Emmy 2019 | © NBC/©BBC / © HBO

Emmys 2019 | Os Prémios da MHD vão para…

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Com os Emmys 2019 ao virar da esquina, a equipa da MHD reuniu-se para votar naqueles que elegeria como os grandes vencedores desta cerimónia.

Estamos a praticamente duas semanas de saber quem serão os vencedores dos Emmy 2019. As previsões já são algumas e, como tal, a nossa equipa não quis ficar de fora e também nomeou os seus vencedores. Será que “Game of Thrones” lidera a corrida ou terá sido destronado? Quem ganhará o Emmy de Melhor Atriz, uma vez que Elisabeth Moss não entra na corrida?

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Nos próximos slides irás descobrir quem seriam os vencedores dos Emmys 2019, caso o júri fosse a equipa da tua Magazine.HD. As nossas escolhas partiram da Lista de nomeados oficial da Academy of Television Arts & Sciences, sendo que optamos por destacar apenas 15 das mais de 20 categorias.

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“Westworld” será uma das ausências nesta entrega de prémios | © HBO Portugal

Relembramos que a janela de elegibilidade para os nomeados aos Emmys de 2019 compreende as séries que tenham emitido pelo menos metade de uma nova temporada entre 1 de junho de 2018 e 31 de maio de 2019. Ou seja, séries como “The Handmaid’s Tale,” “Westworld” ou “Stranger Things” não entraram na corrida este ano.

Sem mais demoras, eis os nossos vencedores:




MELHOR ATOR SECUNDÁRIO NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

Chernobyl
Stellan Skarsgård | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… STELLAN SKARSGARD!

Um dos fatores que tornou “Chernobyl” uma das séries do ano foi sem sombra de dúvida o seu elenco. Qualquer um dos atores merecia o Emmy e, por isso, o nosso de Melhor Ator Secundário numa Série Limitida ou Telefilme vai para Stellan Skarsgård.

O ator de origem sueca tem aqui uma das suas melhores prestações. Skarsgård vestiu a pele de Boris Yevdokimovich Shcherbina, o vice-presidente do Concelho de Ministros da União Soviética, que teve o azar de apanhar duas das maiores catástrofes da década de 80: Chernobyl (86) e o terramoto Arménio (88). E o ator conseguiu personificar a tensão e sobrecarga que assombravam Shcherbina brilhantemente. Claro que Jared Harris também deu o seu contributo, formando a dupla perfeita com Skarsgård.

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Stellan Skarsgård elegeu “Please Remain Calm” para o representar na corrida, um dos episódios em que a tensão é palpável pelo perigo iminente de uma segunda explosão. É também o momento em que Shcherbina vê com os seus próprios olhos e interioriza a dimensão dos danos em Pripyat, reportando posteriormente a Gorbachev (David Dencik). Skarsgård não vacila por um segundo, arrastando-nos para a sua agonia e medo até sentirmos o mesmo aperto no peito que imaginamos que Boris Shcherbina tenha sentido perante Chernobyl. Não são todos os atores que conseguem exercer este poder sobre os espectadores.

– Inês Serra




MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

CHERNOBYL
Emily Watson | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… EMILY WATSON!

A escolha nesta categoria foi especialmente difícil: Patricia Arquette, Patricia Clarkson, Emily Watson… No entanto, a votação final da nossa equipa revelou-se praticamente unânime, elegendo Watson pela sua prestação enquanto Ulana Khomyuk na mini-série do ano “Chernobyl.”

Ironicamente, a física nuclear que conseguiu ser ouvida e integrar a equipa de Shcherbina (Skarsgård) e Valery Legasov (Jared Harris), foi uma personagem inventada para a série. Ulana foi a forma que Craig Mazin, criador de “Chernobyl,” encontrou para prestar tributo a todos os cientistas que fizeram parte da equipa de Legasov. E Watson fez um excelente trabalho representando todos os que ajudaram o cientista soviético, não olhando a meios para chegar ao resultado necessário.

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Mazin refere-se à atriz como uma verdadeira ninja e realmente é isso que Emily Watson é. Incorporar uma personagem não existente numa série como “Chernobyl” e fazer com que ela seja tão credível como as outras não é tarefa fácil. A atriz submeteu o terceiro episódio enquanto reflexo do seu trabalho na mini-série, se bem que entre “Open Wide, O Earth” e “The Happiness of All Mankind” é uma escolha bastante difícil. Aliás, para sermos francos, até o segundo episódio (primeiro de Ulana) teria sido suficiente para lhe darmos o Emmy.

