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Óscares 2024: Ranking dos nomeados para Melhor Filme

São dez os filmes nomeados à categoria de Melhor Filme dos Óscares 2024. A equipa da MHD juntou-se para decidir quais os melhores, e aqueles que não podes deixar de ver.

Queres ver os nomeados ao Óscar de Melhor Filme de 2024 mas não sabes por onde começar? A equipa da MHD partilha contigo os favoritos e aqueles que te aconselhamos a ver primeiro, se ainda não começaste a tua maratona dos Óscares. Lembramos também que alguns dos títulos já estão disponíveis no streaming.

10. MAESTRO

Maestro Bradley Cooper
Jason McDonald/ © Netflix 2023

Bradley Cooper regressa com “Maestro“, um projeto há muito acalentado também por Steven Spielberg, que realizou há pouco tempo, a sua magnífica versão cinematográfica do musical “West Side Story” (2021). Spielberg, decidiu abandonar o ‘projecto Bernstein’ para se dedicar a “Os Fabelmans” (2022) e como sempre do alto de sua magnanimidade, decidiu agradar a Bradley Cooper — que contou também com Martin Scorcese, como produtor — que, há muito ansiava trabalhar — a paixão do realizador pelo maestro, vem desde criança, tentando imitá-lo à frente de uma orquestra imaginária — a brilhante e controversa figura de Leonard Bernstein.

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Mas tal como no seu filme anterior, o ator e realizador, deixa de lado o contexto histórico em redor e as grandes façanhas artísticas, para centrar-se nos sentimentos e emoções das personagens (neste caso) reais, colocando no centro da narrativa a relação entre o músico e a sua companheira de vida, a actriz de origem chilena Felicia Montealegre Cohn, interpretada por Carey Mulligan, que incarna o papel de uma forma maravilhosa e tocante. Por isso, “Maestro” é sobretudo uma história de amor pouco ortodoxa, intrigante, mas absolutamente genuína entre dois seres humanos notáveis, uma espécie de carta de amor à vida e à arte e na sua essência, um retrato emocionalmente épico da família e do amor sem limites ou preconceitos. – Pode ser visto na Netflixpor José Vieira Mendes




9. OS EXCLUÍDOS

Da'Vine Joy Randolph Os Excluídos Critics' Choice
© Cinemundo

Em “Os Excluídos”, de Alexander Payne, há uma tentativa de emular um cinema que se fazia nos anos 70. Há uma reverência por Hal Ashby que marca o filme inteiro e nos dá essa sensação aconchegante de ter a sorte de espreitar este evento histórico. A premissa do filme é bastante familiar, três pessoas desajustadas que precisam de aprender a conviver. O que faz desta obra algo tão especial é mesmo a sua construção de personagens, principalmente o seu protagonista Paul Hunham (Paul Giamatti).

Giamatti é um daqueles atores que é sempre bem-vindo no que quer que seja, mas que ultimamente não tinha a chance de estar no centro de um filme desta relevância e com esta qualidade. Na pele daquele arquétipo carrancudo que lhe é tão característico, o ator subverte expetativas e consegue encontrar a tragédia por detrás de toda aquela personalidade hostil e altiva. É também na química entre Giamatti e os seus parceiros de cena, Dominic Sessa e Da’Vine Joy Randolph, que o filme consegue crescer e proporcionar aquele quentinho no coração.

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O maior senão deste filme é o quão ele demora a arrancar, já que a primeira meia hora investe em cenas entre Paul e vários estudantes que não são necessários para a história. Durante esse momento, o que fica é “quando é que estes personagens vão embora e o filme começa?”.

Quando esse momento finalmente acontece, “Os Excluídos” ganha um momentum extraordinário e nunca mais o perde nas restantes duas horas de projeção, onde não faltarão gargalhadas audíveis e algumas lágrimas a querem aparecer. por André Sousa




8. FICÇÃO AMERICANA

American Fiction Jeffrey Wright Óscares Prime Video streaming
American Fiction | Claire Folger © 2023 Orion Releasing LLC. All Rights Reserved.

