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De Vogue a Like a Virgin, a playlist essencial de Madonna

No dia em que Madonna regressa a Portugal para dois concertos imperdíveis, a Magazine.HD recorda a playlist essencial de um dos maiores ícones da música.

Referida muitas vezes como a ‘Rainha da Pop‘, Madonna conta com uma carreira com mais de quatro décadas dedicada à indústria da música e as suas canções têm batido importantes recordes. Ao longo de mais de quarenta anos, a artista norte-americana já lançou catorze álbuns e vendeu mais de quatrocentas obras musicais. A sua versatilidade e irreverência fizeram de Madonna um verdadeiro ícone da cultura, tornando-se muitas vezes uma figura controversa pela abordagem de temas de teor sexual, político-social e religioso nas suas canções. Por toda a sua contribuição para a indústria, a cantora foi considerada uma das mulheres mais importantes do século XX e, em 2008, ganhou um lugar no Rock & Roll Hall of Fame.

Nascida no Michigan, em 1958, Madonna Louise Ciccone começou a praticar balé após concluir o secundário e ganhar uma bolsa de estudos para ingressar num curso de dança da Universidade do Michigan. Em 1978, a cantora mudou-se para Nova Iorque para dar início a uma carreira como dançarina e, em pouco tempo, juntou-se a uma banda musical onde começou a desenvolver os seus dotes como intérprete. Na altura, a artista começou a compor as suas próprias canções e, em 1983, lançou o seu primeiro álbum a solo intitulado Madonna. Desde então, a carreira de Madonna nunca mais parou de crescer, valendo à artista sete Grammys, dois Globos de Ouro e milhares de outros prémios de extrema importância, além de se ter destacado também na indústria cinematográfica.

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Em janeiro de 2023, Madonna anunciou uma turné mundial, a ‘The Celebration Tour‘, para celebrar os quarenta anos de carreira a solo da artista. Sendo a cantora uma frequente visitante de Portugal, país onde até já comprou casa, a Altice Arena prepara-se para receber dois concertos imperdíveis da cantora, num espetáculo que promete recordar as várias facetas da artista ao longo das décadas. Para celebrar a ocasião, a Magazine.HD preparou uma playlist com algumas das canções mais emblemáticas de Madonna.

LIKE A VIRGIN (1984)

Até ao início dos anos oitenta, Madonna aparentava estar numa profunda competição com Cindy Lauper por um lugar de destaque na música Pop. Após o lançamento de “Like a Virgin”, Madonna acabou por assegurar o estatuto de ícone, tornando-se uma figura de relevo pelos temas abordados nas suas canções a ousadia demonstrada nas suas performances. Considerado o seu primeiro hit número um nos Estados Unidos, “Like a Virgin” é mais do que uma simples canção, é o definir do estilo musical de Madonna. A canção tem um duplo significado que remete para o cariz sexual, o que ajudou a encorajar muitas artistas da época a abraçarem a sua sexualidade.




CRAZY FOR YOU (1985)

“Vontade de Viver” é um filme norte-americano que acompanha um praticante de luta livre que se vê obrigado a perder peso para uma competição, mas tudo muda quando se apaixona por uma rapariga que muda o seu mundo de pernas para o ar. Para enaltecer o momento em que os dois protagonistas se encontram de forma romântica, Madonna produziu o single Crazy for You”, uma balada que pode figurar qualquer banda sonora dos bailes de finalistas do mundo inteiro, falando sobre o desejo sexual e a atração por outra pessoa. Foi com esta balada que a artista foi nomeada pela primeira vez ao Grammy na categoria de Melhor Performance Vocal Pop Feminina.




INTO THE GROOVE (1985)

Nos anos oitenta, Madonna sentia-se atraída por um rapaz latino-americano e escreveu a música “Into the Groove” enquanto o observava a dançar na pista de dança numa tentativa de o conquistar. Em várias entrevistas a cantora revelou que foi naquele momento que sentiu necessidade de aprender a expressar-se através da dança, representando para si uma forma de libertação. Com uma letra que faz referência a um convite para dançar, Madonna decidiu usar “Into the Groove” na banda-sonora do filme “Desesperadamente Procurando Susana” do qual fez parte do elenco. No Reino-Unido, este tornou-se o primeiro single de grande sucesso de Madonna, sendo também um dos mais vendidos até ao momento.




