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Taylor Swift: The Eras Tour (Taylor’s Version) | O ranking de todas as eras presentes no filme

Uma das estrelas da pop com maior impacto à escala planetária, Taylor Swift tem vindo a dinamizar a economia local em cada uma das paragens da monumental “The Eras Tour”. A digressão, que arrancou na primavera passada nos Estados Unidos, terminará no próximo verão depois de mais de 150 datas. Entretanto, já podemos ver o filme-concerto que, ao longo de 3 horas e meia, sumariza aquela que é já a digressão mais lucrativa de sempre! 

Taylor Swift vai a meio  da sua “The Eras Tour”, que desde há um ano atrás já passou pelos Estados Unidos, México, America Latina e Ásia. De seguida, rumará para a Europa para uma mini-digressão repleta de datas no velho continente. Só em Portugal há duas paragens, a 24 e 25 de maio, no Estádio da Luz, para duas noites que se fazem anunciar imperdíveis e com lotação esgotada.

Taylor Swift: The Eras Tour Film (2023)
Swift no centro do seu “diamante” |©Taylor Swift/ AMC Theaters

E apesar desta tour se encontrar ainda na estrada, “Taylor Swift: The Eras Tour”, o filme-concerto, já se encontra disponível na Disney+ depois de ter passado pelos cinemas, uma vez fechadas as datas norte-americanas da digressão. Agora, com a chegada ao streaming em 2024, conseguimos ver finalmente a gravação completa. Da música previamente não incluída na versão de cinema “Cardigan” (“Folklore”), à adição de quatro canções acústicas na secção de músicas surpresa – todas elas imensamente populares: “Death by a Thousand Cuts,“Maroon, “You Are in Love” e “I Can See You”, há muito a descobrir nesta nova versão.

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Já havíamos feito uma análise do filme aquando da sua passagem pelas salas de cinema. Agora, analisamos o que a versão de streaming nos traz, para além da hipótese de rever este grande concerto filmado sem limites. Vistas e revistas estas 3h30, quais são as maiores eras aqui representadas? Ou antes, quais foram os momentos da carreira de Taylor Swift mais bem representados (e captados) nesta sua “The Eras Tour”? O nosso ranking ajuda a tirar algumas conclusões!




10 – RED

Taylor Swift
Uma recordação de Swift na sua era Red original, há 12 anos atrás| Crédito editorial: Featureflash Photo Agency / Shutterstock.com

O álbum mais aclamado da discografia de Taylor Swift em último lugar desta lista? Que logro, está na altura de desistir! Calma, de Swiftie para Swiftie, “Red” é claramente um dos melhores e mais aclamados discos da carreira de Swift. E “Red TV”, com as suas 30 canções, tornou a qualidade do álbum ainda mais evidente. Contudo, acontece que aqui estamos a tentar avaliar que álbuns se traduziram numa melhor experiência de concerto (e de filme) entre todas as eras que contribuem para o produto final.

Na nossa opinião (bom, na minha opinião), “Red”, com as suas cores vermelhas vivas e diversão em palco não conseguiu chegar ao grau de sofisticação de outros álbuns por aqui representados. A transição, repleta de balões vermelhos de CGI, é sem dúvida pouco impressionante quando comparada com outros separadores como a cobra de “Reputation” ou o deslumbrante campo florido de “Speak Now”.

Por outro lado, realçamos “All Too Well’ (10 Minute Version) como um absoluto destaque impressionante e essencial. Um dos momentos altos de todo o concerto, sem dúvida, tornado ainda mais especial pelo facto de Taylor Swift se aproximar do público durante esta canção e tocar a sua guitarra. A capa longa, vermelha e preta, luxuriosa, torna o momento memorável.

O restante alinhamento “Red” inclui“’22′” ,“We Are Never Ever Getting Back Together” e “I Knew You Were Trouble”. Esta trata-se de uma escolha para fãs e curiosos, mas uma escolha só para fãs (e não apenas focada em chuva de hits) teria tornado este set mais especial: “State of Grace”, a música titular “Red”, Treacherous”, “I Almost Do”, “Begin Again” ou ” I Bet You Think About Me” são canções que poderiam ter tornado a seleção mais diversa e rica. Visualmente, a era “Red” também parece ter sido das menos pensadas. Ainda assim, é um inequívoco bom momento no decurso do concerto.




