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Estes são os portugueses que deram voz aos genéricos mais icónicos da nossa infância

Na data em que celebra o Dia Mundial da Televisão, a Magazine.HD reuniu alguns dos nomes portugueses que deram voz aos genéricos da nossa infância.

Há desenhos animados que marcam a nossa infância, seja pelas personagens, as cores vibrantes ou as histórias que nos mantinham presos ao pequeno ecrã, tornando-se quase um ritual assistir a esses programas de animação. Mas, acima de tudo, há genéricos que se tornaram memoráveis e inesquecíveis, ficando para sempre na nossa cabeça. Num primeiro momento, as séries animadas chegavam às nossas casas através de um mítico objeto, a cassete VHS. Mais tarde, a RTP2 começava a emitir um anime japonês, “Oliver e Benji“, que viria revolucionar a televisão portuguesa. A série acabaria por sofrer um interregno, mas começava assim a história dos desenhos animados na televisão portuguesa.

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A 21 de novembro de 1996, as Nações Unidas decidem proclamar o Dia Mundial da Televisão, data em que se celebra o aniversário do primeiro Fórum Mundial da Televisão. O objetivo do efeméride é promover a criação de programas que apelem à paz, à diversidade, à segurança e a questões socioculturais.

Para celebrar a data, a Magazine.HD reuniu uma galeria com os portugueses que deram voz aos genéricos mais emblemáticos que marcaram a nossa infância e diferentes gerações.




A ABELHA MAIA – ÁGATA & TOZÉ BRITO

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© RTP

A “Abelha Maia“, uma série nipo-austríaca foi uma das pioneiras no que toca às dobragens portuguesas. Até então, por uma questão orçamental, os desenhos animados internacionais chegavam ao nosso país com legendas, o que não se tornava muito apelativo para os mais novos. Com o sucesso conquistado por “Abelha Maia”, a série animada que acompanhava a história de um grupo de abelhas que ia à escola para aprender enquanto Maia procurava explorar mais a fundo a floresta e os seus habitantes, a RTP passou a investir a sério nas dobragens portuguesas.

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Em 1978, quando “Abelha Maia” chegou à RTP, Ágata, que mais tarde viria a pertencer à mítica girl bandDoce‘, tinha apenas 19 anos de idade quando deu voz ao genérico da série infantil. A Ágata juntou-se ainda Tozé Brito, profissional muito ligado ao Festival da Canção e ao percurso das Doce. Juntos, deram voz a um dos primeiros genéricos portugueses de desenhos animados, um tema que permanece na memória de várias gerações.




D’ARTACÃO E OS TRÊS MOSCÃOTEIROS – CATARINA SANTOS

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© Disney Channel

Baseada nos livros de Alexandre Dumas, “D’Artacão e os Três Moscãoteiros” é uma série de animação nipo-espanhola que coloca cães no lugar das personagens humanas da obra literária, conferindo-lhe um tom cómico. João Lourenço, João Perry, Manuel Cavaco e António Montez são os quatro atores que deram voz aos quatro amigos que, de espada em riste, lutavam para defender a coroa francesa.

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Apesar de a versão portuguesa de “D’Artacão e os Três Moscãoteiros” ter chegado à RTP em 1983, foi só anos mais tarde que o genérico da série infantil passou a fazer parte do nosso quotidiano através da voz de Catarina Santos. Conhecida por dar fazer diversas dobragens para filmes e séries de animação, Catarina Santos é também a intérprete do genérico de “Clube Winx“, o tema que cantava “Winx com a tua mão na minha, é o destino que nos guia…”.




BOA NOITE, VITINHO! – ISABEL CAMPELO

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© RTP

O ilustrador português José Maria Pimentel desenvolveu a personagem de Vitinho para uma campanha publicitária de uma gama de cereais. Mais tarde, a RTP decidiu fazer uso dessa personagem para criar na televisão nacional um ‘marco horário’ diário que ditava a hora de dormir para as crianças. A partir de 1986, e na década que se seguiu, Vitinho passou a estar presente em casa de todos os portugueses para dar as ‘boas noites’.

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Isabel Campelo começou por integrar os coros do Festival da Canção e, mais tarde, foi selecionada por dar voz ao genérico de “Boa Noite, Vitinho!“. Desde então, continuou a participar no Festival da Canção da RTP, desta vez como intérprete. Mais tarde, Isabel Campelo viria a cantar também o genérico de “Ilha das Cores“, voltando a tornar-se uma voz inesquecível para muitas gerações.




CAMPEÕES: OLIVER E BENJI – JOÃO ARTUR GUIMARÃES 

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© Canal Panda

Numa altura em que a Seleção do Japão enfrentava algumas críticas, a Associação Japonesa de Futebol patrocinou a criação de um anime que incentivasse a população a apoiar os seus jogadores de futebol, o que resultou no desenvolvimento de “Campeões: Oliver e Benji“, uma série de animação cujo foco era o ‘desporto rei’. As personagens foram inspiradas em verdadeiros jogadores de futebol e, curiosamente, poucos foram os países que traduziram o nome do protagonista para Oliver, uma vez que, originalmente, a personagem chamava-se Tsubasa Ozora.

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Quando chegou a Portugal, em 1993, “Campeões: Oliver e Benji” vinha com legendas, demorando uma década a ser feita a primeira dobragem da série de animação. Somente em 2003, Oliver e Benji ganharam uma voz portuguesa e, curiosamente, ambos foram interpretados por duas mulheres – Paula Seabra e Clara Nogueira. Já o inconfundível genérico de abertura foi interpretado por João Artur Guimarães, responsável também pelo tema de “Pokémon“.




