Adam Driver | © Disney

Adam Driver | Todos os filmes essenciais da sua carreira

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Adam Driver tem vindo a construir uma notável carreira em Hollywood. 2019 Foi um ano a assinalar, especialmente os seus últimos meses. Como chegou o ator a este novo patamar de notoriedade? 

A 29 de novembro, estreou na Amazon Prime Video “The Report”, thriller político que lidera, a 6 de dezembro chegou à Netflix “Marriage Story”, drama familiar que co-protagoniza e que lhe tem merecido inúmeros louvores e no final de dezembro regressou às salas comerciais de cinema como o antagonista da presente trilogia de “Star Wars”.

Numa entrevista recente com o afamado crítico de cinema Peter Travers, na sua rubrica  “Popcorn with Peter Travers“, Travers chamou à presente oferta de obras protagonizadas pelo intérprete como “o Festival do Adam Driver”. Desvalorizando, Driver reforçou ter sido apenas uma coincidência de agenda que fez com que existisse uma sobre-exposição da sua imagem.

Um ator discreto e reservado,  que odeia ver-se no ecrã, antigo militar “terra-a-terra”, Adam Driver não se identifica com o “star system” e não procura o papel de “galã de Hollywood”. Contudo, a multiplicação de perfis sobre a sua carreira, nos grandes meios de comunicação social norte-americanos, parecem indicar que já ninguém fica indiferente à sua presença. 2019 foi um ano particularmente pertinente para a carreira do ator de 36 anos. Por “BlacKkKlansman: O Infiltrado”, de Spike Lee,  recebeu a sua primeira nomeação ao Óscar, para Melhor Ator Secundário. A esta altura da corrida, é quase certo que “Marriage Story” lhe trará a sua segunda nomeação, agora no papel de protagonista. Entrando pelo reino das apostas, Driver competirá pela estatueta muito possivelmente com Joaquin Phoenix e Antonio Banderas.

Por ordem cronológica, do mais recente para o mais antigo, vem connosco descobrir todos os projetos essenciais da carreira deste grande ator!

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STAR WARS: EPISÓDIO IX – A ASCENSÃO DE SKYWALKER (2019) 

Star Wars A Ascensão de Skywalker
“Star Wars: A Ascensão de Skywalker” | © NOS Audiovisuais

Com “A Ascensão de Skywalker”, chega ao fim a terceira saga “Star Wars”. Adam Driver foi uma peça imprescindível neste puzzle, desempenhando o papel do antagonista principal desta nova Guerra das Estrelas. Com este papel, tornou-se alvo de inúmeros “memes” da internet, com a sua popularidade a ser alvo de uma clara escalada que, por agora, não ameaça abrandar.

Kylo Ren era originalmente Ben Skywalker Solo. Esta personagem mantém uma complexa relação com Rey, a protagonista desta saga, a sua principal rival, e ao mesmo tempo o seu interesse romântico. Os dois representam lados opostos de uma batalha. Kylo foi treinado pelo seu tio, Luke Skywalker, contudo, com o tempo, escolheu juntar-se ao Lado Negro da Força. Já viram a última batalha entre titãs? O filme encontra-se em exibição nacional desde dia 19 de dezembro de 2019.




MARRIAGE STORY (2019) 

Marriage Story critica
˝Marriage Story” | © Netflix

Adam Driver não parou em 2019, mas o maior testemunho do seu trabalho é “Marriage Story”. Na sua quarta colaboração com o argumentista e realizador Noah Baumbach, dá vida a Charlie, a cara metade de Nicole, interpretada por Scarlet Johansson. Charlie e Nicole são um casal de artistas que vive em Nova Iorque, ele é encenador de teatro, ela uma atriz que trocou uma potencial carreira em Hollywood pelas peças experimentais do marido. Ele é controlador, ela sente-se insignificante. Ressentimentos abundam, e o amor imenso que os une deixa de ser suficiente para suportar o casamento. Instala-se uma impiedosa luta pela custódia do filho que partilham. Nesta batalha muito pouco é controlado pelo ex-casal, que se torna marioneta de um sistema injusto e caprichoso.

Todo este processo mói, e sentimos a dor e o arrependimento nas magníficas prestações dos protagonistas da obra. Por Charlie, Adam Driver recebeu já inúmeras nomeações a prémios. A 13 de janeiro são anunciados os nomeados ao Óscar, e Driver vai muito bem embalado para receber a sua segunda nomeação, pelo segundo ano consecutivo, e desta vez na categoria de Melhor Ator (Papel Principal). Recordamos que neste presente ano de 2019 esteve também nomeado, mas na categoria de Melhor Ator num Papel Secundário.




