TOP MHD | Melhores Séries Estreadas em 2021
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2021 manteve o ritmo ‘louco’ de estreias a que os últimos anos já nos têm habituado. Mas, de entre tantos lançamentos, quais terão sido as melhores séries estreadas? A nossa equipa já elegeu aquelas que compõe o TOP 10 da MHD este ano.
Como já é tradição, a equipa da MHD reúne-se para destacar o que de melhor se fez (neste caso) no pequeno ecrã. Para a composição deste TOP, consideramos todas as séries lançadas em 2021, mesmo que a temporada de estreia tenha transitado para 2022. Tal como aconteceu na nossa lista das melhores séries do último ano, também o nosso TOP das melhores séries estreadas foi conquistado pela Marvel. Qualquer uma das respetivas estreias – “Loki”, “Hawkeye“, “WandaVision”, “Falcon and The Winter Soldier” – mereceu um lugar de destaque nas votações individuais da nossa equipa, embora nem todas tenham entrado neste TOP.
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Contudo, nem só de super-heróis se faz o ano, a nossa lista de melhores séries estreadas em 2021 também teve lugar para dramas viciantes, animações que acabaram por nos surpreender a todos, bem como regressos muito antecipados (e que esperamos com os dedos cruzados que entre no TOP de 2022). Mas, antes de desvendar aqueles que para nós foram os melhores lançamentos de 2021, começamos por referir algumas séries que conquistaram alguns dos nossos TOPs individuais, mas que infelizmente não chegaram ao ‘corte final’. Falamos de lançamentos como “Foundation” da AppleTV+, “Shadow and Bone” da Netflix, “O Livro de Bobba Fett” da Disney+ (muito provavelmente atraiçoado pela sua data de estreia), ou ainda o épico da Amazon Prime Video, “The Wheel of Time“, que perfazem as nossas menções honrosas.
Quer sejam menções, quer tenham chegado ao nosso TOP das melhores séries estreadas em 2021, podemos concordar que o último ano foi povoado por lançamentos muito interessantes e que 2022 só se adivinha melhor com os antecipados “Lord of the Rings”, “House of the Dragon”, “Star Wars: Obi-Wan Kenobi” – só para nomear alguns. Por agora, fica com o que para nós foi o melhor deste último ano:
10. ARCANE
O rei dos E-sports, “League of Legends” (LoL) chegou à Netflix e a surpresa não podia ter sido melhor. A colaboração com a Riot Games entrega-nos “Arcane”, a melhor série de animação do ano com uma narrativa viciante.
A mistura entre fantasia, steampunk e sci-fi é um apelo que funciona tanto para aqueles que nunca jogaram “Lol” como para os fãs de longa data do jogo. “Arcane” apresenta elementos que fazem lembrar desde jogos como “BioShock”, filmes como “Spider-Man: Into the Spider-Verse” e séries como “Game of Thrones”, “Shadow and Bone” e “Castlevania”.
Para além da hipnotizante animação, a série prima pela narrativa impecável, com uma excelente construção do mundo e de todas as suas complexas relações. A acrescentar a isto realçamos um leque de personagens fascinantes e bem explorados, que são acompanhados por um elenco invejável. A banda sonora é digna de ouvir e repetir várias vezes, principalmente o “Enemy” dos Imagine Dragons. A cereja no topo do bolo é que a Netflix já deu a confirmação da renovação da série.
– Emanuel Candeias
9. SCENES FROM A MARRIAGE
“Scenes From a Marriage” brinda-nos com duas magníficas performances de Oscar Isaac e Jessica Chastain, enquanto duas personagens envoltas numa relação sem final feliz à vista. Inspirada na obra homónima de Ingmar Bergman, esta adaptação made in USA do clássico sueco da década de 1970, captura com grande vivacidade a mensagem e entretenimento do seu aclamado predecessor.
Repleta de momentos de grande tensão, e paixão, entre o casal, a história da minissérie leva-nos por cenas bem reais do que é viver uma relação à beira do colapso, exibindo momentos de extrema conexão química entre os protagonistas, a instantes de extrema violência psicológica e até física.
