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TOP MHD | As Melhores Personagens de Séries de 2019

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Ainda na nossa retrospetiva, analisamos agora as Melhores Personagens que tiveram a sua estreia no pequeno ecrã em 2019.

“Euphoria” e “Watchmen” foram duas grandes fontes para a votação da equipa da MHD, aliás desta última foram poucas as personagens que não entraram neste TOP. Percorre a nossa galeria para conheceres aquelas que consideramos as grandes novidades televisivas do ano passado!

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20. VALERY LEGASOV (Jared Harris), “Chernobyl”

Chernobyl HBO Portugal
Jared Harris | © HBO Portugal

Em “Chernobyl” Jared Harris interpreta o experiente químico Valery Legasov. No entanto, apesar da sua vasta experiência, Legasov nunca havia visto nada similar ao que se passou naquele fatídico 25 de Abril de 1986, aliás, ninguém havia.

Legasov foi um dos físicos envolvidos na possível contenção do desastre nuclear que ocorreu no reactor 4 em Chernobyl. Jarred Harris vive Legasov com a pressão e o sofrimento que este sentiu – e nós, público, sentimo-nos agoniados por não conseguirmos ajudar de alguma forma. O desempenho de Jared Harris é, sem dúvida, um dos pontos altos da série da HBO, prestando uma bonita homenagem ao homem que ninguém levou a sério de início e que, mais tarde, viria a contar toda a verdade sobre o desastre nuclear.

– Ana Fernandes




19. MATILHA (Afonso Pimentel), “Sul”

SUL
Afonso Pimentel | © Arquipélago Filmes

Há um ano atrás coube a Albano Jerónimo figurar entre as nossas novas personagens do ano graças ao seu trabalho como o Agente em “Sara”. Uma volta em torno do Sol mais tarde, eis Afonso Pimentel. Segundo os autores de “Sul”, Pimentel convenceu-os imediatamente no casting ao chegar vestido como tinham imaginado a personagem mais entusiasmante da melhor série portuguesa de 2019.

Matilha é um rapaz do bairro, desenrascado, um gato nos telhados lisboetas, um chico-esperto com bom fundo. É um sonhador preguiçoso, um apaixonado inocente devoto à sua namorada Mafalda (Margarida Vila-Nova) e um ladrão respeitador, que não hesita na hora de tratar por “Senhor” o inspector Humberto.

Por tudo isto, faz todo o sentido que a RTP1 prepare um spin-off de “Sul” em torno dele.

– Miguel Pontares




18. GERALT DE RIVIA (Henry Cavill), “The Witcher”

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Henry Cavill | ©Netflix

Uma das maiores surpresas da segunda metade do ano: “The Witcher“, a nova série da Netflix que começou a conquistar espectadores e a entrar nos tops a um mês do fecho do ano! E se a série conquistou muitos, também a interpretação de Henry Cavill como Geralt de Rivia, a personagem de destaque da série, já arrecadou os seus fãs. Forte, misterioso e com um bom coração no seu íntimo, Geralt de Rivia é fascinante no mínimo.

Os episódios ainda não conseguiram dar-nos a personagem na sua plenitude, e daí estar apenas no 18º lugar do nosso top, mas já nos deram uma primeira imagem da sua persona. É o eterno herói que procura não o ser, e que claramente vemos a combater os seus demónios internos, procurando nas suas acções redimir-se de todo o mal que já tenha feito no passado. De coração íntegro, faz aquilo que lhe parece mais correcto, ainda que possa causar mais incómodo para si.

O seu “hmmm” recorrente, os seus smirks de um sentido de humor retorcido quando interagem com ele, e até a inabilidade dele de aceitar que tem amigos, fazem com que lentamente nos queiramos aproximar e conhecê-lo melhor. Que venha a segunda temporada para conhecermos melhor Geralt de Rivia!