THE REPORT (2019) 

The report
Adam Driver em “The Report” (2019) |©Amazon Studios

Enquanto a Netflix começa a triunfar cada vez mais nas temporadas de prémios, com um claro pico em 2019, a Amazon Studios parece perder alguma da sua capacidade de promoção de obras. “The Report”, protagonizado por Adam Driver e Annette Bening, estreou no início do ano no Festival de Sundance, nos Estados Unidos da América, perante uma reacção geral bastante positiva. Um filme político, sobre relatórios ocultos que envolvem as atividades criminais e de tortura dos Estados Unidos no pós 11 de setembro, tinha tudo para ter verdadeira influência nesta temporada de 2019/2020, mas talvez por ter estreado no início do ano, e por ter sido um ano cinematográfico razoável, perdeu-se entre as gotas da chuva.

Está disponível para visualização no serviço de streaming “Prime Video”, da Amazon, o qual pode ser utilizado em território nacional. Sem grande surpresa, aqui está mais um desempenho notável por parte de Adam Driver, que dá vida a Daniel Jones, um idealista trabalhador do Senado , que acaba por liderar uma investigação acerca do programa de detenções levado a cabo por parte da CIA depois dos atentados terroristas do 11 de setembro. Neste processo, e na sua busca incansável pela verdade, Daniel acaba por encontrar segredos chocantes sobre a agência de inteligência. Uma história verídica para apaixonados pelas narrativas sobre segredos governamentais.



OS MORTOS NÃO MORREM (2019) 

Os Mortos Não Morrem
“Os Mortos Não Morrem” |©NOS Audiovisuais

Aqui se assinala uma recente colaboração em que Adam Driver é o protagonista de  Jim Jarmusch, argumentista e realizador desta comédia de terror que abriu em 2019 o Festival de Cinema de Cannes. Apesar de bem-recebido, não deixou de suscitar reacções mornas por parte do público e crítica. É uma comédia zombie relativamente bem sucedida, divertida, embora um pouco letárgica, mesmo para o tema.

“Os Mortos não Morrem” tem uma banda-sonora cativante, uma imperdível Tilda Swinton, um curioso cameo inesperado por parte de Selena Gomez, a dar cada vez mais perninhas numa liga superior, e, acima de tudo, uma interessante parelha entre Bill Murray e Adam Driver. Verdade seja dita, depois de “Zombieland”, ver Bill Murray num filme de zombies é suficiente para nos convencer a comprar o bilhete. Apesar de algo arrastada para uma comédia zombie, Adam e Bill sem dúvida valem a pena. A menção fica feita, e assinala-se um dos momentos deste grande ano de 2019 na carreira do ator que aqui “homenageamos”.




O HOMEM QUE MATOU DON QUIXOTE (2018) 

paulo branco don quixote
“O Homem Que Matou Don Quixote” |©Screen Media Films

Estreado no ano passado, no Festival de Cinema de Cannes, onde Adam Driver se tornou já convidado habitual, “O Homem que Matou Don Quixote” já deu muito que falar, e continua a dar, com novas declarações recentes de Terry Gilliam, nas quais o realizador da obra comparou o produtor Paulo Branco, responsável por uma batalha jurídica complexa e pelo lançamento limitado do filme, a Trump.

O membro dos Monty Python esteve durante 30 anos a tentar realizar este seu projeto de sonho, visto em Hollywood como um projeto amaldiçoado, daqueles que pertencem a uma lista de obras que nunca vão ver a luz do dia. Acabou por ser realizado, mas a sua distribuição continua a ser alvo de um processo em tribunais internacionais. E, por isso, este seu filme continua a ser falado mais devido à polémica do que devido ao seu conteúdo.

Parcialmente gravado em Portugal, “O Homem que Matou Don Quixote” conta com as prestações centrais de Jonathan Pryce como Don Quixote, Adam Driver como Toby, Stellan Skarsgård como “The Boss” ou ainda a portuguesa Joana Ribeiro como Angelica. Esta obra de aventura e fantasia narra a história de Toby (Driver), um realizador cínico que se vê envolvido nas alucinações de um velho sapateiro espanhol, o qual crê ser Don Quixote (Pryce). Vivem um conjunto de aventuras surreais juntos, enquanto Toby é forçado a confrontar as repercussões trágicas de um filme que realizou na sua juventude.