LIVE TO TELL (1986)

Inicialmente, “Live to Tell” havia sido escrita para a banda sonora do filme “Fogo com Fogo”, mas após ser rejeitada Madonna decidiu gravar a canção para ingressar na longa-metragem “Homens à Queima-Roupa”, protagonizada pelo seu marido de então, Sean Penn. Expondo um lado mais humano da cantora, a letra da canção fala de traumas de infância e apresenta uma Madonna mais recatada. No videoclipe, a artista surge com um estilo inspirado em Grace Kelly, mas esta vertente mais angelical da cantora seria denegrida mais tarde quando Madonna interpretou a música pendurada numa cruz gigante, simbolizando a crucificação. Este ato foi prontamente condenado pelo Vaticano que classificou a performance como uma hostilidade contra a Igreja Católica.




PAPA DON’T PREACH (1986)

Apesar de Madonna ser a grande responsável pela composição da letra das suas canções, a cantora teve um papel secundário na escrita de “Papa Don’t Preach”. A música foi maioritariamente composta por Brian Elliot que ouvia do lado de fora do seu estúdio vários adolescentes a conversarem entre si sobre a gravidez na adolescência. Assim, o single aborda uma jovem rapariga que se vê numa alhada após descobrir estar grávida. Este foi um marco na carreira de Madonna que surge também como uma nova imagem, adotando um cabelo loiro platinado e em plena forma física. Porém, a canção revelou-se controversa por revelar o apoio à gravidez na adolescência. Por outro lado, a música foi muito bem aceite por grupos que encontraram no tema um suporte na luta contra o aborto.




OPEN YOUR HEART (1986)

Inicialmente, “Open Your Heart” havia sido escrita para Cindy Lauper sob o título “Follow Your Heart”, mas o destino trocou as voltas dos compositores que decidiram entregar a canção a Madonna dada a semelhança de estilos. A cantora acabou por fazer alterações à letra, tornando as frases em insinuações sexuais e adaptou a música a uma versão menos Rock e mais Pop-Dance. Além disso, o videoclipe é uma homenagem a algumas atrizes da ‘Era de Ouro de Hollywood’, como Liza Minnelli e Marlene Dietrich, uma vez que, no vídeo, Madonna surge como uma dançarina exótica. O facto de a cantora representar as mulheres como o sexo dominante foi altamente bem recebido pela crítica.




LA ISLA BONITA (1987)

Patrick Leonard criou o instrumental do tema “La Isla Bonita”, ao qual adicionou ritmos latinos, para Michael Jackson. Porém, o intérprete de “Thriller” não gostou do que ouviu e recusou a música, acabando esta por ser enviada para Madonna que prontamente escreveu uma letra para aquela que seria a sua primeira canção com raízes latinas. A cantora compôs a música enquanto estava em Shangai a gravar o filme “Xangai”, decidindo homenagear o povo latino-americano. No videoclipe, a artista cria duas personagens características da cultura hispânica – a dançarina de Flamenco e uma jovem católica. Em várias entrevistas, Madonna afirmou acreditar ter sido latina noutra vida, confessando adorar os ritmos calientes deste povo.




WHO’S THAT GIRL (1987)

Continuando numa onda mais virada para os ritmos latinos, Madonna lançou o single Who’s that Girl”, uma canção que serviu de tema da longa-metragem “Quem é Aquela Garota?”. Este foi o terceiro filme do qual a cantora fez parte do elenco e segue a história de uma rapariga injustamente acusada de assassinar o próprio namorado. Enquanto a artista tentava a toda a força conquistar o seu lugar em Hollywood, o seu sucesso na indústria da música estava garantido e prova disso é o facto de a canção ter sido nomeada para um Globo de Ouro e um Grammy, para além de ter entrado nos tops de vários países. Inicialmente, tanto a música como o filme tinham como título “Slammer”, mas após encontrar dificuldades em encontrar palavras que rimassem, Madonna pediu a alteração do nome para “Who’s That Girl”.




