Dor e Glória © El Deseo

Dor e Glória | Esperanças para os Óscares 2020

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Dor e Glória é um dos filmes mais aclamados do ano e pode conduzir Pedro Almodóvar a mais uma vitória nos Óscares. 

“Dor e Glória” é indiscutivelmente dos filmes de 2019. Depois das várias ovações de pé, da vitória do Prémio de Melhor Ator no Festival de Cannes em maio (para Antonio Banderas), do sucesso no Festival Internacional de Toronto e no Festival de Veneza (Leão de Ouro Honorário para Almodóvar), “Dor e Glória” está a caminho dos Óscares 2020. Esta uma das obras mais importantes da carreira do tão aclamado Pedro Almodóvar que segue um realizador de cinema – com muitas influências de “81/2”, de Federico Fellini -, e que ainda acarreta uma evidente escrita autobiográfica.

Como qualquer Awards Season, é por vezes difícil um filme manter-se nos nomes dos potenciais candidatos durante muito tempo, mas “Dor e Glória” tem tudo a seu favor. Para além de ser obra de um dos maiores cineastas contemporâneos, o filme fala dos fantasmas, das angústias e do sofrimento de um realizador de cinema reformado. E a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood bem gosta de premiar filmes sobre o mundo do cinema (ver “História dos Óscares”), além que, ultimamente ter premiado cineastas estrangeiros, e em especial provenientes do mundo hispânico (referimo-nos precisamente ao trio mexicano Cuarón, Iñarritú e del Toro).

Curiosamente, 2019 parece ser um ano em que muitos realizadores revisitam as suas memórias e as memórias coletivas da sétima arte e dos seus espectadores. Entre a lista encontramos longas-metragens como “Dor e Glória”, “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino (sobre o transformador ano de 1969 na história do cinema) e “Judy”, de Rupert Goold (sobre a mítica atriz Judy Garland, que estreia em outubro em Portugal).

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“Dor e Glória” nos Óscares 2020?

Antonio Banderas
Dor e Glória © El Deseo

Para iniciar os nossos artigos em torno da Awards Season, a equipa da MHD decidiu explorar as razões pelas quais “Dor e Glória” deverá constar na lista dos nomeados aos Óscares. Estará esta longa-metragem entre os nomeados ao Óscar de Melhor Filme, tornando-se o 11º filme de produção não americana a ser nomeado para a categoria? Se tal acontecer será já uma vitória.

“Dor e Glória” está a ser um dos filmes mais bem sucedidos juntos dos principais festivais de cinema internacionais, tal como no ano passado aconteceu com “Roma”. Será que a Academia continuará disposta a quebrar muros e a abrir portas a novas formas de fazer cinema oriundas de outros países? Conheça as chances de “Dor e Glória” para ser mais glória que dor nos Óscares a seguir.




Espanha na história dos Óscares

Pedro Almodóvar
Dor e Glória © El Deseo

Pedro Almodóvar não é nada estranho aos prémios da Academia e até tem sido responsável por deixar Espanha ‘bem vista’ nos Óscares. Aos 70 anos, Almodóvar promete não ficar por aqui, e certamente irá deixar a sua marca com “Dor e Glória”. O cineasta arrisca-se a receber uma nomeação ao Óscar de Melhor Argumento Original e ao Óscar de Melhor Realizador. Tal não será uma completamente novidade na história da Academia, uma vez que atualmente o realizador é também ele o autor da obra (vejamos outros casos de sucesso como Damien Chazelle, Kenneth Lonergan, Woody Allen, Quentin Tarantino, etc.).

Outra nomeação possível, senão mesmo quase segura, é a nomeação ao Óscar de Melhor Filme Internacional, até abril passado era designado de Melhor Filme Estrangeiro. Façamos agora uma viagem no tempo, e relembremos o primeiro filme nomeado nessa categoria como representante da Espanha, e os êxitos de Almodóvar junto da Academia.

Na verdade, serão precisos recuar 60 anos, quando o filme “La Venganza” (1958), realizado por Juan Antonio Bardem (o tio cineasta de Javier Bardem) foi nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. “La Venganza” teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Cannes em 1958, mas curiosamente só no ano seguinte é que estrearia em Espanha. Seguiram-se 18 outros filmes nomeados ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro por Espanha, contudo apenas 4 deles levaram a estatueta dourada na categoria, incluindo o último nomeado “Mar Adentro”, de Alejandro Amenábar (algo que aconteceu já lá vão quase 15 anos). Em baixo, poderás conhecer os filmes espanhóis vencedores do respetivo galardão:

  • “Volver a empezar”, de José Luis Garci – primeiro filme espanhol vencedor em 1983;
  • “Belle Époque”, de Fernando Trueba – vencedor em 1994;
  • “Todo sobre mi madre”, de Pedro Almodóvar – vencedor em 2000;
  • “Mar adentro”, de Alejandro Amenábar – vencedor em 2005.