– Inês Serra




MELHOR ATOR NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

When They See Us
Jharrel Jerome | © Netflix

O Emmy MHD vai para… JHARREL JEROME!

Nenhum outro actor ou actriz, principal ou secundário, esteve ao nível de Jharrel Jerome este ano. Ou pelo menos nenhum intérprete teve no período considerado para estes Emmys uma performance tão arrasadora e devastadora. Para aqueles que conseguiram ficar indiferentes à mini-série da Netflix, tenho uma notícia: estão dispensados de fazer aquele chato e ocasional teste da Google em que provam não ser um robô. Porque são.

A dificuldade em digerir “When They See Us” existe pela mestria com que a série guarda para o final a trágica história de Korey Wise, apostando as fichas todas numa “Part Four” – um dos episódios do ano – que se fosse uma longa-metragem teria que ser considerada para Óscar.

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Três anos depois de uma breve participação em “Moonlight,” o actor de 21 anos deve ter encontrado nesta mini-série uma rampa de lançamento para outros voos. É difícil imaginar, por exemplo, que Ava DuVernay não volte a colaborar com ele. O seu Korey Wise foi o único dos Central Park Five a ser interpretado pelo mesmo actor nas versões jovem e adulto, e se WTSU teve o impacto que teve junto da sua audiência uma fatia muito significativa desse mérito deve-se ao emocionante retrato de sofrimento e esperança, bondade e dor, com Jharrel Jerome isolado, fazendo-nos temer o pior, sofrer com ele, com a sua irmã e Marci e com o guarda Roberts, e torcer por ele.

Dêem o prémio ao rapaz!

– Miguel Pontares




MELHOR ATRIZ NUMA SÉRIE LIMITADA OU TELEFILME

Sharp Objects
Amy Adams | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… AMY ADAMS!

A edição de 2019 fica marcada pelo extraordinário nível de séries limitadas, uma tendência para continuar, julgamos. Num ano em que as mini-séries deixaram os dramas para segundo plano, a Academia nomeou “Chernobyl,” “When They See Us,” “Sharp Objects,” “Fosse/Verdon” e “Escape at Dannemora,” custando ver produções como “The Haunting of Hill House,” “The Virtues,” “Maniac” ou “The Little Drummer Girl” fora da corrida.

Neste contexto, a categoria de melhor atriz em série limitada é bem capaz de ser aquela que reúne um maior número de performances de alto nível. Não houve espaço para Florence Pugh e Emma Stone e, além das duas representantes de “When They See Us” – que bem podiam ter sido consideradas secundárias – sentimo-nos divididos, ficando o Emmy bem entregue a Amy Adams, Michelle Williams, Patricia Arquette ou Joey King.

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Entre as quatro, escolhemos Amy Adams. A atriz nascida em Itália (tomem nota, um dia pode surgir numa pergunta de queijinho no Trivial) conta com 6 nomeações para Óscar, mas nunca arrecadou qualquer estatueta dourada, representando “Sharp Objects,” produção da HBO a adaptar a obra de Gillian Flynn, a primeira vez de Amy nos Emmy Awards.

Com 350 cicatrizes no corpo, Camille Preaker tirou o sono à nossa escolhida, numa personagem mutilada pelo passado, com a dor inscrita na pele, anestesiada pelo álcool e obstinada na busca pela verdade. Sempre em excelente contracena com Patricia Clarkson e Eliza Scanlen, Amy Adams tornou-se assim membro do clube de atores-espremidos-por-Vallée, juntando-se a Nicole Kidman, Matthew McConaughey, Reese Whiterspoon ou Jake Gyllenhaal.

– Miguel Pontares




MELHOR ATRIZ NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

The Marvelous Mrs. Maisel
Rachel Brosnahan | © Amazon Studios

O Emmy MHD vai para… RACHEL BROSNAHAN!

A distinção da MHD para a Melhor Atriz numa Série de Comédia vai para Rachel Brosnahan que dá vida a Midge, em “Marvelous Mrs. Maisel.” Dar vida a uma dona e casa em plenos anos 60 cujo casamento acabou de se destruir pode não parecer nada de mais, mas quando se junta o “que se decide dedicar ao stand-up”, o caso muda completamente de figura.

