TOP MHD | Melhores Séries de 2019
A equipa da MHD já reuniu o que de melhor se fez no pequeno ecrã! Percorre a galeria e fica a conhecer o nosso Top 10 das Melhores Séries de 2019.
O ano passado foi um ano recheado tanto por regressos muito esperados, como por novas séries que nos despertaram a curiosidade. A escolha foi especialmente difícil, mas conseguimos chegar a um consenso e eleger aquelas que para nós foram as melhores séries de 2019. Claro que por esta altura já deves ter o teu próprio Top na cabeça e projetado quem ocupará o nosso. O pódio não será surpresa para muitos, já os outros nove lugares talvez.
Gostaríamos apenas de referir que a ausência de grandes séries como “Fleabag,” “Killing Eve,” “The Crown” ou mesmo “Succession” não invalida (de todo) o seu teor de qualidade – principalmente no caso desta última, cuja segunda temporada foi um tema aceso de conversação entre nós. Agora, sem mais demoras, eis o nosso TOP 10 de 2019.
10º STRANGER THINGS

Em 2016, os Duffer Brothers presentearam-nos com aquela que consideramos uma das melhores séries do ano. E desde então que “Stranger Things” tem sido uma presença quase que obrigatória nos nossos tops coletivos. 2019 não será excepção à regra, embora esta terceira temporada possa, para alguns, não ter mantido a mesma qualidade das anteriores.
Não obstante, o seu crescimento merece ser reconhecido, quer ao nível de produção, quer das personagens. O jovem elenco tem-se revelado uma pequena promessa e demonstrado uma evolução bastante positiva ao longo das temporadas. De igual forma, já percebemos que os Duffer têm nostalgia para dar e vender às décadas de 80/90. Contudo, esperemos que não comecem a repetir em demasia os ‘erros’ de J.J. Abrams…
Esta temporada já esteve um tanto ao pouco perto desse limite – ‘carta de amor’ vs. ‘imitação.’ Ainda assim, “Stranger Things” mereceu o seu lugar no nosso Top de 2019 principalmente pelo trio representado na imagem acima, do qual a filha de Ethan Hawke e Uma Thurman foi de facto a estrela.
– Inês Serra
9º THE ACT

A história verídica da mãe que queria que a filha fosse doente e da filha que queria que a mãe desaparecesse. A última ganhou. A mini-série dramática que sucedeu ao documentário “Mommy Dead and Dearest”, ambos da HBO, é um dos melhores trabalhos de interpretação de 2019. Tanto Patricia Arquette, como Joey King fazem-se valer, mas foi a jovem atriz de 20 anos que realmente nos encheu a medida. King têm-se revelado um pequeno prodígio a manter debaixo do radar. Aliás, arriscamo-nos a dizer que se Michelle Williams não tivesse no mesmo lote de nomeadas nos Emmys e Golden Globes King teria ganho (pelo menos) um deles.
“The Act” acompanha a luta de uma adolescente pela sua independência a todos os níveis. O seu obstáculo é a mãe, que sofre da síndrome de Münchausen por procuração, ou seja, não se limita ao típico “não te deixo sair à noite,” mas faz-te acreditar que estás doente para poder dar cuidados de forma obsessiva. No caso de Gypsy, confinando-a a uma cadeira de rodas e alimentação por sonda. A mini-série é talvez o retrato mais cru desta doença, mas a verdade é que já a tínhamos visto em “Sharp Objects,” na mãe de Camille Preaker (Amy Adams), interpretada brilhantemente por Patricia Clarkson.
– Inês Serra
8º THE HANDMAID’S TALE

