"Sede de Viver", "O Último Duelo" e "Identidade" ficaram fora das nomeações aos Óscares em 2022 |©Amazon, NOS, Netflix

15 filmes esquecidos (ou quase) pelos Óscares em 2022

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É inevitável, há um número limitado de lugares cobiçados disponíveis, ano após ano, quando chegamos à altura das nomeações aos Óscares. Quem ficou de fora ou praticamente sem nomeações em 2022? 

Todos os anos, depois de contabilizados os filmes mais nomeados, as surpresas e destaques de revelo, eis que outra questão surge em relação aos nomeados aos Prémios da Academia…Quais foram as obras não apenas ligeiramente colocadas de parte, colecionando poucas nomeações, como “Spencer” ou “A Tragédia de Macbeth”, mas quem foram os derradeiros ignorados? Os filmes dos quais ouvimos falar durante meses, que marcaram de alguma forma o ano cinematográfico, mas que, ao fim de contas, não somaram nenhuma nomeação ou captaram uma única categoria entre as 24 a distribuir.

Na matéria de indicações aos Óscares 2022, estes são os esquecidos entre os esquecidos. Será que o tempo dirá que mereciam ser distinguidos (sim, ser ou não nomeado a Óscares não define a qualidade de um filme, mas é sempre agradável receber o reconhecimento, certo)?

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O ÚLTIMO DUELO DE RIDLEY SCOTT – O NOMEAÇÕES

O Último Duelo
Jodie Comer como Marguerite de Carrouges em “O Último Duelo” © NOS Audiovisuais / 20th Century Studios

Em 2021, Ridley Scott lançou não um mas dois filmes: “O Último Duelo” e “Casa Gucci”. Ambos tiveram buzz quando falamos acerca dos Óscares e, feitas as contas, “House of Gucci” foi o único dos dois a conseguir uma única nomeação, pela sua Maquilhagem e Cabelos. Todavia, podemos defender que o épico histórico “The Last Duel”, a história verídica sobre uma mulher que ousou defender a sua honra na época medieval, é um filme mais importante, mais sóbrio e mais bem conseguido em todas as matérias que realmente importam. Muitos acreditam ser o melhor filme de Scott em vários anos. Outros consideram a obra “oscabait”, um filme criado para agradar aos veteranos da indústria. Não obstante, o valor do dilema moral aqui exposto em três atos algo enbrulhados é mais que valoroso.

Adicionalmente, o filme conta com prestações marcantes por parte da tríade de protagonistas: Jodie Comer, Matt Damon e Adam Driver. E eis que, por crueldade do destino e dos deuses das premiações, a obra apenas conseguiu mesmo uma nomeação para os Razzie Awards – Prémios dos piores entre os piores – para a prestação de Ben Affleck como um antagonista algo caricatural. Se calhar Affleck até merece a nomeação ao Razzie, mas os heróis da história, e o seu vilão, mereciam competir numa cerimónia bem diferente…




CYRANO DE JOE WRIGHT  – 1 NOMEAÇÃO

Cyrano Óscares filmes ignorados
© NOS Audiovisuais

Apesar de não ter provocado nenhum furacão junto da crítica, “Cyrano”, de Joe Wright, tinha potencial para se posicionar bem na corrida aos Óscares em 2022. Vários elementos jogam a seu favor: é um filme de época com uma estética cuidada, é um drama musical, é uma história de amor clássica, baseia-se numa peça canónica e numa personagem histórica relevante, é realizado pelo mesmo autor responsável por filmes que se sairam muito bem nas nomeações como “Orgulho e Preconceito” e “Expiação” e, ainda mais, podia finalmente consolidar no cinema um ator multi-premiado no campo da televisão – Peter Dinklage.

“Cyrano” tinha tudo para ser apreciado pela Academia, mas a sua campanha falhou redondamente, não obstante a presença de Dinklage em muitas listas de apostas ao longo dos meses.  O filme, na realidade, acabou por receber uma indicação a Guarda-Roupa. Todavia, tendo em conta o quão aparentemente aprazível para a Academia é este enredo, sem dúvida que o musical acabou por não ter a prestação esperada.




