Os 15 melhores filmes portugueses na HBO Max para celebrar o 25 de Abril
Celebra os 50 anos do 25 de Abril com esta seleção que inclui os melhores filmes portugueses disponíveis na HBO Max.
A HBO Max é mesmo uma das melhores plataformas de streaming em Portugal, e isso deve-se à sua variada e completa oferta de séries e filmes, sejam eles originais ou não. Algo que a distingue ainda pela positiva é a quantidade de conteúdo falado na língua de Camões que tem disponibilizado todos os meses.
Hoje, dia em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril, é a ocasião perfeita para honrar o melhor que se faz em Portugal e dar espaço ao nosso cinema de brilhar… Para isso, a MHD reuniu uma lista eclética e diversificada composta por várias obras de relevo, incluindo claro o já obrigatório “Capitães de Abril”, de Maria de Medeiros.
CAPITÃES DE ABRIL, DE MARIA DE MEDEIROS
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, o Rádio Clube Português emite a célebre e interdita canção de Zeca Afonso, “Grândola, Vila Morena”. Trata-se um código combinado com o clandestino Movimento das Forças Armadas que nessa madrugada levou um grupo de capitães a executar um golpe de estado e acabar com o regime do Estado Novo. O capitão Salgueiro Maia (Stefano Accorsi) marcha com o seu regimento sobre Lisboa, decidido a tomar a capital sem derramamento de sangue. Entretanto, Manuel (Frédéric Pierrot), um outro veterano da guerra de África, toma com um punhado de camaradas o Rádio Clube Português que se vai transformar no centro difusor do progresso da revolução.
Antónia (Maria de Medeiros), a mulher de Manuel, desconhecendo as atividades do marido preocupa-se com o destino de um aluno, preso pela PIDE. Maia chega a Lisboa e com a ajuda de Gervásio (Joaquim de Almeida), consegue levar os seus “Chaimites” até ao Quartel do Carmo, onde recebe a rendição de Marcelo Caetano. Nas ruas o delirante entusiasmo popular aclamava os capitães de Abril.
OS MAIAS – CENAS DA VIDA ROMÂNTICA, DE JOÃO BOTELHO
Carlos da Maia (Graciano Dias) é o último herdeiro da tradicional família portuguesa. Ele é formado em medicina, mas prefere gastar o seu tempo na companhia de amigos e amantes, junto do seu grande amigo João da Ega. Mas isso muda quando ele finalmente se apaixona.
PEDRO E INÊS, DE ANTÓNIO FERREIRA
Inspirado na lenda de Pedro e Inês, o filme conta a história de Pedro (Diogo Amaral), um homem internado num hospital psiquiátrico por viajar de carro com o cadáver da sua amada Inês, que recorda simultaneamente as vidas de Pedro de Portugal na idade média, Pedro Bravo no presente e Pedro Rey num futuro distópico.
A GAIOLA DOURADA, DE RUBEN ALVES
Maria (Rita Blanco) e José Ribeiro (Joaquim de Almeida) são um casal de portugueses emigrados em França há mais de três décadas. Ela sempre trabalhou como porteira de um prédio num dos melhores bairros parisienses e ele na construção civil. Todos gostam deles, quer pela sua simpatia e humildade, quer pela sua incansável boa vontade para ajudar quem precisa. Quando recebem a notícia de uma herança em Portugal que lhes concretiza o velho sonho do regresso às raízes, tudo parece perfeito. Porém, a verdade é que ninguém está muito interessado em perder a sua amizade e, subtilmente, uns e outros começam a organizar-se de maneira a fazê-los mudar de ideias.
VIVER MAL, DE JOÃO CANIJO
Num fim de semana, o hotel acolhe os seus clientes. Um homem vive dividido entre a atenção a dar à sua mulher e o espaço que ocupa a sua mãe no meio deles. Uma mãe promove o casamento da filha para facilitar a sua relação amorosa com o genro. Outra mãe vive através da filha, impedindo-a de tomar as suas próprias decisões. Três núcleos familiares em final de ciclo de aceitação.
MAL VIVER, DE JOÃO CANIJO
Num hotel familiar junto à costa norte de Portugal, vivem várias mulheres da mesma família, de gerações diferentes. Numa relação envenenada pela amargura, tentam sobreviver no hotel em decadência. A chegada inesperada de uma neta a este espaço claustrofóbico provoca perturbação e o avivar de ódios latentes e rancores acumulados.
PEREGRINAÇÃO, DE JOÃO BOTELHO
Março de 1537, Fernão Mendes Pinto (Cláudio da Silva), fugindo à miséria e estreiteza da sua vida, partiu para a Índia em busca de fama e fortuna. Assim começa este filme de aventuras que relata as desventuras e os sucessos deste escritor, aventureiro sim, mas também peregrino, penitente, embaixador, soldado e escravo. Fernão Mendes Pinto foi tudo e em toda a parte esteve. “Por graça de Deus” regressou salvo para nos deixar um extraordinário livro de viagens. A Peregrinação que agora apresentada narra pedaços dessa observação aguda, exacerbada, exagerada, fascinante.
AL BERTO, DE VINCENT ALVES DO Ó
Em Sines, numa época de revolução, Al Berto (Ricardo Teixeira) dá corpo a uma geração em mudança. Al Berto cria um grupo de amigos e juntos transpiram juventude, excentricidade, sonhos de mudança, mas pouco tempo após a revolução, a cidade ainda não está preparada para tanta liberdade – liberdade para amar sem medo. Alberto Raposo Pidwell Tavares, que adotou o pseudónimo de Al Berto, nasceu em 1948 em Coimbra, mas viveu toda a infância e adolescência em Sines, no litoral alentejano. Após um exílio em Bruxelas, entre 1967 e 1974, onde estudou pintura, regressou a Portugal para se dedicar à literatura. Al Berto morreu a 13 de junho de 1997, de linfoma.