De um ponto de vista mais pessoal, digo que a terceira temporada teve uma quebra de ritmo. No entanto, não consigo resistir a partilhar a opinião da nossa editora Maria João Sá e dar-lhe uma certa razão.
Há muita gente que comenta comigo que a série tem um ritmo muito lento e que parece que não avança. Apesar de conseguir entender essa opinião, acho que esse é mesmo o ritmo próprio do enredo, da própria narrativa e até do próprio livro. E, afinal de contas, é realista. Se Gilead fosse real, todos aqueles acontecimentos demorariam o seu tempo para se suceder. E a verdade é que, na indústria do entretenimento, por vezes acostumamo-nos demasiado à ação e querermos mais e mais, queremos tudo rápido como as nossas vidas modernas líquidas.”
Quer pendas mais para a minha opinião ou para a análise da Maria João, ambas concordamos que “The Handmaid’s Tale” é uma das séries mais socialmente relevantes e uma das melhores da última década. Nisso e no facto de Elisabeth Moss continuar a deixar-nos presos ao ecrã, penso que praticamente todos concordamos. Ah e já ouviste com atenção a banda sonora? É a cereja no topo do bolo.
– Inês Serra
7º MR. ROBOT

Sam Esmail é um génio. E fica a nossa aposta: “Mr. Robot” tem tudo para explodir durante os próximos anos à la “Breaking Bad” caso vá parar a uma Netflix desta vida. A série merece tudo e, demore mais ou demore menos, o mais provável é que o tempo presenteie toda a produção envolvida com o adequado reconhecimento, não sendo exagero algum colocar a série do USA a discutir olhos nos olhos o estatuto de melhor de sempre com “Breaking Bad” ou “The Wire”.
Sintoma da absoluta perfeição da temporada final a avaliação no IMDb (plataforma pouco fidedigna, embora neste caso justa) de 4 episódios entre 9.8 e 10.0 (407 Proxy Authentication Required).
Guarnecida com uma épica banda sonora de Mac Quayle, “Mr. Robot” fez o que quis das emoções dos seus fãs, soube despedir-se de cada personagem, promoveu episódios-conceito e terminou a jornada de Elliot Alderson numa estratosfera de imprevisibilidade, criatividade e sensibilidade como talvez nunca antes uma série conseguira. Rami Malek nasceu aqui.
– Miguel Pontares
6º MINDHUNTER

Dois anos depois, a série de David Fincher regressou, trabalhando com habilidade as noções de dúvida e culpa. “Mindhunter” manteve-se verdadeiro museu de horrores relatados e continuou a ser diálogo, psicologia e comportamento, rejeitando quase por completo a violência gráfica e exibida, e sendo violenta a palavra, a descrição e, por consequência, a nossa imaginação.
Entre os assassinatos de crianças em Atlanta e 10 minutos absolutamente incríveis de Damon Herriman como Charles Manson, aquela que é uma das melhores séries Netflix até à data preservou o som do silêncio como inconfundível impressão digital, deixando sempre cada entrevista respirar durante o tempo necessário para cada pingue-pongue soar orgânico, hipnotizando os espectadores. Que a taxonomia de serial killers prossiga, fascinada e fascinante.
– Miguel Pontares
5º YEARS AND YEARS

Pessoalmente, uma das séries que deveria ter tido um maior destaque. “Years and Years” é a chamada de atenção que temíamos receber e a prova de que podemos de facto estar a regredir, em vez de evoluir… Estamos habituados a conteúdos ficcionais, a representações de realidades paralelas ou alternativas que muito dificilmente algum dia serão a nossa. Contudo, Russell T. Davies tentou dar-nos uma estalada para prestarmos realmente atenção ao que nos rodeia. O grau de probabilidade e proximidade de “Years and Years” deixa-nos a pensar, a remoer e o resultado não é positivo, mas necessário. Com ou sem Greta, a verdade é que precisamos de acreditar menos que “tudo se irá resolver…”
Voltando à parte ficcional de “Years and Years,” o elenco que perfaz a família Lyons deveria ter pelo menos recebido uma nomeação enquanto um dos melhores de 2019. O chamariz pode ser Emma Thompson, que mantém o seu nível de performance, mas Russell Tovey, T’Nia Miller, Anne Reid, Ruth Madeley, Jessica Hynes e especialmente Rory Kinnear e Maxim Baldry ficariam igualmente bem sem a sua presença. Gostaríamos de ter mais destas ‘pérolas’ perdidas em 2020.
– Inês Serra
4º DARK

