"Galveston - Vingança e Redenção" |© NOS Audiovisuais

Elle Fanning, os filmes essenciais da sua carreira

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No passado mês de março estreou “Galveston – Vingança e Redenção”(2018), de Mélanie Laurent, a mais recente obra que Elle Fanning protagoniza a estrear nas salas nacionais. A assinalar este lançamento, e o aniversário da atriz, recuperamos agora os filmes essenciais da sua já notável carreira. Revelamos também onde ver algumas destas obras em casa! 

Elle Fanning é, aos 22 anos, celebrados no passado dia 9 de abril, uma das mais promissoras jovens em ascensão em Hollywood. Não é apenas senhora do seu próprio franchise com “Maléfica”, mas oscila entre o cinema mais comercial e o cinema independente com facilidade. Os seus projectos têm vindo a demonstrar, cada vez mais, uma versatilidade e maturidade crescente enquanto intérprete.

A atriz tinha já um legado forte a cumprir. Ao fim de contas é a irmã mais nova de Dakota Fanning (26), estrela infantil que se destacou na primeira década do século XXI com filmes como “Guerra dos Mundos” (2005) ou “A Teia de Carlota” (2006). Seguiu desde cedo as pegadas de Dakota e começou na indústria antes sequer de completar três anos de idade. Por diversas vezes representou a versão mais jovem da sua irmã , por exemplo em “I Am Sam – A Força do Amor” (2001) ou até num episódio da série de ficção científica “Eles Vieram em Paz” (2002). Contudo, desengane-se quem considere que a individualidade de Elle não está mais do que solidificada. A galeria que se segue prova isso mesmo…

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“NO PAÍS DAS MARAVILHAS” (2008) 

Elle Fanning Phoebe in Wonderland
Elle Fanning em “No País das Maravilhas” (2008) |©Silverwood Films

Todas as histórias começam no início e merecem ser narradas a partir desse ponto. Depois de, ainda em tenra idade, ter dado vida a versões mais novas da irmã, Elle Fanning teve breves aparições em séries televisivas, nomeadamente de investigação policial . Seguiram-se-lhe papéis maiores em filmes, mas ainda sem grande preponderância narrativa.

O seu primeiro papel enquanto protagonista surgiu muito cedo, aos 10 anos, no drama independente “Phoebe in Wonderland” – na versão nacional “No País das Maravilhas”. O guião deste filme foi escrito antes sequer da jovem atriz ter nascido, mas não é por isso que Elle Fanning não se destacou através da sua prestação central. A obra, que conta com outros nomes fortíssimos no elenco – Bill Pullman, Patricia Clarkson ou Felicity Huffman – conta a história fantástica de uma menina destemida e imaginativa. Incapaz de se conformar, Phoebe é diferente e sente-se rejeitada pelos seus pares. Apaixonada pela peça “Alice no País das Maravilhas”, começa a refugiar-se num mundo onde a realidade e ficção se confundem.

Um primeiro papel de protagonista exigente, que marca desde logo a singularidade desta criança criada na indústria. “No País das Maravilhas” foi também a primeira experiência de realização de uma longa-metragem para Daniel Barnz , que viria em 2014 a realizar “Cake: Um Sopro de Vida” . Foi este o filme pelo qual Jennifer Aniston viria a receber louvores pela sua primeira grande prestação no campo do drama.




“O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON”  (2008) 

The Curious Case of Benjamin Button
Elle Fanning e Cate Blanchett em “The Curious Case of Benjamin Button” | © 2008 – Paramount Pictures

Em “O Estranho Caso de Benjamin Button” (2008), Elle Fanning interpreta uma pequena mas fundamental personagem. A obra surreal criada por David Fincher (“Se7en”, “A Rede Social”) narra a história de um homem que envelhece “ao contrário”, e conta com Brad Pitt e Cate Blanchett como seus protagonistas. Elle interpreta a versão com sete anos de idade de Daisy (Blanchett), o interesse romântico do Benjamin Button de Brad Pitt.

Apesar de esta ser apenas uma breve participação, testemunha o trajeto consistente de Elle rumo à participação em obras de maior impacto.

“O Estranho Caso de Benjamin Button” encontra-se disponível no catálogo da Netflix, aqui. 




“SOMEWHERE – ALGURES”  (2010) 

Stephen Dorff e Elle Fanning em Somewhere (2010)
Stephen Dorff e Elle Fanning em “Somewhere – Algures” (2010) |©Focus Features

Em 2011, Elle Fanning deu continuidade a uma filmografia muito recente e ainda assim repleta de obras conceituadas. “Somewhere” marca a sua primeira – mas não única –  colaboração com Sofia Coppola.