SEDE DE VIVER DE GEORGE CLOONEY  – 0 NOMEAÇÕES

Tender Bar Amazon
The Tender Bar | © Amazon

Um original Amazon, “The Tender Bar” é mais um daqueles filmes mencionados ao longo da temporada de prémios sem que o burburinho chegasse a fruição. Não tivesse esta obra sido realizada por George Clooney, com interpretações centrais de Ben Affleck e Tye Sheridan, atores com suficiente pedigree para carregar uma obra ao longo de uma award season.

O filme, disponível na plataforma Amazon Prime Video desde o início do ano, é um drama emotivo baseado num livro de memórias escrito pelo vencedor de um Pulitzer, o que à primeira vista parece gritar Óscares. Aqui, um jovem cresce em Long Island e encontra o seu tio, e o bar do mesmo, como uma improvável fonte de sapiência. A longa-metragem ainda foi nomeada ao Globo de Ouro e ao SAG de Melhor Ator Secundário para Affleck, mas a coisa ficou-se por aí.




RESPECT DE LIESL TOMMY  – 0 NOMEAÇÕES

Respect filmes ignorados nos Óscares 2022
“Respect” | © NOS Audiovisuais

Com uma prestação competente por parte de Jennifer Hudson como Aretha Franklin, tendo a atriz e cantora sido escolhida pela própria protagonista do filme biográfico, era de esperar que Hudson fosse regada de prémios e elogios. Tal acabou por não aconteceu, uma vez que “Respect” não conseguiu despertar a atenção dos críticos e estreou no verão, longe da temporada de prémios, numa altura em que até os melhores filmes são esquecidos, enfraquecidos pela força do tempo.

Curiosamente, apesar de ter sido um filme estreado na altura errada, o início da temporada previa um resultado mais positivo nos Óscares. Não só Jennifer Hudson foi indicada ao Screen Actor Guild Award de Melhor Atriz, como o filme conquistou, previamente, várias nomeações aos Satellite Awards. Mais importante, a música de “Respect” parecia poder chegar à nomeação ao Óscar, especialmente depois da música “Here I Am (Singing My Way Home) ter sido indicada ao Globo e depois da Banda Sonora ser indicada a um Grammy.

Feitas as contas, “Respect” foi visto pela crítica como demasiado formulaico por parte da crítica especializada e, apesar das biografias musicais serem tão populares junto da Academia, desta vez nem Atriz, nem Música, nem Banda-Sonora…

 




CASA GUCCI DE RIDDLEY SCOTT  – 1 NOMEAÇÃO 

Casa Gucci em análise
© NOS Audiovisuais

Se formos picuinhas “Casa Gucci” conseguiu de facto uma nomeação aos Óscares em 2022 (pela sua Maquilhagem e Penteados) e, por isso, não é um “perdedor” absoluto nesta corrida. Não obstante, há que enquadrar esta obra da forma correta – como uma obra nomeada a perto de 80 prémios ao longo dos últimos meses, aliás, um dos filmes mais mencionados e mais promovidos ao longo desta corrida, e que acaba a ver muito pouco depois do seu esforço.

A história melodramática e biográfico do homicídio do herdeiro da Gucci poderia, ou iria, de acordo com previsões antigas, render nomeações em categorias como Melhor Atriz (Lady Gaga, quiçá o maior snub da temporada de prémios, nomeada a tudo e mais alguma coisa menos para o Óscar), Melhor Ator Secundário (Jared Leto), Melhor Guarda-Roupa, quiçá até na categoria de Argumento e por aí adiante.




AO RITMO DE WASHINGTON HEIGHTS DE JON M. CHU  – 0 NOMEAÇÕES

MHD Ao Ritmo de Washington Heights
“Ao Ritmo de Washington Heights” | ©2021 Warner Bros. Ent. All Rights Reserved

De John M.Chu, o responsável pelo enorme sucesso de “Crazy, Rich, Asians” e em breve responsável pela versão cinematográfico do sucesso da Broadway “Wicked”, chegou, no verão de 2021, “In the Heights”, a adaptação ao cinema do primeiro musical de Lin-Manuel Miranda (criador de “Hamilton”), uma peça musical que lançou o mote para a revolução no uso de hip-hop na Broadway e que venceu o Tony de peça do ano aquando da sua estreia.