9 -1989

1989 taylor's version
O palco aparatoso da The Eras Tour | ©Taylor Swift/ AMC Theaters

E agora o álbum que cimentou a transição de Taylor Swift para o pop em penúltimo lugar deste ranking da Eras Tour? Sim, os míticos produtores Max Martin e Shellback souberam elevar esta cantora Country/Pop à inequívoca POP memorável com “1989”. E sim, a grande colaboração de Taylor com Joseph Kahn deu-nos nesta era o videoclipe de “Blank Space”, que continua a ser o mais memorável da sua carreira.

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Ainda assim, deixamos a era “1989” mais para o final pelas mesmas razões que enumerámos no que a “Red” diz respeito. Do ponto de vista estético, este mini-alinhamento é um pouco mais apelativo que o apresentado em “Red”. Há LEDs e luzes sem fim, há glow sticks e movimento, bicicletas que nos evocam a “Motomami” de Rosalia e muito por onde olhar. Ainda assim, esta era recebe o cuidado de uma “era” passada. Não se encontra em destaque nesta tour (nem poderia encontrar-se) e tal é evidente.

‘”Style”, “Blank Space”, “Shake It Off”‘, “Wildest Dreams” e “Bad Blood” compõe o alinhamento. Um alinhamento de singles que uma vez mais favorece os fãs casuais ao invés dos seguidores mais fiéis. Em falta temos canções excelentes como “Clean”, “New Romantics”, “All You Had to do Was Stay” ou “This Love”. Mais notável, falta-nos  a explosiva “Out of the Woods”, quiçá a segunda canção mais memorável deste álbum a seguir de “Blank Space”.




8 – FEARLESS

A partir do 8.º lugar, admitimos que começamos a duvidar um pouco das nossas decisões. “Fearless” é um álbum adolescente, muito jovem e que em 2024 não tem muita repercussão na carreira de Taylor Swift. Basta dizer que a sua re-edição em 2021 teve um impacto forte no fandom, mas não comparável (de todo) às novas edição de “Speak Now”, “Red” e particularmente “1989”.

Ainda no reino da Taylor Country, encontramos em “Fearless”, o segundo disco de originais, originalmente lançado em 2008, muitos dos êxitos mais transversais da cantora. O set tem como curioso ponto alto a prestação da música que nomeia o disco. A tocar guitarra e a rodopiar com um belo vestido dourado e uma pirotecnia impecável, “Fearless” transporta-nos para uma era mais simples e abre na perfeição para nos deslumbrarmos com “You Belong With Me” e “Love Story” (e as músicas com que muitos millennials foram introduzidos à cantora) de seguida.

Embora tenhamos uma paixão por músicas introduzidas/ melhoradas na versão de 2021, como “You All Over Me” ou a irónica “Mr. Perfectly Fine”, a verdade é que este pequeno set está perfeito com a extensão e sucessão de êxitos escolhida para a Eras Tour. Todavia, consideramos que as Eras que aí vêm nesta lista deixaram (ainda mais) a sua marca.




7 – MIDNIGHTS

Taylor swift the eras tour ranking
Lavender Haze abre o set de “Midnights” em chave de ouro ©Disney+

O último set da The Eras Tour em 2023 e 2024, “Midnights” deixará recentemente de ser o álbum mais recente de Taylor Swift com o lançamento de “The Tortured Poets Department” já no dia 19 de abril. Surgem algumas questões: será que o novo disco irá tomar parte da setlist do concerto? E, nesse cenário, será que teremos alinhamento novo pela altura em que a cantora chega a Portugal?

Especulação à parte, o alinhamento do filme disponível na Disney+, ou seja “Taylor Swift: The Eras Tour (Taylor’s Version)”, apresenta “Midnights” como peça central. Não só encerra como tem direito a um total de 7 músicas interpretadas: “Lavender Haze”, “Anti-Hero”, “Midnight Rain”, “Vigilante Shit”, “Bejeweled”, “Mastermind” e “Karma”.

