Estes são os 11 melhores filmes de sempre para Quentin Tarantino
Quentin Tarantino é uma enciclopédia de cinema andante. O lendário realizador escolheu os seus 11 filmes favoritos!
Antes de se tornar um dos melhores realizadores de cinema de sempre, Quentin Tarantino era um ávido consumidor de cinema. Inclusive, desde cedo, já sabia a estética que viriam a ter os seus filmes.
No seu livro Cinematic Speculation, Quentin Tarantino revelou como “Matador” (1986), de Pedro Almodóvar, o inspirou – “lembro-me de quando trabalhava numa loja de filmes em Manhattan Beach, a Video Archives, e falava com os meus colegas sobre os tipos de filmes que queria fazer e as coisas que queria fazer dentro desses filmes. Eu usava o exemplo da abertura de Matador, de Almodóvar. A resposta deles era: “Quentin, eles não te vão deixar fazer isso”. Eu respondia: “Quem são ‘eles’ para me impedirem? Eles podem ir-se lixar“.
A inspiração levou-o a realizar filmes como “Pulp Fiction” (1994), “Sacanas sem Lei” (2009), “Reservoir Dogs” (1992), “Era uma vez em Hollywood” (2019), “Kill Bill Vol.1” (2003), “Django Unchained” (2012), entre outros.
Mesmo depois de se fixar como um dos melhores realizadores de sempre, Quentin Tarantino continuou a mostrar a sua opinião – o western favorito, a comédia romântica perfeita, o filme de contracultura ideal, seu filme menos favorito, remake que menos gosta e a comédia romântica que o fez chorar. Estes títulos foram coletados e recordados por meios como o Far Out e aqui estão os favoritos do cineasta.
11) Tubarão (1975)
Um dos melhores filmes de terror da história do cinema, realizado pelas mãos de Steven Spielberg. Este filme, disponível na Netflix, tem a particularidade de quase não mostrar o tubarão, usando o oculto para espalhar o medo ao espectador.
Com 97% de classificação no Rotten Tomatoes, é factualmente um dos melhores filmes do género. Adam Nayman, do The Ringer, vai mais à frente ao escrever, “a beleza deste clássico de Steven Spielberg de 1975 é que pode-se escolher como o ver: como um thriller com tubarões ou como uma alegoria sobre a liderança falhada das instituições.”
10) Cinco Covas no Egipto (1943)
De 1975 saltamos para os dourados anos 40 com “Cinco Covas no Egipto”, de Billy Wilder. É apenas o terceiro filme do realizador, o segundo depois da sua chegada aos Estados Unidos da América.
Segundo a sinopse oficial, “Cinco Covas no Egipto”, acontece “durante a Segunda Guerra Mundial, onde um soldado britânico infiltrado tenta fazer chegar aos Aliados a informação de que os alemães têm toneladas de mantimentos enterrados em cinco escavações no Egipto.” Apesar de ser o filme menos visto do realizador recebeu três nomeações nos Óscares – Melhor Fotografia (Preto e Branco), Melhor Decoração de Interiores (Preto e Branco) e Melhor Edição.
9) Infielmente Tua (1948)
Um filme de amor e sofrimento que se une à comédia realizado por Preston Sturges. Para muitos é uma das melhores slapstick comedy. Que tipo de comédia é este? Um estilo de humor onde há um exagero dos movimentos físicos, para além do que seria natural e normal.
Com 94% de classificação no Rotten Tomatoes, Bosley Crowther, do New York Times, escreve, “é pena que Preston Sturges não seja obrigado por lei a produzir pelo menos um filme – talvez dois – por ano. Porque ninguém faz filmes como ele.”
8) Carrie (1976)
O primeiro (e um dos melhores) livros de Stephen King podia nunca ter existido e consequentemente este filme. Isto porque três dias depois de escrever, Stephen King achou que a história não era boa o suficiente e deitou-a para o lixo.
A sua mulher Tabitha foi buscar ao caixote e convenceu o escritor a continuar a história. O resto é história. Stephen King tornou-se num dos melhores escritores de sempre e vários dos seus livros foram adaptados ao cinema, com destaque para “Carrie”, de Brian De Palma. Um filme tão sangrento que é impossível tirar os olhos da tela.