– Marta Kong Nunes




17. OTIS MILBURN (Asa Butterfield), “Sex Education”

melhores personagens 2019
Asa Butterfield | © Netflix

Já se passaram 9 anos, mas nas nossas memórias Asa Butterfield continuará a ser Hugo, o pequeno protagonista de Scorsese. No entanto, Butterfield provou-nos que está a crescer e agora podemos dizer que temos uma nova personagem ao qual o associar: Otis Milburn.

A vida de Otis não é fácil, já imaginaste o que é viver com uma mãe que é terapeuta sexual e atende os clientes em casa? A pura definição de constrangedor. E, para ajudar à festa, Jean (Gillian Anderson) adora analisar o próprio filho, que como resultado é um jovem sexualmente reprimido e pouco social. Quando o liceu inteiro descobre a profissão da sua mãe, Otis é abordado por Maeve (Emma Mackey) que lhe propõe um negócio que o irá a obrigar a aprofundar ainda mais os seus conhecimentos no ramo. Juntos acabam por formar uma clínica de terapia sexual secreta, onde ajudam os colegas da escola a ultrapassar os seus problemas.

Peripécia atrás de peripécia, Otis vai evoluindo ao longo de toda a série e mantendo a nossa curiosidade alimentada episódio após episódio. Foi esta capacidade que conquistou um lugar no nosso TOP das melhores personagens e também por ter sido uma das mais divertidas e genuínas do ano.

– Inês Serra




16. ADRIAN VEIDT (Jeremy Irons), “Watchmen”

Watchmen
Jeremy Irons | © HBO Portugal

O grande vilão da banda desenhada de “Watchmen” regressa numa história paralela à narrativa principal, mas que não deixa de exibir as suas competências e características excêntricas. Adrian Veidt, também conhecido como Ozymandias, foi o grande mestre que desencadeou os eventos da fatídica noite de 02 de Novembro de 1985 e que causou a morte a cerca de 3 milhões de pessoas.

Veidt é apresentado na banda desenhada como um excêntrico bilionário que pretende integrar os Crimebusters, um novo grupo de vigilantes pretende seguir os passos dos heróis de outrora e apaziguar a comunidade civil. Mais tarde, com a crescente tenção da Guerra Fria, Ozymandias engendra um plano alucinante para eliminar esta ameaça global. O seu estratagema funciona e ao longo dos trinta anos seguintes Veidt acaba por cair na monotonia e aborrecimento até ao reaparecimento de Doctor Manhattan. Jon Osterman propõem leva-lo até à lua Europa onde criou um Jardim do Éden, Ozymandias aceita e é lá que a maioria da sua história da série recorre.

Ao longo da série a personagem coloca-se em situações enigmáticas e cativantes, muitas vezes até absurdas, que cativam o espectador a procurar desvendar os mistérios e a ligar todas as dicas que o seu enredo vai deixando para trás. A sua vigorisidade, inteligência e falta de sensatez são alguns dos motivos que justificam a presença desta pequena grande personagem no nosso TOP de melhores personagens de 2019.

– João Fernandes




15. ANGELA ABAR (Regina King), “Watchmen”

Watchmen
Regina King | © HBO Portugal

Angela Abar é mais uma personagem original que nos é apresentada pela série “Watchmen”, Regina King dá vida a um protagonista forte e capaz que se vê numa encruzilhada que a leva a ter que salvar o amor da sua vida das garras do impiedoso vilão da obra. Estas são características comummente atribuídas a aos heróis masculinos.

Nascida e criada no estado do Vietname, Angela viu-se desde cedo curiosa por conhecer os heróis da sua comunidade – tanto reais, como fictícios – no entanto, a presença do Acto Keene tornou a sua curiosidade num assunto tabu para a sua família. Contudo, isso não a impediu de procurar esse conhecimento quando foi obrigada a se tornar no herói que Tulsa precisava. Abar tornou-se numa agente da polícia em Saigon, algo que desejara desde que viu o terrorista que executou o tentado que matou os seus pais ser executado pela competente e impiedosa polícia local. Após conhecer o seu marido, Angela seguiu para Tulsa onde resumiu o trabalho como polícia até à Noite Branca – altura em que a Seventh Kavakry executou os polícias da cidade – momento a partir do qual assumiu a identidade Sister Night, uma das suas heroínas de infância.