LIKE A PRAYER (1989)

No final dos anos oitenta, Madonna decidiu enveredar por um caminho artístico vocacionado para um público mais adulto e maduro e acabou por produzir aquela que é por muitos considerada uma das canções mais controversas da cantora. Tendo como tema uma jovem rapariga que encontra em Deus a única figura masculina da sua vida, “Like a Prayer” tem um vídeo que é uma verdadeira blasfémia que envolve queimar cruzes e fazer amor com santos negros. A música acabou por ter um grande impacto na carreira de Madonna que passou a ser vista como uma verdadeira artista e não tanto como uma estrela Pop. Por outro lado, o Vaticano censurou veemente o videoclipe, o que levou a cantora a perder o patrocínio da Pepsi, uma vez que a canção havia sido selecionada para representar a marca num anúncio publicitário.

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CHERISH (1989)

Inspirada pela clássica obra de Shakespeare, Romeu e Julieta, Madonna escreveu “Cherish”, um tema que aborda a temática do amor e dos relacionamentos, mostrando uma mulher que jura fidelidade ao seu companheiro. Trata-se de um single bastante alegre com ritmos que evocam os grupos femininos dos anos sessenta. Contrariamente às canções lançadas anteriormente, “Cherish” apresenta um tema muito mais leve, o que se tornou notório também no seu videoclipe, uma vez que Madonna surge numa praia, o local onde aparentemente se inspirara a escrever a letra desta música, enquanto três homens vestidos de tritões nadam no mar. Porém, os tritões tornaram-se símbolo da comunidade homossexual e também do processo de tomada dos homens como objeto sexual.

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OH FATHER (1989)

A mãe de Madonna faleceu quando a cantora tinha apenas cinco anos de idade, o que fez com que a artista se afastasse do pai. A relação entre os dois azedou ainda mais quando o seu progenitor voltou a casar, o que causou em Madonna, e nos seus irmãos, danos emocionais. No videoclipe de “Oh Father“, a cantora procurou aceitar a morte da progenitora através da imagem de uma criança a brincar na neve enquanto a mãe falece. Além disso, Madonna trouxe para o vídeo uma memória perturbadora da sua infância, a imagem da mãe deitada no caixão com a boca cosida. Gravado a preto e branco, o vídeo, que é também uma referência às figuras masculinas abusivas da vida de Madonna, tornou-se num dos melhores videoclipes de todos os tempos, marcado pelo estado emocional da cantora na altura em que foi gravado.




VOGUE (1990)

É inegável a capacidade de Madonna para trazer temas da atualidade para as suas canções, tornando-as o centro das atenções. Nos anos noventa, a doença do HIV começou a estar nos tópicos de conversa e, consequentemente, os focos viraram-se para as comunidades gays. Inspirada pela Comunidade ‘House Ball’, uma subcultura LGBTQ+ emergente no Harlem, Madonna produziu a canção “Vogue”, inspirando muitos fãs a aproveitarem a liberdade das pistas de dança, usando este espaço como um escapismo. Além disso, a canção serve também de homenagem a grandes nomes da ‘Época de Ouro do Cinema’, uma vez que a artista cita o nome de vários atores, como James Dean e Marilyn Monroe. Com uma forte influência do estilo Disco, o single marcou as tendências do Dance Music. Este continua a ser um dos maiores temas de sucesso de Madonna, tendo posteriormente feito parte da banda sonora de “O Diabo Veste Prada”.

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THIS USED TO BE MY PLAYGROUND (1992)

A All ll-American Girls Professional Baseball League foi uma liga feminina de basebol norte-americana cujos feitos foram homenageados no filme “Liga de Mulheres”, protagonizado por Tom Hanks, Geena Davis e Madonna. A cantora participou também na banda sonora com o tema “This Used to be My Playground“, um single que fala sobre a visita a lugares da infância com o intuito de não abandonar o passado. No entanto, a faixa não pôde ser incluída na longa-metragem por problemas contratuais, mas foi aproveitada para promover os Jogos Olímpicos de Verão de Barcelona de 1992. O sucesso imediato da canção rendeu a Madonna uma nomeação aos Globos de Ouro e, na época em que foi lançado, acabou por destronar Whitney Houston do pódio de artista feminina com o maior número de singles em primeiro lugar, uma posição à qual Houston voltaria mais tarde com “I Will Always Love You“.