Este é um filme dominado por apenas duas personagens centrais e pela reflexão acerca de uma dinâmica parental. Johnny Marco (Stephen Dorff) é um cliché de estrela de Hollywood: vive no mítico Chateau Marmont, em Hollywood, e tem uma vida repleta de vícios e glamour. Isto até a ex-mulher lhe deixar inesperadamente ao cuidado a sua filha de 11 anos, Cleo (Elle Fanning). O ator é agora forçado a reflectir sobre as suas escolhas e comportamentos, à medida que fortalece a relação com a sua perspicaz e inteligente filha.




“SUPER 8”  (2011) 

Elle Fanning Super 8
Elle Fanning em “Super 8” (2011) |©Paramount Pictures

Depois de ter protagonizado, em 2010, uma versão duvidosa de “O Quebra-Nozes”, 2011 trouxe a uma Elle Fanning de 13 anos um novo grande projeto – um dos que mais contribuiu para que esta se tornasse uma figura mais reconhecível pelo grande público. Falo de “Super 8”, o filme infanto-juvenil de ficção científica realizado por J.J Abrams e produzido por Steven Spielberg.

A narrativa transporta-nos até ao verão de 1979, onde um grupo de pré-adolescentes testemunha um acidente de comboio. Acabam por investigar uma série de eventos inexplicáveis que ocorrem na sua pequena localidade. “Super 8” é acima de tudo um projeto que reflecte muita da filmografia de Spielberg – ecoa a “E.T” (1982) ou a “Os Goonies” (1985), este segundo não realizado por mas com ideia original de Spielberg. É também uma homenagem ao próprio cinema e pode facilmente ter inspirado a criação de outros conteúdos com premissa semelhante como o nostálgico “Stranger Things” (2016).

Para os propósitos desta galeria, é inegável que Elle Fanning se destacou aqui como talento frente à câmara.”Super 8″ pode ser encontrado no catálogo da “HBO Portugal”.




“A ILUSÃO”  (2011)

Elle Fanning Twixt Francis Ford Coppola
Val Kilmer e Elle Fanning em “A Ilusão” (2011) |©American Zoetrope

2011 foi, de facto, um ano marcante para a mais jovem Fanning. Brilhou em “Super 8”, participou na comédia dramática familiar “Comprámos um Zoo!”,  de Cameron Crowe (“Jerry Maguire”),  e foi ainda uma figura central em “Twixt” ou, em português, “A Ilusão”.

“Twixt”, longa-metragem escrita, produzida e realizada por Francis Ford Coppola, assinala uma nova colaboração entre Fanning e a família mais notável do cinema norte-americano. Aqui, partilhou o protagonismo com grandes vultos como Val Kilmer e Bruce Dern.

Em “A Ilusão” um escritor de livros de terror, Hall Baltimore (Val Kimer), visita uma pequena cidade sombria no âmbito de uma tour promocional do seu mais recente livro editado. Acaba por se ver envolvido na investigação de um homicídio de uma criança local. Num sonho, é abordado pelo misterioso fantasma de uma menina – V (Elle Fanning). Apesar de esta obra gótica de Coppola não ter recebido grandes louvores, à excepção de uma identificação no top 10 de filmes do ano de 2012 da “Cahiers du Cinéma”, marca mais uma inegável credencial de sucesso para Fanning que aqui esboçou um outro exercício de criatividade num registo distinto.

Este regresso do grande autor de “Apocalypse Now” ao terror não é fácil de encontrar em plataformas online. Contudo, se estiverem antes com inclinação para uma sessão leve e familiar, “Comprámos um Zoo!” integra os filmes para ver na HBO Portugal. 




“GINGER & ROSA”  (2012) 

Ginger & Rosa Annete Bening
Annette Bening e Elle Fanning em “Ginger & Rosa” (2012) |©A24

Em 2012 e com “Ginger & Rosa”, Elle Fanning continuou com a sua evolução rumo a uma carreira repleta de papéis robustos e frequentemente associáveis ao género dramático. O filme realizado por Sally Porter, que em 2017 nos trouxe o popular “A Festa”, debruça-se sobre a vida de duas adolescentes inseparáveis que crescem na Londres dos anos 60. A Crise dos Mísseis de Cuba aproxima-se e a vida das duas jovens, e a sua relação, é afetada por este evento determinante. Uma narrativa sobre política, sexualidade e crescimento  num “coming of age” repleto de quietude e com uma notável natureza contemplativa.

