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Emmys 2020 | Os Prémios da MHD vão para…

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A cerimónia de entrega dos Emmys 2020 é esta noite, mas a equipa da MHD já elegeu aqueles que seriam os grandes vencedores.

Apesar da Academia teimar em fazer alterações frequentes às regras do jogo, deverá ser seguro dizer que tornar os Emmys 2020 um evento 100% virtual não estaria nos seus planos. No entanto, devido à pandemia de COVID-19, é esse o cenário a que vamos assistir esta madrugada.

A 72ª edição dos Emmy Awards será apresentada Jimmy Kimmel, sendo que a Academia convidou todos os nomeados e convidados a participarem de casa ou de outro local que escolham. Este ano, será o primeiro sem “Game of Thrones”, cuja presença marcou todas as edições anteriores, à excepção de 2017. Descobre quem gostaríamos que conquistasse o trono de 2020 nesta galeria:

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MELHOR ATOR SECUNDÁRIO NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

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Yahya Abdul-Mateen II em “Watchmen” | HBO

“Watchmen” arranca com o maior número de nomeações (26) à edição deste ano. Por nós, Yahya Abdul-Mateen II ganharia a estatueta de Melhor Ator Secundário numa Série Limitada ou Telefilme.

O ator de 34 anos tem aqui a sua primeira grande oportunidade, após ter participado quase despercebido em filmes como “Aquaman” ou “Nós”. Em “Watchmen” Abdul-Mateen II consegue finalmente explorar e construir uma personagem. Duas, na realidade. O marido da detetive Angela Bar (Regina King), Cal, e a sua verdadeira identidade, o Doctor Manhattan.

O penúltimo episódio da série, “A God Walks into Abar”, para além de ser um dos melhores (se não o melhor), é também onde Abdul-Mateen prova o seu valor num rol de emoções que não nos deixam desviar o olhar do ecrã. Uma participação subtil, mas que arrebata nos momentos certos, algo que não é tão fácil como parece.

– Inês Serra




MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

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Uzo Aduba em “Mrs. America” | © HBO Portugal

Aduba é uma das atrizes preferidas dos Emmys tendo sido honrada várias vezes pelo seu trabalho em “Orange Is the New Black“. Este ano, ela encontra-se nomeada por um papel bem diferente daquele que lhe deu fama. Ao invés de ser uma presidiária enlouquecida, Aduba dá vida à primeira mulher afro-americana a candidatar-se à Presidência. Trata-se de Shirley Chisholm, uma das muitas figuras históricas perfiladas pela minissérie “Mrs. America.”

Esse programa da Hulu e FX, que em Portugal passou na HBO, estrutura a maioria dos seus episódios em volta de uma personalidade específica. Assim, quase todo o elenco da série tem direito a brilhar e Aduba domina, por completo, o terceiro episódio da obra. Nessa hora, vemos como Chisholm navega as políticas traiçoeiras do Partido Democrata, como ela é desapontada e traída, manipulada e vencida.

Enquanto atriz, Uzo Aduba prima pela intensidade da emoção, mas o papel de Shirley Chisholm demanda subtileza e nuance. Felizmente, esta é também uma atriz que se sabe adaptar, construindo um retrato da política que prima pelo que não é dito. Numa reação silenciosa, ela pode transparecer estoicismo a esconder derrota, serenidade que cobre o fogo da fúria. É um desempenho brilhante!

– Cláudio Alves




MELHOR ATOR NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

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Paul Mescal em “Normal People” | © HBO Portugal

Por vezes, descobrimos um ator desconhecido que nos faz parar o coração e rouba o fôlego. Assim aconteceu com Timothée Chalamet e sua expressividade naturalista em “Chama-me Pelo Teu Nome“, assim se deu com Jennifer Lawrence em “Despojos de Inverno”. Este ano, esse ator revelação, pelo menos na esfera televisiva, é Paul Mescal.