Inicialmente, muitos previam uma batalha de titãs entre “In the Heights”, um musical muito premiado que revitaliza a imagem do povo latino como sonhadores e a nova versão de “West Side Story”, uma narrativa mais clássica no seu tratamento dos latinos. Eis que essa tal batalha nunca aconteceu, “In the Heights” não se saiu bem nas bilheteiras e foi sendo esquecido, embora o protagonista Anthony Ramos tenha sido nomeado ao Globo de Ouro, a versão cinematográfica das músicas indicadas ao Grammy, entre várias outras distinções ao longo dos meses.




TITANE DE JULIA DUCOURNAU – 0 NOMEAÇÕES 

titane
Titane/Festival de Cannes ©

 

Certo, “Titane” – de Julie Ducournau, que nos trouxe o igualmente sonante “Raw” –  o filme escolhido por França para representar a nação nos Óscares 2022, foi claramente um tiro no pé. O polémico projeto cinematográfico, acerca de uma mulher com instintos homicidas e apaixonada por carros, ao ponto de fazer sexo com um e ficar grávida de um bebé meio humano-meio máquina, venceu a Palma de Ouro em Cannes e, para os franceses, esse reconhecimento pareceu ser prova suficiente de que a obra pudesse sair-se bem nos Óscares. Ao fim de contas, muitos filmes vencedores da Palma em anos recentes tiveram performances  boas a extraordinárias nos Óscares, como “Amour”, “Shoplifters: Uma Família de Pequenos Ladrões” ou, claro, o magnífico “Parasitas“( o grande vencedor fora da caixa “hollywodesca”).

Não obstante, França devia ter compreendido que body horror não iria vencer entre a Academia (apesar da realizadora ter conseguido uma nomeação surpresa nos BAFTA). Um candidato melhor teria sido “O Acontecimento”, a segunda opção de França, numa história muito dramática mas realista sobre a experiência feminina, um conto biográfico, que retrata a não tão distante natureza clandestina dos abortos. “Titane” é um filme único e irreverente, certamente “demasiado” para a visão conservadora de muitos dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.




RED ROCKET DE SEAN BAKER  – 0 NOMEAÇÕES 

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© LEFFEST

 

Sendo justos, “Red Rocket” é uma obra demarcadamente indie e por isso, apenas com muita sorte poderia ter conseguido chegar à atenção da cerimónia dos Óscares. Ainda assim, este fillme foi realizado por um autor que se tem vindo a destacar imenso na cena mais alternativa do cinema norte-americano, Sean Baker (“The Florida Project”, “Tangerine”) e que com a nomeação de Willem Dafoe, em 2018, pelo seu papel no de resto pecaminosamente ignorado pela Academia “The Florida Project”, parecia ter conseguido chegar a um público mais generalista.

Quanto a “Red Rocket”, que passou por cá no LEFFEST, revitalizou a carreira bastante invisível do protagonista Simon Rex, que inclusive chegou a marcar presença em Roundtables, à medida que apostas mais embrionárias o posicionavam na corrida. Rex dá vida a uma estrela de filmes para adultos que regressa à sua pequena cidade no Texas, onde se apaixona por uma mulher muito mais nova. A obra foi nomeada a vários prémios Gotham e indicada à Palma de Ouro, mas nada de Óscares para esta história bem-amada, em 2021, num circuito bem paralelo ao dos grandes filmes de estúdio.




IDENTIDADE DE REBECCA HALL  – o NOMEAÇÕES

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“Identidade” | © Netflix

 

Verdade seja dita, este título provavelmente merecia figurar logo no início desta lista. “Identidade”, uma obra baseada num pequeno romance e que inaugura a atriz Rebecca Hall nas lides da realização, foi um dos prometidos desta temporada de prémios. Entre as potenciais nomeações a Óscares, esperava-se ver distinguido o trabalho das protagonistas, a previamente nomeada ao Óscar Ruth Negga e Tessa Thompson, aqui num papel que eleva o status da sua carreira.

Esta é a história de uma mulher afro-americana que encontra uma velha amiga de infância, apenas para se aperceber que esta leva uma vida de mentiras, fazendo-se “passar” por branca. “Passar” (o filme chama-se “Passing”, no sentido de “Passing for” [passar por branca], algo que foi acontecendo junto da comunidade afro-americana ao longo das décadas. Inclusive, Rebecca Hall descobriu que o seu avô tinha precisamente optado por viver a sua vida como uma pessoa branca, escondendo a sua herança negra.