Foi este mais um filme que colocou Elle Fanning lado a lado com diversos grandes atores, neste caso Christina Hendricks, Timothy Spall ou  Annette Bening. Aqui, a jovem atriz desempenhou o papel de uma personagem de 16 anos quando contava apenas 13. Como não seria de espantar, fê-lo com um elevado grau de maturidade que desde cedo lhe foi exigido.




“MALÉFICA” (2014) 

Elle Fanning
Elle Fanning na sequela de “Maléfica” –  “Maléfica: Mestre do Mal”  (2019) | © NOS Audiovisuais

Em 2014, Elle Fanning partilhou o ecrã com Michael Shannon e Nicholas Hoult no drama apocalíptico “Young Ones – Luta Pela Sobrevivência” antes de chegar o papel que a tornou de vez um nome reconhecível para o grande público. Falamos, evidentemente, de Princesa Aurora em “Maléfica” da Disney.

Esta história, à qual se seguiu em 2019 a sequela “Maléfica: Mestre do Mal”,  é mais uma das muitas adaptações da Disney de histórias clássicas para o formato de imagem real. Contudo, esta versão, um sucesso de bilheteira a nível internacional e nacional, tem duas vantagens no que à fórmula já desgastada da Disney diz respeito.

Em primeiro lugar, o primeiro capítulo de “Maléfica” chegou antes da sucessão de versões em imagem real se ter tornado verdadeiramente fastidiosa. Em segundo lugar, “Maléfica” procurava inverter os paradigmas de um conto de fadas. Tal como “Wicked” procurou humanizar a bruxa má de Oz com a sonhadora Elphaba, aqui o estúdio do Rato Mickey tentou dar à vilã da clássica narrativa de “A Bela Adormecida” uma caracterização de personagem mais robusta e menos undimensional.

Quanto à Aurora de Fanning, ela apresenta-se como mais obstinada e opinativa do que a figura clássica angelical da nossa mente, mas este não é o papel em que a sua aptidão teatral mais se dá a evidenciar.

O filme está disponível para compra no Youtube e na Google Play.




THE NEON DEMON – O DEMÓNIO DE NÉON (2016) 

Elle Fanning The Neon Demon
© Leopardo Filmes

Foi a filha de Bryan Cranston em “Trumbo” (2015) e o jovem transexual Ray no drama “3 Gerações”, também em 2015. Isto antes de o ano de 2016 lhe trazer mais dois filmes de referência na sua filmografia. “Maléfica” pode ter sido o bilhete para o mainstream para Elle Fanning, mas “The Neon Demon” assinalou mais um importante mergulho rumo ao cinema de autor.

O filme do dinamarquês tornado nova-iorquino Nicolas Winding Refn (“Drive – Risco Duplo”) ,estreado em Cannes, onde competiu pela Palma de Ouro e levou o prémio de Melhor Compositor, empurrou a jovem atriz , com 18 anos aquando do lançamento, para papéis cada vez mais exigentes e adultos. 

Em “The Neon Demon” Jesse (Elle Fanning), uma aspirante a modelo, muda-se para Los Angeles, e rapidamente vê a sua juventude e vitalidade sugadas por um grupo de mulheres obcecadas com a beleza, que farão o que for necessário para ter aquilo que ela tem. O thriller de terror, detentor de uma estética e de um rumo narrativo invulgar e marcante, não foi consensual mas revelou-se certamente memorável – não seja pela sua fotografia e banda-sonora.




MULHERES DO SÉCULO XX (2016) 

Mulheres do Século XX
©A24/ NOS Audiovisuais

“Mulheres do Século XX” é um verdadeiro filme de elenco. Uma comédia dramática repleta de coração onde três mulheres de gerações diferentes: uma jovem adolescente (Elle Fanning), uma jovem adulta (Greta Gerwig)  e uma mãe de meia idade,  Dorothea Fields (Annette Bening), contribuem para a educação boémia e feminista de Jamie Fields (Lucas Jade Zumann). 

Uma obra sobre crescimento pessoal, o retrato de uma revolucionária Califórnia  do final dos anos 70 e um merecido nomeado ao Óscar de Melhor Argumento Original nos Óscares de 2017. Elle é aqui Julie Hamlin, a vizinha inteligente e provocadora e a melhor amiga do jovem Jamie . Mais um registo vencedor nesta obra premiada e louvada de Mike Mills, realizador californiano de “Assim é o amor”, que reconhece este “20th Century Women” como inspirado na sua própria experiência de adolescência.