Hagai Levi, o cineasta responsável por projectos como “Terapia” e “The Affair”, presenteia-nos com uma realização impecável, guiando-nos com fidelidade por entre os altos e baixos da relação entre Jonathan e Mira. Há muito a dizer sobre esta grande minissérie da HBO Portugal, mas o facto de ter conquistado um lugar nos nossos dois TOP – Melhores Séries e Melhores Séries Estreadas -, num ano repleto de concorrência de peso, é certamente o suficiente para assegurar a sua capacidade de entreter os espectadores.
– João Fernandes
8. IT’S A SIN
A mini-série que estreou no início de 2021, a 23 de Janeiro na HBO Portugal, pede o nome emprestado à canção de sucesso “It’s a Sin”, gravada pela dupla inglesa “Pet Shop Boys” e já se tornou um hino para a comunidade LGBTQIA+. A versão da música na série é uma cover da banda “Years & Years” e captura na perfeição a essência da narrativa.
“It’s a Sin” apresenta-nos um drama histórico criado por Russell T. Davies sobre a crise do VIH, nos anos 80, no UK. Contando com estrelas como Olly Alexander (o vocalista de “Years & Years”) Nathaniel Curtis, Shaun Dooley, Lydia West, Callum Scott Howells e Omari Douglas, a série deixa a audiência completamente rendida às performances dos atores e à emotividade da história.
Desde o vencedor de 3 Óscares, “O Clube de Dallas” (2013) com Matthew McConaughey e Jared Leto, que provavelmente não estreava uma produção tão relevante sobre o tema, o que torna “It’s a Sin” uma série imprescindível.
– Emanuel Candeias
7. FALCON AND THE WINTER SOLDIER
“Falcon and the Winter Soldier” manteve-se fiel à dinâmica de um filme da MCU e não estava longe da premissa que a série seria como um filme… ainda que durasse 6 horas. Com algumas repescagens de histórias antigas e o regresso do antagonista Zemo, a série não se esquece de ir buscar personagens secundárias, como a ‘perdida’ Sharon Carter, ou de apresentar novas. Afinal de contas, a MCU tem de continuar e essa parece a ideia motora por detrás desta série da Marvel Studios/Disney+.
Num enredo que se focou num mundo pós-blip, e onde a memória dos Vingadores ainda está muito presente, “Falcon and the Winter Soldier” dá espaço para a introdução de inúmeros vilões, uns mais ‘reais’ que outros, não esquecendo a história dos protagonistas. Uma narrativa de memória e honra, é aqui que Bucky (Winter Soldier) procura redenção mas onde Sam (Falcon) também procura um novo rumo. Com o escudo a servir como grande símbolo da série, esta é mais do que um follow-up já que dá o mote para uma nova geração de super-heróis.
Carregando em si todo o simbolismo de uma era de maior esperança e união, a série aparece num momento em que se equipara quase à sociedade actual, pelos temas de igualdade e raça abordados (e daí foi talvez das séries que mais beneficiou dos atrasos causados pela Covid-19); e os protagonistas, ao pouco, conquistam o público. Há alguma química, já existe uma ligação emocional de trás e o caminho para criar o magnetismo dos filmes começa claramente a ser trilhado.
– Marta Kong Nunes
6. MIDNIGHT MASS
A Netflix revela-se, uma vez mais, a autêntica casa do mestre do terror moderno, Mike Flanagan. Depois de cativar as audiências do mundo inteiro com a duologia “A Maldição”, para a plataforma de streaming, o cineasta leva-nos até uma ilha inimaginável, repleta de intrigas pessoais e tremendas reviravoltas.
Entre o impressionante elenco, composto por nomes que qualquer amante de TV já observou uma ou outra vez, é importante destacar as incríveis performances de Rahul Kohli, conhecido primeiramente por “iZombie“; e Samantha Sloyan de “Anatomia de Grey”.