“Normal People” é um retrato arrebatador do amor tóxico, do amor que salva e que condena. Contando a história de dois jovens irlandeses e suas muitas reviravoltas românticas, trata-se de uma narrativa que estuda a fundo as suas personagens, que as disseca psicologicamente e expõe as almas despidas. A câmara íntima e o diálogo realista só acentuam a causticidade sentimental do exercício e colocam o peso do mundo sobre os ombros dos atores.

Mescal nunca vacila, retratando com candor e honestidade um homem reprimido e deprimido, tão habituado a engolir a emoção que, a certa altura, seu coração se torna numa bomba-relógio. Num dos últimos episódios, quando a personagem de Mescal busca o auxílio de uma psicóloga, o ator implode em grande plano claustrofóbico. É impressionante e indescritível, tão real que queremos desviar os olhos e tapar os ouvidos.

– Cláudio Alves




MELHOR ATRIZ NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

emmys 2020
Shira Haas em “Unorthodox” | © Netflix

O parágrafo introdutório de Paul Mescal também se encaixa como uma luva em Shira Haas. Apesar da jovem atriz já contar com alguns papéis, este é o seu primeiro com grande destaque internacional. E, ao contrário do que possas pensar, Shira é na realidade de origem israelita.

Toda a sua transformação em Esther Shapiro, Esty, uma judia hassídica que vive numa pequena comunidade em Brooklyn, foi cuidadosamente estudada. Por exemplo, o complexo idioma Yiddish que Shira parecia fluente ou mesmo nativa, foi aprendido em meses para a sua participação em “Unorthodox”. Mas não é apenas pela magnífica preparação que a atriz de 25 anos merece o Emmy. A sua prestação foi realmente transcendente e humana, expondo tanto dilemas culturais, como temas femininos dos quais se deveriam falar mais, como é o caso do vaginismo, condição de que Esty padece.

Shira comentou em várias entrevistas que ter uma equipa maioritariamente feminina também contribuiu para a sua prestação. Ainda assim, o compromisso para com a personagem, fazem de Shira uma atriz magnífica, com um nível de entrega que vemos em poucos. Se o seu percurso continuar com a mesma intensidade, podemos estar perante um novo camaleão de Hollywood.

– Inês Serra




MELHOR ATRIZ NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

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Catherine O’Hara em “Shitt’s Creek” | © CBC Television

Nas últimas décadas, Catherine O’Hara tem-se vindo a afirmar como uma das mais importantes vozes da comédia americana. Os seus desempenhos nos filmes de Christopher Guest são merecedores de Óscar e o trabalho nas obras de Tim Burton já resultou em personagens icónicas. Com tal carreira, é difícil para um ator se estar sempre a superar, mas O’Hara nunca para.

Ela fica melhor a cada ano que passa e seus instintos cómicos só aguçam. Capaz de tecer gargalhadas com comportamento estilizado e humor natural, O’Hara é imparável. A jóia da coroa no seu repertório é, de facto, uma das suas criações mais recentes – a sublimemente despassarada Moira Rose.

Rato da cidade perdido no campo, senhora da alta sociedade despida da fortuna, Moira é um tesouro de excentricidades, cada uma mais estrambólica que a anterior. Quer seja o seu guarda-roupa monocromático ou a pose afetada, a dicção carnavalesca ou o vocabulário floreado, todos os detalhes da personagem encaixam uns nos outros de forma a criar uma máquina de risadas instantâneas. No meio de tudo isto, O’Hara é quem mantém o mecanismo a funcionar, rendendo-se de corpo e alma ao papel. A chave para o sucesso é como a comediante nunca parece comentar a sua personagem e aborda a loucura de Moira com absoluta sinceridade.

– Cláudio Alves




MELHOR ATOR NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

Golden Globes 2020
Ramy Youssef em “Ramy” | © 2019 Hulu

“Ramy” bebe um pouco do formato de “Atlanta”, que já valeu a Donald Glover – criador e protagonista da série – várias nomeações, dois Golden Globes (Melhor Série de Comédia e Melhor Ator) e cinco Emmys, incluindo o de Melhor Ator e Realização (em 2017) para o próprio Glover.