Entre ciclos, paradoxos, linhas temporais e árvores genealógicas, “Dark”, o labirinto alemão da Netflix, provou na sua segunda temporada que Jantje Friese e Baran bo Odar estão 30 passos à frente de todos nós, comuns mortais.
À medida que sabemos mais e mais, o complexo novelo transforma-se aos poucos num círculo e numa prisão temporal que teima interessar-se não pelo onde nem pelo como mas sim pelo quando. Mantendo o seu casting surreal, “Dark” reforçou-se como genial puzzle alucinogénico, um dèjà vu nunca antes visto, a melhor dor de cabeça possível e uma razão para estarmos gratos pela existência do botão pausa nos nossos comandos, e tem tudo para – após a 3ª e última temporada – ficar imortalizada como uma das mais ambiciosas narrativas com viagens no tempo, coesa e lógica do primeiro ao último momento.
Infelizmente não podemos viajar no tempo até à data de estreia da temporada final, mas talvez se explique assim porque é que “Dark” nos preenche tanto: poucos são hoje aqueles que vivem no presente, temos saudades do passado ou estamos ansiosos pelo futuro.
– Miguel Pontares
3º WHEN THEY SEE US

Há grandes filmes e séries que só queremos ver uma vez. “When They See Us,” a série certa no momento certo sobre um conjunto de rapazes, hoje homens, no local errado à hora errada, é um desses casos.
A mini-série de Ava DuVernay marcou 2019 e revelou-se um bingewatch intenso e custoso, deixando o espectador esgotado emocionalmente, impotente e angustiado. Qual murro no estômago e conto urbano que todos desejaríamos ser ficção quando foi realidade, a mini-série de 4 episódios pode ser vista como uma reflexão sobre justiça, medo e abuso de poder, como terapia de choque e formação cívica.
Estamos gratos por “Part Four”, 1 hora e meia do melhor que se fez este ano em televisão, e jamais nos sairá da memória o portentoso e emocionante retrato de sofrimento e esperança, bondade e dor de Jharrel Jerome como Korey Wise.
– Miguel Pontares
2º GAME OF THRONES

2019 foi o fim de uma era. A épica história de George R. R. Martin, que foi adaptada ao pequeno ecrã pela dupla D. B. Weiss e David Benioff, chegou ao final com uma oitava temporada. Sabemos que o final foi uma desilusão para muitos, mas a nosso ver não pode apagar totalmente a sua importância, especialmente num top de um ano inteiro. Não teve a mesma qualidade, mas não deixou de ser uma temporada épica.
A oitava temporada de “Game of Thrones” entra nos tops das séries com os finais mais desapontantes, mas manteve-nos presos ao ecrã todas as semanas. A história rumou a um caminho que os fãs não estavam à espera, e o desenvolvimento das personagens ficou muito aquém, especialmente o de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) mas uma coisa é certa: foi “Game of Thrones” até ao fim. As mortes inesperadas, a derradeira questão de saber quem iria ocupar ao trono: nada ficou respondido até ao último episódio! Mas o que elevou mesmo toda a temporada? Peter Dinklage. A estrela da temporada garantiu que “Game of Thrones” ainda valia a pena ser visto.
E é por isso que a série ocupa o 2º lugar do nosso Top de 2019. Continuou a ser o mesmo “Game of Thrones” pelo qual nos apaixonámos. Imprevisível do início ao fim, ainda que seja possivelmente a temporada mais polémica do ano.
– Marta Kong Nunes
1º CHERNOBYL