Temos muitas poucas queixas a fazer, até porque outras músicas favoritas dos fãs, como “Maroon” e “You’re On Your Own, Kid” já marcaram presença no segmento dedicado às canções surpresa por várias vezes. Figuram, aliás, entre as escolhas mais recorrentes. “Midnights” é apresentado na Eras Tour de forma extensa e generosa e com direito a visuais deslumbrantes. Do mergulho de Taylor antes do início do set até ao deslumbrante cenário roxo durante “Lavender Haze”, a dança burlesca e sensual de “Vigilant Shit” ou a coreografia cativante de “Mastermind”, tudo de encaminha até ao final divertido e “TikTok Friendly” com Karma.




6 – EVERMORE

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Acrescentar cartões identificadores entre eras foi uma das principais marcas de estilo da realização do filme da The Eras Tour |©Taylor Swift/AMC Theatres

Aqui entram um conjunto de juízos particularmente subjectivos. Entre as internets da vida, o que não faltam são vloggers a relatar a sua experiência na Eras Tour. Muitos destacam que o alinhamento de Evermore – composto por “Willow”, “Marjorie”, “Champagne Problems” e “Tolerate It” é demasiado longo e uma das fases mais amorfas deste (bem) longo concerto de Taylor Swift.

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Ora, esta é uma perspectiva de visitante e não de quem conheça a discografia de fio a pavio. Fosse a vontade de muitos fãs de Swift feita e possivelmente músicas como “Shake it Off” e “Bad Blood” não precisavam de constar do alinhamento. Por outro lado, numa celebração da carreira longa e eclética da música, como é esta tour, é importante ver grandes êxitos contrabalançados com instantes mais íntimos. É isso que recebemos aqui.

No set de “Evermore”, belíssimo disco e o mais influenciado pela sua colaboração com Aaron Dessner dos “The National”, sucede uma verdadeira anomalia: das quatros músicas, só uma é single. Como é que Taylor Swift contorna a falta de notoriedade mainstream destes temas? Em “Willow” (o único single), dança com lanternas e evoca uma misteriosa e vibrante aura de feitiçaria, com “Marjorie” toca-nos fundo no coração com a homenagem à sua avó, em “Champagne Problems” (uma super-favorita do mundo dos fãs) senta-se e toca num piano coberto de musgo e em “Tolerate It” até monta um espectáculo de teatro. Visualmente, o mini-alinhamento de “Evermore” não perdoa e é, possivelmente, o mais visualmente estimulante de todo o concerto.




5 – SPEAK NOW

Taylor Swift Enchanted Disney+
A performance de “Enchanted” não falha em honrar a música e o seu título |©Disney+

É difícil escolher, no que a este “Taylor Swift: The Eras Tour (Taylor’s Version)” diz respeito, quais os momentos mais icónicos de um espectáculo que se estica para quase as 3h30 de duração – algo comum no rock mas raro na pop. Ainda assim, arriscamos em colocar “Speak Now” (agora em versão TV) num local de destaque. O belo vestido volumoso, a subida de tom durante o último refrão, o campo de flores verdadeiramente deslumbrante. A transição para “Speak Now” e o seu icónico “Enchanted” recorda-nos de uma Taylor Swift clássica e senhora suprema do deslumbramento e da descrição de um primeiro momento na promessa de romance.

Além disso, Taylor Swift acrescentou “Long Live”, o seu hino dedicado ao fandom, nos concertos de 7 e 8 de julho de 2023, e a partir daí nunca mais se livrou desta canção no alinhamento oficial. Sim, de “Haunted” a “Better Than Revenge”, passando pelas deliciosas novas canções acrescentadas na Taylor’s Version, em particular “Timeless” e “I Can See You”, muitas outras músicas tornariam esta mini-set ainda melhor. Não obstante, este momento muito curto é bastante especial no decurso da Eras Tour e do seu filme-concerto.




4 – LOVER

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©Taylor Swift/ AMC Theatres

“Lover” abre com toda a justiça este filme e a própria “The Eras Tour”. Como podia não o fazer? Lançado em 2019, o álbum nunca teve a oportunidade de ser promovido ao vivo. No verão de 2020, Taylor Swift tinha planeado uma tour de festivais de verão. Por cá, passaria pelo NOS Alive. Nada disso aconteceu e agora “Lover” teve a sua ‘desforra’.