A obra, filmada a preto e branco e situada na Nova Iorque dos anos 1920, é acima de tudo um belo e tranquilo retrato sobre identidade. A personagem que “passa”, Clare (Negga), casa-se com um homem branco execrável, extremamente racista (Alexander Skarsgård) e Irene (Thompson) tem dificuldade em lidar com esta descoberta. Esta tensão resulta numa obra repleta de questões complexas, mas que nunca as aborda de forma agressiva. Quiçá a suavidade e quietude deste filme competente sejam parcialmente responsáveis por ter sido esquecido…




CRÓNICAS DE FRANÇA DE WES ANDERSON – 0 NOMEAÇÕES

crónicas de frança
©NOS Audiovisuais

Com um elenco fora de série e uma quantidade variada de pequenos capítulos pitorescos, “The French Dispatch” torna Wes Anderson num realizador cada vez mais centrado na criação de conceitos e menos de histórias com início, meio e fim. O que Anderson cria aqui é um mosaico de episódios quase aleatórios, que fazem lembrar as crónicas italianas de há mais de 60 anos, que tanto ama e que tanto contribuíram para a formação do seu cinema único.

Talvez seja a natureza conceptual e episódica de “Crónicas de França” que afastou o mais recente filme de Wes Anderson das nomeações à próxima cerimónia dos Oscars 2022. Depois do grande sucesso de filmes recentes, como por exemplo de “O Grande Budapeste Hotel”, vencedor de 4 Óscares em 2015, ou de “Ilha dos Cães” (2019), em 2020 indicado para Melhor Banda-Sonora e Melhor Filme de Animação, apenas podíamos esperar que o seu novo  (e muito antecipado) trabalho fosse recebido com entusiasmo.

“Crónicas de França” foi nomeado a 3 BAFTAs, à Palma de Ouro, Ao Globo de Ouro para Melhor Banda Sonora (com muita justiça, este snub é quase imperdoável) e para muitos outros prémios, nenhuns deles, como constatável, Óscares. Sem problema, em 2022 Wes deverá estar de volta com “Asteroid City” e, em breve, filmará também “The Wonderful Story of Henry Sugar” com Benedict Cumberbatch, uma adaptação literária. De certo, a Academia voltará a apreciar o seu génio criativo num futuro bem próximo.




COMPARTIMENTO Nº 6 DE JUHO KUOSMANEN – 0 NOMEAÇÕES

compartimento nº 6 critica
© LEFFEST

E se figura nesta lista, sem dúvida que “Compartimento Nº6″ não acumulou quaisquer indicações aos Óscares, depois de ter sido um dos grandes filmes do Festival de Cannes – com indicação à Palma de Ouro e Palma Queer e com vitória do Grande Prémio do Júri (a meias com o também notável “A Hero”) e de uma Menção Especial. Todavia, a categoria de Melhor Filme Internacional  – esta obra representava a Finlândia, país que co-produz o filme (em conjunto com a Rússia, Estónia e Alemanha) – é sempre algo imprevisível e deixa sempre alguns favoritos na sombra. Este drama foi um deles.

Esta é a história de uma viagem de comboio na Rússia, onde uma estudante finlandesa estabelece um improvável laço de amizade com um mineiro russo. Uma história multicultural, com duas performances centrais inesquecíveis, que acabou por ser esquecida nos Óscares mas não deixou de brilhar neste ano cinematográfico.




BELLE DE MAMORU HOSODA – 0 NOMEAÇÕES 

Ryu to Sobakasu no Hime filmes ignorados Óscares
© Studio Chizu

“Belle” ( “Ryu to Sobakasu no Hime”, no original japonês) foi uma das obras de animação mais elogiadas do ano, como uma nova e ambiciosa interpretação da história clássica da “Bela e o Mostro”, aqui situada num cenário de idade contemporânea. A obra estreou no Festival de Cannes e tem vindo a dar que falar desde então. Em Portugal, a sua antestreia estará reservada ao festival de animação por excelência – a MONSTRA.