Ficção Americana” tem aquela simbologia que vai além do mero entretenimento, uma qualidade que poucos filmes conseguem alcançar, até mesmo os que são nomeados ao Óscar de Melhor Filme. Inspirado no livro “Erasure” (2001), de Percival Everett, que utiliza a sátira para abordar um assunto que deve ser discutido dentro do entretenimento com mais atenção. No filme seguimos um escritor farto de ver o sistema lucrar com o entretenimento “negro” baseado em estereótipos ofensivos, decide publicar o seu próprio livro “negro”, que o leva ao centro da hipocrisia que tanto odeia.

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Realizado e adaptado por Cord Jefferson, o cineasta soube desenvolver o filme de forma muito fiel ao livro. As performances de Jeffrey Wright, Tracee Ellis Ross, John Ortiz, Adam Brody e Sterling K. Brown foram todas excecionais mas os atores Jeffrey Wright e Sterling K. Brown levaram a melhor com uma nomeação aos Óscares de Melhor Ator Principal e Melhor Ator Secundário, respetivamente. Está disponível no Prime Videopor David Passos




7. POBRES CRIATURAS

Pobres Criaturas
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Com “Pobres Criaturas”, o realizador grego Yorgos Lanthimos e a protagonista e co-produtora Emma Stone colaboram pela terceira vez para criar uma deliciosa fantasia que casa a estética e sensibilidades barrocas, do steampunk e da época vitoriana.

O resultado é um festim visual surreal e imersivo, onde os cenários se tornam vibrantes e palpáveis. As suas Londres, Lisboa, Paris e Alexandria foram recriadas em estúdio e, não obstante a elevada plasticidade e cunho inventivo e distante do realista, não deixam de homenagear o belo e o trágico dos locais onde vão beber inspiração. Quiçá, dão-lhes uma beleza e mística adicional como só o cinema pode.

Uma vez mais com argumento de Tony McNamara (“A Favorita”, “The Great”), as linhas de diálogo de “Pobres Criaturas” casam as sensibilidades contemporâneas com a formulação frásica vitoriana. Tudo junto, entre inglês arcaico e reivindicações bem próprias do presente século, resulta na mais valiosa excentricidade, a qual não podíamos deixar de esperar num filme de Lanthimos.

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Não fosse Emma Stone já uma das atrizes mais aclamadas de Hollywood, e iríamos chamar-lhe uma revelação na pele de Bella Baxter. Uma criação Frankensteiniana do cientista louco Godwin Baxter (Willem Dafoe), Bella é uma criança no corpo de uma adulta que embarca numa “grand tour” pelo mundo. Com sede de conhecimento, de experiências e um desejo sexual sem freios, a existência da personagem Bella Baxter coloca uma questão tão simples, mas tão provocadora, e dá-lhe a melhor resposta em forma de filme: “Qual o potencial de uma mulher que nunca aprendeu a ter vergonha?”

“Pobres Criaturas” parte para a cerimónia dos Óscares 2024 com 11 nomeações, entre elas Melhor Filme, Realização, Melhor Atriz e Melhor Ator Secundário. Pode ser visto a partir de 14 de março no Disney+por Maggie Silva




6. A ZONA DE INTERESSE

A Zona de Interesse
©Alambique Filmes

Muito se fala na “banalidade do mal” quando se discute o novo filme de Jonathan Glazer. Contudo, o conceito Arendt-iano não se manifesta em “A Zona de Interesse” como seria de esperar. Não estamos perante uma obra interessada em culpa ou na justificação, no processo pelo qual alguém se despe de responsabilidade devido a algum sistema onde há sempre alguém com mais poder a dar ordens. Pelo contrário, diríamos que “A Zona de Interesse” é um filme sobre a arquitetura do mal, espaços orientados na sustentação de um sistema pérfido e em reflexo desses mesmos poderios. Se há banalidade, ela mesma é maligna e não um qualquer descritivo ou inefabilidade filosófica.

Supostamente, o realizador britânico partiu da obra homónima de Martin Amis, mas há muito pouco que ligue o filme ao livro com que partilha título. Ficaram as ideias de Auschwitz em 1943, mundos paralelos de privilégio e chacina, o idílio Germânico das famílias dos oficiais alimentando-se do extermínio de judeus. Glazer eliminou narrativa, criando uma experiência mais próxima da instalação de museu do que de estória ou até História. Até a filmagem se traçou em meios que terão mais que ver com uma peça de performance do que um plateau tradicional. Assim, os seus atores viveram nos espaços cenografados sem companhia, seu trabalho captado por câmaras (quase de vigilância) sem a intervenção do realizador presente.