Uma obra que continua envolta em muita disputa e mistério, mas que esperemos que todos possam ver sem problemas demais.




BLACKKKLANSMAN: O INFILTRADO (2018) 

BlacKkKlansman
“BlacKkKlansman” |©Focus Features

BlacKkKlansman” é importantíssimo (para os propósitos desta lista, e não só), pois marca a primeira nomeação ao Óscar para Adam Driver. Esta comédia irreverente, realizada por Spike Lee, foi uma das grandes estrelas da temporada de prémios de 2018/2019, que culminou com o filme a ser nomeado para 6 Óscares, tendo vencido na categoria de Melhor Argumento Adaptado.

Adam Driver e John David Washington (filho de Denzel, uma revelação neste papel) são duas faces da mesma moeda. Narra-se a história verídica do polícia afro-americano Ron Stallworth, que no início dos anos 70 foi o primeiro negro a integrar as forças policiais de Colorado Springs, e que partilhou num livro, posteriormente, a sua história com o mundo. Com a ajuda do seu colega de trabalho Flip Zimmerman, ( um judeu branco, no livro um policia não identificado a 100%, apenas chamado  “Chuck”) Ron fez o impossível, infiltrou o KKK, tornando-se efetivamente membro, com Flip a fazer-se passar por si. Assim, permitiu à polícia controlar atividade suspeita por parte do clã, e, pelo caminho, impedir a perpetuação de crimes graves.

Uma comédia ágil sobre racismo, que adota uma estrutura invulgar. Driver não é a estrela absoluta deste filme, mas presta um apoio imprescindível, num papel que acabou por marcar a sua carreira. Sobre a participação do ator em “BlacKkKlansman”, Spike Lee avançou que “game recognizes game“, ou seja, que tanto o ator como o realizador reconhecem e admiram o trabalho do outro.




SORTE À LOGAN (2017) 

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Daniel Craig e Adam Driver em “Sorte à Logan” (2017) |©Claudette Barius -Fingerprint Releasing, All Rights Reserved

“Logan Lucky” não é nada de extraordinário, mas ao mesmo tempo é sintomático na carreira de Adam Driver. Este é o típico filme de assalto: leve, divertido, simples e perfeito para um bom bocado. Um típico filme de pipoca, mas um com uma qualidade acima da média, não tivesse Driver escolhido participar no projeto, e não fosse o ator reconhecível pelos seus créditos de parceria impressionantes. É também um dos seus primeiros grandes filmes de Estúdio, reforçando uma mudança de paradigma na sua carreira que começou em 2015 com “Star Wars”. Passou lentamente não ser apenas um indie darling (queridinho dos filmes indie) mas também um ator de filmes de grande orçamento.

Em “Sorte à Logan”, no português, Driver desempenha o papel de irmão do personagem de Channing Tatum. Eles são os eternamente azarados Logan, mas será que a sua sorte está prestes a mudar? O filme realizado por Steven Soderbergh, que também é responsável por outras produções do género, como Ocean’s Eleven  (2001), coloca esta família de criminosos no seio de um assalto numa pista de NASCAR. A ajudá-los, estão ainda a irmã Mellie Logan (Riley Keough, a neta de Elvis Presley) e Daniel Craig como Joe Bang, um criminoso mais “experiente”.




SILÊNCIO (2016) 

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Andrew Garfield e Adam Driver em “Silêncio” (2016) |©Paramount Pictures

Aqui encontramos Adam Driver em mais um filme que foi um projecto sonhado durante muito tempo pelo seu criador, mas que teve muita dificuldade em ser feito e lançado. Scorsese tinha “Silence” na sua gaveta há décadas, muitas diferentes versões da obra foram projetadas, e muitas delas saíram frustradas. Na versão final, a que acabou por finalmente ser feita, encontramos Andrew Garfield e Adam Driver como dois padres jesuítas portugueses (que não sabem uma palavra da língua)  a tentar espalhar a fé cristã num Japão para lá de reticente e resistente à ideia.