E chegaste ao nosso pódio! Acredito que neste momento devas estar a pensar “já sabia”! Sim, é verdade, mas não foi o número um para todos os elementos da nossa equipa (podes ver os tops individuais na página seguinte). Na realidade, “Chernobyl” arrisca-se a ser uma estrela cadente, a desaparecer à mesma velocidade com que apareceu. É uma série muito boa sim, uma obra-prima, desde a produção às respetivas interpretações. Tiramos o chapéu a Craig Mazin, principalmente tendo em conta o seu historial cinematográfico.
Sim, merece todo o reconhecimento, mas não o estatuto que muitos lhe deram de melhor série de sempre. Sim, são aproximadamente 5 horas e meia que nos deixaram rendidos e boquiabertos ao nosso pequeno ecrã (e a pensar em investir num home cinema). Jared Harris, Emily Watson e Stellan Skarsgård formaram e foram o “trio maravilha” do ano. Contudo, não encontramos argumentos suficientes para a destacar face a outras excelentes séries.
– Inês Serra
E para ti, qual foi a melhor série de 2019?
TOPS INDIVIDUAIS DA EQUIPA MHD

Melhores Séries 2019 por Ana Fernandes
- Chernobyl
- Peaky Blinders
- The End of the F**** World
- Sex Education
- Stranger Things
- The Crown
- Years and Years
- Sul
- Conta-me como Foi
- Game of Thrones
Melhores Séries 2019 por Catarina Novais
- Killing Eve
- The Handmaid’s Tale
- Orange is the new Black
- The Marvelous Mrs. Maisel
- This is Us
- You
- Big Little Lies
- Game of Thrones
- The Crown
- Sex Education
Melhores Séries 2019 por Cláudio Alves
- Fleabag
- Succession
- Crazy Ex-Girlfriend
- The Good Place
- When They See Us
- Chernobyl
- Killing Eve
- Derry Girls
- Mindhunter
- Tuca & Bertie
Melhores Séries 2019 por Daniel Rodrigues
- When They See Us
- The Act
- Sex Education
- Chernobyl
- Big Little Lies
- Mindhunter
- The End of the F*** World
- Years and Years
- Stranger Things
- La casa de Papel
Melhores Séries 2019 por Filipa Machado
- When They See Us
- Dark
- The Handmaid’s Tale
- Killing Eve
- Mindhunter
- Game of Thrones
- Orange is the New Black
- Atypical
- Sex Education
- This is Us
Melhores Séries 2019 por Inês Serra
- Dark
- Chernobyl
- Years and Years
- Euphoria
- When They See Us
- The Handmaid’s Tale
- The Deuce
- The Act
- Watchmen
- This is Us
Melhores Séries 2019 por João Fernandes
- Chernobyl
- Mindhunter
- Watchmen
- The Crown
- Love, Death & Robots
- Stranger Things
- Euphoria
- La casa de Papel
- When They See Us
- Sex Education
Melhores Séries 2019 por Maggie Silva
- When They See Us
- Dark
- The Handmaid’s Tale
- Killing Eve
- Mindhunter
- Game of Thrones
- Orange is the New Black
- Atypical
- Sex Education
- This is Us
Melhores Séries 2019 por Maria João Sá
- Rick and Morty
- Years and Years
- Dark
- Chernobyl
- Mr Robot
- The Handmaid’s Tale
- The Marvelous Mrs. Maisel
- Stranger Things
- Black Mirror
- Mindhunter
Melhores Séries 2019 por Marta Kong Nunes
- Game of Thrones
- You
- Mindhunter
- Black Mirror
- Stranger Things
- La casa de Papel
- Sex Education
- The Umbrella Academy
- Last Man Standing
- The Society
Melhores Séries 2019 por Miguel Pontares
- Mr. Robot
- Fleabag
- Succession
- Dark
- Watchmen
- Chernobyl
- When They See Us
- Barry
- Euphoria
- Castastrophe
Melhores Séries 2019 por Rui Ribeiro
- Game of Thrones
- The Crown
- The Deuce
- Big Little Lies
- The Witcher
- Mundos Paralelos
- Stranger Things
- Watchmen
- Chernobyl
- Euphoria