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Rachel Brosnahan cumpre maravilhosamente com o papel de dar vida a esta mulher mimada mas muito à frente do seu tempo, sempre divertida e muito despachada, e consegue interpretar tão espontaneamente os momentos de stand-up, que parece que estamos a vê-los em direto. E tendo em conta que o stand-up é uma arte bem diferente do que a representação, é de louvar todo o trabalho desta atriz.

A série, por si só, é muito inovadora dado que se centra num mundo pouco representado nas séries desta época, ainda mais ao dar destaque a uma mulher numa profissão na qual quase só trabalham homens. No entanto, Brosnahan consegue criar uma personagem-modelo para todas as mulheres, ajudando a cumprir com o duplo papel de entretenimento e pedagógico que a televisão e o cinema podem ter.

– Maria João Sá




MELHOR ATOR NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

the good place
Ted Danson | © 2016 NBCUniversal Media, LLC

O Emmy MHD vai para… TED DANSON!

Ted Danson é um veterano da comédia televisiva, sendo que até já tem em dois Emmys para Melhor Ator numa Série de Comédia, ganhos por “Cheers.” Este ano, ele foi nomeado pela segunda vez por “The Good Place,” uma das comédias mais criativas da TV atual. Na série, a vida depois da morte é a premissa usada para desconstruir questões éticas, morais e até filosóficas por entre muitas gargalhadas e com personagens apaixonantes à mistura.

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A série foca-se predominantemente em quatro indivíduos condenados a passar a eternidade no inferno. Eles são os verdadeiros protagonistas da ação, mas rara é a ocasião em que são eles a ditar o caminho da história. Essa função recai sobre as entidades sobrenaturais que tomam conta das almas, incluindo Michael, o demónio a quem Ted Danson dá vida. Trata-se também da única figura principal a ter um arco de desenvolvimento de personagem transversal a toda a série e contínuo, visto que as quatro almas perdidas estão constantemente a perder a memória do que aconteceu e a serem reiniciados uma e outra vez.

Danson tem de sugerir tanto a evolução emocional de uma pessoa maquiavélica que aprende a amar e se preocupar com as vítimas do seu poder, ao mesmo tempo que é um burocrata humorístico e uma presença intrinsecamente inumana. Pelo que lhe compete, o ator coordena todas estas facetas díspares sem nunca mostrar sinais de esforço e está sempre a dar provas do seu astuto timing cómico. No episódio que o ator submeteu à Academia, “The Worst Possible Use Of Free Will,” Danson passa quase toda a narrativa num diálogo prolongado com Kristen Bell. Graças ao trabalho dos atores, este é um pas de deux conversacional que diverte e admira, sempre com ritmos precisos e um perfeito equilíbrio entre emoção e humor.

– Cláudio Alves




MELHOR ATOR SECUNDÁRIO NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

Barry
Anthony Carrigan | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… ANTHONY CARRIGAN!

Um dos melhores pontos a favor de “Barry” são os atores. Tanto Bill Hader (protagonista) como Anthony Carrigan, que dá vida a NoHo Hank, desempenham papéis exemplares, como aliás já seria de esperar, pelo a que estes atores já nos acostumaram.

Carrigan já tinha integrado o mundo dos “bad guys” em “Gotham” (dando vida a Victor Zsasz), e com este papel em “Barry” só veio a comprovar as suas capacidades, certamente merecedoras de um Emmy. Nesta série, Carrigan dá uma vida completamente única e nova ao típico gangster a que estamos acostumados, tornando esta personagem provavelmente muito mais central do que seria se fosse representado como comummente se vê.

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Anthony Carrigan consegue, assim, desempenhar uma personagem cheia de controvérsias: está no mundo do crime, mas não consegue fazer praticamente nada sozinho e assusta-se facilmente com qualquer coisa; é muito cómico precisamente pelas suas inseguranças, mas ao mesmo tempo prova várias vezes ter sangue frio. Sempre que esta personagem aparece no ecrã, quase que é impossível não rir, pois só a sua caraterização despoleta o riso, bem como a ânsia de ver qual o próximo momento nonsense que esta personagem vai criar.

– Maria João Sá




MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA NUMA SÉRIE DE COMÉDIA

emmys 2019 fleabag
Olivia Colman | © Amazon Studios

O Emmy MHD vai para… OLIVIA COLMAN!

