Óscares 2022 | Atores que poderão ser nomeados pela primeira vez

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Os Óscares 2022 acontecem no próximo dia 27 de março de 2022, com as nomeações a serem anunciadas já a 8 de fevereiro. Entre as categorias de representação, vários e várias intérpretes poderão chegar à nomeação pela primeira vez. Quem são eles e elas? 

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AS ATRIZES ( NUNCA NOMEADAS)  ELEGÍVEIS PARA OS ÓSCARES 2022

KRISTEN STEWART POR SPENCER (2021) 

Ignorada pela Academia dos Atores (SAGs)  e pela Academia Britânica (BAFTAs) nas suas nomeações, Kristen Stewart, que parecia inicialmente a grande concorrente ao Óscar de Melhor Atriz em 2022, pode agora até não figurar entre as nomeadas.

Todavia, Kristen Stewart tem uma carreira longa e com vários papéis de elevado prestigio, em particular em dramas indie como “As Nuvens de Sils Maria” ou “Personal Shopper” e já mais que provou o seu valor. É difícil para filmes biográficos encontrarem o devido reconhecimento, uma vez que por vezes quem vê se prende muito à realidade dos factos.

“Spencer” é um filme muito livre na sua abordagem e criatividade, mas Kristen Stewart entrega-se de corpo e alma à personagem da Princesa Diana e faz um trabalho notável. Stewart pode ter sido esquecida nos SAG, mas recebeu muito reconhecimento nos círculos de críticos e aquando da estreia do filme no Festival de Veneza. Daí que ainda seja considerada uma boa aposta no que diz respeito à nomeação.

A atriz já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado? Não propriamente, uma vez que os filmes em que mais se destacou são muito indie e fora do radar da Academia.

CAITRÍONA BALFE POR BELFAST (2021) 

Indicada para Melhor Atriz Secundária pelos BAFTA, SAG, Globos de Ouro, entre muitas outras premiações, Balfe, conhecida do grande público pelo papel central na série “Outlander”, parece um dos nomes mais seguros na competitiva corrida na categoria de Melhor Atriz Secundária para 2022.

“Belfast”, filme realizado e escrito pelo também ator Kenneth Branagh (“Morte no Nilo”), é um dos grandes favoritos da temporada de prémios, num drama semi-biográfico que recorda o que foi crescer no centro de uma Irlanda em Guerra Civil.

Caitríona Balfe é a matriarca da obra, com a sua personagem a chamar-se simplesmente “Ma”. A atriz bebe, para a sua interpretação, do seu amor pelo seu país nativo da Irlanda, apesar de reconhecer a relação como complicada.

A atriz já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado? Por “Ford V Ferrari”, Balfe foi indicada aos Prémios da Academia Irlandesa. O filme em si foi nomeado a quatro Óscares, mas nenhum deles nas categorias de representação. A performance de Balfe foi elogiada, mas tratava-se de um papel pequeno e sem muito espaço para brilhar.

ARIANA DE BOSE POR WEST SIDE STORY (2021)

Ariana DeBose foi recentemente indicada na categoria de Rising Stars dos BAFTA, um excelente barómetro para a possibilidade de construção de uma sólida carreira em Hollywood. Contudo, a atriz de 31 anos já há muito tempo que anda nestas lides. Em 2022, começou bem o ano ao vencer o Globo de Ouro pelo seu papel em “West Side Story” na pele de Anita. Foi este mesmo papel secundário mas muito importante que valeu a Rita Moreno o Óscar há várias décadas. 

DeBose vai muito bem embalada nesta temporada de prémios, encantou no SNL quando apresentou há algumas semanas e é vista por muitos especialistas como uma potencial vencedora. Se ganhar, será a primeira mulher queer de cor a vencer um Óscar de representação. E sim, DeBose, já tem uma carreira longa, mas acima de tudo no teatro, chegando agora ao grande ecrã.

Um dos seus primeiros papéis foi na versão musical da comédia de cheerleaders “Bring it On”, em 2011, a mais obscura das obras da Broadway criadas por Lin-Manuel Miranda. Posteriormente participou no elenco original de “Hamilton” e podemos encontrá-la inclusive na versão gravada disponível na Disney+. Nomeada ao Tony pela sua exímia interpretação como Donna Summer, em 2020 DeBose entrou numa ficção Netflix, “The Prom” e participou também na comédia musical da Apple TV+,  “Schmigadoon!”.