7) Pandora’s Box (1929)
O filme mais antigo desta lista chega diretamente do Velho Continente, mais concretamente da Alemanha. Segundo a sinopse oficial, “Lulu (Louise Brooks) é uma jovem tão bela e sedutora que poucos conseguem resistir aos seus encantos de sereia. Os homens que são atraídos para a sua teia incluem o respeitável editor de jornais Dr. Ludwig Schön (Fritz Kortner), o seu filho produtor musical Alwa (Franz Lederer), o artista de circo Rodrigo Quast (Krafft-Raschig) e o velho amigo de Lulu, Schigolch (Carl Goetz). Quando os encantos de Lulu conduzem inevitavelmente à tragédia, a espiral descendente envolve-os a todos.”
6) A Mão de Ferro (1972)
Um clássico das artes marciais, “A Mão de Ferro”, realizado por Chang-hwa Jeong, conta com a participação de Lieh Lo, Ping Wang, Hsiung Chao, Chin-Feng Wang, Feng Tien, entre outros.
Um filme de culto dentro do género que conseguiu 86% de classificação no Rotten Tomatoes. Matt Brunson, da Film Frenzy, escreve, “o filme que deu início a toda a loucura do kung fu nos Estados Unidos.”
5) O Grande Escândalo (1940)
Quentin Tarantino e Clint Eastwood colocaram este filme como um dos seus favoritos. E com razão. Esta comédia romântica é tão grandiosa graças ao par perfeito – Cary Grant e Rosalind Russell. A história é de grande nível, mas sem estes dois atores nunca iria ter o sucesso que teve.
Com 99% no agregador de criticas Rotten Tomatoes, Matt Brunson, da Film Frenzy, escreve, “um dos melhores filmes de todos os tempos – se alguém optar por colocar uma comédia numa cápsula do tempo para ser analisada pelos historiadores do século XXV, pode muito bem ser esta.”
4) Taxi Driver (1976)
É quase obrigatório ter um filme de Martin Scorsese em qualquer lista de melhores filmes, um realizador cuja filmografia está repleta de obras primas – “Tudo Bons Rapazes” (1990), “Taxi Driver” (1976), “O Lobo de Wall Street” (2013), “O Irlandês” (2019), “Shutter Island” (2010), e agora “Assassinos da Lua das Flores” (2023).
Nesta obra em particular seguimos Travis Bickle (Robert De Niro) um veterano de guerra que está farto da corrupção que vê à sua volta. Apesar da sua forma de vida questionável decide ajudar uma jovem prostituta (Jodie Foster) em apuros.
3) Blow Out (1981)
“Jack Terry é um sonoplasta e está acostumado a diversos tipos de sons, mas um em especial muda sua vida. Ele grava um disparo comprometedor e acaba se tornando alvo do assassino de um candidato a presidente”, pode-se ler na sinopse oficial.
Este filme teve um fraco desempenho na bilheteira mas é um dos melhores filmes de Brian De Palma. No Rotten Tomatoes, Kevin Maher, da TIMES (UK), escreve, “um filme de terror, um drama político paranóico e um filme de um assassino em série, tudo ao mesmo tempo.”
2) Rio Bravo (1959)
Um dos melhores westerns da história do cinema, “Rio Bravo”, de Howard Hawks alcançou o segundo lugar na lista de Quentin Tarantino. Com o lendário John Wayne no papel principal, este filme conta a “história de resistência quase solitária de um xerife contra a prepotência de um poderoso rancheiro.”
1) O Bom, o Mau e o Vilão (1966)
Só de ler o título deste filme já ecoa na cabeça a incrível banda sonora de Ennio Morricone. Este filme faz parte da “The Dollars Trilogy”, e dos três filmes, é o mais conhecido.
Segundo a sinopse oficial, “durante a guerra civil norte-americana, três homens andam em busca de uma caixa com 200 mil dólares roubados. Um deles, Setenza (o Mau), mata dois homens e um rapaz com o objectivo de localizar o dinheiro. Por outro lado, Joe (o Bom) e Tuco (o Vilão) são sócios na vigarice. Após um golpe fracassado, separam-se. Porém, voltam a cruzar-se e, quando Tuco se prepara para finalmente abandonar Joe no deserto, encontram um soldado moribundo que lhes estraga os planos. O soldado revela ao Vilão a localização dos 200 mil dólares: num cemitério. Porém, só ao Bom confessa em que campa se encontra o tesouro escondido. Os dois homens ficam assim obrigados a unir esforços mais uma vez e após várias aventuras e algumas tentativas de traição chegam ao cemitério, onde o Mau os espera.”
Já viste estes filmes? Concordas com a opinião do realizador?
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Falta um filme extraordinário. PERFUME DE MULHER
Para mim há três obras primas não mencionadas: Apocalipse Now, Lawrence de Arábia e o fabuloso Era uma vez na América.