Com uma abertura memorável, “‘Miss Americana & the Heartbreak Prince” abre, numa versão reduzida mas igualmente pujante, o alinhamento da tour. Passado pouco passamos para “Cruel Summer”, aquela que, verdade seja dita, sempre foi a canção favorita dos fãs neste álbum. Depois do impacto massivo das datas americanas da Eras Tour, “Cruel Summer” conseguiu o impossível (ou pelo menos improvável). Depois de lançada em 2019, a música tornou-se um gigante êxito e no verão de 2023 chegou ao topo da Billboard. Hoje, no Spotify, à data de abril de 2024, é a música mais ouvida de Taylor Swift. Isto sem nunca ter sequer lançado um videoclipe.

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Voltando à set “Lover”, contém ainda “The Man” e “You Need To Calm Down”, duas músicas que nos dizem algo acerca da identidade de quem iremos ver. Uma artista pop que não se leva muito a sério e que alinha com os liberais e defende a liberdade de expressão romântica e os direitos das mulheres. Daí passamos para um par perfeito para fechar a seleção: “Lover” seguido de “The Archer”.

Na versão que estreou nos cinemas não tivemos oportunidade de ouvir “The Archer”, e este não single não amado fecha a lista de músicas na perfeição. Vá, para a perfeição faltava-nos a em-amada “Death By a Thousand Cuts”. Mas essa música teve direito a ser tocada no set acústico em Los Angeles e incluída na versão final deste filme. Lá chegaremos!




3 – FOLKLORE

Folklore eras tour filme
©Disney+

O primeiro de dois álbuns de pandemia, “Folklore” é uma referência na discografia de Taylor Swift. Levou-a a ser apreciada por um novo público, o do indie pop e deu-lhe nova credibilidade com as colaborações com nomes como Dessner ou Bon Iver. Para o fã mais casual, na marca das 8 músicas, o set de “Folklore” é também a puxar para o longo. Todavia, entre o visual perfeito e o poder simbólico destas prestações, não conseguimos apontar defeitos à longa seleção em mãos.

“The 1” arranca, e logo vemos a deslumbrante cabana “Folklore” e uma Taylor que canta no seu telhado repleto de musgo. Com “Betty” somos introduzidos ao popular triângulo romântico adolescente e testemunhamos um momento mais “acústico” e de grande cumplicidade notável com a banda. “The Last Great American Dynasty” leva-nos para outro momento de grande teatralidade por parte da “croma” que é esta cantora da Pennsylvania. E como acolhemos a teatralidade!

Mergulhamos depois em “August” e vemos Taylor Swift a rodopiar num belo vestido branco, com leveza e deslumbramento, isto antes de chegarmos a um momento mais intenso e imperdível do alinhamento do álbum. Falo do momento em que apenas a bridge de “Illicit Affairs” é cantada com galopante desespero, antes de com “My Tears Ricochet” a divertidamente dramática Taylor organizar um funeral para si mesma. Aqui, destaque para o belo guarda-roupa e para a coreografia orquestrada com o seu coro.

No fim, “Cardigan”, o single mais popular de “Folklore”, fecha em grande uma lista de canções que foi capaz de provocar todo o tipo de emoções.




2 – SET ACÚSTICO/ CANÇÕES SURPRESAS

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Então, mas esta nem sequer é uma era, como pode ficar no pódio? Pode sim! Em cada um dos concertos da sua digressão, Taylor Swift canta duas músicas surpresa, extra ao alinhamento do concerto numa oportunidade para percorrer o seu repertório musical de forma extensa. Swift já vai para o 11.º álbum, por isso muitas canções favoritas ficam necessariamente por cantar.

Ora, o set acústico introduz mistério no alinhamento e permite recordar velhos êxitos. Para os concertos em Los Angeles, com filmagem em particular entre os dias 3 e 5 de agosto de 2023, Taylor Swift escolheu incluir algumas das suas músicas mais apreciadas entre as surpresas – são sempre 2 por noite, uma ao piano e uma à guitarra. Sem banda nem coro, estes são os instantes mais íntimos deste grande espectáculo de estádio.

“Taylor Swift: The Eras Tour (Taylor’s Version)”, a versão final disponibilizada na Disney+, apresenta-nos 6 canções em vez de apenas duas e as adições são deliciosas. Começamos com “I Can See You” (Música do Vault de “Speak Now”), que ganha em muito com a versão à guitarra, pois a instrumentalização original é bem mais eletrónica e aqui ouvimos uma nova e curiosa versão. A 3 de agosto, os fãs com muita sorte ouviram ainda “Maroon”, um dos não singles mais amados de “Midnights”.