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Essa abordagem resulta num esquema estranhíssimo, com ritmos compassados de modo a que cada corte não parece orgânico, mas sim uma disrupção mecânica. O estático é rei e qualquer movimento é mais uma componente alienante. Nunca nos deixamos imergir na realidade do filme, como se Glazer nos estivesse a testar, a nos interrogar sobre como fazer cinema sobre o Holocausto. Pode este meio capturar o que aconteceu? Será que o deve fazer? Não há resposta concreta, somente implicação e desconforto, atiçado ainda mais pela música e sonoplastia. A câmara nunca abandona a residência Nazi, mas o que acontece nos campos ouve-se ao longe. Sem o auxílio de visuais explícitos, a imaginação de cada espetador formula a origem ignóbil desses sons.

Deste modo, Jonathan Glazer concebeu um filme que pune o espectador e nunca o deixa cair na passividade de quem vê e não pensa, de quem observa sem se envolver. Há um diálogo e um choque, uma confrontação entre os artistas e o membro da audiência. Este não é um cinema que entretém, comove, ou oferece qualquer tipo de catarse. Vimos a “A Zona de Interesse” para ser perturbados e ver, num momento final, como o passado pondera o presente e essa banalidade malvada (ao invés de um mal banal) se perpetua para a eternidade. Na vertigem do experimental, este é um filme muito pouco ortodoxo para os Óscares.

Por isso mesmo, há que celebrar a sua inclusão nestes prémios e quanto esse fenómeno tem ajudado a disseminar o interesse do público. Mesmo que saiam da sala com vómitos, todos devem ver este pesadelo. por Cláudio Alves




5. ANATOMIA DE UMA QUEDA

Anatomia de uma Queda Milo Machado Graner Óscares
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Na sua mais recente longa-metragem, Justine Triet apresenta-nos a história da escritora Sandra (Sandra Hüller) que é acusada do homicídio do seu marido. Sem grandes provas, Sandra é levada à tribunal num espaço que está muito mais importado com uma possível narrativa do que com a verdade dos factos. O que importa nesta obra não é se Sandra é ou não culpada, mas sim todo este circo mediático criado à volta de uma mulher que está a ser condenada por fugir às expetativas do que a sociedade espera de uma mãe e esposa. Do nada, o que era para ser sobre um suposto homicídio, vira um local em que toda a vida privada de um casal é alvo de um escrutínio exagerado.

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No centro de tudo isto, está então a impenetrável performance de Sandra Hüller, que nos coloca sempre a vários metros de distância com a sua indisponibilidade emocional. Para além de Hüller, o filme encontra ainda suporte no carisma suave de Swann Arlaud e no convincente desempenho do lusodescendente Milo Machado Graner.

Com um humor ácido e muitas vezes inesperado, “Anatomia de uma Queda” deixa-nos envolvidos neste julgamento sem nunca nos oferecer respostas simples. No final de tudo, esta é uma obra que deixa um grande impacto muito depois de já ter terminado graças aos seus temas ressonantes e a uma cena em específico (a discussão do casal) que se deverá tornar um daqueles monólogos que todos os jovens atores vão usar nas suas audições daqui em diante. por André Sousa




Anatomia de uma Queda”, de Justine Trier é sem dúvida um dos melhores filmes da temporada dos Óscares 2024. Não fosse a ‘bomba atómica’ de “Oppenheimer”, não sei mesmo se seria considerado o melhor mesmo, na linha de “O Artista” ou “Parasitas”. E essa confirmação pode ainda constituir a grande surpresa da Noite dos Óscares 2024, da próxima madrugada de segunda. Mesmo assim não hesito em dizer que “Anatomia de uma Queda” é um dos mais originais e intrincados argumentos do cinema contemporâneo, fora de Hollywood e uma das grandes afirmações do cinema europeu da atualidade.