“West Side Story”, o seu primeiro grande papel no cinema, valeu-lhe o Globo de Ouro, duas nomeações aos BAFTA, duas nomeações aos Critics e uma indicação aos SAG. É bem possível que lhe valha também um Óscar. Entrevistámos a atriz do momento e as suas impressões sobre o sucesso recente podem ser lidas aqui.

ANN DOWD POR MASS (2021) 

A categoria de Melhor Atriz Secundária nos Óscares 2022 promete encontrar-se repleta de nomes que se estreiam nas nomeações. O sangue fresco parece ser uma promessa, mas neste caso “sangue fresco” também significa veteranos de indústria, que o diga Ann Dowd, elegível para os Óscares com o seu papel memorável em “Mass”. 

Ann Dowd é uma atriz que já clama por reconhecimento e que venceu já o Emmy pela sua prestação absolutamente estrondosa em “The Handmaid’s Tale”, como Tia Lydia, uma das personagens mais marcantes da trama. O filme, estreado no Festival de Sundance no início de 2021, não passou ainda por Portugal. É um drama familiar que envolve pais numa conversa difícil acerca de uma tragédia inimaginável. Ann é Linda, a mãe do responsável por um massacre escolar. Um Indie, gravado em apenas 12 dias, “Mass” poderá não chegar às categorias principais mas a prestação da atriz tem vindo a destacar-se.

A atriz já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado? Em 2012, a atriz foi nomeada por inúmeros círculos de críticos pela sua prestação notável no indie “Compliance”. Contudo, o filme não chegou à corrida pelas principais estatuetas da temporada.

KIRSTEN DUNST POR “O PODER DO CÃO” (2021) 

Esta obra original Netflix, disponível na plataforma, poderá valer a Kirsten Dunst a sua primeira nomeação ao Óscar em 2022. Como assim? Perguntamos todos nós coletivamente. Sim, é verdade, uma atriz tão prolífica e conceituada quando Kirsten Dunst, que aos 39 anos conta já com 33 (!) de carreira, não alcançou nunca uma nomeação ao Óscar, apesar de ter protagonizado filmes célebres realizados por autores de renome como Lars Von Trier ou Sofia Coppola. 

Tudo parece indicar que a sua primeira nomeação virá por conta do seu papel de apoio em “O Poder do Cão”, de Jane Campion. Aqui interpreta a nova esposa de um rancheiro que terá de lidar com o seu tóxico e perigoso irmão (interpretado por um Benedict Cumberbatch também bem posicionado, mas que não tem lugar nesta lista por não ser um estreante nas nomeações aos Óscares).

A atriz já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado?  Se alguém já esteve perto da nomeação entre os nomes nesta lista, é mesmo Kirsten Dunst. A atriz brilhou em filmes como “As Virgens Suicidas”, “Marie Antoinette” ou “Melancolia”. Aliás, por “Melancolia” foi nomeada a mais de 30 prémios e venceu Melhor Atriz em Cannes. Convenhamos, esta deveria ter sido uma nomeação garantida.  Terão sido as declarações estranhas de Lars Von Trier em Cannes, aparentemente pró-Nazi, que lhe limitaram as hipóteses? Os erros do passado podem agora ser corrigidos!

TESSA THOMPSON POR IDENTIDADE (NETFLIX) 

Em “Passing”, “Identidade” em português,  mais uma produção Netflix na corrida na presente temporada de prémios e  potencialmente a caminho dos Óscares 2022, Rebecca Hall passa da frente da câmara para trás dela, no seu primeiro filme como realizadora. Neste drama de época elegante  – situado na Nova Iorque de há 100 anos atrás – simples e contido, duas mulheres lidam com a discriminação racial de forma muito distinta, uma delas é uma negra de classe alta orgulhosa que procura navegar viver num mundo de brancos e a outra limita-se a “passar” por branca – algo que acontecia frequentemente com negros mais claros. Algo que Rebecca Hall descobriu ter acontecido, inclusive, com um membro da sua família.