Trocando a comunidade afro-americana de “Atlanta”, pela egípcia-americana, “Ramy” também é protagonizada e escrita pelo titular da série Ramy Youssef. O humorista partilha a ascendência com o seu personagem, que explora os dilemas de um jovem adulto muçulmano exposto a todos os gatilhos da geração millenial, tornando o seu dia-a-dia num verdadeiro teste à sua moralidade. A própria série é uma carta de amor para toda a comunidade muçulmana, que segundo Ramy, tem finalmente um conteúdo no qual se podem verdadeiramente rever.

O seu humor e autenticidade já o levaram a conquistar o Golden Globe para Melhor Ator numa Comédia, e acreditamos que amanhã sairá igualmente vencedor.

– Inês Serra




MELHOR ATOR SECUNDÁRIO NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

emmys 2020
William Jackson Harper em “The Good Place” | © Netflix

Interpretar um neurótico não é já de si uma tarefa fácil, mas William Jackson Harper parece ter nascido para o papel. Ao longo das quatro temporadas de “The Good Place”, Harper deu-nos uma prestação consistente de Chidi Anagonye, um professor de Filosofia e Ética Moral, que não acredita nas chamadas “zonas cinzentas.”

Esta é a primeira nomeação de William Jackson Harper e deveria ser igualmente a sua primeira vitória. Chidi é uma personagem que irá ficar connosco, como todas as outras da brilhante “The Good Place”. Foi a nossa consciência e bússola moral ao longo de todas as temporadas. Um personagem em constante auto-tortura e ansiedade, entre muitas outras fases às quais Harper soube dar a sua própria dimensão.

– Inês Serra




MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

Nalguns episódios, D’Arcy Carden foi múltiplas Janets | © 2018 NBCUniversal Media, LLC

D’Arcy Carden começou mais tarde no mundo da indústria televisiva e cinematográfica, tal como a mesma identifica habitualmente nas suas entrevistas. Apesar de pertencer a grupos de comédia com bastante influência na indústria, foi apenas a meio da casa dos 30 que Carden conseguiu o seu primeiro grande papel.

Quando conseguiu o papel de Janet, D’Arcy era uma ilustre desconhecida mas com nomes  gigantes da televisão como Kristen Bell (“Frozen”, “Veronica Mars”) ou Ted Danson (“Cheers”, CSI”) já associados ao projeto, a diretora de casting teve a liberdade de procurar com mais liberdade o restante elenco central desta invulgar comédia. Nesta comédia filosófica Carden conseguiu um papel complexo e bastante distinto, o da robot Janet, que ao longo das temporadas é apresentada nas suas múltiplas versões e variantes de “boa” ou “má”.

Quem viu o metafísico episódio “Janet(s)”, no qual D’Arcy se desdobra em todas as personagens centrais de “The Good Place” sabe que a atriz mais que merece um Emmy pelos seus notáveis e versáteis esforços nesta peculiar criação a solo de Michael Schur (“Parks and Recreation”, “Brooklyn 9-9”).

– Maggie Silva




MELHOR ATRIZ NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

The Crown Netflix Olivia Colman
Olivia Colman em “The Crown” | © Netflix

Olivia Colman tem vindo a tornar-se uma presença obrigatória em praticamente todas as cerimónias de entrega de prémios. Quer sejam eles do pequeno ou do grande ecrã. Depois do ano passado ter estado presente nos Emmys com a fantástica “Fleabag“, Colman volta à realeza – que lhe valeu o Óscar por “A Favorita” –  com mais uma excelente prestação desta vez enquanto a Rainha Isabel II.

Se Claire Foy nos trouxe uma perspetiva luminosa (e brilhantemente interpretada) de Isabel II, Colman traz-nos o seu lado negro, revelando todo o veneno presente na corte inglesa entre as décadas de 60-70. Sem medos, a atriz traz-nos uma nova identidade, uma nova personagem. Colman corta qualquer laço de empatia que pudéssemos ter em relação à rainha de Foy, mas fá-lo com absoluta consistência e, mais uma vez, de forma brilhante.