I’LL REMEMBER (1994)

Madonna estava cansada da sua imagem denegrida e decidiu reinventar-se para se reaproximar dos seus fãs. Após o sucesso alcançado pelas músicas do filme “A Escola da Vida”, Madonna decidiu fazer parte da banda sonora da longa-metragem e lançou o tem “I’ll Remember”, uma balada que inclui backing vocals e um sintetizador para produzir o som equivalente a um batimento cardíaco. A canção foi descrita como o melhor single produzido para um filme e esteve nomeada para um Grammy e um Globo de Ouro. No videoclipe, Madonna cingiu-se a um simples estúdio de gravação, mas na parte final surge como uma figura andrógina, o que causou muita aclamação pela crítica pela quebra da barreira de género.




TAKE A BOW (1994)

No início dos anos noventa, muitas eram as pessoas que criticavam a imagem abertamente sexual de Madonna, especialmente após o lançamento do seu primeiro livro, Sex, e da sua participação na longa-metragem “Corpo de Delito”. Numa tentativa de suavizar a forma como era vista, a cantora lançou o tema “Take a Bow”, produzido em conjunto com Babyface. A letra da canção fala sobre o amor não correspondido e a música foi gravada com o acompanhamento de uma orquestra ao vivo, enquanto o videoclipe contou com a participação do toureiro Emilio Muñoz, um homem que negligencia o amor da sua companheira.

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YOU’LL SEE (1995)

Após ver a sua carreira marcada por sucessivas controvérsias e sentir que a sua vida pessoal se havia tornado o foco da sua pessoa, Madonna decidiu que chegara a altura de mudar o rumo do seu percurso. Numa tentativa de deixar de lado a teatralidade das suas canções, a artista decidiu lançar o álbum Something to Remember onde compilou todas as suas badaladas lançadas ao longo de uma década de carreira. A juntar ao disco, Madonna publicou três novas canções com o intuito de manter o foco nos seus dotes musicais. Um dos novos singles seria “You’ll See” que fala da independência após o término de uma relação, quase como Madonna se tornasse agora independente da sua imagem denegrida.




DON’T CRY FOR ME ARGENTINA (1996)

Nos anos setenta, Andrew Lloyd Webber e Tim Rice escreveram “Don’t Cry for Me Argentina”, uma canção sobre a vida de Eva Perón para ser inserida no álbum sobre a Evita. Rapidamente, o disco deu lugar a um musical nos palcos da Broadway, passando posteriormente para uma longa-metragem de Hollywood. Madonna queria a todo o custo conquistar o seu lugar na indústria cinematográfica e esforçou-se ao máximo por conseguir o papel principal em “Evita”. O desempenho da atriz valeu-lhe um Globo de Ouro e a interpretação de “Don’t Cry For Me Argentina” tornou-se num verdadeiro sucesso. Porém, a cantora quis dar-lhe um toque seu e regravou um remix da música, dando-lhe o título “Miami Mix”, o que acabou por tornar o single numa versão mais dançável.

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FROZEN (1998)

Em 2021, o DJ Sickick tornou-se popular no TikTok após lançar uma versão Trap do tema “Frozen” lançado por Madonna em 1998. Pertencente ao álbum Ray of Light, que marca uma mudança no estilo musical da cantora. Para trás ficaram os ritmos Disco, dando lugar a hinos com letras mais profundas e pessoais. Em “Frozen”, a cantora assume o papel de uma bruxa que se transforma num bando de pássaros e canta, metaforicamente, sobre um homem frio e sem emoções. O estilo quase cinematográfico da composição valeu-lhe a entrada para o número um em vários países, ganhando também destaque pelos efeitos visuais utilizados no videoclipe e que renderam à artista um prémio da MTV.




RAY OF LIGHT (1998)

A segunda metade dos anos noventa revelou ser uma época de verdadeira mudança na vida de Madonna. Para além de ter sido mãe, a artista conseguiu, finalmente, destacar-se em Hollywood com o papel principal em “Evita”. Por essa altura, a cantora lançou aquele que é considerado por muitos o seu melhor álbum de sempre, Ray of Ligh. A faixa-título do seu sétimo disco é precisamente “Ray of Light”, uma canção que aborda a mudança de vida e a liberdade, o que se reflete no estilo mais eletrónico adotado por Madonna nesta nova fase. O lançamento de esta música com letras mais poéticas voltou a atrair o público de Madonna, aumentando definitivamente a sua popularidade. A canção acabou mesmo por ser nomeada a três Grammys, vencendo dois deles.