Angela Abar destaca-se no nosso TOP por ser uma mulher forte, extremamente competente no seu trabalho e irreverente, não se deixando rebaixar por ninguém. No entanto, Angela não é perfeita, o seu temperamento leva-a a tomar decisão que a colocam em situações menos agradáveis, chegando mesmo a causar aquilo que mais temia.

– João Fernandes




14. PRINCE CHARLES (Josh O’Connor), “The Crown”

melhores personagens 2019
Josh O’Connor | © Netflix

Muito inteligente da parte de Peter Morgan e da equipa de “The Crown” a subversão construída em torno do príncipe Carlos. Habitual persona non grata entre a realeza britânica, era expectável que a percepção do seu trajecto fosse inesperadamente empática se: 1) o conhecêssemos primeiro a ele do que a Diana, 2) conhecêssemos primeiro o seu romance com Camilla Parker Bowles e só mais tarde a princesa do povo. Tinha tudo para resultar num interessante conflito interno, e resultou.

Ovelha negra da família, condenado a fazer do palácio o seu palco quando queria ser rei no teatro. Graças a Josh O’Connor, “Tywysog Cymru” (príncipe de Gales) afirmou-se como um dos episódios do ano da série da Netflix. Desde os exercícios de relaxamento ao espelho, com o olhar melancólico a seduzir a câmara, até àquele desempenho final a meia-luz – um príncipe sem coroa, curvado num resignado pedido de socorro contra o seu destino.

– Miguel Pontares




13. MARY LOUISE WRIGHT (Meryl Streep), “Big Little Lies”

Meryl Streep
Meryl Streep | © HBO Portugal

O ingresso de Meryl Streep no pequeno ecrã não podia ser coisa pouca. A segunda temporada de “Big Little Lies” fez pouco sentido, mas se não tivesse existido jamais teríamos Mary Louise Wright, a mãe passivo-agressiva de Perry.

Juíza permanente com todos os seus olhares, corrosiva em todas as suas alfinetadas intervenções e crónica dona da última palavra, foi uma convidada inusitada para Celeste, Madeline e Jane. Já alguém conseguiu esquecer aquele grito de Meryl Streep à mesa com a nora e os netos?

– Miguel Pontares




12. LOOKING GLASS (Tim Blake Nelson), “Watchmen”

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Tim Blake Nelson | © HBO Portugal

De longe a personagem original mais cativante da série “Watchmen”, Looking Glass (Tim Blake Nelson) – ou Wade Tillman, como é conhecido na sua vida civil – foi criado e desenvolvido de forma a espelhar Rorschach, a personagem através da qual conhecemos a história da banda desenhada original.

Originário de uma comunidade pequena e extremamente religiosa, Tillman segue a carreira de missionário, o que acaba por lhe dar uma conexão intima com o incidente que dizimou cerca de 3 milhões de pessoas na noite de 02 de Novembro de 1985, altura em que estava presente nos arredores de Nova Iorque – em Hoboken, Nova Jérsia – a pregar aos pecadores. Seduzido e enganado por uma jovem rapariga num Corredor de Espelhos, Looking Glass vê-se protegido dos efeitos psíquicos e letais do “extraterrestre” gigante por esses espelhos, acabando por os assumir como alter-ego.

Tillman é uma personagem complexa, forte, mas profundamente traumatizada pela noite do ataque, o que lhe dá excelentes momentos de paranóia e interacções extraordinariamente cómicas com as outras personagens. O seu carisma e popularidade asseguram a sua presença no nosso TOP de melhores personagens de 2019.