Acontece que a categoria de animação dos Óscares é feita de muitos membros da Disney, não fosse esse o único estúdio a produzir animação nos EUA durante muito tempo. Por isso, há uma saturação e uma desigualdade imensa nesta categoria específica da premiação. Por isso, é difícil para obras internacionais (não distribuídas pela Disney) conquistarem o por vezes muito merecido destaque.

Esta é a criação mais recente de Mamoru Hosoda, um dos realizadores mais influentes na cena do cinema de animação japonês, responsável por títulos como “Mirai” ( um filme que consegui a cobiçada indicação ao Óscar em 2019) ou “Crianças Lobos”. 




MASS DE FRAN KRANZ – 0 NOMEAÇÕES

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©Bleecker Street Media

“Mass” trata de um tema sempre difícil e, tragicamente, sempre atual – os tiroteios escolares. Contudo, escolhe uma via menos recorrente – centra a narrativa inteiramente nos pais daqueles que perpetuam estes ataques e nos pais das vítimas. Aqui, um e o outro lado desta situação dramática discutem os eventos e procuram lidar com o quem depois, num filme que em tudo evoca uma peça de teatro.

Na sua estreia, Fran Kranz entrega a Ann Dowd (a Tia Lydia de “The Handmaid’s Tale“) o seu maior papel no cinema. A atriz chegou a ser indicada na categoria de Melhor Atriz Secundária nos BAFTA. Também Jason Isaacs (“Good Sam”, “Harry Potter”) foi indicado à categoria de Melhor Ator Secundário em inúmeros círculos de críticos, num filme que acumulou perto de 100 nomeações ao longo de vários meses. Ainda assim, chegou aos Óscares sem qualquer indicação.

Será que este filme de elenco estreado em Sundance, já no arranque de 2021, merecia mais? Talvez, mas, por agora, não temos ainda data de distribuição nacional para tirar a “prova dos 9”.




THE CARD COUNTER: O JOGADOR DE PAUL SCHRADER – 0 NOMEAÇÕES 

Óscares 2022
The Card Counter | © NOS Audiovisuais

Paul Schrader é um realizador e argumentista de renome, mas não é incomum o seu trabalho ser esquecido pelo radar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, e é precisamente o que acontece com o seu “The Card Counter“, o que aliás tinha já acontecido com o seu grande “First Reformed”, relegado em 2018 a apenas uma nomeação.

No início da corrida de prémios e pela ocasião da estreia deste filme, era tido como dado quase certo que ele iria destacar-se ao longo dos meses seguintes. Todavia, este thriller sobre um antigo militar que se torna jogador profissional de cartas, nomeado ao Leão de Ouro em Veneza, não passou dos círculos de críticos e nem tão pouco reuniu nomeações para as principais premiações norte-americanas.




ZOLA DE JANICZA BRAVO – 0 NOMEAÇÕES

Zola Spirit Awards 2022
Zola © A24 Films

Por fim,  entre o universo de filmes não nomeados (ou pouco nomeados) a Óscares na temporada de 2021/2022, destacamos ainda a comédia dramática criminal “Zola”, uma produção indie norte-americana, distribuída nesse território pela A24, que encontra inspiração numa fonte pouco comum. Esta é a história verídica de uma empregada de mesa de Detroit, A’Ziah “Zola” King, que em 2015 decidiu contar a história da sua vida numa thread de Twitter com 148 mensagens e que depressa se tornou viral. Mais tarde, a Rolling Stone publicou um artigo que cristalizou a vida de Zola na cultura popular.

Este filme conta a história de duas dançarinas exóticas que se fazem à estrada com objetivos bem distintos. A longa-metragem é protagonizada por Taylour Paige (de “Ma Rainey’s Black Bottom”, uma relativa newcomer) e por Riley Keough (a talentosa neta de Elvis, que brilhou em obras como “O Mistério de Silver Lake” ou, acima de tudo “The Lodge”) como Stefani. 

“Zola” foi indicado a mais de 4 premiações, como vários prémios Spirit (conhecidos como os “Óscares dos indies”) ou Gotham, mas nada de Óscares.

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Quais destes – ou ainda outros filmes – mereciam várias nomeações aos Óscares em 2022? 

A cerimónia acontece já na madrugada de 27 para 28 de março!

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