DRAGON BALL – RICARDO SPÍNOLA 

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© Fuji Television Network

Em 1995, chegava à SIC uma das séries de animação mais marcantes de sempre, “Dragon Ball“. Trata-se de um anime japonês que acompanha a história de Goku e o momento em que este se compromete a encontrar as sete bolas do dragão. O sucesso do desenho animado foi tão grande que acabou por ter várias temporadas, acompanhando várias fases da vida de Goku.

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Apesar de “Dragon Ball” ter sido um sucesso desde o início da sua emissão em Portugal, foi “Dragon Ball GT” a temporada que contou com o genérico mais emblemático de todos. Ricardo Spínola é o responsável pelo tema de abertura da série de animação, tendo mais tarde casado com Henrique Feist, o ator que dava voz à personagem principal.




A CARRINHA MÁGICA – MIGUEL GUILHERME & FERNANDO LUÍS

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© Public Broadcasting Service

No mesmo ano em que chegava à SIC “Dragon Ball”, a RTP2 começava a emitir “A Carrinha Mágica“, uma divertida série que acompanhava uma professora fora do comum, com um método de ensino um pouco fora do normal, e os seus alunos. Com a voz de Teresa Sobral e, mais tarde, de Helena Isabel, a professora levava os estudantes às visitas de estudo mais incomuns de sempre.

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Curiosamente, quem deu voz ao genérico de “A Carrinha Mágica” foram dois atores bastante conceituados em Portugal. Fernando Luís, que mais tarde viria a ficar conhecido por protagonizar a série de ação “Inspetor Max”, e Miguel Guilherme, o patriarca da série “Conta-me Como Foi”, são as duas vozes que marcaram o tema de abertura de “A Carrinha Mágica”.




SAILOR MOON: NAVEGANTE DA LUA – MAFALDA SACCHETTI

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© NAOKO TAKEUCHI, PNP, TOEI ANIMATION Co., Ltd. All Rights Reserved.

Portugal foi um dos primeiros países a transmitir “Sailor Moon: A Navegante da Lua“, uma série anime japonesa, inspirada num mangá homónimo. A história acompanha Bunny Tsukino, uma rapariga que um dia encontra um gato que a transforma numa guerreira. Após isso, é-lhe dada a missão de proteger o Planeta Terra contra todos os inimigos. Curiosamente, em Portugal o género de duas personagens foram trocados, para que António Semedo, o diretor da dobragem pudesse dar voz a Luna. Além disso, o gato Artemisa, interpretado por Cristina Cavalinhos, é originalmente masculino.

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É Mafalda Sacchetti quem dá voz ao nostálgico genérico de “Sailor Moon: Navegante da Lua”. Filha de Paulo de Carvalho, e neta de Rosa Lobato de Faria, Mafalda cresceu num ambiente rodeado de música. Após interpretar o tema de abertura da série japonesa, a artista seguiu uma carreira como cantora, dando continuidade ao legado construído pelo pai e o irmão, Agir.




POKÉMON – HENRIQUE FEIST 

Pokémon
© BIGGS

O Pokémon começou por ser um jogo lançado para o Game Boy, no qual os humanos capturavam criaturas para as ensinar a lutar entre si. Hoje em dia, muito mais do que um simples jogo, “Pokémon” continua presente no nosso quotidiano através de séries, mangás, cartas colecionáveis e aplicações para o telemóvel.

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Em 1999, a SIC trazia para Portugal a dobragem de “Pokémon”, contando com a participação de Maria João Luís e Sandra Faleiro na voz do protagonista. Já o genérico teve duas versões – uma primeira com André Maia, e uma segunda, que se tornou bem mais popular, com Henrique Feist.




DIGIMON – GRAÇA FERREIRA 

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© Toei Animation

Numa época em que a internet começava a invadir lentamente a casa dos portugueses, “Digimon” acompanhava a história de um grupo de crianças que se viu arrastada para o mundo digital quando uns aparelhos estranhos surgem num acampamento de verão. Cada uma das personagens acaba por se tornar amiga de um Digimon e, em conjunto, lutam contra os inimigos ao mesmo tempo que tentam regressar a casa.

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A série japonesa “Digimon” chegou à televisão portuguesa em 2000, na TVI, sendo transmitida durante o nostálgico programa infantil “Batatoon”. A dobradora Graça Ferreira foi quem deu voz ao genérico dos desenhos animados, para além de ter também participado nas dobragens de algumas personagens da série.




KIM POSSIBLE – MARISA LIZ 

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© Disney Channel

Já no novo século, a Disney Channel lançava “Kim Possible“, uma série que se viria a tornar a mais longa da produtora. Seguindo uma aluna do secundário que leva uma vida paralela a combater o crime junto do seu amigo trapalhão Ron. A série surgiu numa altura em que escasseavam os programas infantis com uma mulher no papel principal, uma tendência que se começou a reverter nessa época.

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Quando “Kim Possible” chegou a Portugal, em 2002, foi Marisa Liz quem ficou responsável por dar voz ao genérico de animação. A artista começou a sua carreira no grupo juvenil Onda Choc e, mais tarde, juntou-se aos Amor Electro, uma banda de sucesso que catapultou o nome de Marisa Liz. Atualmente, a cantora tem apostado numa carreira a solo.

Qual o genérico que mais te marcou? Conhecias todas estas vozes?

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