Tessa Thompson é mais conhecida do grande público por papéis mainstream em grandes filmes de estúdio ou séries de televisão, como “Os Vingadores”, “Thor” ou “Westworld”. Contudo, a atriz tem vindo a mostrar a sua versatilidade no passado recente e “Identidade” poderá ser a consolidação desse esforço nestes Óscares 2022.

O único problema? Esta é uma das categorias com mais competição e tanto Tessa Thompson como a sua co-estrela Ruth Negga competem pela entrada na categoria de Melhor Atriz Secundária. Negga, já previamente nomeada por “Loving”, poderá acabar por se destacar.

A atriz já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado? No último ano, com outro drama de época,  “Sylvie’s Love”, da Amazon, Tessa mostrou que pode ser uma atriz bastante competente e recebeu alguma aclamação, contudo o filme foi submetido para os Prémios Emmy como filme para a televisão e Thompson levou a nomeação apenas pela produção da obra e não como protagonista.

AUNJANUE ELLIS POR KING RICHARD (2021) 

Outra atriz que falhou a nomeação ao SAG mas que continua na corrida de Melhor Atriz Secundária para os Óscares 2022 (embora não na sua primeira linha), é Aunjanue Ellis no papel de Oracene ‘Brandy’ Williams, mãe das tenistas Venus e Serena Williams, ela própria responsável pelo treino intensivo das suas filhas. A atriz dá vida a uma mãe e mulher negra confiante e trabalhadora, num papel que poderá trazer-lhe o seu primeiro real vislumbre de reconhecimento no cinema.

Apesar de Ellis ter já sido nomeada a dois Prémios Emmy em anos recentes, pelo seu trabalho em “When They See Us” (Netflix)  e “Lovecraft Country” (HBO Portugal), a atriz não é ainda um nome consolidado no que diz respeito à sétima arte, o que poderá demover votantes mais distraídos. A seu favor tem, de momento, a nomeação ao BAFTA por este “King Richard”, bem como a nomeação ao Golden Globe, com ambas as premiações a melhorarem as suas hipóteses. Adicionalmente, venceu Melhor Atriz Secundária pela National Board of Review, uma influente organização de apoio às artes nos EUA.

JESSIE BUCKLEY POR A FILHA PERDIDA (2021) 

A atriz irlandesa Jessie Buckley tem vindo a ser aclamada na presente award season por representar a versão mais jovem , recente mãe, no drama pesado “The Lost Daughter”, a primeira longa-metragem de Maggie Gyllenhaal como realizadora. Aqui, Olivia Colman é uma vez mais uma para lá de vencedora protagonista como a versão “atual” da personagem central.

Depois da indicação recente a Melhor Atriz Secundária nos BAFTA, Buckley vai bem lançada na temporada de prémios e é uma das atrizes que compete por um cobiçado lugar entre o top 5 final dos Óscares 2022.

Quanto a “A Filha Perdida”, teve em Portugal a sua primeira exibição no LEFFEST, em novembro passado, onde tivemos a oportunidade de ver o filme, depois de o termos encontrado em Veneza,  e chegou agora às salas de cinema comerciais. Encontra-se ainda em exibição e, em breve, chegará à Netflix.

A atriz já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado? Apesar de nunca ter estado a uma unha negra da nomeação, várias das prestações de Jessie Buckley têm tido bastante impacto em anos recentes. Destaque para o seu papel no drama musical “Wild Rose”, que lhe valeu uma nomeação aos BAFTA e a vitória nos BAFTA escoceses. Adicionalmente, foi em 2020 a protagonista do novo drama de Charlie Kauffman,“I’m Thinking of Ending Things” (“Tudo Acaba Agora”), disponível na Netflix. A sua aclamação por este papel não foi muito além de círculos de críticos e prémios com menos expressão, mas serviu para reforçar o seu trajeto de ascensão.