O filme segue Sandra (Hüller), — numa interpretação absolutamente fabulosa — uma escritora de sucesso, de origem alemã, com tendência para a escrita de auto-ficção, que mora nos Alpes suíços, com seu marido francês Samuel (Samuel Theis) e seu filho Daniel (Milo Machado Graner) que é deficiente visual. Um dia, ao voltar de um passeio com seu cão, Daniel encontra o corpo de seu pai, caído na neve ao pé da casa. Logo é aberta uma investigação de homicídio e a viúva, apoiada pelo advogado da família (Swann Arlaud), acaba por ser acusada de homicídio e tem de lutar pela sua defesa.

Mas terá sido um crime, um suicídio ou apenas um acidente? Num registo bastante familiar, “Anatomia de uma Queda” é uma combinação dos clássicos ‘whodunit’ (quem matou?) e do filme de tribunal, géneros aliás onde o espectador espera obviamente uma resolução, respostas claras e um pouco de sensacionalismo.

Porém aqui, tudo é executado com se tratasse de um filme experimental — ao nível da montagem e dos planos rápidos e precisos — aproximando-nos cada vez mais da vida íntima das suas personagens, através de flashbacks e enquadramentos muito próximos, provando a impossibilidade de resumir em poucas frases ou diálogos, toda a complexidade de cada uma das personagens ou do relacionamento do casal. Ao mesmo tempo, tenta frustrar as nossas expectativas, passando de um ponto de vista para outro (a mãe, o filho), e questionando constantemente a noção do olhar: o de todos os protagonistas, mas também o nosso.

Tal como a personagem de Marge — a preceptora do miúdo imposta pelo tribunal — resume para Daniel: ‘quando não podemos saber a verdade, só temos que fazer uma escolha’. Cabe ao público fazer a sua final. Porém, e sem desvendar muito, aqui vai uma pequena ajuda: a chave do enredo, está no cão. Fiquem atentos! por José Vieira Mendes




4. VIDAS PASSADAS

Vidas Passadas A24 John Magaro
© A24

Com a sua primeira incursão no reino das longas-metragens, Celina Song criou um romance intimista e que parece beber de algumas das obras mais inspiradas do género – de “Disponível Para Amar” (2000) por Wong Kar-Wai à trilogia “Before” (2004-2013) de Richard Linklater.

Song filma, em película, uma Nova Iorque tão bela que se torna quase idílica. Isto enquanto o conteúdo narrativo é em igual medida poético e pragmático. Com uma tríade de intérpretes fortíssima, Greta Lee lidera com agilidade na pele de Nora Moon.

Mesmo que nunca tenhamos conhecido a experiência emigrante, mesmo livres de arrependimentos relacionados com um primeiro amor perdido, mesmo sem marcas deixadas pelo choque cultural, com “Vidas Passadas” seremos inundados por uma empatia palpável.

Este objeto fílmico charmoso segue, nos Óscares de 2024, com nomeações para Melhor Filme e Melhor Argumento Original. Muito para um drama de baixo orçamento, pouco para uma obra capaz de dizer tanto sobre a experiência humana. por Maggie Silva




3. ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES

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© NOS Audiovisuais

Esta edição dos Óscares está recheada de filmes que se inspiraram em histórias e/ou personalidades reais. Martin Scorsese foi buscar inspiração ao best-seller David Grann, “Killers of the Flower Moon: The Osage Murders and the Birth of the FBI“, que conta a história dos assassinatos da nação Osage, depois de estes terem descoberto grandes depósitos de petróleo nas suas terras e até envolveu o FBI.

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Se “Ficção Americana” aborda uma questão social muito presente, “Assassinos da Lua das Flores” aborda um dos piores sentimentos do Homem – a ganância. Quando a ganância se instaura, pode levar aos piores casos possíveis e é isso que o lendário realizador mostra no filme. Uma vez mais mostra que porque é que é um dos melhores cineastas da história mas também teve a ajuda de um elenco de luxo – Robert De Niro, Leonardo DiCaprio, Brendan Fraser e Lily Gladstone. Disponível na Apple Tvpor David Passos




2. BARBIE

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© 2023 Warner Bros. Ent.