– João Fernandes




11. FEZCO (Angus Cloud), “Euphoria”

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Euphoria © HBO

É um autêntico sósia do falecido rapper Mac Miller e uma daquelas personagens de quem todos gostam desde o primeiro instante, mesmo sem saber exactamente porquê. Parceiro de negócio do seu irmão mais novo, Ashtray, Fezco é um traficante de droga que abandonou os estudos mas que se recusa a patrocinar a queda em ruína da amiga Rue. É um símbolo de lealdade, um rapaz de voz inconfundível e a personagem de “Euphoria” de quem mais queremos saber a backstory na temporada 2.

Ponto alto da nova série da HBO: Fezco e Rue separados por uma porta, com Zendaya a brindar-nos com um desempenho surpreendente.

– Miguel Pontares




10. LAURIE BLAKE (Jean Smart), “Watchmen”

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Jean Smart | © HBO Portugal

Uma das personagens de maior relevância na obra original, Laurie Blake (Jean Smart) – ou Laurie Juspeczyk/Silk Spectre II – surge na série como uma mulher completamente diferente, profundamente marcada pelos acontecimentos da banda desenhada e traumatizada pelas revelações da sua parentalidade.

Laurie surge na banda desenhada como uma rapariga frágil, forçada pela mãe a seguir os seus passos enquanto heroína, e que se vê envolvida numa relação com o homem mais poderoso do universo – para justificar a si mesma a permanência no combate ao crime. Ao chegar à série, Laurie parece ser a personagem da obra original que mais evoluiu ao longo dos 30 anos que separam as duas histórias. Agora, em vez de caçar o crime Laurie caça os vigilantes mascarados, tornou-se numa mulher forte e independente que sabe muito bem o que quer e quem quer na sua vida.

Na série da HBO, Laurie conta com uma cena introdutória incrível – que, por momentos, faz lembrar o prologo de “O Cavaleiro das Trevas“- onde a heroína dá forma a uma agente do FBI e executa um plano mirabolante para conseguir capturar um dos principais vigilantes da região. A sua evolução e presença poderosa dão a Laurie Blake a força necessária para surgir no nosso TOP.

– João Fernandes




9. KLAUS HARGREEVES (Robert Sheehan), “The Umbrella Academy”

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Robert Sheehan | © Netflix

Das séries mais peculiares de 2019, surge o irreverente Klaus Hargreeves (interpretado por Robert Sheehan). Na apresentação de “The Umbrella Academy”, a Netflix apresentou Klaus como: “Drogado e, ao mesmo tempo, um adorável ser humano, Klaus acredita que em qualquer dia a sua vida irá mudar para melhor. Um dos filhos do meio, gosta de agradar e parece amigo de todos mas à mínima oportunidade muda de atitude e é capaz de roubar sem pensar duas vezes.” E, com a temporada vista, é fácil acreditar nesta descrição, mas também facilmente se acrescenta mais!

Klaus tem demónios, muitos, e nenhum é maior do que ser o único Hargreeves que ainda mantém contacto com Ben, o irmão que morreu cedo de mais. Com um mundo só seu, onde a sua companhia recai muito nos espíritos com quem contacta, Klaus é no entanto um ser humano altruísta, mais do que seria expectável. Tem sempre uma palavra para os irmãos, no fundo o que faz tem um bom objectivo (lá muito ao fundo por vezes, mas tem), e o seu sentido de humor é simplesmente divinal.

Irreverente, complexo, sarcástico e super memorável, são quatro características que não nos deixam esquecer a sua aparição em 2019 e daí a sua inclusão neste TOP das melhores personagens de 2019. Queremos ver mais dele e queremos que a segunda temporada de “The Umbrella Academy” chegue, apenas para vermos Klaus, uma das almas da série.

– Marta Kong Nunes




8. BABY YODA, “The Mandalorian”

Baby Yoda
Baby Yoda | © Disney

Parece-nos indiscutível considerar o desvendar da identidade do primeiro alvo do caçador de prémios Din Djarin/ Mando como um dos momentos mais marcantes da televisão em 2019.