Ainda este ano, vimos Olivia Colman subir ao palco dos Óscares graças à sua extraordinária prestação em “A Favorita“. Nesse filme de Yorgos Lanthimos, Colman conseguiu dar humanidade a um miasma de dor crónica e poder monárquico, fazendo-nos sentir simpatia e medo pela rainha Anne. Em “Fleabag,” o seu trabalho é radicalmente diferente, mas o talento maior de Colman continua a manifestar-se na sua habilidade para conseguir fazer coerir as aparentes contradições de personagens complicadas.

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Como a Madrinha da protagonista, Colman é um cokctail de agressões passivo-agressivas misturadas com a excentricidade afável de uma artista boémia. Há algo de inerentemente charmoso e carismático na presença da atriz, mas ela tão facilmente nos encanta como mostra a insinceridade cortante que faz da Madrinha uma vilã aos olhos de Fleabag. O melhor de tudo é que, excetuando algumas cenas bem gritantes, as palavras desta artista são portadoras de suficiente ambiguidade para nos fazer pensar se estamos a ver uma representação honesta da Madrinha ou somente uma projeção das inseguranças e ansiedades da narradora titular.

Colman parece orgulhar-se dessa mesma ambivalência interpretativa, desse balanço entre humor casual e sociopatia. No episódio que a atriz submeteu para consideração dos Emmys, a Madrinha manifesta-se essencialmente em memórias do dia do funeral em honra da mãe de Fleabag. É um capítulo negro da série e a figura usualmente cómica da Madrinha é particularmente séria nesta história. Quando ela dá conselhos de vida às afilhadas, é certo que denotamos o mesmo humor cruel do costume, mas há genuína preocupação a trespassar por entre as promessas ameaçadoras desta Madrinha decidida a tornar-se Madrasta.

– Cláudio Alves




MELHOR ATRIZ NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

canais tvcine e séries
Robin Wright | © 2018 Sony Pictures Television. All rights reserved.

O Emmy MHD vai para… ROBIN WRIGHT!

Na nossa crítica à sexta e última temporada de “House of Cards,” o destaque foi quase todo para Robin Wright, que dá vida a Claire Underwood. Com a forçada partida de Kevin Spacey, a atriz teve ainda mais oportunidade de mostrar o que vale, através de uma personagem que foi ganhando uma força gradual. Claro que o excelente trabalho desta atriz já tinha sido notável, mas também não podemos negar que Kevin Spacey lhe roubava facilmente a atenção.

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Claire sofre uma grande evolução, que nos demonstrou também as capacidades da atriz, desde a sua caraterização, à postura, e mesmo ao próprio olhar da personagem. Tal como referimos na crítica, afinal, o que seria de Frank sem a sua mulher? Com a quebra da quarta parede e, consequentemente, com Wright a falar para os espectadores diretamente, a relação que passa a existir entre ambos torna-se ainda mais forte e dá mais espaço à atriz para expor toda a força que tem numa personagem que acaba por ser o espelho de Frank, no sexo feminino.

A atriz está, assim, poderosa e inquebrável na sexta temporada de “House of Cards” e, para a MHD, provou, sem qualquer dúvida, que merece o Emmy de Melhor Atriz.

– Maria João Sá




MELHOR ATOR NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

this is us
Milo Ventimiglia | © FOX

O Emmy MHD vai para… MILO VENTIMIGLIA!

Milo Ventimiglia recebeu este ano a terceira nomeação consecutiva e este poderá ser o ano no qual o ator vencerá, finalmente, o Emmy. Sterling K. Brown voltou a receber a indicação ao galardão, e, ao que parece, este será mais um ano de batalha entre os dois atores de “This Is Us.”

A série da NBC é um dos maiores sucessos dramáticos dos últimos tempos, tendo atraído a atenção de todos desde a sua primeira temporada. “This Is Us,” com o seu elenco maravilhoso e guião fenonemal, rapidamente captou a atenção e também o coração do público. Jack Pearson, que ganhou vida através da performance de Milo Ventimiglia, é uma personagem perfeitamente imperfeita, que traz consigo memórias, dores e alguns defeitos. Jack é humano e Milo Ventimiglia fá-lo brilhar da forma mas incandescente possível.

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Assim, Ventimiglia é totalmente digno de um Emmy, o ator prende-nos ao ecrã e faz-nos querer saber mais e mais sobre aquele homem destroçado pela guerra mas que tudo faz para sorrir quando não consegue. Jack é o pai maravilhoso e o marido quase perfeito. Juntamente com Mandy Moore e os seus Big Three, Jack deixa-nos sempre com um sorriso na cara ou uma lágrima no canto do olho.

