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Sofia Coppola revela o motivo que levou a Apple a rejeitar a sua promissora minissérie

A Apple rejeitou a oportunidade de trabalhar com Sofia Coppola numa adaptação literária e a cineasta revelou o motivo.

Em maio de 2020, foi anunciado que Sofia Coppola iria adaptar o romance de Edith Wharton publicado em 1913, “The Custom of the Country”, para uma série da AppleTV+. Caracterizada como uma história tragicómica de costumes, esta é a jornada da deslumbrante e ambiciosa Undine Spragg, uma jovem oriunda do centro-oeste americano, que procura ascender na sociedade de Nova Iorque.

Três anos depois, sabe-se agora que o projeto não irá para a frente. A vencedora do Óscar por “O Amor é um lugar estranho” falou sobre o sucedido ao The New York Times, sem medir palavras.

Segundo Coppola, a sua minissérie que seria dividida em cinco partes não acontecerá, porque os executivos tinham problemas com a índole da protagonista “A ideia de uma mulher detestável não era o que eles procuravam” afirmou Coppola. Vale relembrar que aquando do anúncio do projeto, a realizadora de “Marie Antoinette” tinha elegido Undine como a sua “anti-heroína literária favorita”.

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Para a cineasta, isto é algo bastante sintomático do que ela defendeu na entrevista sobre quem é que ainda detém o poder de escolher que histórias são ou não contadas, “As pessoas que têm o poder de financiar ainda são, geralmente, os homens heterossexuais”, e embora “haja sempre pessoas em níveis inferiores como eu, depois os chefes têm uma certa sensibilidade…”.

Vale recordar que muitas das séries consideradas como as maiores de sempre trazem personagens masculinas detestáveis como protagonistas, tais como “Breaking Bad“, “The Sopranos” ou “Mad Men”.

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Para a realizadora, trata-se de um cenário que dá que pensar, já que mesmo sendo uma das mulheres mais bem-sucedidas na área continua a enfrentar desafios em conseguir fundos para trabalhar nos projetos que deseja, “Se é tão difícil para mim obter financiamento”, isso leva a que Sofia Coppola se preocupe “com as mulheres mais jovens a começar”. Coppola lamenta que isto continue a ser uma realidade na indústria e considera “surpreendente que ainda seja uma luta.”

Anteriormente, Coppola havia colaborado com a Apple para o seu filme de 2020, “On the Rocks”, a comédia dramática sobre a relação entre um pai e uma filha vividos por Bill Murray e Rashida Jones, respetivamente.

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Este ano, Sofia Coppola está de regresso com “Priscilla”, que já valeu o Volpi Cup de Melhor Atriz para Cailee Spaeny no Festival de Veneza. No filme, Spaeny interpreta Priscilla Presley neste drama intimista que procura narrar detalhes da relação entre Priscilla e o cantor Elvis Presley (Jacob Elordi).

Na mesma entrevista, Coppola afirmou que a maior parte do financiamento para o filme desmoronou-se em outubro do ano passado, antes do início da produção.

Com dois milhões abaixo do necessário, “Priscilla” precisou de perder uma semana de filmagens e o cronograma foi redefinido para apenas 30 dias, “Foi uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer”, confessou Coppola.

“Priscilla” estreia em novembro em alguns mercados internacionais, mas tem estreia prevista apenas para 1 de fevereiro em Portugal.

TRAILER | CAILEE SPAENY NA CORRIDA DO ÓSCAR POR PRISCILLA

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