A série atira o espectador para o meio de uma comunidade que aparenta ser completamente normal, mas o desenrolar dos dias, e o aproximar da prometida “Midnight Mass”, começa a revelar uma série de grandes intrigas com a chegada de um padre misterioso. A obra não se dedica apenas a atirar ao telespectador uma série de elementos de terror sobrenatural, mas vê-se também elevada por uma série de questões mais pessoas sobre crenças, milagres e figuras espirituais.
Após um ano renhido, repleto de grandes obras de ficção no pequeno ecrã, “Midnight Mass” destacou-se como um dos projectos mais surpreendentes do ano, o que lhe assegura um lugar no nosso TOP das melhores séries estreadas em 2021.
– João Fernandes
5. DEXTER: NEW BLOOD
Aqui está uma das grandes novidades de 2021. O regresso de “Dexter” foi muito aguardado pelos milhares de fãs que se sentiram defraudados com a última temporada e com o desfecho da história original e está neste momento a ser transmitida pela HBO Portugal. Apesar de ainda não termos visto o final deste spin-off, esta produção está no bom caminho para se tornar numa das melhores séries da season 2021/2022 senão vejamos: Encontramos Dexter (Michael C. Hall), ou Jimmy Lindsay como preferirem, isolado na pequena cidade de Iron Lake. Depois da sua rotina matinal, vai trabalhar para a loja de caça local onde leva os doces favoritos ao seu único colega e chefe. Na noite gelada, os demónios que ainda o assombram continuam bem vincados na memória e a cada passo, vemos o Passageiro Sombrio mais presente, tal como esperámos tantos anos ansiosamente.
Esta nova etapa na vida do nosso serial killer favorito mostra o que de mais sensível e “humano” alguma vez conseguimos vislumbrar, juntamente com os conflitos internos que já bem conhecemos entre fazer o correto e satisfazer os seus ímpetos, à medida que a sua verdadeira identidade ameaça ser exposta perante todos.
Desta feita temos outro inimigo à solta que persegue e mata mulheres que se perdem e vão parar à pacata e fria cidade onde Dexter vive. Com o filho Harry (Jack Alcott) de volta, não há mãos a medir, muito menos o descanso esperado quando aqui chegou e os momentos de tensão continuam muito presentes neste spin-off, com uma interpretação de Michael C. Hall exímia e distinta, como sempre, vestindo na perfeição esta caricata personagem. Se faz jus à série original? Temos que esperar para continuar a ver ainda em 2022 mas para já, não é com surpresa que a equipa da MHD vê este retorno na lista de Melhores Séries Estreadas em 2021.
– Filipa Carvalho
4. MARE OF EASTTOWN
“Mare of Easttown” marca o regresso de Kate Winslet ao pequeno ecrã depois de “Mildred Pierce”. Como já seria de esperar, a atriz de 46 anos volta a entregar-se à personagem dando-nos outra prestação irrepreensível, desta vez enquanto a protagonista Mare Sheehan, uma detetive de uma pequena cidade da Pensilvânia que investiga um assassinato local, enquanto a sua vida desaba ao seu redor.
Criada e escrita por Brad Ingelsby (“American Woman”; “O Caminho de Volta“), e com todos os episódios realizados por Craig Zobel, responsável por episódios de séries como “The Leftovers” ou “WestWorld”, “Mare of Easttown” reaviva os thrillers de homicídio e mantêm-nos presos ao ecrã na tentativa de desvendar os crimes da aparente pacata cidade de Easttown. O que também nos capta são as magníficas prestações que acompanham Winslet como Evan Peters (“Pose”), Angourie Rice (“Homem-Aranha: Regresso a Casa“) ou Julianne Nicholson (“Masters of Sex”).
A minissérie da HBO acabou por conquistar 16 nomeações aos Emmy de 2021, tendo levado para casa as estatuetas precisamente para o elenco principal: Winslet, Peters e Nicholson. Por todos estes motivos, “Mare of Easttown” conquista o quarto lugar do nosso TOP 10 das melhores séries estreadas em 2021.