Por isso, e por muitos mais motivos, Milo Ventimiglia trouxe-nos uma das melhores e mais completas personagens já vistas no pequeno ecrã, tendo colocado todo o seu talento nesta performance. Por isso mesmo, toda a devoção que colocou nesta personagem fá-lo merecer um Emmy.

– Catarina Novais




MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

game of thrones (7)
Lena Headey | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… LENA HEADEY!

Lena Headey foi a perfeita vilã para as oito temporadas de “Game of Thrones” e os Emmys sempre lhe deram esse crédito. Ao longo de toda a série, a actriz contabiliza 5 nomeações, não tendo ainda ganho em qualquer ano. No entanto, é seguro dizer: nenhuma actriz esteve tão bem no papel, e consistente, como Headey esteve ao longo de todos os episódios.

Com um presença dominante, Headey criou a personagem que todos adorámos odiar. O crescimento de Cersei Lannister nunca desiludiu, não tivessem sido os últimos episódios em que todos desejámos um final diferente e mais digno do seu poder e autoridade. Vá, não falamos propriamente em dignidade no sentido positivo da palavra, mas pelo menos algo equiparável ao “ódio” que os fãs sentiam. Mal não faria uma morte chocante como a do seu filho mais velho, ou dos primeiros inimigos.

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Não fomos os únicos a pensar o mesmo, a própria actriz pensou, mas a realidade é uma: Cersei Lannister foi grande e tudo graças a Lena Headey. Ela deu a Cersei a magnitude necessária, a frieza requerida, e a profundidade e sentimentos necessários de expressar quando a sua réstia de humanidade vinha ao de cima, ainda que fosse apenas com os seus filhos ou com Jaime Lannister. Foi o papel de uma vida para Headey, e no final da saga, seria a cereja no topo do bolo ver o seu trabalho como vilã devidamente reconhecido!

– Marta Kong Nunes




MELHOR ATOR SECUNDÁRIO NUMA SÉRIE DRAMÁTICA

Game of Thrones - Tyrion
Peter Dinklage | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… PETER DINKLAGE!

O anão de “Game of Thrones” é uma das personagem com a maior e melhor evolução televisiva já vista. Peter Dinklage já levou um Emmy para casa e, este ano, poderá repetir o feito. Depois de oito temporadas, Peter Dinklage conseguiu continuar a encantar e surpreender a cada episódio que vimos. Com as suas longas pausas e olhares gritantes, Tyrion Lannister, o anão mais adorado do mundo, tornou-se numa sábia e marcante personagem.

Sejamos ou não fãs de “Game of Thrones” é inegável o reconhecimento do enorme sucesso desta personagem. Dinklage deu a Tyrion Lannister um brilho que nenhum outro ator seria capaz de dar. Através da sua ironia sempre presente e do seu humor continuamente aceso, Dinklage brindou-nos com uma das mais importantes personagens da história de televisão.

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Portanto, dado que foram oito temporadas recheadas de talento por parte de Peter Dinklage, seria justo se o Emmy fosse atribuído a este grande ator. Depois de tantos anos de dedicação e de perfeita construção
de uma identidade tão ferozmente apaixonante, este seria um reconhecimento merecido.

– Catarina Novais




MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA

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“Fleabag” | ©2016 Amazon Studios

O Emmy MHD vai para… FLEABAG!

Na paragem de autocarro ela arrisca, desarmada, um ‘Amo-te’. Ele diz-lhe que isso vai passar mas um minuto mais tarde despede-se para sempre com um ‘Também te amo’. Platónico, efémero, há-de passar. A raposa precisa de indicações. Ele foi por ali. Ele, o padre que ouve Jennifer Lopez. Claro que ouve, que padre não o faz? Um jantar de família acaba num nariz em sangue e num aborto emprestado. O corte de cabelo faz a irmã Claire parecer um lápis. Claire, não confundir com Klare, o finlandês. Kristin Scott Thomas profere um dos monólogos do ano ao relacionar os conceitos de mulher e dor; e mesmo assim o monólogo é apenas bronze no pódio da temporada, suplantado pelo discurso do padre que começa amargo e acaba em esperança, e por aquele confessionário de copo na mão. Ela confessa-se: quer que alguém lhe diga o que vestir todas as manhãs, alguém que lhe diga o que comer, o que gostar, o que odiar, o que ouvir e que banda gostar, em que acreditar, em quem votar, quem amar e como lhes dizer. Quer alguém que lhe diga como viver.