Ainda que o nosso Emmy vá para Olivia Colman, não poderíamos deixar de referir que se a estatueta for entregue a Zendaya, pela sua prestação em “Euphoria”, também ficará em boas mãos. Uma outra prestação toxicamente incrível.

– Inês Serra




MELHOR ATOR NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

emmys 2020
Jeremy Strong em “Succession” | © HBO Portugal

Jeremy Strong disputa esta noite o prémio com o seu “pai” e co-protagonista Brian Cox. Ainda que Cox marque pelo seu domínio, Strong consegue roubar-lhe a presença em cada cena. Ainda assim, um dos maiores trunfos de “Succession” é realmente o tecido homogéneo que o seu elenco conseguiu formar. Prova disso são as várias categorias em que encontramos mais do que um ator da série.

Já dissemos que a série, transmitida por cá pela HBO Portugal, merecia ser (fortemente) premiada. Strong interpreta Kendall Roy, o potencial herdeiro do monstruoso império construído por Logan Roy (Cox) e o coração gélido da série. Se na primeira temporada, Kendall parecia não ter coragem (para não dizer outra coisa) para enfrentar o pai, na segunda o caso muda de figura com o filho a enfrentar o pai num timing perto de perfeito.

Strong dá-nos uma prestação que irá marcar o pequeno ecrã, oscilando entre os espetros extremos do cómico e do drama. Nunca nos vamos esquecer daquele rap dos Beastie Boys que abrem a primeira temporada de “Succession”, um misto de estranheza hilariante que acabam por caracterizar Kendall.

– Inês Serra




MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

Succession
Sarah Snook em “Succession” | © HBO Portugal

Como acabámos de referir, “Succession” marcou o universo televisivo. Uma família toxicamente inteligente, em que um afeto é um negócio. Sarah Snook dá vida à única filha de Logan Roy (Brian Cox), uma astuta consultora política, que não perde uma oportunidade para se colocar na linha direta à sucessão.

À semelhança dos seus co-protagonistas, Snook soube evoluir a sua personagem com mestria e habilidade que a fazem disputar esta categoria com pesos pesados como Meryl Streep, Helena Bonham Carter ou Laura Dern. A matreira e calculista Shiv tornou-se um dos marcos femininos do pequeno ecrã e merece levar hoje a estatueta nos Emmys 2020.

– Inês Serra




MELHOR ATOR SECUNDÁRIO NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

emmys 2020
Billy Crudup em “The Morning Show” | © 2020 Apple Inc. All rights reserved.

“The Morning Show” foi, para nós, um dos maiores snubs na categoria de Melhor Série Dramática deste ano. Para compensar, a Academia decidiu “oferecer” nomeações em praticamente todas as categorias de representação – a de Melhor Atriz Secundária foi a excepção.

Dentro dessas categorias está Billy Crudup, que disputa a nomeação com Mark Duplass. Ambos igualmente bons na série, mas Crudup torna-se mais marcante. O ator interpreta Cory Ellison, presidente da divisão de notícias da UBA, que tem como agenda tornar-se o presidente de toda a UBA. É o espião que nos deixa em constante dúvida do “lado” em que está e se realmente se importa com todo o escândalo que rebentou no seu departamento.

Uma prestação deliciosa carregada de humor negro e cinismo, que nos deu alguns dos melhores diálogos desta temporada televisiva. É daquelas personagens que gostaríamos de ter uma conversa de 1, 2 ou 3 horas, sem nunca temer que o assunto acabasse. Hipnotizante.

– Inês Serra




MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA

The Good Place S01
“The Good Place” | © Netflix

The Good Place” chegou ao final da sua exibição ao fim de quatro indiscutivelmente bem-sucedidas temporadas. O seu derradeiro capítulo chega aos Emmys de 2020 indicado a seis nomeações, entre elas Melhor Ator e Melhor Atriz Secundária, Melhor Argumento para o seu criador Michael Schur e ainda os habituais Melhor Ator para Ted Danson e Melhor Ator Convidado para Maya Rudolph como a “Juíza”.

