos mais recentes não são indiferentes àquele que ficou conhecido como o ‘Pantera Negra’. O que poucos recordam é que o maior jogador do século XX se viu envolvido num complicado processo de transferência, uma vez que o moçambicano era disputado pelo Benfica e pelo Sporting em simultâneo. Sob o nome falso de ‘Ruth’, os dirigentes encarnados conseguiram trazer Eusébio para o clube das águias, evitando a compra pelos leões. É exatamente este período da história do ‘Rei’ do futebol que pode ser visto em “Ruth”.


PEDRO E INÊS (2018)

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© NOS Audiovisuais

A lenda de D. Pedro e Inês de Castro é considerada a uma das maiores histórias de amor de Portugal. De um lado temos Pedro, o futuro rei da nação que vive um amor proibido pelo próprio pai, do outro, temos Inês, a nobre que se tornou rainha depois de morta. Aquela que poderia ter sido a mais bela paixão do reinado de D. Afonso IV terminou em tragédia, não tivesse este mandado executar a mulher pela qual o seu filho estava loucamente apaixonado. Ainda hoje, as águas de Coimbra choram a morte de Inês e a sua lenda jamais morrerá no coração dos eternos apaixonados. Foi exatamente esse sentimento de cumplicidade que António Ferreira quis transpor para o grande ecrã ao produzir “Pedro e Inês”. O filme não passa de um paralelismo que conjuga três épocas: o passado, onde ocorreu a história verdadeira, o presente e um futuro imaginário, nos quais os dois namorados mais queridos de Portugal se reencontram.


GABRIEL (2019)

Gabriel
© NOS Audiovisuais

“Gabriel” conta a história de um jovem cabo-verdiano que vem para Portugal após a morte da mãe. O seu principal objetivo é encontrar Valdo, o pai que não vê desde a infância. Neste processo de mudança, Gabriel é acolhido pela tia que vive num bairro lisboeta. Num abrir e fechar de olhos, o jovem envolve-se num gangue local liderado por Jorge, dono do clube de boxe e responsável pela organização de combates ilegais. Quando vê a família em perigo, Gabriel aceita participar num num combate ilegal, escolhendo Dani, um ex-lutador que será o seu treinador.


VARIAÇÕES (2019)

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© João Pina / David & Golias

Na sua curta vida, António Variações produziu uma discografia muito reduzida. Ainda assim, os seus temas correm ainda as bocas dos portugueses de qualquer geração. “Canção do Engate” e “O Corpo é que Paga” são dois dos temas intemporais compostos pelo homem que revolucionou o rock português. Apesar do seu precoce desaparecimento, a sua memória continua viva através de “Variações“, o filme de João Maia.


A HERDADE (2019)

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© NOS Audiovisuais

Nos anos 40, Portugal era maioritariamente um país agrícola. Nessa época, era muito comum a existência de latifúndios, grandes propriedades agrícolas pertencentes a uma família. Em “A Herdade“, acompanhamos a história de João Fernandes, proprietário de um dos maiores latifúndios da Europa. Através dos vícios e do estilo de vida da personagem interpretada por Albano Jerónimo, ficamos a conhecer o contexto sociopolítico do nosso país durante o Estado Novo até aos dias que precederam o 25 de abril.


SURDINA (2020)

Surdina
© Bando à Parte / Screenings Funchal

Vencedor dos prémios de Melhor Filme, Melhor Fotografia e de Melhor Banda Sonora Original do Festival Internacional de Cinema de Girona, “Surdina” é uma longa-metragem realizada por Rodrigo Areias. Com um argumento de Valter Hugo Mãe, o filme acompanha a história de um idoso a quem é confidenciado que a sua esposa fora vista a fazer compras. Esta seria uma situação banal, caso ele não acreditasse que ela estava morta. Com um sentimento de traição a pesar-lhe os ombros, o homem decide esconder-se de todos, mas os seus amigos não permitem que este sofra sozinho. Com interpretação de Adelaide Teixeira e António Durães, os dois atores foram distinguidos com os Prémios de Interpretação do Festival de Cinema de Liverpool.


ORDEM MORAL (2020)

Ordem Moral
© Leopardo Filmes

Diário de Notícias‘, o jornal português criado durante a Regeneração tem noticiado os acontecimentos mais importantes da história do país, passando pela queda da Monarquia, bem como as duas guerras mundiais e a Revolução dos Cravos. Maria Adelaide Cunha, filha do fundador do periódico, viu-se envolvida num dos maiores escândalos que assolou o país na primeira metade do século XX. Casada com Alfredo da Cunha, um dos primeiros historiadores portugueses, Maria Adelaide abandonou a vida de casada e decidiu fugir com o seu motorista, por quem se teria apaixonado. O ato levou ao internamento de Adelaide na ala psiquiátrica, onde muitas outras mulheres teriam sido internadas como castigo pelas suas ações infames. Esta é a história verídica que nos conta “Ordem Moral”, um filme de Mário Barroso que conquistou mais de trinta nomeações a prémios cinematográficos.


O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS (2020)

O Ano da Morte de Ricardo Reis
© NOS Audiovisuais

Apenas um escritor português teve a honra de ser condecorado com o Prémio Nobel da Literatura. Corria o ano de 1998 quando José Saramago foi galardoado com o prémio máximo da arte da escrita. Ainda hoje, duas das suas célebres obras, “Memorial do Convento” e “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, constam no programa nacional de leitura das escolas portugueses. Esta última, deu origem ao mais recente filme de João Botelho. Trata-se de uma longa-metragem que homenageia não só Saramago, mas também Fernando Pessoa, um dos poetas mais importantes do nosso país.


O ÚLTIMO BANHO (2021)

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© RTP

Após regressar à sua aldeia natal para o funeral do pai, Josefina encontra o sobrinho abandonado pela própria irmã, o que a compele a adotar o jovem. A partir desse momento, muitos são os desafios que acompanham o quotidiano de Josefina. As crises da adolescência e o regresso da irmã são apenas dois exemplos dos dramas que acompanharão a mulher. Esta é a sinopse de “O Último Banho”, o filme de David Bonneville que estreou no Festival de Tóquio e que obteve uma nomeação ao Prémio Ingmar Bergman, no Festival de Cinema de Gotemburgo.


BEM BOM (2021)

Bem Bom
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As Doce estão para Portugal como os Abba estão para a Suécia. A banda constituída por Teresa Miguel, Lena Coelho, Laura Diogo, Fátima Padinha e, posteriormente, Fernanda de Sousa foi uma das primeiras girl groups da Europa. O seu sucesso espalhou-se além-fronteiras, tendo participado quatro vezes no Festival da Canção. A longa-metragem “Bem Bom” dá-nos uma visão da criação e declínio do conjunto, passando pelas suas aventuras, polémicas e desentendimentos.


SOMBRA (2021)

Ana Moreira
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Quando uma criança desaparece, é como se todas as mães perdessem o seu próprio filho. Passadas duas décadas, Portugal ainda chora o desaparecimento de Rui Pedro, o menino de 11 anos que sumiu de forma misteriosa. Até hoje, a mãe da criança tem esperança no regresso do filho que lhe foi roubado em idade precoce. “Sombra” é um retrato dos acontecimentos que sucederam ao desaparecimento de Rui Pedro, sendo também uma homenagem a todas as mães que vivem em suspenso após a perda do seu bem mais precioso.

Já viste algum destes filmes? O que pensas do cinema português?

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