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“Assassinos da Lua das Flores” e Lily Gladstone dominam a Award Season e conquistam mais um precioso troféu

Lily Gladstone e “Assassinos da Lua das Flores” continuam a dominar a Award Season com mais uma premiação conquistada.

A temporada de premiações continua em força e os principais grupos de crítica já começam a pronunciar-se. Depois do New York Film Critics e outros grupos menores, foi a vez de mais um dos chamados “big four” anunciar as suas escolhas.

Fundada em 1909, a National Board of Review é uma organização que se preza por apoiar o cinema enquanto arte e entretenimento, procurando assistir a mais de 250 filmes por ano e discutir com os profissionais da área antes de anunciar os seus prémios.

Entre NYFCC, LAFCA e NSFC, o NBR é visto como o grupo mais populista com uma preferência por filmes de grandes estúdios e grandes realizadores. No passado 6 de dezembro, o mesmo voltou a verificar-se com o triunfo de “Assassinos da Lua das Flores” e outros desenvolvimentos que merecem ser analisados.

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Comecemos pelas categorias onde começa a surgir um consenso: Melhor Atriz e Melhor Atriz  Secundária.

Lily Gladstone já conquistou a crítica © 2023 Apple Studios

Lily Gladstone (“Assassinos da Lua das Flores”) tem-se mostrado imparável junto da crítica, conquistando NBR, NYCC e Atlanta Film Critics. Ainda é muito cedo para tirar conclusões, mas a verdade é que a atriz tem sido uma constante e é perceptível a grande paixão que existe por ela e pela sua prestação. Ajuda também que a sua principal rival Emma Stone (“Poor Things”) apenas tenha triunfado no Michigan Movie Critics Guild, até agora.

Olhando para as vencedoras dos últimos cinco anos, verifica-se que Renée Zellweger (“Judy”) e Michelle Yeoh (“Tudo em Todo o Lado ao mesmo Tempo”) conseguiram triunfar também junto da Academia. Carey Mulligan (“Uma Miúda com Potencial”) não conseguiu vencer Frances McDormand (“Nomadland”) e Rachel Zegler (“West Side Story”) nunca conseguiu conquistar um posicionamento sério na corrida.

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Da’Vine Joy Randolph lidera na categoria de Melhor Atriz Secundária © Miramax

Quem ainda não perdeu um único prémio na sua categoria é Da’Vine Joy Randolph que tem deslumbrado graças ao seu papel em “Os Excluídos”, de Alexander Payne. Na pele de uma cozinheira que sofre com a perda de um filho na guerra do Vietname, a atriz já conquistou o NBR, NYCC, Atlanta Film Critics e Michigan Movie Critics Guild. O seu favoritismo na premiação da crítica pode ser visto como uma surpresa, mas Da’Vine tem dominado as apostas do GoldDerby desde que Lily Gladstone anunciou a mudança para atriz principal.

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A maior parte dos experts americanos acredita que este cenário não se irá repetir nos televisionados, defendendo que Danielle Brooks irá seguir o caminho de Ariana DeBose (“West Side Story”) e conquistar todos os principais prémios pela sua aclamadíssima prestação em “A Cor Púrpura”. No entanto, vale destacar que o filme sofreu uma omissão inesperada ao não integrar o Top 10 do NBR, o que pode mostrar alguma fragilidade que prejudicará Brooks na corrida.

Entre as mulheres que triunfaram nos últimos cinco anos, Kathy Bates (“Richard Jewell”), Youn Yuh-jung (“Minari”) e Aunjanue Ellis-Taylor (“King Richard”) conseguiram uma nomeação ao Óscar, com Youn a triunfar junto da Academia. Já Janelle Monáe (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”) falhou a nomeação e a maioria dos percursores televisivos.




Paul Giamatti surpreende nas premiações da crítica © Miramax

Contrariamente ao que o seu título nacional indica, “Os Excluídos” conseguiu bastante reconhecimento junto deste grupo de críticos, conquistando para além de Da’Vine, uma menção no Top 10 e vitórias na categoria de Argumento Original e Melhor Ator para Paul Giamatti.

Esta é uma corrida que parece estar entre Cillian Murphy (“Oppenheimer”) e Bradley Cooper (“Maestro”), mas na crítica tem havido espaço para algumas surpresas. Até agora, Franz Rogowski venceu junto do NYFCC, Murphy triunfou no Atlanta Film Critics e Paul Giamatti no NBR e no Michigan Movie Critics Guild, onde empatou com Jeffrey Wright (“American Fiction”).

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Em “Os Excluídos”, Paul Giamatti interpreta Paul Hunham, um professor que se encaixa no arquétipo do homem carrancudo pelo qual ficou tão famoso. Pela sua prestação, o ator tem reunido bastantes elogios, mas ainda há muitas dúvidas sobre se será o suficiente para convencer a Academia em nomeá-lo, discutindo até que Leonardo DiCaprio possa acabar excluído pela sua prestação em “Assassinos da Lua das Flores”. De recordar que por “Sideways”, a sua anterior colaboração com Payne, Giamatti foi historicamente ignorado na categoria de Melhor Ator. Resta esperar que a história não se repita.

