De Baby Reindeer a True Detective, as 5 melhores minisséries à conquista dos Emmys 2024
Com as nomeações dos Emmys à porta, vale a pena olhar para os principais candidatos na categoria de Melhor Minissérie/Antologia.
Sumário:
- Os Emmys decorrem já no dia 15 de Setembro de 2024 e prometem premiar as melhores séries da atualidade;
- Como já é costume, foi um ano recheado de minisséries que deram muito que falar, porém só 5 podem conseguir um lugar na categoria de Melhor Minissérie ou Antologia;
- Assim, “Baby Reindeer” e “True Detective: Night Country” tomam a dianteira perante um mar de incertezas e possibilidades.
Com a cerimónia dos Emmys 2024 a decorrer já no dia 15 de setembro de 2024, sendo que as suas nomeações serão reveladas a 17 de julho, chegou a hora de olharmos para os principais candidatos na categoria de Melhor Minissérie ou Antologia.
Como já tem sido costume, o ano foi recheado de várias minisséries a darem que falar em todas as plataformas. Porém, o grande destaque foi “Baby Reindeer” e a Netflix prepara-se para levar mais uma estatueta depois do triunfo de “Beef” na cerimónia passada.
Com as nomeações de “Pam & Tommy”, “Inventing Anna” ou “Obi-Wan Kenobi”, aprendemos que os votantes remam à sua maré e tendem a ir por caminhos que nem sempre estamos a contar. Assim, vai ser interessante perceber que minisséries conseguem entrar no tão disputado Top 5.
Além destas que aqui apresento, vale a pena estar de olho para os Emmys em: “Griselda” e “Ripley” (Netflix), “Under the Bridge” (“Disney+”), “Fellow Travellers” (Skyshowtime) e “Masters of the Air” (Apple TV+).
5. All the Light We Cannot See (Netflix)
Desenvolvida e escrita por Steven Knight, o criador de “Peaky Blinders“, a minissérie de 4 episódios conta a história de Marie-Laure (Aria Mia Loberti), uma adolescente cega, e de Werner (Louis Hofmann), um soldado alemão, cujos caminhos colidem na França ocupada enquanto tentam sobreviver à devastação da Segunda Guerra Mundial.
Em caso de dúvida, vale sempre a pena pensar nas séries que foram vistas pelos votantes e “All the Light We Cannot See”, estreada a 2 de Novembro, foi com certeza uma delas. Apesar de contar com 27% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, a minissérie conquistou o público e conseguiu 81% por parte do mesmo. Para uma produção mal-amada, a série também não fez má figura nos sindicatos conseguindo uma nomeação no PGA (Sindicato dos Produtores) e DGA (Sindicato dos Realizadores). As mesmas que “Obi Wan-Kenobi” havia conseguido anteriormente e que muita gente não deu valor na hora de prever os nomeados no ano passado.
4. Fargo (FX/ TVCine)
Após uma série de eventos inesperados, Dorothy “Dot” Lyon (Juno Temple) vê-se numa embrulhada com as autoridades e é obrigada a reviver a vida que pensou ter deixado para trás. Jon Hamm interpreta o xerife Roy Tillman, que acredita estar acima da lei e há muito que a procura.
Criada por Noah Hawley, “Fargo” é uma série antológica com muita história no Emmy. Pela sua primeira temporada, a produção venceu esta mesma categoria. As duas seguintes conquistaram sempre esta nomeação, até que a sua quarta temporada dececionou. Agora, a quinta temporada parece ter conquistado toda a gente de volta e conta com 93% no Rotten Tomatoes. À partida, tudo indica que a série regressará aos Emmys, mas há que dizer que historicamente quando a Academia se cansa de uma série, eles tendem a largar a mão por completo e até resistem mesmo quando as críticas são positivas.
3. Lessons in Chemistry (Apple TV+)
No início da década de 1950, a carreira de Elizabeth Zott (Brie Larson) como cientista fica em suspenso quando é despedida do laboratório onde trabalha. Em desespero, aceita um emprego como apresentadora num programa de culinária na televisão, mas decide começar a ensinar muito mais do que receitas a uma nação de donas de casa desprezadas e aos homens que, subitamente, também a escutam.
Por ser uma plataforma com menor alcance, a Apple TV+ encontra obstáculos em se afirmar na corrida aos Emmys, sendo que até agora “Ted Lasso” é o seu maior sucesso. Apesar de tudo isto, “Lessons in Chemistry” foi uma constante nos percursores televisivos (Critics’ Choice, Globos de Ouro, Sindicato de Atores) e conquistou até Melhor Realização para Sarah Adina Smith (“Her and Him”) no DGA, o que prova que a série tem uma forte base de apoio.
2. True Detective: Night Country (Max)
Quando cai a longa noite de inverno em Ennis, no Alasca, os oito homens que operam a Estação de Pesquisa Ártica de Tsalal desaparecem sem deixar vestígios. Para resolver o caso, as detetives Liz Danvers (Jodie Foster) e Evangeline Navarro (Kali Reis) terão de enfrentar a escuridão que carregam dentro de si e escavar as verdades assombradas que jazem enterradas sob o gelo eterno.
Depois de três temporadas focadas em personagens masculinos, “True Detective: Night Country” chegou como uma lufada de ar fresco e tornou-se a mais assistida da história da série. Com as melhores críticas desde a primeira temporada, a série antólogica da Max tem tudo para um regresso em grande aos Emmys. Uma vantagem é que a sua temporada anterior já tinha conseguido uma nomeação para Mahershala Ali como Ator, o que prova que os votantes dos Emmys não estão totalmente desligados de “True Detective”.
1. Baby Reindeer (Netflix)
Inspirada na premiada peça solo que arrebatou o Festival Fringe em Edimburgo, “Baby Reindeer” segue o humorista Donny Dunn (Richard Gadd) na sua relação distorcida com uma stalker e o impacto que esta ligação tem sobre ele ao acabar por obrigá-lo a enfrentar um trauma reprimido. Jessica Gunning, Nava Mau e Tom Goodman-Hill completam o elenco.
Antes da sua estreia, “Baby Reindeer” não estava no radar de ninguém mas a verdade é que a produção tornou-se o grande fenómeno do ano e tal deverá se refletir nos Emmys. No Rotten Tomatoes, a série conta com 98% de aprovação da crítica e 81% do público. Para além de Melhor Minissérie, é bem possível que Richard Gadd e Jessica Gunning vençam nas suas respectivas categorias como atores.
Quais são as tuas apostas para os Emmys na categoria de Minissérie?