RACHEL ZEGLER POR WEST SIDE STORY (2021) 

Rachel Zegler é uma nova cara no horizonte do cinema norte-americano, e uma que encantou na sua prestação central como Maria na nova versão de “West Side Story”. Estando a categoria de Melhor Atriz bastante competitiva, como não podia deixar de ser, é bem mais provável que Ariana DeBose chegue à nomeação por secundária do que Zegler como protagonista. Não obstante, a jovem intérprete tem vindo a brilhar nesta temporada, neste que é extraordinariamente o seu primeiro papel no cinema.

Aliás, este é apenas o segundo crédito de representação da jovem nascida em 2001, e por ele já venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Comédia/ Musical e Melhor Atriz pela National Board of Review. Mesmo que não chegue às nomeações para os Óscares 2022, é já uma das vencedoras deste ano cinematográfico, lançando uma notável carreira (com um invejável começo).

ALANA HAIM POR LICORICE PIZZA (2021) 

Com nomes como Nicole Kidman, Olivia Colman, Penélope Cruz, Lady Gaga, Jennifer Hudson ou Kristen Stewart à mistura, a corrida de Melhor Atriz é muito menos convidativa para estreantes do que a de atriz secundária, não obstante não podemos deixar de destacar uma jovem que surpreendeu tudo e todos como Alana em “Licorice Pizza” – Alana Haim. A artista, membro da banda HAIM, mantém uma relação familiar e profissional (o realizador é responsável por vários videoclipes da banda) de longa data com Paul Thomas Anderson, não tivesse sido a mãe das artistas professora de um jovem Paul.

Quanto Paul Thomas Anderson decidiu colocar Alana num dos seus filmes, a cantora , pianista e guitarrista julgou tratar-se de um cameo. Afinal era um papel central divertido, repleto de vida, que lhe valeu já muitos louvores por esta sua primeira tentativa como atriz. Alana não foi nomeada aos SAG, o que parece diminuir as suas hipóteses, mas por outro lado vai bem embalada com uma indicação aos Globos de Ouro e com nomeações aos BAFTA, Satellite e distinções em associações de críticos por toda a América.

“Licorice Pizza” parece bem lançado para os Óscares, e podemos esperar nomeações em categorias centrais como Melhor Filme ou Argumento, quiçá até Melhor Ator Secundário para Bradley Cooper. Poderá Alana Haim apanhar o barco?

EMILIA JONES POR CODA/ NO RITMO DO CORAÇÃO (2021) 

Emilia Jones está numa posição semelhante a Alana Haim, tendo sido amplamente elogiada ao longo deste ano cinematográfico pela sua performance em “CODA”, da Apple TV+, como uma filha ouvinte de pais surdos apaixonada por música. Contudo, como Alana, concorre aos Óscares 2022 numa categoria cheia de competição por parte de veteranas da indústria, o que torna o caso mais bicudo.

Recentemente nomeada ao BAFTA (uma surpresa), Jones até integrou a Roundtable de Atrizes da Variety como a única cara nova entre o grupo. Por isso, a sua face e o seu talento têm sido bem vistos nos últimos meses. Todavia, para além da indicação ao BAFTA, a sua única grande distinção é como parte do elenco de “CODA”, nomeado aos SAG. Contudo, uma nomeação em nome próprio poderia ser essencial para garantir uma improvável nomeação. Não obstante, é uma das revelações do ano, como um imenso talento aos 19 anos.

OS ATORES ( NUNCA NOMEADOS)  ELEGÍVEIS PARA OS ÓSCARES 2022

JESSE PLEMONS POR O PODER DO CÃO (2021) 

Ditariam os deuses de Hollywood que Jesse Plemons e a sua parceira Kirsten Dunst estivessem entre os fortes potenciais nomeados aos Óscares 2022, pelo mesmo filme, ambos podendo aqui atingir a nomeação pela primeira vez, por papéis em que representam um casal e deixam transparecer a simbiose do seu relacionamento da vida real para o grande ecrã. Aos 33 anos, Jesse Plemons é uma figura que já está presente no cinema americano há um bom par de anos, mas que durante muito tempo desempenhou papéis secundários sem o devido destaque.

A sua nomeação por “O Poder do Cão” é tudo menos certa, uma vez que Benedict Cumberbatch, no papel principal, como o seu autoritário irmão mais velho, rouba grande parte do protagonismo e spotlight. Contudo, o reconhecimento já calhava a Plemons.

