Os mais surpreendentes recordes do cinema no dia do Guinness Book
No dia em que celebra o Guinness Book, a Magazine.HD reuniu alguns dos recordes mais surpreendentes que marcaram a história do cinema.
Todas as semanas chegam até nós novos filmes que nos prendem a atenção. Alguns deles chegam mesmo a ficar registados na história do cinema pelos recordes que conseguem superar, entrando para o Livro de Recordes do Guinness. Quando falamos em Guinness, uns associam aos recordes, mas muitos são aqueles que pensam logo na cerveja irlandesa. E, a verdade, é que não estão errados. Existe uma relação entre as duas marcas… Tudo aconteceu quando o dono da cervejaria irlandesa se envolveu numa discussão sobre qual a ave mais rápida. Na altura, não havia forma de comprovar o facto, o que levou Hugh Beaver a criar a obra que compila todos os recordes do mundo.
Em 2004, o próprio Livro de Recordes do Guinness bateu um recorde ao tornar-se no livro editado mais vendido de sempre. Para comemorar o feito, foi instaurado um Dia Mundial para celebrar a obra criada por Hugh Beaver. Este ano, 16 de novembro ficou marcado como o Dia Mundial do Guinness Book e, para celebrar, a Magazine.HD reuniu uma lista de alguns dos recordes cinematográficos mais surpreendentes.
FILME COM O TRAILER MAIS LONGO
Por norma, os trailers dos filmes tendem a ter menos de três minutos, mostrando apenas algumas sequências de imagens com a intenção de motivar o espectador a assistir à obra na sua totalidade. Porém, “Ambiancé”, uma longa-metragem produzida pelo sueco Andy Weberg bateu o recorde de filme com o trailer mais longo ao apresentar um vídeo com 72 minutos de imagens.
Mas desengane-se quem pensar que um trailer com 72 minutos expunha quase a longa-metragem na íntegra. Em boa verdade, “Ambiancé” tinha um total de 720 horas, o equivalente a trinta dias. Este poderia ter vindo a ser considerado o filme mais longo de sempre, não tivesse o mesmo sido eliminado pelo próprio realizador que o tinha colocado no Youtube, removendo-o pouco tempo depois.
FILME DE TERROR COM MAIS SEQUELAS
Quando um filme de terror tem sucesso, os realizadores tendem a produzir várias sequelas que marcam o regresso do infame assassino ao grande ecrã. Por vezes, este procura novas vítimas, mas, em grande parte dos casos, o filme de terror acompanha as velhas personagens colocando-as em diferentes cenários.
Até ao momento, “Witchcraft” é o filme de terror com mais sequelas, tendo um total de dezasseis capítulos. A primeira longa-metragem foi lançada em 1988 e acompanhava William Spanner, um bruxo que, apesar da sua ascendência maligna, procurava lutar pelo bem. Logo atrás, “Sexta-Feira 13“, que se centra em Jason Voorhees, surge em segundo lugar com um total de doze sequelas.
PERSONAGEM MAIS INTERPRETADA EM FILMES
Muitas são as personagens populares que se tornam tema central das produções para o pequeno e grande ecrãs. Até hoje, aquela que detém o recorde de personagem mais interpretada em filmes é, sem dúvida, o Diabo. Ao longo da existência da indústria cinematográfica, a figura do Diabo surgiu quase em mil ocasiões diferentes em produções cinematográficas e televisivas. Seguem-se o famoso Pai Natal, a figura da Morte e, em quarto lugar, Jesus Cristo.
Já no que toca a personagens literárias humanas, o famoso detetive Sherlock Holmes é quem detém o recorde de personagem literária humana mais interpretada em filmes. Atualmente, o número de vezes que o detetive criado pelo britânico Arthur Conan Doyle surgiu no cinema e na televisão já ultrapassa as duzentas produções.
PERSONAGEM DE FILME VESTIDA DE MANEIRA MAIS CARA
Os filmes da saga “007” são, sem dúvida, grandes protagonistas no que toca a recordes cinematográficos. Por ter várias sequelas que duram já há mais de seis décadas, a saga mantém o seu nome inscrito em várias categorias do Livro de Recordes do Guinness. Os filmes acompanham as aventuras do espião mais conhecido do mundo inteiro, James Bond, um homem que se define pela sua elegância, boa forma física e, principalmente, o cavalheirismo. Em boa verdade. James Bond é a personagem cinematográfica vestida de maneira mais cara, principalmente na longa-metragem “007 Spectre“. No filme, a personagem interpretada por Daniel Craig surge a usar roupas e acessórios num valor superior a 44 mil euros.
Além disso, a personagem é conhecida também pelo uso de carros topo-de-gama que custam uma fortuna, detendo o recorde do uso do carro mais caro num filme. Em “007 Spectre”, Daniel Craig é visto a conduzir um Aston Martin DB10, um modelo não comercializado produzido apenas dez vezes, todas elas para uso nas filmagens. Caso chegasse ao mercado, o veículo teria um custo superior a cinco milhões de euros. Curiosamente, os recordes da longa-metragem incluem também o título de mais veículos de grande valor destruídos numa produção. Isto deve-se ao facto de todos os dez Aston Martins DB10 produzidos para o filme tenham sido destruídos, para além de outros carros caros, o que totaliza um valor superior a 44 milhões de euros em danos.