Idolatrado nas redes sociais, o Baby Yoda não é O Yoda, mas sim um Yoda. É irresistível, é fofo e um fenómeno de vendas de brinquedos à espera de acontecer.

– Miguel Pontares




7. RUE BENNETT (Zendaya), “Euphoria”

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Zendaya | © HBO

Zendaya deixou-nos boquiabertos. Colocando-a ao lado de Zoey King, Maya Hawke e Hunter Schafer, a escolha foi realmente difícil. A atriz levou-nos com ela na pele de Rue que por sua vez personifica a de Sam Levinson, criador de “Euphoria.” Foi como se tivessemos experienciado a descida a um buraco negro. A definição de “bater no fundo.” Zendaya não vacilou, saltou a pés juntos abandonando quaisquer vestígios Disney que ainda pudesse ter.

Rue Bennett não é fácil de descrever. É uma adolescente viciada em drogas de 17 anos, que se tentou suicidar e que já teve internada numa clínica de reabilitação, a qual não surtiu qualquer efeito. A série começa precisamente no momento em que Rue regressa a casa, a qual partilha com a mãe e irmã mais nova. Incapaz de viver no mundo real, Rue continua a consumir drogas ou qualquer outra substância que a torne dormente. E é aqui que Zendaya brilha ao retratar o estado vegetativo de Rue, um olhar vazio praticamente ausente de qualquer emoção.

Se já viste a série, decerto que ainda não esqueceste a cena em que Rue bate desesperadamente e à porta de Fezco, na tentativa de saciar o seu vício. Por aqui, estamos a aguardar pela próxima dose de Sam Levinson.

– Inês Serra




6. THE PRIEST (Andrew Scott), “Fleabag”

Andrew Scott | © Amazon Prime

Phoebe Waller-Bridge não tencionava escrever uma segunda temporada de “Fleabag”. Até certo dia ter nascido na sua maravilhosa mente um padre especial, e com ele o potencial de refazer a quebra da quarta parede entre a protagonista e os espectadores, seus confidentes.

Que Andrew Scott é brilhante já o sabíamos desde que foi Moriarty em “Sherlock”, mas nunca antes o tínhamos visto como sex symbol. Descrito apenas como The Priest, não demorou a ser baptizado Hot Priest pelos fãs. Nem o Baby Yoda partiu tantos corações em 2019. Numa extraordinária temporada, “Fleabag” explorou a fé fazendo a personagem de Waller-Bridge atravessar um caminho proibido e platónico.

Ouve Jennifer Lopez, é perseguido por raposas e deu-nos aquele monólogo no casamento do Pai e da Madrasta. Como podia não estar aqui?

– Miguel Pontares




5. KOREY WISE (Jharrel Jerome), “When They See Us”

When They See Us
Jharrel Jerome | © Netflix

É difícil distinguir o arrebatador desempenho de Jharrel Jerome do potencial per si de Korey Wise como personagem, mas mesmo tentando evitar personagens baseadas em figuras reais (há 3 casos assim neste Top) é impossível não nos babarmos uma vez mais perante o principal responsável pelas emoções que “When They See Us” nos fez sentir.

Três anos depois de uma breve participação em “Moonlight”, Jerome (vencedor do Emmy de melhor actor numa série limitada) deve ter encontrado na mini-série do ano da Netflix uma rampa de lançamento para outros voos. Na obra de AvaDuvernay, Korey Wise foi o único dos Central Park Five a ser interpretado pelo mesmo actor nas versões jovem e adulto.

Foi a sua história e percurso prisional em “Part Four” que deixou os espectadores K.O. num emocionante retrato de sofrimento e esperança, bondade e dor, com Wise isolado, fazendo-nos temer o pior, sofrer com ele, com a sua irmã Marci e com o guarda Roberts, e torcer por ele.