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Fleabag ajoelha-se. Mas antes que o faça já todos nós estamos ajoelhados, curvados perante o seu talento e originalidade, rendidos a uma Voz diferente de todas as outras no meio. Uma voz que não quero que saia da minha cabeça.

Comédia do ano e candidata a série do ano, “Fleabag” fez magia em 6 episódios. Arte daquela que não cabe em palavras, com todo o elenco num nível soberbo e todos os beats e gags executados em iguais doses de vulnerabilidade, arrogância, humor e paixão.

Quebrou-se a quarta parede (Phoebe Waller-Bridge reinventou a ferramenta que nos últimos anos “Mr. Robot” e “House of Cards” usaram como ninguém) pela última vez. Sorriu, por fim serena. Não a veremos mais. Seguiu em frente. Mas nós vamos demorar a conseguir fazer o mesmo.

– Miguel Pontares




MELHOR SÉRIE LIMITADA

Chernobyl HBO Portugal
Chernobyl | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… CHERNOBYL!

Chernobyl” é um daqueles raros casos de um produto televisivo absolutamente universal em que o espectador precisa de poucos minutos para reconhecer: ‘Ok, já percebi, apanharam-me, estou perante uma obra-prima’.

Em cinco episódios (total de aproximadamente 5 horas e meia), a HBO produziu uma mini-série com o pedigree de “Band of Brothers,” surgindo o improvável Craig Mazin – que escrevera os “Scary Movie” 3 e 4, as sequelas de “A Ressaca” e uma coisa chamada “O Astro-Nabo” – como homem do leme de um dos monumentos televisivos de 2019.

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A excelência no elenco (Jared Harris, Emily Watson, Stellan Skarsgard, Jessie Buckley, Paul Ritter, David Dencik e Barry Keoghan para nomear alguns) foi equiparada em todos os vectores – “Chernobyl” é terror sonoro, é uma aula de Química, é a tensão de 90 segundos para retirar grafite de um terraço, é a ansiedade medida em contadores Geiger, é uma lição de como lidar com exposição e de que perspectiva escolher para estabelecer a máxima empatia com o espectador, sem perder a escala da tragédia. Se é a melhor série de todos os tempos? Não. É uma série perfeita? Sim.

– Miguel Pontares




MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA

killing eve sandra oh
Sandra Oh | © HBO Portugal

O Emmy MHD vai para… KILLING EVE!

Alguns críticos viram na segunda temporada de “Killing Eve” um decréscimo de qualidade. Contudo, a equipa da MHD parece discordar, sendo que o drama policial criado por Phoebe Waller-Bridge acabou por sair vitorioso na nossa corrida para o Emmy de Melhor Série Dramática. “Game of Thrones” ficou num segundo lugar próximo, mas é o romance mais desconcertante da televisão moderna quem fica com o ouro nas mãos.

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Descrever esta história de uma assassina profissional e a agente do MI6 em sua perseguição como um romance pode parecer algo um pouco rebuscado, mas essa é a dinâmica que torna “Killing Eve” em algo tão estranho e sedutor. Em certa medida, este é um conto de obsessão e desejo, o desejo pelo perigo e pela autoaniquilação. Há uns anos, “Hannibal” também injetou sexualidade queer e obsessões venenosas no centro de uma narrativa policial, mas “Killing Eve” transcende as psicoses dessa série do passado. Parte do seu génio, devém do modo como faz tudo isso, mas deixa espaço aberto para humor e um sofisticado retrato de duas personagens multidimensionais.

A dinâmica arquetípica entre o Barba Azul e sua esposa é modernizada e tornada comédia negra em “Killing Eve,” que, verdade seja dita, nunca funcionaria tão bem sem a ajuda do seu elenco. Nos papéis principais, Sandra Oh e Jodie Comer são impressionantes, conseguindo resolver os problemas levantados pela alquimia tonal do guião sem sacrificarem estilo ou carisma. Se esta série ganha aqui, é tanto pela sua realização e argumentos magistrais como é pelo trabalho das duas atrizes.

– Cláudio Alves

Concordas com as nossas escolhas? Quais os vencedores que mudarias?

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