Quase dispensa apresentações: “Barbie” foi o grande fenómenos cinematográfico do ano e a grande locomotiva das bilheteiras à escala mundial. A equipa liderada pela realizadora e co-argumentista Greta Gerwig e pela atriz e produtora Margot Robbie conseguiu criar um objecto cultural distinto e invulgar.

Baseado na mais famosa boneca, o filme assinado por Gerwig gerou curiosidade desde o início. Como manter um cunho autoral e garantir que não seria criada apenas uma longa-metragem propagandística, com o fim último de gerar rendimento para a Mattel e pouco mais?

Os primeiros planos de “Barbie” garantem que os medos foram infundados. Da homenagem humorística inicial a “2001: Odisseia no Espaço”, com a boneca Barbie a tornar-se um símbolo para pequenas crianças, às hilariantes artimanhas colocadas em prática para reverter o feitiço do patriarcado, “Barbie” sabe sempre dançar na linha entre grande blockbuster de comédia e texto inteligente e pautado pela autorreflexão.

O design de produção, guarda-roupa, banda sonora e vasto elenco carismático contribuem para uma criação de mundo exímia. O imaginário de “Barbie Land” pertence agora a Greta Gerwig e companhia que, com a construção de gigantes cenários de estúdio megalómanos, recordaram-nos habilmente que a beleza do cinema está na interação com o espaço e não na mera sobreposição de efeitos especiais.

“Barbie” é uma celebração vivaz e um tratado humorístico de apelo à igualdade de género, explorado a partir de um prisma inesperado. Conta 8 nomeações, incluindo Melhor Filme, nesta edição de 2024 dos Óscares. Disponível na HBO Maxpor Maggie Silva




1. OPPENHEIMER

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“Oppenheimer” | © Universal Pictures

Ninguém cria filmes épicos, com rigor científico e de grande escala, como o cineasta Christopher Nolan. Os Óscares de 2024 voltam a reforçar esta crença. “Oppenheimer”, sobre o físico J. Robert Oppenheimer, responsável pelo Projeto Manhattan que levou ao desenvolvimento da bomba atómica, confere magnitude e grandiosidade a um filme biográfico que se desenrola, na sua maioria, em pequenas salas onde decisões de grande impacto foram tomadas.

Na 96.ª edição dos Óscares, “Oppenheimer” lidera com um total de 13 nomeações e espera-se que seja o grande vencedor da noite. Cillian Murphy, estupendo ator irlandês e colaborador de longa data de Nolan, deverá sem surpresas levar o Óscar de Melhor Ator. Um camaleónico intérprete discreto, mas poderoso, Murphy consegue transmitir o tormento de Oppenheimer e o custo humano tenebroso da sua incontestável conquista científica — a criação da bomba atómica decisiva para o desfecho da Segunda Grande Guerra.

Uma obra com três horas de duração, mas nem tão pouco fastidiosa, “Oppenheimer” distingue-se através da audácia técnica empregue na recriação dos testes atómicos conduzidos em Los Alamos, Novo México. Nolan exibe paixão criativa e curiosidade infindável ao recusar efeitos especiais, a opção mais simples, para representar a atividade subatómica.

Mesmo se um qualquer apagão tecnológico destruísse todos os momentos da longa-metragem, à exceção deste, “Oppenheimer” continuaria a merecer louvores. Com a computação gráfica de parte, uma pequena explosão real com efeitos práticos e o trabalho do som garantiram a esta cena o tipo de tensão sufocante e potencial de encantamento que torna um filme de grande orçamento merecedor de tal investimento.

Outros trunfos, como a criação da aldeia em Los Alamos, as prestações robustas de Robert Downey Jr. e Emily Blunt, ou a banda sonora de Ludwig Göransson cimentam “Oppenheimer” como um dos grandes filmes do ano. Pode ser visto na Apple TV. por Maggie Silva

E para ti? Quais os teus filmes favoritos dos nomeados aos Óscares?

One thought on “Óscares 2024: Ranking dos nomeados para Melhor Filme

  • Melhor filme Oppenheimer….melhor actor Cillian Murphy…melhor actriz Emma Stone…melhor actor secundário Robert da Niro… actriz secundária Emily Blunt..

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