– Miguel Pontares




4. NADIA VULVOKOV (Natasha Lyonne), “Russian Doll”

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Natasha Lyonne | © Netflix

“Russian Doll” foi uma das grandes estreias de 2019. Uma espécie de “Feitiço do Tempo” (1993) com drogas e muito arrependimento à mistura, esta série foi criada pela sua atriz principal, Natasha Lyonne, por Amy Poehler e por Leslye Headland. Estreou na Netflix a 1 de fevereiro, e foi já renovada para uma segunda temporada.

A personagem central da série, Nadia, foi claramente desenhada em torno da persona artística da atriz que lhe dá vida, o ícone gay Natasha Lyonne. A sua Nadia é complexa, auto-destrutiva e manifesta um certo vazio existencial. Refugia-se nas drogas e é sempre cândida e conflituosa, tal como a sua personagem “Nikki”, em “Orange is the New Black“, a qual trouxe a Lyonne fama mais generalizada depois de anos na indústria.

Em “Russian Doll”, encontramos Nadia, uma irreverente protagonista e nova-iorquina cínica numa festa especial. É a noite do seu 36º aniversário, e Nadia sente-se pouco confortável na sua própria festa de anos, isto até ao momento em que “morre”. Ao morrer, regressa sempre ao mesmo ponto de partida, essa mesma festa. Observamos os seus inúmeros percalços e erros, ao longo deste mesmo dia, o seu aniversário, que repete uma e outra vez, em loop. Aguardamos o próximo capítulo, a chegar neste novo ano!

– Maggie Silva




3. JEAN MILBURN (Gillian Anderson), “Sex Education”

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Gillian Anderson | © Netflix

Quem cresceu na década de 90 dificilmente imaginaria que a agente Dana Scully se iria tornar numa terapeuta sexual. Mas a verdade é que Gillian Anderson nos deixou rendidos a Jean Milburn. Divertida e sem papas na língua, Jean é daquelas personagens que nos deixa a sorrir ou mesmo a rir às gargalhadas.

Anderson conseguiu realmente surpreendeu-nos com esta mãe meia tresloucada e com um apetite por temas que qualquer filho adolescente não queria discutir com quem o pôs no mundo. Temos a dizer que já vimos a segunda temporada e Jean continua imparável e perita em proporcionar alguns dos momentos mais constrangedoramente engraçados que já vimos.

– Inês Serra




2. ROBIN (Maya Hawke), “Stranger Things”

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Maya Hawke | ©Netflix

Numa terceira temporada dominada por uma certa lógica de repetição, Robin foi uma das melhores coisas que aconteceu a “Stranger Things“. Maya Hawke, jovem prodígio emergente, filha de Uma Thurman e Ethan Hawke, entrou na série com uma presença forte, determinante e sem dúvida ficou claro que a atriz de 21 anos dá os primeiros passos nesta indústria sem precisar de viver na sombra de ninguém.

Robin é uma personagem carismática, que preenche o ecrã, é inegável. Contudo, o seu trunfo não é única e exclusivamente esse. Para lá da intérprete bem escolhida, Robin foi uma boa aposta no que ao argumento diz respeito. A colega de trabalho de Steve veio perturbar as dinâmicas de grupo, e com a sua introdução criou-se uma nova parelha de personagens improvável, a qual de certa forma ancorou.

Steve, Dustin, Erica e Robin parecem não encaixar em teoria, mas este novo “grupinho” foi o que mais salvou “Stranger Things” de certos vícios inerentes. Tudo ficou em aberto, mas esperemos que esteja de volta para a próxima temporada.

– Maggie Silva




1. JULES VAUGHN (Hunter Schafer), “Euphoria”

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Hunter Schafer | © Eddy Chen – HBO

É livre, capaz de amar um mundo inteiro. É um ícone LGBT nascido sob a forma de uma estreia impressionante de Hunter Schafer como actriz.

É o coração de “Euphoria” e é o vértice principal de um triângulo formado com Rue e Nato. É a moda e a irreverência em pessoa, é um tutorial de maquilhagem.

É inocência. É intensidade. É HBO.

– Miguel Pontares

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