NOTHING REALLY MATTERS (1999)

Em 1996, Madonna deu à luz a sua primeira filha, Lourdes Leon, fruto da sua relação com o ator Carlos Leon. A emoção da maternidade levou a cantora a compor o tema mais introspetivo “Nothing Really Matters”, uma canção que dedicou ao seu primeiro rebento. Já o videoclipe foi inspirado na obra Memoirs of a Geisha, de Arthur Golden, uma vez que Madonna surge vestida de Geisha, uma artista tradicional japonesa. O quimono utilizado pela cantora no vídeo foi desenhado por Jean Paul Gaultier e é um marco na carreira de Madonna, apesar de a canção não ter obtido um sucesso imediato semelhante aos seus trabalhos anteriores.

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BEAUTIFUL STRANGER (1999)

Em 1991, Madonna apresentou o programa “Saturday Night Live” e convidou Mike Myers a participar na emissão. A química entre os dois foi imediata e o ator retribuiu o gesto convidando a cantora a escrever um tema para o filme “Austin Powers: O Espião Irresistível”, resultando no single Beautiful Stranger”. Já o videoclipe volta a juntar Madonna e Myers, sendo que este último atua sob a sua personagem popular Austin Powers que finge ir a um espetáculo da artista, acabando por ser seduzido por esta. O sucesso da canção, que fala sobre uma história de amor, rendeu a Madonna o seu quinto Grammy e alcançou o top de diferentes países.




MUSIC (2000)

Inspirada por um concerto de Sting ao qual assistiu, Madonna escreveu “Music”, a faixa-título do seu oitavo álbum. A canção faz alusões a temas sociopolíticos e fala do poder da música para unificar pessoas. O sucesso deste single foi imediato, mas numa época em que a internet dava os primeiros passos no nosso quotidiano, a música acabou por ser publicada de forma ilegal no sistema global, o que levou a um lançamento precoce do tema. Além disso, a popularidade da canção cresceu com a produção do videoclipe que possui elementos tipicamente americanos, o que fez aumentar o consumo de moda cowboy, por exemplo, e conta com a participação de Sacha Baron Cohen no emblemático personagem Ali G.




DON’T TELL ME (2000)

Joe Henry, o cunhado de Madonna, escreveu “Don’t Tell Me” como um Tango com o título “Stop”. Após apresentar a canção à artista, esta alterou o nome da música e adaptou a letra e o ritmo a um estilo mais Country com uma mistura de Dance. Regressando ao estilo Cowgirl utilizado anteriormente, Madonna surge num videoclipe rodeado de cavalos e cowboys, enquanto pede ao seu namorado que não a controle, uma performance que lhe valeu uma nomeação aos Grammys. O sucesso de “Don’t Tell Me” valeu a Madonna o empate com os The Beatles na luta pelo título de artista com o segundo maior número de singles no top dez da Billboard.




DIE ANOTHER DAY (2002)

Apesar do enorme sucesso alcançado pela saga 007 ao longo dos anos, a banda sonora interpretada pela banda Garbage não havia obtido grandes resultados. Com o virar do século, a MGM procurava um artista que tivesse capacidade de desenvolver um tema musical para o filme que devolvesse à saga o renome de sempre. Madonna foi escolhida para interpretar “Die Another Day”, um single homónimo à longa-metragem de James Bond lançada nesse ano. A canção alcançou duas nomeações ao Grammy e uma ao Globo de Ouro e obteve um grande sucesso internacional. No videoclipe, a artista surge como uma prisioneira prestes a ser eletrocutada ao mesmo tempo que faz uso de símbolos judaicos, considerado por muitos um verdadeiro sacrilégio.