Será que Almodóvar será finalmente terminar os longos anos em que Espanha não é nomeada? Lê mais a seguir.




Almodóvar, excêntrico mas adorado

Dolor y Gloria
Pedro Almodóvar em “Ata-me!” © El Deseo

Pedro Almodóvar, expoente máximo de La Movida, rapidamente tornou-se um símbolo das liberdades sexuais, políticas, sociais, culturais e de género que finalmente começavam a ganhar voz num país afetado pela Guerra Civil e pelo Franquismo.  A representação da sociedade de forma excêntrica, quase caricatural, mas também emotiva fez de Almodóvar um cineasta de respeito. Facilmente o seu cinema conseguiu formar uma legião de fãs junto do público espanhol, dos críticos de cinema europeus e dos seus colegas de ofício americanos, muitos deles representantes da Academia de Hollywood.

Com uma carreira de sucesso, Almodóvar teve, até ao momento, dois dos seus filmes nomeados ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro: “Todo sobre mi Madre” e “Mujeres Al Borde de un Ataque de Nervos”. Apesar de nem sempre o nosso país vizinho submeter como seu representante nos Óscares um filme de Almodóvar, este continua a ser o cineasta espanhol com mais filmes pré-candidatos ao Óscar. Foram sete, até ao momento, as suas longa-metragens submetidas, como poderás saber na lista abaixo:

  1. “Mujeres al borde de un ataque de nervios” (1988)
  2. “Tacones lejanos” (1991)
  3. “La flor de mi secreto” (1995)
  4. “Todo sobre mi madre” (1999)
  5. “Volver” (2006)
  6. “Julieta” (2016)
  7. “Dolor y Gloria” (2019)

No entanto, Pedro Almodóvar conseguiu algo que poucos cineastas obtiveram. É que, com “Hable con ella”, Pedro Almodóvar consegui pessoalmente duas nomeações aos Óscares em 2003 para Melhor Argumento Original e Melhor Realizador. O filme, lamentavelmente, não foi nomeado a Melhor Filme Estrangeiro porque não tinha sido a escolha de Espanha nesse ano. Mesmo assim, a Academia mostrou (como poucas vezes consegue) ser inteligente e nomeou o realizador. Sairia com o Óscar de Melhor Argumento Original, comprovando-o como um dos argumentistas mais reconhecidos do universo cinematográfico.

Será “Dor e Glória” a fazer renascer o nome Almodóvar junto da Academia?

Outros factos curiosos na história dos Óscares, “El Laberinto del Fauno”, de Guillermo del Toro apesar de contar uma parte importante história de Espanha, numa co-produção desse país com o México e com os EUA, o filme representou o México em 2007 nos Óscares. Nesse ano, a Academia Espanhola havia submetido “O Orfanato”, de Juan Antonio Bayona. Já na edição dos Óscares de 1972, o filme francês “Le charme discret de la bourgeoisie”, do realizador espanhol Luis Buñuel, obteve o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e com esse filme Buñuel seria também nomeado ao Óscar de Melhor Argumento Original.




Banderas, Antonio Banderas és mesmo tu?

dor e gloria critica
“Dor e Glória” | © Pris Audiovisuais

Em “Dor e Glória”, Antonio Banderas oferece o desempenho da sua carreira. Apesar de ser amigo de Pedro Almodóvar, e de certamente conhecer a sua história pessoal, Banderas também utilizou situações da sua vida para a personagem de Salvador Mallo.

Durante o Festival Internacional de Toronto, e em entrevista a meio jornalístico “The Associated Press”, Banderas afirmou que as suas experiências sempre contribuíram para se adaptar às suas personagens, mas Almodóvar pediu que o fizesse especialmente para este papel. Depois de um ataque cardíaco há quase dois anos, Almodóvar pediu a Banderas para não esconder o sucedido. Talvez porque o Antonio Banderas que vemos em “Dor e Glória”, já não é o galã de outrora e surja num papel de um homem fragilizado com cabisbaixo e corpo constantemente doente.

Apesar da sua dedicação, Antonio Banderas nunca foi nomeado ao Óscar, mas isso certamente estará prestes a mudar com o seu desempenho em “Dor e Glória”. A ver bem, Antonio Banderas junto com Javier Bardem e Penélope Cruz (casados de 2010 e ambos eles vencedores de 1 Óscar), representam a melhor exportação de Espanha para o cinema contemporâneo.