Mas “007 Spectre” não se destaca apenas pelo valor da roupa usada pela personagem e os carros usados nas gravações. O filme registou também o recorde de maior explosão cinematográfica de todos os tempos. Chris Corbould é o responsável pela criação dos efeitos visuais desta cena que foi filmada em Marrocos e contou com mais de oito mil litros de querosene e mais de vinte detonadores com um quilo de explosivos em pó, tendo durado mais de 7,5 segundos.
Curiosamente, numa produção que contou com tantos gastos, sendo a mais cara de toda a saga (com um custo que ultrapassa os 225 milhões de euros), Daniel Craig tornou-se o ator mais bem pago por interpretar a personagem de James Bond. Em “Spectre”, o britânico recebeu um salário superior a 35 milhões de euros. Apesar de ser o mais bem pago, Daniel Craig não é o ator que mais vezes deu vida ao famoso espião, sendo que o recorde pertence a Sean Connery e Roger Moore, ambos com sete participações na saga “007”. Já Jesper Christensen é o vilão que mais vezes aparece na franquia, surgindo em três longas-metragens.
PEÇA DE VESTUÁRIO MAIS CARA USADA NUM FILME
Os fatos usados por James Bond podem até ser caros, mas nada se compara ao vestido produzido para o filme “A Mulher que Não Sabia Amar”. Trata-se de um longo vestido vermelho com lantejoulas e acabamentos em pele, desenhado pela estilista Edith Head, vencedora de oito Óscares de Melhor Figurino. Na altura, a produção do vestido composto por três peças, um body com lantejoulas costuradas à mão que imitavam joias, uma saia aberta à frente e um bolero com pele de viso, teve um custo superior a 32 mil euros, o que faz dele a peça de vestuário mais cara usada num filme.
Mas Ginger Rogers não fica na história do Livro de Recordes do Guinness apenas como a mulher que usou a peça de vestuário mais cara num filme. A lendária atriz detém também o recorde de pessoa com uma maior guarda-roupa de viagem, uma vez que ao viajar para Inglaterra para participar na peça “Mame”, a atriz levou consigo 118 bagagens. Além disso, Rogers fica também na história do cinema por deter o recorde de mais filmes feitos com um parceiro de dança, tendo participado em dez longas-metragens em que dança ao lado de Fred Astaire.
MAIOR CARREIRA COMO REALIZADOR CINEMATOGRÁFICO
Desengane-se quem pensa que os recordes cinematográficos são apenas para os grandes estúdios de Hollywood. Na verdade, Portugal também tem o seu nome inscrito no Livro de Recordes do Guinness, através de Manoel de Oliveira. O ilustre cineasta do nosso país detém o recorde de maior carreira como realizador cinematográfico, tendo estado no ativo ao longo de oito décadas. “Douro, Fauna Fluvial” é a curta-metragem que marca o início da carreira de Manoel de Oliveira como realizador, um percurso que durou 84 anos, quando produziu o documentário “Um Século de Energia”. Na altura, o cineasta tinha já 105 anos de vida.
No que toca à representação, Curt Bois é considerado o ator com maior carreira no cinema, tendo estado ativo ao longo de 79 anos. Bois começou a representar com apenas sete anos e a sua última aparição no grande ecrã foi em “As Asas do Desejo”, filme em que participou em 1987, aos 86 anos de idade. Por outro lado, Maxine Elliott Hicks é a detentora do recorde de maior carreira como atriz, tendo participado em longas-metragens ao longo de 78 anos. O conhecido filme “Beethoven” marcou a última participação da norte-americana, na altura com 88 anos.
ATRIZ MAIS VELHA A PARTICIPAR NUM PAPEL PRINCIPAL
Lilian Gish é considerada por muitos a ‘Primeira Dama do Cinema Norte Americano’, isto porque é vista como uma das melhores atrizes da era do cinema mudo. Com uma carreira que durou 75 anos, a atriz lendária teve um percurso incomparável, tendo feito a transição do cinema mudo para o sonoro, para além de ter feito diversos projetos na televisão. Por isso mesmo, Gish detém o recorde de carreira mais longa como atriz de cinema em papéis principais.
Por norma, quando os atores mais velhos continuam no ativo, estes tendem a participar em papéis mais secundários. Mas isso não aconteceu com Lilian Gish que se tornou a atriz mais velha a assumir um papel principal. Tudo aconteceu em 1987, quando participou, ao lado de Bette Davis, na longa-metragem “As Baleias de Agosto”. Na altura, a atriz tinha já 93 anos de idade. No filme, as duas veteranas do cinema davam vida a duas irmãs idosas que recordam as suas vivências passadas enquanto cuidam uma da outra.