Nos últimos anos, Adam Sandler (“Uncut Gems”) foi o único dos vencedores a não conquistar um lugar nos Óscares, tendo sempre bastante dificuldade em materializar-se nos outros percursores. Riz Ahmed (“Sound of Metal”), Will Smith (“King Richard”) e Colin Farrell (“Os Espíritos de Inisherin”) agradaram à Academia, com Smith a conseguir uma vitória.




Mark Ruffalo conquista a sua primeira vitória na temporada © Searchlight Pictures

Dos atores individualmente premiados, só falta mesmo mencionar Mark Ruffalo que foi distinguido por interpretar um advogado manhoso em “Poor Things”, de Yorgos Lanthimos. Elogiado em Veneza, o ator tem conquistado o seu lugar na corrida de Melhor Ator Secundário, mas a competição interna com Willem Dafoe pode acabar por prejudicá-lo.

Esta é uma categoria que está bem disputada, Charles Melton triunfou nos Gotham e NYFCC, Ryan Gosling levou a melhor no Michigan Movie Critics Guild e no Atlanta Film Critics, onde empatou inclusive com o seu principal oponente Robert Downey Jr. (“Oppenheimer”).

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A boa notícia para Ruffalo é que nos últimos anos, todos os vencedores conquistaram um lugar nos Óscares, sendo que Brad Pitt (“Era uma vez… em Hollywood”) venceu. Os últimos a falharem a nomeação foram Leonardo DiCaprio (“Django Libertado”) e Will Forte (“Nebraska”) em anos consecutivos.

A má notícia para este quarteto de vencedores é que é muito raro que todos consigam um lugar no Óscar. Nos últimos anos, isso apenas se verificou em 2009 e 2020, será 2024 o próximo ano a quebrar a maldição?




Martin Scorsese vence o prémio do National Board of Review pela quarta vez © Andrea Raffin / Shutterstock

No campo dos realizadores, Martin Scorsese conquista a sua primeira grande vitória na temporada e o seu quarto prémio na categoria junto do NBR, após ter previamente triunfado por “A Idade da Inocência”, “The Departed” e “Hugo”. Scorsese iguala assim o recorde do lendário David Lean junto desta premiação.

Neste momento, Christopher Nolan é visto como o grande favorito aos Óscares e já conquistou o NYFCC e Atlanta Film Critics. Quem também já deu o ar da sua graça nesta temporada foi Greta Gerwig que triunfou no Michigan Movie Critics Guild.

Olhando para os vencedores dos últimos cinco anos, o mestre está em boa companhia com nomes como Quentin Tarantino (“Era uma vez… em Hollywood”), Paul Thomas Anderson (“Licorice Pizza”) e Steven Spielberg (“Os Fabelmans”) a terem conseguido uma nomeação junto da Academia. Apenas Spike Lee ficou de fora por “Da 5 Bloods” em 2021.

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Curiosamente, a última vez que um vencedor desta categoria triunfou no Óscar foi precisamente Martin Scorsese por “The Departed” num já longínquo 2007.

Em Melhor Filme, “Assassinos da Lua das Flores” repete os passos de “O Irlandês” e vence aqui também, depois de já ter triunfado no NYFCC. Até agora, o novo filme de Martin Scorsese domina a corrida, sendo que “Oppenheimer” e “Barbie” conquistaram o Atlanta Film Critics e Michigan Movie Critics Guild, respetivamente.

Um Ano Muito Violento” (2014) e “Da 5 Bloods” (2020) são os vencedores mais recentes a não conseguir um lugar na categoria de Melhor Filme. Por sua vez, “Quem Quer Ser Bilionário?” (2008) e “Green Book” (2018) são os últimos a vencer ambos.

Vale ainda destacar a inclusão de “Ferrari”, “O Rapaz e a Garça” e “The Iron Claw” no Top 10 do ano e a omissão de fortes candidatos como “American Fiction” e “A Cor Púrpura”. Para já, ainda não há motivos para que soem os alarmes já que filmes como “O Poder do Cão” e “A Forma da Água” também falharam aqui.

OS VENCEDORES COMPLETOS DO NATIONAL BOARD OF REVIEW

“Assassinos da Lua das Flores” volta a conquistar mais uma vitória © Apple Studios
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PARA ALÉM DOS VENCEDORES, O NBR ELEGE TAMBÉM O SEU TOP DE FILMES

“Barbie” continua a mostrar força para os Óscares © 2023 Warner Bros. Ent.

TOP 10 FILMES

  • “Assassinos da Lua das Flores” 
  • “Barbie”
  • “O Rapaz e a Garça”
  • “Ferrari”
  • “Os Excluídos”
  • “The Iron Claw”
  • “Maestro”
  • “Oppenheimer”
  • “Past Lives”
  • “Pobres Criaturas”

TOP FILMES INTERNACIONAIS

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Acabado de chegar ao Disney+, “Theater Camp” é uma das surpresas do ano © Disney+

TOP DOCUMENTÁRIOS

  • “Still: A História de Michael J. Fox”
  • “20 Days in Mariupol”
  • “32 Sounds”
  • “The Eternal Memory”
  • “The Pigeon Tunnel”
  • “A Still Small Voice”

TOP 10 FILMES INDEPENDENTES

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