Andrew Garfield é o protagonista da história como Padre Rodrigues, mas Adam Driver é um honroso secundário, na pele do Padre Garupe. Este foi um filme que provocou reacções díspares, visto por alguns como aborrecido e irrelevante, e por outros como uma das melhores obras de Scorsese em muitos anos. Na narrativa, Francisco Garupe e o protagonista Sebastião Rodrigues são dois missionários cristãos num Japão hostil do século XVII. Procuram descobrir o que fez com que o Padre Cristovão Ferreira tivesse parado com as suas correspondências Japão-Portugal. Enviados até ao território nipónico, os dois devotos jesuítas rapidamente vêem a sua fé testada e a sua segurança comprometida.

“Silence” é um longo filme de quase três horas, uma reflexão assente na quietude e logicamente no silêncio. É difícil de julgar, mas algo é certo, Driver dominou o ecrã durante o relativo pouco tempo em que o habitou.




PATERSON (2016) 

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Adam Driver em “Paterson” (2016) |©Amazon Studios

Mesmo com todo o burburinho em torno da prestação de Adam Driver  em “Marriage Story”, a sua primeira colaboração com Jim Jarmusch continua a ser um dos seus mais marcantes papéis, para muitos “o” mais marcante (certamente para quem redige este texto).

“Paterson” é um filme de uma beleza rara, uma beleza assente na simplicidade, e na poesia dos pequenos atos, dos pequenos prazeres, a poesia de um dia-a-dia belo e banal. Há algo de muito tranquilizante na sublime e discreta prestação de Adam Driver como um condutor poeta, um poeta anónimo, mas que parece ser o herdeiro de uma longa tradição de que bebe. Paterson vive em Paterson, no Estado de New Jersey, subúrbio distante e pouco empolgante de Nova Iorque. Seguimos uma semana na vida deste jovem, que é condutor de autocarros, na companhia oficial de…Paterson.

A sua vida é regrada, regida pela rotina. Vive uma existência feliz e sem grandes dramas,  com a sua mulher Laura (Golshifteh Farahani) e com o seu cão Marvin, interpretado pela falecida cadela estrela da Broadway, Nellie, que recebeu por este filme a Palma Canina já depois de falecer. Paterson foi um filme muito querido pela crítica no seu ano de lançamento. Marca o primeiro verdadeiro grande papel de protagonista de Adam Driver, e é inesquecível. Um poeta do dia-a-dia para um poema do quotidiano ….




STAR WARS: EPISÓDIO VII – O DESPERTAR DA FORÇA (2015) 

the force awakens
Adam Driver como Kylo Ren (2015) |© Walt Disney Studios Motion Pictures

Star Wars: Episode VII – The Force Awakens foi a primeira grande incursão de Adam Driver no universo de “Star Wars”, e por isso merece menção obrigatória, nem que seja por atirar o ator, tipicamente associado a um registo de cinema de autor, para o campo das produções cinematográficas “mainstream”, incluindo-o assim num dos maiores franchises de sempre da História do Cinema. Kylo Ren tornou-se uma sensação com a sua narrativa de viragem do bem para o mal, por muito familiar que esta possa parecer.

Nesta altura, Adam estava ainda em “Girls” mas já a arrancar a alta velocidade a sua carreira no cinema.




ENQUANTO SOMOS JOVENS (2014)

Adam Driver While We're Young
Naomi Watts e Adam Driver em “Enquanto Somos Jovens” (2014) |©Nicole Rivelli/ A24

Noah Baumbach é um dos colaboradores que mais associamos à carreira de Adam Driver. Amigos próximos e parceiros artísticos, Adam e Noah têm vindo a colaborar ao longo de toda esta década, com o seu trabalho a culminar em 2019 com “Marriage Story”. “While We’re Young” marca a sua segunda colaboração.

A obra é protagonizada por dois casais de artistas. De um lado o casal de meia-idade interpretado por Naomi Watts e Ben Stiller, do outro um casal jovem interpretado por Amanda Seyfried e Adam Driver. O mais novo ensina (ou relembra) ao mais velho que nunca é tarde para sonhar, para colocar mãos à obra, para cumprir promessas aparentemente esquecidas, para concluir o que ficou para depois. Uma história simples mas vibrante e bastante agradável…para ver e rever.




A PROPÓSITO DE LLEWYN DAVIS (2013)

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Justin Timberlake, Oscar Isaac e Adam Driver em “A Propósito de Llewyn Davis” |© 2013 – CBS Films

“Inside Llewyn Davis”, dos irmãos Coen, não é um filme no qual Adam Driver desempenhe um papel particularmente relevante ou que se assemelhe sequer ao de protagonista, mas a sua personagem secundária é marcante, divertida, e mostrou-nos os seus dotes musicais. Para além disso, assinala uma das suas primeiras colaborações num grande filme badalado da temporada de prémios, e, assim, uma das suas primeiras oportunidades para começar a sua jornada em Hollywood.