O DVD deste genuíno retrato humano de um microcosmos encapsulado no tempo está à venda na FNAC.




COMO FALAR COM RAPARIGAS EM FESTAS (2017) 

Como Falar com Raparigas em Festas How to Talk to Girls at Parties
“Como Falar com Raparigas em Festas” |©NOS Audiovisuais

A já então conceituada jovem intérprete participou em 2017 em diversos projetos diversificados. Fazemos aqui menção aos mais assinaláveis, começando com uma invulgar comédia romântica musical realizada por John Cameron Mitchell. “How To Talk To Girls At Parties”, estreado originalmente em Cannes onde foi indicado à Palma Queer e que competiu também no LEFFEST por terras lusitanas, é um filme errático e que nos apresenta, uma vez mais, uma revolucionária e imprevisível personagem encarnada por Elle Fanning.

A longa-metragem transporta-nos para a Londres do final dos anos 70 e para o coração do movimento punk. Protagonizado a três entre Alex Sharp, Elle Fanning e Nicole Kidman, o filme leva-nos até a um mundo restrito, fascinante e caótico.




O ESTRANHO QUE NÓS AMAMOS (2017) 

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“O Estranho que Nós Amamos” |©Focus Features

2017 marcou o reencontro entre Sofia Coppola e Elle Fanning e uma vez mais viu Kidman e Fanning a co-protagonizar um mesmo filme. O pesado drama histórico “The Beguild” mereceu a Coppola a nomeação à Palma de Ouro e a vitória na categoria de realização. A autora tornou-se, aliás, a segunda mulher a ser premiada nesta categoria importantíssima do festival.

Contudo, a obra protagonizada por Kidman, Fanning, Kristen Dunst e por Colin Farrell não foi consensual, especialmente devido a uma polémica em seu torno. O filme destaca-se por uma visão feminina da Guerra Civil Norte-Americana, propondo um ângulo de narração longe de banal. A poderosa narrativa viu-se alvo de muita controvérsia, não devido à qualidade da realização de Coppola ou do rico elenco, mas devido a uma situação de “white-washing”  – o filme baseia-se num romance de Thomas P. Cullinan e a única personagem negra do livro foi ocultada da narrativa.

O “O Estranho que Nós Amamos”  conta a história de um soldado ferido que procura refúgio numa escola para raparigas na Virgina. O Cabo McBurney (Farrell) é socorrido perto da escola onde se refugia e onde desencadeia uma crescente tensão sexual e consequente rivalidade entre as jovens que lá estudam.

Polémicas à parte, este intenso thriller onde Elle Fanning brilhou uma vez mais merece ser visto. Em Portugal não só pode ser encontrado na Netflix, como está disponível para alugar no Youtube e no Google Play Filmes.




MARY SHELLEY (2017) 

Mary Shelley
Elle Fanning em “Mary Shelley” (2017) |© HanWay Films

Mais uma produção, mais um filme histórico num ano em que a carreira de Elle Fanning se centrou bastante na representação de personagens oriundas de tempos passados. “Mary Shelley“, da saudita Haifaa al-Mansour (“Wadjda”), é um romance de época algo linear, que pouco furor causou e que irritou alguns devido à sua falta de preciosismo histórico. Não obstante, mune-se de relevância por entregar a Fanning a hipótese de representar uma indisputável protagonista numa obra e por, pela primeira vez, a colocar a dar  vida a uma pessoa real. O filme estreado no Toronto International Film Festival – TIFF – conta a história de vida da inaugural autora do clássico de terror “Frankenstein” e procura, pelo caminho, estabelecer paralelos entre a vida e a obra.

Estamos na Londres de 1814 e Mary Wollstonecraft-Godwin (Elle Fanning)  é uma jovem de 16 anos que aspira a escritora, enquanto trabalha na livraria do seu pai,  um escritor de renome. A vida de Mary muda quando conhece o poeta de 21 anos Percy Bysshe Shelley (Douglas Booth). Este conto gótico recupera o seu tumultuoso romance e, à medida que a sua própria relação se torna mais repleta de obstáculos e tensões, mais a ideia para “Frankenstein” se forma…

Por ter escrito este romance com tão tenra idade e no início do século XIX, Mary viu-se confrontada com um sem fim de obstáculos. O filme recupera-os e Fanning é um veículo perfeito para esta história de resiliência. Aqui não desilude no retrato de uma mulher determinada e muito à frente do seu tempo.