O ator já esteve perto da nomeação ao Óscar no passado? Jesse tem sido uma presença forte tanto no cinema como na televisão, nomeado a Prémios Emmy pelas suas prestações em “Fargo” (onde conheceu Kirsten nas filmagens) e “Black Mirror”. Em 2020/2021 destacou-se nos círculos de críticos pelo drama ” I’m Thinking of Ending Things” (em português “Tudo Acaba Agora”), mas não o suficiente para chegar à “primeira liga” de prémios. Será desta?

KODI SMITH-MCPHEE POR O PODER DO CÃO (2021) 

Outro problema para Jesse Plemons, na sua corrida ao Óscar em 2021/2022, é que a competição mais feroz origina no próprio filme “The Power of The Dog”. Kodi Smit-McPhee dá vida a Peter Gordon e entrega uma performance que muitos consideram poder vir a levar a estatueta dourada. Contudo, o jovem é praticamente desconhecido do público e até dos seus pares, o que pode acabar por se apresentar como uma desvantagem, uma vez que as votações dos Óscares por vezes se assemelham a um jogo de popularidade.

Kodi é impressionante no papel do filho da personagem de Kirsten Dunst, e poderá até carregar o clímax emocional desta obra de Jane Campion. A nomeação aos SAG reforça as suas fortes hipóteses.

TROY KOTSUR POR CODA/ NO RITMO DO CORAÇÃO (2021) 

Mais um favorito na categoria de Melhor Ator Secundário é, ao contrário de Smit-McPhee, um veterano da indústria. Troy Kotsur reuniu já nomeações aos BAFTA, Critics, Globos de Ouro, Gotham e tantos outros prémios pela sua prestação expressiva e emocionante como Frank Rossi, o pai em “CODA”. Não existem muitos papéis escritos para atores surdos-mudos (que Troy é desde sempre).

E se Marlee Matlin, que interpreta brilhantemente a sua esposa, não pode constar desta lista de estreantes, por ter já conquistado o Óscar no passado por “Filhos de um Deus Menor” em 1987, é com alegria que reconhecemos a nomeação quase certa de Troy, grande parte do coração e alma do feel good movie que é “CODA”.

Pois apesar da sua carreira ser longa, este é o primeiro papel de Troy com verdadeira tração no circuito das premiações, e merecidamente.

CIARÁN HINDS POR BELFAST (2021)

Ciarán Hinds tem uma longa carreira, tanto em Hollywood como no seu país nativo da Irlanda, mas é como “Pop”, o avô do jovem protagonista Buddy, em “Belfast”, de Kenneth Branagh, que promete chegar ao maior reconhecimento da sua carreira. Para Hinds, este é um papel bastante pessoal, uma vez que o ator cresceu em Belfast e precisamente na Belfast do filme. Aliás, o ator deixou a cidade a meados dos anos 70 e partiu para Inglaterra, precisamente para escapar ao tumulto que se multiplicava. 

Previamente, o ator destacou-se na televisão, nomeadamente em “Game of Trones” como Mance Rayder.

Pelo mesmo filme, no papel do “Pa” de Buddy,  a criança que vive a infância do realizador na cidade de Belfast, Jamie Dornan poderia vir a receber a sua primeira nomeação a um Óscar. Todavia, Ciarán Hinds tem a sua nomeação praticamente fechada por este filme e parece algo improvável que dois atores do mesmo filme figurem entre os nomeados da mesma categoria. As probabilidades reduzem Jamie falhou a nomeação tanto aos SAG (onde Balfe foi a única nomeada) e aos BAFTA ( onde Ciáran e Caitríona se destacaram, mas não Dornan). 

COOPER HOFFMAN POR LICORICE PIZZA (2021) 

A seu favor, Cooper tem a nomeação ao Globo de Ouro, a vitória na National Board of Review como talento emergente e pouco mais, nada de SAG. Seria uma surpresa agradável, mas talvez haja nomes mais merecedores entre os veteranos.

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Quem mais mereceria uma primeira indicação às cobiçadas estatuetas douradas nestes Óscares 2022?

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