De facto, nas categorias de atuação, Javier Bardem foi o primeiro ator espanhol nomeado ao Óscar, precisamente ao de Melhor Ator por Before Night Falls (2000). Voltaria a ser o segundo ator nomeado à mesma categoria pelo filme “Biutiful” (Alejandro González Iñárritu, 2010). Bardem seria também o primeiro ator espanhol vencedor  do Óscar, mas na categoria de Melhor Ator Secundário, pelo seu extraordinário papel em “Este País Não é Para Velhos” (Joel & Ethan Coen, 2007). Quanto a Penélope Cruz, veremos o seu sucesso junto da Academia mais à frente, neste artigo.

Entre os papéis que a Academia de Hollywood poderia ter prestado atenção a Antonio Banderas destaque-se “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1989), “Filadélfia” (1993) ou “Evita” (1996), entre outros tantos desempenhos essenciais de uma carreira com mais de 30 anos.




Será Penélope Cruz a Melhor Atriz Secundária ou nem por isso?

Penélope Cruz
Penélope Cruz em “Dor e Glória” © El Deseo

Falar de Espanha e de Óscares é falar de Penélope Cruz, que em “Dor e Glória” mostra como continua a ser a musa preferida do realizador espanhol – este filme marca o reencontro da dupla. Se falarmos de mulheres almodovarianas (a mítica chica Almodóvar), lembramo-nos de Carmen Maura, Victoria Abril, Marisa Paredes, Rossy De Palma, Chus Lampreave, Susi Sánchez, Julieta Serrano (elas últimas também em “Dor e Glória”), mas também de Penélope Cruz, ou melhor, sobretudo Penélope Cruz.

A colaboração entre o realizador e a atriz começou há mais de 20 anos com “Carne Trémula” (1997), à qual se seguiu “Todo sobre mi madre” (1999). No entanto, foi com “Volver” (2006), que a colaboração tornou-se mais importante na carreira de ambos, e que tornou Penélope Cruz na primeira atriz espanhola nomeada ao Óscar de Melhor Atriz, por um filme falado em castelhano. Tendo em conta este êxito, Penélope Cruz voltaria a trabalhar com Almodóvar em “Los Abrazos Rotos”, interpretação de sucesso e que recebeu uma nomeação de Melhor Atriz nos European Film Award e nos prémios norte-americanos Satellite Awards.

No entanto, foi num filme de Woody Allen que Penélope Cruz obteria o seu tão merecido Óscar. O filme, “Vicky Cristina Barcelona” havia sido encomendado por Espanha a Allen que estava habituado a filmar na Europa, depois dos seus êxitos no Reino Unido. A personagem de Penélope Cruz poderia muito bem ser de um filme de Almodóvar, uma vez que se trata de uma espécie de homenagem às suas mulheres em permanente ataque de nervos.

A interpretação de Cruz, como uma mulher mentalmente instável, foi bastante aclamada e valeu à Atriz mais uma nomeação ao Óscar de Melhor Atriz Secundária. Acabaria por vencer, tornando-se a primeira atriz espanhola a vencer a estatueta. No ano seguinte, a atriz foi novamente nomeada à categoria pelo filme “Nove”, de Rob Marshall. A vitória de Penélope Cruz na 81ª edição dos Óscares da Academia pode ser vista abaixo:

Depois de uma participação especial em “Los Amantes Pasajeros” (2013), Penélope Cruz é agora uma mãe atenta às necessidades do seu filho em “Dor e Glória”,  uma versão contemporânea (e espanhola) de Sophia Loren em “Duas Mulheres”.

Será que a atriz voltará a ser nomeada ao Óscar 10 anos sem receber uma nomeação? Será que consegue fazer frente a Margot Robbie, Maggie Smith, Laura Dern, Jennifer Lopez e a Shuzhen Zhao? É pouco provável, mas não deixa de ser uma possibilidade.




E o Óscar de Melhor Filme vai para… “Dor e Glória”

“Dor e Glória” tem os ingredientes perfeitos para conseguir arrebatar o Óscar de Melhor Filme Internacional, afinal trata-se de um filme sobre um realizador e sobre um filme… Mas se formos a pensar mais além é provável que “Dor e Glória” consiga uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme.

Em toda a história dos Óscares apenas uma dezena de filmes rodados em línguas distintas, que não a inglesa, conseguiram uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme. Foram eles:

Surpreendentemente nem todos os filmes elencados receberam nomeações para Melhor Filme Estrangeiro. Para Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro foram nomeados de “Z – A Orgia do Poder”, “A Vida é Bela”, “O Tigre e o Dragão”, “Amor” e “Roma”, que venceram na segunda categoria. Note-se que, mesmo putativa co-produção, “Cartas de Iwo Jima” é uma criação totalmente de Hollywood, com realizador americano e até algum diálogo em inglês. É por isso, por exemplo, que nunca poderia ter sido nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. 