AGORA ESTAMOS SOZINHOS (2018) 

Agora Estamos Sozinhos
“Agora Estamos Sozinhos” (2018) |©NOS Audiovisuais

Em 2018, mais uma pérola indie. Desta vez “I Think We’re Alone Now”, obra na qual Elle Fanning partilha o protagonismo com Peter Dinklage (“Game of Thrones). “Agora Estamos Sozinhos”, no português, é um invulgar drama de ficção científica criado pela conceituada realizadora Reed Morano – vencedora de um Emmy pelo seu trabalho em “The Handmaid’s Tale”.

Nesta obra encontramos Del (Dinklage), num cenário pós-apocalíptico. Ele é o único sobrevivente da raça humana e vive satisfeito na quietude da sua solidão. Isto até descobrir a jovem Grace (Fanning), uma estranha com um passado duvidoso e que teima em não o deixar regressar à solidão. Este é um filme com um elenco muito reduzido, que acentua o vazio e a relação entre as duas personagens centrais. Mais uma notória oportunidade para a jovem atriz brilhar, desta vez com uma parelha  improvável.

Esta lista vem mesmo a calhar, pois o filme será exibido no TVCine Edition  – reservado a clássicos e filmes de culto – já no próximo dia 25 de abril pelas 20h15 e no dia 28 de abril às 3h20 da manhã.




GALVESTON – VINGANÇA E REDENÇÃO (2018) 

Galveston
©NOS Audiovisuais

Chegamos então ao filme que motivou esta galeria que viaja pela surpreendentemente longa carreira desta jovem. “Galveston – Vingança e Redenção” pode ter chegado às salas de cinema portuguesas em março de 2020, mas a obra de Mélanie Laurent  – a eterna Shosanna de “Sacanas sem Lei” que agora é realizadora para além de atriz e cantora – estreou nos Estados Unidos no outono de 2018.

Baseado num livro escrito pelo criador da popular série “True Detective”, “Galveston” é um drama criminal repleto de acção. Neste, Roy (Ben Foster) vê-se atraiçoado pelo seu patrão – um mafioso. Escapa ileso à armadilha de que foi vítima e é aí que conhece Rocky (Elle Fanning),  uma prostituta adolescente que “resgata” de uma situação perigosa. Juntos fogem para Galveston, no estado do Texas, um local que Roy conhece bem e que pertence ao seu passado obscuro.

“Galveston” é uma história de vingança, de redenção e uma narrativa criminal negra. Fanning é aqui, uma vez mais, uma adolescente atormentada.

A exibição em sala, em Portugal, foi encurtada no passado mês pelo encerramento das salas devido à pandemia do SARS-COV-2. Não é assim surpreendente que o filme ainda não esteja disponível nas plataformas de aluguer ou em outras demais. Aqui esperamos por ele, com curiosidade.




TEEN SPIRIT: CONQUISTA O SONHO (2018) 

Teen Spirit: Conquista o Sonho
“Teen Spirit: Conquista o Sonho” (2018) | © NOS Audiovisuais

“Teen Spirit” é mais uma obra na qual Elle Fanning demonstra o potencial melancólico da sua persona enquanto atriz. Dos produtores de “La La Land”, esta é uma narrativa na qual a jovem intérprete regressa a temáticas que visitou em papéis passados. É um regresso ao mundo da música , mas também ao universo da fama. Um papel repleto de vulnerabilidade sobre um sonho que se pode tornar frustrante: o de uma adolescente que aspira tornar-se cantora pop.

O drama musical estabelecesse como um “coming of age tale” – um filme sobre crescimento e transição para a idade adulta – e conta a história de uma jovem tímida que sonha abandonar a pequena localidade onde vive e seguir o seu sonho da música. A longa-metragem conta com uma eclética banda sonora,  com músicas de artistas como:  Robyn, Ellie Goulding, Tegan & Sara, Annie Lennox, Orbital, Sigrid, Carly Rae Jepsen Perry, Grimes, The Undertones, Aqua, Alice Deejay, Whitfield, Major Lazer ou No Doubt.

Elle aproveita para mostrar os seus dotes vocais. “Teen Spirit” está prestes a ser exibido no TVCine Emotion, podendo ser visto já na próxima quarta-feira, 15 de abril, pelas 22h55. Repete na sexta-feira, pelas 5h55 da manhã.




