"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" | ©Big Picture Films

Injustiça nos Óscares 2024 | Realizador português não receberá o prémio se Homem-Aranha vencer

Entre os realizadores do sucesso “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” está o luso-americano Joaquim dos Santos que foi injustamente excluído da nomeação aos Óscares.

Depois de vários meses passados com muita especulação e entusiasmo, a 96ª cerimónia dos Óscares acontece já no Domingo, dia 10 de março, pelas 23h00 em Portugal Continental e contará com Jimmy Kimmel na apresentação pela quarta vez. Na categoria de Melhor Filme de Animação, o grande favorito é mesmo “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, a sequela do primeiro filme que também venceu nos Óscares.

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Após o reencontro com Gwen Stacy (Hailee Steinfeld), Miles Morales (Shameik Moore) é catapultado através do Multiverso onde conhece uma equipa de “pessoas-aranha” responsáveis pela sua proteção. Porém, Miles entra em conflito direto com a equipa quando ficam em desacordo acerca da forma como lidar com a nova ameaça personificada no vilão The Spot (Jason Schwartzman). É então que Miles terá de redefinir o significado de herói para salvar as pessoas que mais ama.

© Sony Pictures

Realizado por Kemp Powers, Joaquim dos Santos e Justin K. Thompsomn, a obra já venceu cerca de quarenta prémios, incluindo o Critics’ Choice Awards, o Sindicato de Produtores e os Annie Awards. Apesar das derrotas no BAFTA e Golden Globes para “O Rapaz e a Garça”, o mais recente filme de Hayao Miyazaki, o esperado é que a longa-metragem traga mais alegrias para a Sony Pictures e que a noite seja de festa.

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Porém, nessa festa há alguém que ofereceu um contributo essencial para o sucesso da obra que não verá os seus esforços reconhecidos. Trata-se do realizador luso-americano Joaquim dos Santos, de 46 anos, que foi o primeiro a juntar-se à equipa responsável para dar corpo a esta sequela.




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Segundo as regras para a categoria nos Óscares, as pessoas que têm direito a receber o prémio são definidas pela equipa de produção, tendo em conta que apenas podem ser considerado quatro indivíduos. Desses quatro, obrigatoriamente um deve ser da equipa de realização, ao passo que os outros devem ter crédito como realizador ou produtor. A excepção para os quatro é quando uma equipa de produtores composta por duas pessoas passa a ser considerada como um só, apenas se os dois já tiverem uma parceria de produção pré-estabelecida como é o caso dos nomeados Phil Lord & Chris Miller.

Segundo a Variety, o estúdio ainda tentou apresentar os três realizadores como uma equipa só, porém tal foi negado pela Academia. O que acabou por resultar na decisão de não incluir um dos realizadores, Joaquim dos Santos, entre os nomeados. Se o filme confirmar o favoritismo, os vencedores serão: os realizadores Kemp Powers e Justin K. Thompson, a equipa de produtores Phil Lord & Chris Miller e ainda Amy Pascal. De fora, ficaram também os produtores Avi Arad e Christina Steinberg.

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No passado, as regras da Academia já afetaram tanto Pascal, que não foi reconhecida pelo seu contributo no primeiro filme, como Kemp Powers, que falhou a nomeação por ser o co-realizador de “Soul”. Com tantos criativos a serem prejudicados por estas regras, fica a questão de porque é que os Óscares ainda as mantém em vigor, já que não parece haver algo que realmente o justifique.

TRAILER | HOMEM-ARANHA NOMEADO AOS ÓSCARES 2024

E tu, já sabias que “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” tinha sido co-realizado por um português? O que te parece esta decisão dos Óscares?


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