Dor e Glória
© PRIS

Recentemente, Pedro Almodóvar venceu o Leão de Ouro pela sua carreira, o que, tendo em conta a importância do Festival de Veneza para os Óscares, o poderá colocar no centro da temporada de prémios. Almodóvar recebeu o prémio com um grande sorriso, e relembrou os seus primeiros passos no Festival de Veneza.

Não tentei mudar o mundo (nunca fui tão pretensioso), mas tentei explicar o meu, o pequeno mundo em que vivi, e sempre fi-lo com absoluta liberdade, independência e inocência. No meu mundo, as pessoas sofrem, mas também regozijam sem preconceitos, são apaixonadas, diversas, defeituosas e generosas, com enorme capacidade de sobreviver, mas frágeis e vulneráveis, e todas gozam de grande autonomia moral. Como arquiteto das suas histórias, era o mínimo que lhes podia dar. A mesma liberdade que desfrutei. Mais uma vez obrigado ao Festival de Veneza por esta honra. Eu nunca estarei sozinho, este Leão será a minha companhia. […] O cinema tem sido minha vida e não concebo o que resta dela sem fazer filmes. Entre outros assuntos, Dor e Gloria fala precisamente dessa minha necessidade vital.

Mesmo assim, nem tudo é tão risonho quanto parece para “Dor e Glória” e não há como esquecer os “Parasitas”, que poderá encontrar. Referimo-nos exatamente a “Parasitas”, filme de suspense sobre a diferença de classes realizado por Joon-ho Bong que veio para destronar o buzz em torno do filme de Almodóvar. As previsões indicam que este pode ser o maior êxito internacional em várias categorias principais.

A obra não só ganhou por unanimidade a Palma de Ouro no Festival de Cannes, além de ter feito estrondoso sucesso junto do TIFF – Toronto International Film Festival, onde quase conseguiu ganhar o People Choice Award, prémio entregue pelas audiências. Só isso poderá colocar “Parasitas” no mesmo lugar que “Roma” e “Dor e Glória” numa posição semelhante a “Guerra Fria”, nomeado a três Óscares, mas sem qualquer grito de vitória.




Terá “Dor e Glória” a Melhor Banda-Sonora do Ano?

Dolor y Gloria
Leonardo Sbaraglia e Asier Etxeandia em “Dor e Glória” © El Deseo

Ouvir, mais do que ver o “Dor e Glória” é uma experiência incrível e arrebatadora, tudo graças à banda-sonora de Alberto Iglesias, que se arrisca a ser nomeado ao Óscar de Melhor Banda-Sonora Original.

Na sua banda-sonora, o compositor transpõe perfeitamente as angústias e emoções do protagonista. Esta é uma banda-sonora melancólica, que reúne sons de violino, guitarra, piano, clarinete com momentos orquestrais intensos e gloriosos – por exemplo, “Geografía y anatomía” transpõe perfeitamente as dores e o intimismo do protagonista, sem retirar o monólogo dolorido de Antonio Banderas.

Alberto Iglesias, compositor espanhol natural de San Sebastian, trabalha com Pedro Almodóvar desde “La flor de mi secreto (1995) e com “Dor e Glória” acabou por vencer o galardão para Melhor Música Original em Cannes. O prémio Cannes Soundtrack é um prémio independente, entregue por um júri de 30 jornalistas internacionais, e que este ano celebrou a sua 9ª edição. Iglesias é mesmo um dos compositores mais respeitados no universo cinematográfico. Vencedor de 10 Prémios Goya (5 dos quais por filmes realizados por Almodóvar), entregues pela Academia Espanhola de Cinema, Alberto Iglesias já foi três vezes nomeado aos Óscares (sem nunca ter ganho). A primeira nomeação aconteceu em 2006 com o drama “O Fiel Jardineiro”, depois em 2008 com “O Menino de Cabul” e, por último, com “A Toupeira”, filme protagonizado por Gary Oldman.

Para além do trabalho original de Alberto Iglesias, a banda-sonora inclui temas populares: “La noche de mi amor”, de Chavela Vargas, “¿Cómo pudiste hacerme esto a mí?” de Alaska & Dinarama, “Come sinfonia”, de Pino Donaggio, interpretado por Mina y “A tu vera” de Lola Flores, cantada por Rosalía e por Penélope Cruz, numa das cenas do filme (parte da cena pode ser vista abaixo, como partilhado pela Sony Pictures España).

Uma música perfeita para um filme que parece mostrar mais as dores que as glórias de um realizador envelhecido. Serão as glórias a sobressair nos Óscares 2020? A paixão pelo filme leva-nos a ser otimistas, mas não há melhor altura para ser otimista do que no início de mais uma temporada de prémios. Veremos como se sai Almodóvar…

Acreditas que será “Dor e Glória” chegará aos Óscares 2020? Comenta, e diz-nos em quais categorias gostarias de ver o filme nomeado.

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