ATOR QUE LUTOU MAIS VEZES COM ESPADAS EM FILMES
Christopher Lee é um dos atores mais notáveis da sua geração, tendo participado em franquias de grande renome como “007“, “Star Wars“, “O Senhor dos Anéis” e “Hobbit“. Além disso, é de destacar a longevidade deste ator que viveu até aos 93 anos de idade, contando com uma carreira superior a seis décadas. Ao longo da sua vida, Christopher Lee interpretou centenas de personagens e tornou-se o ator que mais vezes lutou com espadas em filmes. Ao todo, o ator participou em dezassete longas-metragens em que teve de recorrer a espadas, sabres de luz ou tacos de bilhar para sobreviver.
BEIJO MAIS LONGO NUM FILME
Em 2005, chegava ao grande ecrã a longa-metragem “Eles… e as Saias”, um filme de comédia que seguia uma Diretora de um colégio que impôs rígidas regras que proibiam os alunos de terem atitudes menos conservadoras. Liderados por um dos professores, os alunos acabam por lutar, de forma pacífica e inteligente, contra o conservadorismo imposto.
Apesar de o filme não ser propriamente popular, a longa-metragem conseguiu entrar para a história do Livro de Recordes do Guinness com a cena final por conter o beijo mais longo num filme. Ao longo de uns espantosos seis minutos, Stephanie Sherrin e Gregory Smith trocam um longo e duradouro beijo numa cena que recria alguns dos beijos mais icónicos do cinema.
FILME COM MAIOR NÚMERO DE FIGURANTES
Mahtma Gandhi é um dos líderes mundiais mais importantes de sempre, tendo-se tornado extremamente popular por ajudar a Índia a tornar-se independente do Reino Unido sem recorrer a violência, além de ter lutado pelos direitos humanos universais. Apesar de ter falecido há mais de sete décadas, o indiano continua a ser evocado por pessoas de todas as gerações.
Em 1982, Richard Attenborough produziu um filme biográfico sobre o anticolonialista intitulado “Gandhi“. A cena em que surge o funeral do líder indiano bateu o recorde de filme com maior número de figurantes, uma vez que contou com a participação de trezentas mil pessoas. O momento foi gravado no dia exato que marcou o 33º aniversário da morte de Gandhi, a 30 de janeiro, tendo sido filmado numa manhã. Para isso, contou com a ajuda de onze equipas de filmagem, apesar de na longa-metragem a cena ter pouco mais de dois minutos.
FILME COM MAIOR NÚMERO DE ANIMAIS
No final do século XIX, o escritor Jules Verne trazia até nós a obra A Volta ao Mundo em 80 Dias, um livro que acompanhava a aventura de Phileas Fogg, um britânico rico que faz uma aposta com um amigo em como consegue dar a volta ao mundo em apenas oitenta dias. Em 1956, chegava ao grande ecrã uma longa-metragem homónima à obra de Verne, produzida por Michael Anderson, e que viria a ganhar o Óscar de Melhor Filme desse ano.
PRIMEIRO FILME A MOSTRAR UMA CASA-DE-BANHO
Nos anos trinta, os estúdios de Hollywood publicaram um código que censurava algumas cenas explícitas e que limitava o que era ou não possível mostrar nas longas-metragens produzidas. A medida foi adotada após os sucessivos escândalos que foram surgindo no meio cinematográfico, numa tentativa de restabelecer a imagem de Hollywood nos Estados Unidos. Algumas das regras incluíam a proibição de cenas de nudez, o tráfico de droga ou algum tipo de profanidade.
FILME COM MAIOR NÚMERO DE PALAVRÕES DITOS
Se o Código Hays censurava e limitava muitas das cenas que podiam surgir no grande ecrã, é bastante notória a liberdade que os estúdios de Hollywood conferem agora aos seus produtores, parecendo não haver limites para o que é hoje dito ou mostrado nas longas-metragens. Prova disso é o facto de o filme “Swearnet”, de 2014, deter o recorde de filme com maior número de palavrões ditos, contabilizando um total superior a oitocentas asneiras ditas na longa-metragem.
Apesar de ser notória a quantidade de palavrões ditos em “Swearnet”, é impossível não destacar o recorde alcançado por “O Lobo de Wall Street“, considerado o filme em que mais vezes é dita a ‘palavra F’. Na longa-metragem protagonizada por Leonardo DiCaprio, a ‘palavra F’ é utilizada mais de quinhentas vezes nos discursos das suas personagens.
FILME PROIBIDO EM MAIS PAÍSES
Seja pelas cenas explícitas que mostra, pela linguagem que utiliza ou até mesmo por uma questão cultural, muitos são os países que proíbem a exibição de filmes internacionais, numa tentativa de proteger o seu povo de ideias que contaminam os seus ideais. Em 1981, “Canibal Feroz” exibiu orgulhosamente o recorde de filme proibido em mais países após ter sido excluído em 31 locais. A longa-metragem italiana explora, de forma explícita, os atos de canibalismo e foi considerado por muitos um dos filmes mais violentos já produzidos, misturando tortura com assassinatos.
Qual destes recordes do Livro de Recordes do Guinness mais te impressionou?