– Inês Serra
3. SQUID GAME
“Squid Game” também ocupa o terceiro lugar do nosso TOP das melhores séries estreadas em 2021. A série sul-coreana que andou nas bocas do mundo e que, muito provavelmente, chegou aos quatro cantos do planeta foi uma das mais vista da Netflix, tendo feito história por ser a primeira oriunda da Coreia do Sul.
A série marcou igualmente por ser o primeiro conteúdo k-drama a alcançar sucesso para além dos fãs de k-pop, talvez pela premissa da série e promessa de cenas suscetíveis de ferir a sensibilidade dos espetadores. O drama acompanha um grupo de pessoas que jogam uma série de jogos de infância para receberem dinheiro, simples, não? No entanto, nada em “Squid Game” é assim tão simples, começando com o que acontece aos concorrentes que são eliminados, à ganância que se sobrepõe a valores que nos incutiram.
A série agarra-nos pelas suas personagens, que episódio a episódio estabelecem uma ligação connosco, mas tira uma página de “Game of Thrones” ao percebermos que ninguém está a salvo. Mas também mostra a realidade da Coreia do Sul, pura e dura, um país que parece ser tão diferente, mas que tem os mesmos problemas que os outros Resta-nos agora esperar pela já confirmada segunda temporada e ponderar a pergunta: aceitavas jogar?
– Ana Carvalho
2. LOKI
Dentro da MCU, e até das novas séries do ano, “Loki” destaca-se porque trouxe à ribalta um vilão e não um herói. Distanciando-se desde logo das outras produções por esse prisma, a série conseguiu desenvolver uma personagem secundária como nenhuma outra, assim como torná-la parte de algo maior – neste caso enquadrá-la de forma perfeita dentro do universo de filmes da Marvel.
A série Marvel/Disney+ mostrou-se não só intrigante, desde o primeiro episódio, como também palco para acertados momentos de comédia, com Tom Hiddleston uma vez mais a mostrar porque é que a aposta a solo na sua personagem se justifica. Com uma narrativa que deu espaço para abordar os sentimentos mais complexos da personagem, foi também possível encontrar em “Loki” alguns dos melhores monólogos do Deus da Mentira, e ver o protagonista a crescer de uma forma ‘humana’ (ainda que ele seja um deus…).
“Loki” expandiu-se para lá da história de uma só personagem, não deixando de ter o seu próximo charme para enaltecer uma produção que poderia ter ficado perdida pela complexidade do enredo. É uma série que se destacou não apenas por nos presentear com um toque de magia do cinema, mas também pela maravilhosa cinematografia apresentada.
– Marta Kong Nunes
1. WANDAVISION
Iniciou a saga de séries da Marvel Studios na Disney+, foi uma das primeiras da temporada de 2021 e sem dúvida a melhor. “WandaVision” consagra-se como a melhor série não por ser focada em super-heróis, ou vir da MCU, mas por ser uma história de relações humanas, de introspecção e de como lidar com a dor. E para além disso, foi uma bela homenagem à história da televisão com várias alusões a séries que deixaram a sua marca.
Numa série de super-heróis que apela muito mais ao sentimento do que à acção (afinal de contas há muito mais a retirar da história sobre a humanidade do que propriamente do universo Marvel), temos sem dúvida que realçar que “WandaVision” nos trouxe algumas das melhores performances a nível individual do ano. Se Elizabeth Olsen e Paul Bettany voltaram aos seus papéis de Wanda e Vision e estiveram perfeitos, nada nos faria esperar que Kathryn Hahn brilhasse como antagonista nesta mini-série Marvel Studios/Disney+.
“WandaVision” não foi uma história Marvel no seu core, foi sim uma história de duas pessoas numa relação, perdidamente apaixonadas, e que se perderam numa tragédia. Não é uma série de origem, ou um filme de acção dividido em vários partes. É uma série de luto, uma ode às relações, sejam elas de família ou de amor, e uma série com o propósito de nos encontrarmos.
– Marta Kong Nunes
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