Capaz de fazer chorar, rir e até pensar, esta criação apresenta-se como uma pérola rara na ficção televisiva. Em toda a sua improbabilidade e twists bizarros, “The Good Place” é de facto original. Nada se parece com o seu improvável enredo e constantes reviravoltas e diálogos povoados por dilemas filosóficos que simultaneamente orientam o próprio desenrolar dos eventos.

A série fechou em ouro com inúmeras revelações e resoluções e com um dos finais mais emotivos e repletos de lágrimas de uma série de comédia. Merece sem dúvida ser celebrada pela forma como ousou, de forma corajosa e quase ultrajante, propor uma solução colorida para o eterno problema da vida e do que vem depois.

– Maggie Silva




MELHOR SÉRIE LIMITADA

Kaitlyn Dever
“Unbelievable” | © Netflix

Existem séries que nos deixam a pensar. Séries que retratam eventos que podiam muito bem acontecer connosco. Narrativas onde a linha entre a ficção e a realidade se dissipa, deixando-nos numa névoa sem orientação onde só queremos acordar. “Unbelievable” é uma dessas séries.

A série é baseada nas violações ocorridas em Washington e Colorado entre 2008 e 2011 e nos testemunhos de cada uma das vítimas. A primeira que conhecemos é Marie Andler (Kaitlyn Dever), uma estudante universitária sem qualquer suporte familiar em quem a polícia não acredita, acabando por ser também vítima de uma lavagem cerebral policial, que a obriga a pagar uma coima por supostamente ter mentido às autoridades. No reverso da medalha está Amber (Danielle Macdonald), que ao contrário de Marie, vê o seu caso a ser investigado com a maior precisão possível, sem qualquer sombra de dúvida face ao seu testemunho.

Acompanhamos as investigações de todos os casos, sempre com a consciência de que poderia acontecer connosco. É como se tivéssemos entrado nas urgências e com a equipa A tínhamos alta apesar do problema permanecer em oposição à Equipa B que o detetou e eliminou. “Unbelievable” coloca-nos frente a frente com essas esferas, onde todos reagimos de forma diferente, põe o dedo na ferida, que agora ganhou uma profundidade imensurável pelo movimento “Me Too”, o qual parece por em dúvida todos e quaisquer testemunhos.

É uma série de digestão difícil, mas obrigatória. Dever, Macdonald, a sempre incrível Toni Collette acompanhada pela igualmente fantástica Merritt Wever (que vimos este ano em “Run” da HBO Portugal), levam-nos submersos para uma história que ninguém quer viver. Um conjunto de prestações maravilhosas construíram uma minissérie delicadamente desenvolvida por Lisa Cholodenko, Michael Dinner e Susannah Grant, que passou algo despercebida no vasto universo da Netflix, mas que merecia levar o Emmy para casa.

– Inês Serra




MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA

The Handmaid's Tale
© NOS Audiovisuais

Volvidas três temporadas desde o início de “The Handmaid’s Tale”, a série distópica baseada na obra literária de Margaret Atwood continua a destacar-se entre a programação televisiva norte-americana. Vagarosamente, a série continua a ser capaz de regelar os ossos e criar um clima de permanente tensão e paranoia.

“The Handmaid’s Tale” é perverso, mantendo um clima que aparenta lentidão mas que acaba por revelar um conjunto de eventos catastróficos de detalhada e atenta construção. Neste terceiro capítulo June encontrou um novo propósito e cometeu novas indiscrições imperdoáveis à medida que a vida de Fred e Serena se alterou para sempre.

June ganha nova força e os seus esforços ecoam por toda a Républica de Gilead e terão certamente consequências fortes na quarta temporada, atrasada no âmbito da situação pandémica. Este terceiro ano parece ter servido como um passo intermédio no caminho para mais e melhor, a revolução está aqui e a nossa heroína prepara-se para encabeçar uma brutal e imprevisível jornada rumo à liberdade.

Uma vez mais “The Handmaid’s Tale” funciona como uma alegoria para realidades próximas, como a constante ameaça aos direitos de reprodução apresentados pela Administração Trump. Cá esperamos, com entusiasmo, o que se seguirá nas aventuras de June e companhia.

– Maggie Silva

 

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