A SIBILA, DE EDUARDO BRITO
Com distribuição e produção da Leopardo Filmes e apoio da RTP, “A Sibila” é um drama histórico que adapta o romance homónimo de Agustina Bessa-Luís que retrata a relação entre uma jovem escritora e a sua tia, personagens vibrantes inspiradas em figuras reais, a viver no interior norte de Portugal em meados do século XX. Sentimentos de ciúme, admiração e o complexo magnetismo entre duas mulheres fortes são retratados magnificamente pela grande escritora portuguesa no seu livro mais icónico, adaptado ao cinema com grande precisão.
Retrata-se aqui o relacionamento entre duas mulheres fortes e o processo de criação de um emblemático romance nacional. No seu elenco, estão nomes como Maria João Pinho, Joana Ribeiro, Madalena Aragão, Sandra Faleiro, Rui Neto, Emília Silveste ou Ana Padrão.
ZEUS, DE PAULO FILIPE
A história real, mas desconhecida para a grande maioria dos portugueses, de Manuel Teixeira Gomes (Sinde Filipe), um dos primeiros Presidentes da República portuguesa. Este é um Presidente como nunca houve outro no mundo, um reconhecido escritor de literatura erótica, que após se demitir do seu cargo presidencial embarca no cargueiro holandês Zeus e parte com rumo ao desconhecido – o destino leva-o à Argélia onde Teixeira Gomes decide renascer e reconhecer o seu direito a ser feliz. O enredo do filme integra o dramatismo dos acontecimentos políticos que antecederam a implantação da ditadura, o confronto de grandes personalidades, o humor do nosso protagonista, o seu exílio, o romantismo das suas paixões, a grandeza das suas amizades e as paisagens deslumbrantes que percorre.
A FADA DO LAR, DE JOÃO MAIA
Chega ao streaming a comédia portuguesa “A Fada do Lar”, que conta a história de Vera (Joana Metrass), mãe solteira com dois filhos pequenos, é obrigada a ter dois trabalhos para sobreviver depois do pai dos seus filhos ter desaparecido em parte incerta. De dia é caixa num supermercado e à noite trabalha num bar de striptease, procurando assim não só criar os filhos como pagar as dívidas que o seu ex-companheiro lhe deixou.
Assediada em ambos os trabalhos, um dia reage violentamente quando um cliente do bar é mais atrevido, sendo condenada em tribunal a cumprir serviço comunitário num lar de idosos, onde a sua irreverência e juventude irá chocar com a autoritarismo e desumanidade da diretora. Para os idosos que vivem no lar, Vera é uma lufada de ar fresco que pouco e pouco irá mudar as suas vidas, transformando-se na verdadeira fada do lar.
ÍNDIA, DE TELMO CHURRO
Tiago, Raul e Manuel (Pedro Inês, José Manuel Mendes e João Carvalho, respetivamente) representam três gerações da mesma família. Nesta história, as suas vidas ligam-se à de Karen (Denise Fraga), uma turista brasileira que se passeia por Lisboa e a quem Tiago servirá de guia. Um filme para ver na HBO Max.
O FIM DA INOCÊNCIA, DE JOAQUIM LEITÃO
Inês (Oksana Tkach) é uma adolescente com uma vida aparentemente perfeita. Oriunda de uma família abastada, frequenta um dos melhores colégios do país e convive quase exclusivamente com pessoas do seu estrato social. Porém, depois das aulas, sem que nenhum adulto à sua volta se aperceba, ela e os amigos mais próximos participam em arriscados jogos sexuais, utilizam a internet de forma compulsiva e frequentam a vida noturna de Lisboa, onde consomem regularmente todo o tipo de drogas. Longe do controlo dos pais, que os julgam em total segurança, dentro e fora de casa, as suas vidas entram numa espiral de total destruição.
O PAI TIRANO, DE JOÃO GOMES
Este remake do clássico de 1941 pode ser visto na HBO Max e conta a história de uma companhia de teatro, de homens e mulheres apaixonados e de enganos e mal-entendidos. Chico (Miguel Raposo) ama Tatão (Jessica Athayde), que é cortejada por Artur (Diogo Amaral). Graça (Carolina Loureiro) ama Chico, mas não sabe que ele ama Tatão. Santana (José Raposo) escreve uma peça para os “Grandelinhas” que servirá de guião à paixão de Chico e convencerá Tatão de que ele é um rico conde. A peça é depois encenada e acabam todos na prisão.
CAPITÃO FALCÃO, DE JOÃO LEITÃO
Portugal, década de 1960. Capitão Falcão (Gonçalo Waddington) é reconhecido como o mais patriota dos super-heróis. Totalmente leal a António de Oliveira Salazar (José Pinto), o chefe de Estado português, ele dedica-se a combater todas as ameaças à nação. E começam a manifestar-se estranhos movimentos antifascistas que podem pôr em causa o Estado Novo…
Falcão, juntamente com o seu corajoso companheiro, Puto Perdiz (David Chan Cordeiro), vai ter de encontrar um meio de eliminar todos os que se atravessem no seu caminho e tenham a audácia – e falta de escrúpulos – de se erguer contra a ditadura portuguesa, algo em que toda a sua vida acreditou.
E tu, já escolheste o filme na HBO Max com que vais celebrar o 25 de Abril?