No dia 4 tocaram-se “Our Song” (do primeiro disco e que havíamos já ouvido na versão de cinema) e a bela canção do “Lover” “You Are in Love” (que Taylor escreveu sobre o romance defunto entre Lena Dunham e o seu produtor Jack Antonoff. E se a bem-amada “You’re on Your Own, Kid” já constava do alinhamento quando fomos ver “The Eras Tour” ao cinema, “Death By A Thousand Cuts” é uma adição mesmo muito bem-vinda nesta versão derradeira do filme.

Aqui temos o espectáculo da máquina reduzido ao mínimo denominador comum, uma rapariga a tocar instrumentos, sozinha num gigante palco. Que resulte é extraordinário e uma prova do que já sabíamos: Swift tem mérito como cantautora, a sua mais importante definição. Ah, e para os mais distraídos, terminados os concertos no continente americano, Swift começou a fazer mash-ups durante as canções surpresa e, em princípio, é isso que iremos receber cá na Europa.




1 – REPUTATION

Dificilmente alguém vai estranhar esta escolha ou achá-la controversa. Já aquando do lançamento da Reputation Stadium Tour original (em 2018), os críticos tinham mordido a língua depois de criticaram vocalmente o álbum. Ao vivo, a era “miúda mal comportada” de Taylor ganha nova gigante e arrojada vida. E se em 2018 “Reputation” já teve uma vida respeitável nos palcos, o álbum menos aclamado pela crítica continua a ser aquele em que Swift se preocupa a entregar uma energia ao vivo mais contagiante e inegável.

Com o motivo das cobras de volta, o alinhamento arranca com “Ready for It” e deixa-nos tensos e grudados ao ecrã. “Baby let the Games Begin”, diz-nos Taylor Swift por entre coreografia bem ritmada e algumas elevações vocais interessantes. “Delicate” beneficia de efeitos de palco visualmente memoráveis, mas é mesmo nas duas canções finais que o set de “Reputation” nos conquista corpo e alma.

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“Don’t Blame Me” traz de volta uma fase de pop-gospel curta na carreira de Swift e proporciona um dos momentos com mais belting. Sim, Taylor não é conhecida por puxar muito pela voz, mas ao vivo sempre foi e é mais aventureira do que no estúdio, garantindo uma ótima experiência para quem a visita em palco. “Don’t Blame Me”, com vários momentos de elevação de tom e notas longas, é um exemplo perfeito. Não fosse isso suficiente, com “Look What You Made Me Do” Taylor aproveita para estabelecer uma ponte e faz um mini mashup, entoando “Don’t Blame Me For What You Made Me Do” e levando o público à euforia.

Os momentos dedicados a “Reputation” são mestres em transições e laivos de raiva credíveis, e aqui Swift purga todos os seus demónios – uma vez mais. “Look What You Made Me Do” não é grande canção na versão de estúdio, nunca foi, mas o seu videoclipe garante muitas oportunidades. Uma vez mais, com a Eras, a versão ao vivo desta música é dominada por uma interpretação rock vibrante. O toque final dá-se com as cantoras de coro de Taylor, todas elas fechadas em caixas e vestidas com roupas de vários momentos da carreira da cantora, a cantarem enquanto se tentam libertar ( sem que Taylor o permita). Até ao segundo em que desaparece num elevador para debaixo do palco, Taylor Swift não nos dá tréguas com o seu mal-amado álbum de vingança que cada vez mais fãs conquista.

TRAILER | TAYLOR SWIFT: THE ERAS TOUR (TAYLOR’S VERSION) NA DISNEY+

Taylor Swift traz a sua “The Eras Tour” a Lisboa nos dias 24 e 25 de maio. Os dois concertos, a decorrer no Estádio da Luz, estão mais que esgotados. Mas quem sabe, talvez haja nova venda nos dias antes do espectáculo. Não seria inédito. Cá ficamos (e lá estaremos), à espera das canções surpresa e do alinhamento (atualizado ou não). “…Are You Ready For It?” 

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