UM DIA DE CHUVA EM NOVA IORQUE (2019)

Um Dia de Chuva em Nova Iorque
“Um Dia de Chuva em Nova Iorque” |© Gravier Productions

“A Rainy Day in New York” esteve na prateleira durante algum tempo. Inicialmente uma produção englobada no contrato de Woody Allen com a Amazon, acabou por ver a sua distribuição nos Estados Unidos comprometida no âmbito do movimento #metoo e #timesup. As acusações de violação por parte da filha de Allen, Dylan Farrow, voltaram à ordem do dia e o realizador e argumentista viu o seu trabalho remetido ao esquecimento.

E se os Estados Unidos e Hollywood colocaram Allen, certamente por tempo limitado, na gaveta, o caso é diferente no que diz respeito à Europa. Pelo velho continente, o filme conseguiu ver distribuição em sala em muitos países – Portugal um deles. “Um Dia de Chuva em Nova Iorque”, protagonizado por Elle Fanning e Timothée Chalamet, e que conta ainda com Jude Law e Selena Gomez entre o elenco, é um regresso de Allen à sua neurótica e chuvosa Nova Iorque – a sua derradeira musa.

Uma viagem bem-vinda, embora excessivamente nostálgica e que pouco acrescenta à filmografia do realizador. Sem prejuízo, contudo, para a prestação de Fanning. Longe de ser a melhor da sua carreira, é ainda acima uma prova de adaptabilidade, pois a habitual natureza amargurada das suas adolescentes rebeldes dá lugar a uma certa alegria apatetada nesta sua Ashleigh, uma ingénua estudante universitária. Allen não deixa as suas mulheres brilhar verdadeiramente, não por norma, mas a nossa homenageada lá deixou a marca do seu charme.

O filme encontra-se em pré-venda na FNAC, sendo lançado no próximo dia 29 de abril.




ALL THE BRIGHT PLACES (2020) 

elle fanning all the bright places
“All The Bright Places” | ©Walter Thomson/Netflix

No final do passado mês de fevereiro de 2020 estreou o novo drama protagonizado por Elle Fanning – “All the Bright Places”. O filme teve estreia directa, em diversos países, através da plataforma Netflix. A narrativa adolescente está inclusive disponível no catálogo português.

Nesta narrativa dois adolescentes criam uma ligação forte através da partilha de problemas pessoais e embarcam juntos numa viagem pelo estado norte-americano do Indiana. “All the Bright Places” foi realizado por Brett Haley (“Hearts Beat Loud”) e baseia-se no romance homónimo da autora Jennifer Niven, um intenso romance negro que entra na categoria YA -Young Adult – literatura para jovem adultos. Contudo, as temáticas pesadas que aborda com um trato cuidado são universais e para todas as idades.




THE GREAT  E THE NIGHTINGALE (2020) 

Elle Fanning in The Great (2020)
Elle Fanning in The Great (2020) |© Hulu

Em 2020 a jovem Elle, tão habituada ao mundo do cinema e especialmente do cinema independente, vai dar o salto para o pequeno ecrã  e regressar a um papel num projeto histórico. Esta sombria comédia de época apresenta-nos uma jovem Catarina da Rússia, no momento em que é forçada a escolher entre a sua felicidade pessoal e o futuro da Rússia. Encontramo-la no momento em que se casa com o Imperador desta nação. A Imperatriz é, ainda hoje, uma das mais incontornáveis regentes e figuras femininas da história.

Depois de interpretar a criadora de um clássico de terror, Elle Fanning é outra grandiosa personagem. A série estreará no Reino Unido com o Channel 4, nos Estados Unidos será exibida pela Hulu e em Portugal chega à HBO. Podemos esperá-la a 16 de maio.

A atriz tem outro projeto em pré-produção, sobre o qual ainda não se sabe muito. “The Nightingale”, um drama histórico marcado pelo peso da guerra, traz a promessa de uma colaboração interessante entre Elle Fanning e Dakota Fanning. A sua irmã mais velha, que conta 26 primaveras,  viu a sua popularidade em grandes produções decair ao longo dos anos mas manteve-se sempre ativa em produções mais independentes. Há muitos anos que não partilham créditos cinematográficos e por isso o filme de  Mélanie Laurent é aguardado com alguma antecipação. Prevê-se a sua estreia para o natal de 2020, embora a situação actual possa provocar algum atraso na produção da obra. Depois deste novo desafio é certo que muitos outros projetos interessantes surgirão no trajecto da atriz.

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As credenciais camaleónicas de Elle Fanning são impressionantes. Qual será o seu melhor papel até à data? 

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