O filme é um estudo sobre a falsa promessa do sonho americano, e segue a vida de um jovem cantor de folk, protagonizado por Isaac, à medida que explora essa cena musical no início da década de 60. De guitarra às costas, o músico enfrenta um inverno rigoroso em Nova Iorque e luta por uma carreira na música que teima em não chegar. Como nos deixa indiciar a imagem, Driver representa aqui um colaborador na música.




FRANCES HA (2012)

Adam Driver Greta Gerwig
Greta Gerwig e Adam Driver em “Frances Ha” (2012) |©IFC Films

O maravilhoso “Frances Ha”, protagonizado por Greta Gerwig e escrito pelo realizador Noah Baumbach em conjunto com esta, é um marco do cinema indie norte-americano no século XXI, e para os propósitos desta lista marca um outro acontecimento importante. “Frances Ha” foi a primeira colaboração entre Adam Driver e Baumbach, colaboração esta que viria a ser recuperada três vezes mais (até agora).

Frances, interpetada por Gerwig, vive em Nova Iorque, mas não tem um apartamento. É aprendiz numa companhia de dança, mas não é propriamente uma dançarina. Tem uma melhor amiga, mas de momento não se falam. Frances representa muitos outros jovens artistas na casa dos 20, é uma sonhadora, mas a realidade acaba por não ser a sua melhor amiga. Frances quer muito mais do que o que tem de momento, mas não deixa de viver a sua vida com uma enorme leveza e felicidade, sapateando pela metrópole. Driver dá vida a Lev, um breve interesse romântico. Não é um papel muito marcante, mas assinala um princípio bem promissor.




GIRLS (2012 – 2017) 

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Lena Dunham e Adam Driver em “Girls” (2012) |©HBO

De todo o talentoso elenco de “Girls”, que inclui a irreverente protagonista e criadora Lena Dunham, passando pela dotada artista Jemima Kirke , a verdade é que a inegável estrela da série introduzida ao mundo por Lena Dunham e pelo produtor e realizador maravilha da comédia norte-americana, Judd Apatow,  é  mesmo Adam Driver.

Como Adam Sackler, o namorado da protagonista Hannah, ele foi irreverente, bizarro, algo violento e perturbador, diferente do típico papel do “interesse romântico. Mostrou, desde logo, uma capacidade incomensurável para preencher o ecrã. Entre 2012 e 2017, o tempo em que a série esteve no ar, Adam Driver tornou-se uma verdadeira estrela, tendo colaborado com inúmeros realizadores de topo ou começando o seu papel como antagonista na nova trilogia de “Guerra das Estrelas”, que se viu agora concluída no final de 2019.

No início da emissão da série, Adam era praticamente um desconhecido. Tinha tido um pequeno papel em “J.Edgar”, de Clint Eastwood, em 2011, e antes disso tinha tido pequenas participações em séries, curtas e filmes para a televisão, mas nada por aí além, e certamente nada com grande notoriedade. Em 2011, tinha já sido Kylo Ren, pela primeira vez, numa pequena curta de “Star Wars”, mas a aventura ainda estava para começar…

Esta série da HBO sobre um grupo de raparigas que vivem em Nova Iorque, todas a tentar compreender quem são na casa dos 20, foi, sem dúvida, a sua rampa de lançamento. No papel de namorado tóxico, conseguiu brilhar mais do que qualquer outro membro do elenco. Num momento em que celebramos as listas de final de década, seja de melhores músicas, filmes ou séries, recuperar a monumental década de Adam Driver parece ser um exercício de reflexão igualmente importante. Tendo colaborado com nomes como Spielberg ou Spike Lee, passando por Noah Baumbach ou por Jim Jarmusch, por Scorsese ou J.J Abrams, pelos irmãos Coen ou por Terry Gilliam, é difícil não reconhecer Adam Driver como um dos melhores atores a trabalhar atualmente, e como alguém que ainda vai dar muito, muito que falar.

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Qual o vosso papel predilecto nesta década maravilhosa para Adam Driver, uma nova estrela de Hollywood em permanente ascensão?

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