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HUNG UP (2005)

Assumidamente apaixonada pelas pistas de dança, em “Hung Up” Madonna decidiu recuar à sua juventude e homenagear os ritmos que ouvia quando tinha vinte anos. A cantora pediu permissão aos ABBA para fazer uso da sua famosa canção “Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)” e introduzi-la no começo desta faixa, permissão essa que foi concedida, tornando-se um feito raro. Como tal, esta música sobre uma mulher forte e independente com problemas no relacionamento é fortemente influenciada pelos ritmos Pop dos anos oitenta, apesar de ter sido lançada já no século XXI. Mas as homenagens não ficam por aqui, uma vez que o videoclipe é inspirado em John Travolta e as suas personagens em filmes musicais. O sucesso global do single fez Madonna entrar para o Livro de Recordes do Guinness, além de ter feito a cantora destronar o recorde de Elvis Presley como o artista com mais entradas no top tem da Billboard.

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GET TOGETHER (2006)

Madonna nunca negou o seu amor pelas pistas de dança e o quanto isso a fazia sentir livre. A artista pegou nessa forma de escape e produziu “Get Together”, um tema Electropop, com influências Techno, que fala sobre a possibilidade de se apaixonar na pista de dança. O videoclipe da canção mostra uma Madonna desinibida a atuar no Koko Club de Londres, misturado com efeitos animados que tornam o vídeo visualmente diferente. Por outro lado, a letra da música apresenta quase um diálogo interno, o que gerou um enorme sucesso internacional, mas não tanto dentro dos Estados Unidos. Ainda assim, com “Get Together”, Madonna conquistou mais uma nomeação aos Grammys.




GIVE IT 2 ME (2008)

Madonna juntou-se a Pharrell Williams para produzir a canção “Give it 2 Me”, um single sobre auto-capacitação. Para a cantora, o principal objetivo do tema era fazer dele um verdadeiro hino de festa. Porém, a música aborda também temáticas como a dança e o sexo, quase como uma referência à carreira de Madonna. Por isso mesmo, no videoclipe de “Give it 2 Me”, a artista recriou o seu visual usado na capa da revista Elle. O sucesso da canção foi notório, tendo conquistado o primeiro lugar em vários países da Europa. Além disso, o tema valeu a Madonna uma nova nomeação aos Grammys.




CELEBRATION (2009)

Em 2009, Madonna lançou o álbum Celebration, o terceiro que reúne os temas de maior sucesso da carreira da cantora. Desta vez, a artista introduziu algumas novas canções ao disco, sendo uma delas “Celebration”, quase como um hino às músicas lançadas pela cantora nos anos oitenta. Na letra do single, Madonna convida todos os ouvintes a juntarem-se a ela numa festa, quase como numa celebração da carreira inigualável da artista. Além disso, o videoclipe contou com a presença de Lourdes Leon, a filha mais velha da cantora. “Celebration” teve ainda direito a uma nomeação ao Grammy desse ano.




MASTERPIECE (2012)

Em 2012, Madonna participou na banda sonora de “W.E.”, um filme que acompanha o romance proibido entre o Rei Edward VIII e a socialite Wallis Simpson. A cantora produziu “Masterpiece”, uma balada Pop que fala sobre o amor agridoce e os problemas enfrentados numa relação. A canção foi altamente bem recebida pela crítica, alcançando uma justa nomeação ao Globo de Ouro. No entanto, o tema gerou uma grande rivalidade, dividindo o favoritismo com a música “Hello, Hello”, de Elton John. No final de contas, Madonna acabou mesmo por levar a estatueta para casa, mas, apesar de todo o sucesso alcançado, o single tornou-se ilegível para concorrer aos Óscares desse ano.

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BITCH I’M MADONNA (2015)

A cada década, Madonna parece superar-se a si própria e conseguir arranjar sempre forma de se reinventar. A cantora tem agora mais de cinquenta anos e uma carreira que conta com mais de três décadas, não precisando de comprovar nada a mais ninguém. Como tal, Madonna lançou o seu décimo terceiro álbum, Rebel Hart, que é uma verdadeira ode ao seu gosto pela dança e o divertimento. “Bitch I’m Madonna” surge como um single que conta com a participação de Nicki Minaj e junta no videoclipe várias estrelas da indústria musical, como Miley Cyrus e Kanye West. Foi com esta canção que a cantora regressou ao topo da Billboard, um feito que não alcançava há três anos.

És fã do trabalho de Madonna? Conhecias todas estas canções? Qual a tua música preferida da cantora norte-americana?

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