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As 10 performances mais curtas a vencer o Óscar de Melhor Atriz

Estas são as performances mais curtas a conseguir levar para casa o tão cobiçado Óscar de Melhor Atriz.

Embora não sejam do agrado de toda a gente, os Óscares continuam a ser a maior celebração do cinema e de Hollywood. Não funcionam exclusivamente como um medidor de qualidade, mas sim como uma espécie de cápsula do tempo que nos permite ter uma ideia do que era ou não considerado de elevada qualidade na época.

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Nem todas as suas decisões envelhecem bem e acabam até por ficar mais famosos por quem não premiaram, como é o caso das imperdoáveis injustiças com Alfred Hitchcock (“Psycho”) ou Stanley Kubrick (“2001: Odisseia no Espaço”).

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Uma das questões que entusiasma muito os fãs desta cerimónia é decifrar se determinada performance será colocada para consideração como protagonista ou secundária. Existem vários fatores por detrás dessa decisão, que por vezes vai além do impacto real na história. Ainda este ano, Lily Gladstone e a sua decisão em concorrer como Melhor Atriz por “Assassinos da Lua das Flores” deu bastante que falar, por se tratar de um desempenho com 56 minutos, 13 segundos (27.29% do filme).

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Seguindo os dados reunidos por Matthew Stewart (GoldDerby), olhámos para ocasiões em que mulheres venceram por desempenhos muito curtos.




10. KATHARINE HEPBURNADIVINHA QUEM VEM JANTAR (1967)

Aquela que detém o maior recorde de vitórias (4) para um ator, seja homem ou mulher, venceu a sua segunda estatueta por este drama racial de Stanley Kramer, mais de três décadas após a sua primeira vitória por “Glória de um Dia” (1933). A atriz interpreta a mãe Christina Drayton e conta com 43 minutos e 26 segundos (40,20% do filme) de screen time. 

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Das suas 12 performances nomeadas, esta é a mais curta ficando apenas atrás de “Bruscamente no Verão Passado” (1959) onde surge em cena durante 37 minutos e 44 segundos.




9. FAYE DUNAWAYNETWORK – ESCÂNDALO NA TV (1976)

Na sua terceira e última nomeação aos Óscares, Dunaway levou a melhor ao interpretar a ambiciosa diretora de programação Diana Christensen. “Network” tem a particularidade de ser o segundo de três filmes (“Um Elétrico Chamado Desejo” e “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”) a conquistar três Óscares nas categorias de representação.

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No clássico de Sidney Lumet, Dunaway aparece durante 42 minutos e 2 segundos (34,64% do filme). Curiosamente, tanto Dunaway como os dois outros vencedores, Peter Finch (Melhor Ator) e Beatrice Straight (Melhor Atriz Secundária) figuram entre os desempenhos mais curtos a vencer nas suas respectivas categorias.




8. KATE WINSLET – O LEITOR (2008)

Ao fim de 6 nomeações da Academia, chegou finalmente a vez de Kate Winslet levar a cobiçada estatueta para casa. Naquele ano, a atriz tinha recebido críticas positivas pelo seu desempenho em “Revolutionary Road” de Sam Mendes. Portanto, a estratégia de campanha passava por posicioná-la para a categoria de Melhor Atriz pelo filme de Sam Mendes e em Atriz Secundária por “O Leitor”.

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Após vencer nos Globos de Ouro e no Critics’ Choice como Atriz Secundária, a Academia desafiou a campanha e posicionou Winslet como protagonista. Com 41 minutos e 55 segundos (33,85% do filme) de tempo em cena, este é o mais curto dos seus outros papéis (“Titanic”, “Pecados Íntimos” e “O Despertar da Mente”) reconhecidos na categoria de Melhor Atriz.




7. JANET GAYNORAURORA (1927)

Janet Gaynor Óscares
© Fox Film Corporation

Na cerimónia inaugural dos Óscares em 1929, Janet Gaynor tornou-se a primeira artista a ser reconhecida com o prémio de Melhor Atriz. Na altura, a honra foi-lhe atribuída não por um filme em específico, mas sim por três: “Aurora”, “A Hora Suprema” e “Street Angel”. Todos estes desempenhos contam com menos de uma hora de duração.

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Porém, “Aurora” é o mais curto surgindo em cena durante 41 minutos e 5 segundos (43,56% do filme). Até à introdução de categorias secundárias em 1937, esta performance detinha o recorde da mais curta de sempre a vencer os prémios da Academia.




6. SIMONE SIGNORETUM LUGAR NA ALTA RODA (1959)

A francesa Simone Signoret conquistou o Óscar graças ao seu desempenho como a adúltera Alice Aisgill. Pelo filme estava nomeado também Laurence Harvey como Melhor Ator com uma presença em cena de 1 hora, 33 minutos e 50 segundos (80,12% do filme), bastante superior à de Signoret. Algo que tende a ocorrer quando temos um homem e uma mulher nomeados como protagonistas pelo mesmo filme.

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Com 38 minutos e 7 segundos (32,55% do filme), Signoret tem ainda a particularidade de ter recebido mais tarde outra nomeação em Melhor Atriz por um desempenho ainda mais breve em “A Nave dos Loucos” (27:04/18.12%). Ao todo, o seu tempo de ecrã de desempenhos nomeados é uma hora, cinco minutos e onze segundos, o mais baixo para qualquer intérprete com duas nomeações como protagonista.




5. LUISE RAINERO GRANDE ZIEGFELD (1936)

Em 1938, Rainer fez história como a primeira a receber dois Óscares de representação consecutivos. A sua primeira vitória veio por ter encarnado Anna Held, a parceira de longa data do showman Florenz Ziegfeld (William Powell).

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Com 35 minutos e 43 segundos (19,27% do filme) de tempo, este desempenho é ainda mais curto que a do vencedor inaugural de Melhor Ator Secundário em 1937, Walter Brennan por “Pai Contra Filho” (39:27/39.63%).




4. FRANCES MCDORMANDFARGO (1996)

O primeiro dos três Óscares de Melhor Atriz de Frances McDormand foi ganho por interpretar a atrapalhada chefe de polícia Marge Gunderson na comédia negra dos Irmãos Coen. Dado que a personagem está ausente do primeiro terço do filme de 98 minutos, este é também, em termos percentuais, a entrada mais tardia para um protagonista vencedor dos Óscares.

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Com 26 minutos e 29 segundos (27,01% do filme), o tempo em cena de McDormand é também levemente superado por William H. Macy no papel do vendedor de carros Jerry Lundegaard (27:07/27.66%) e este foi reconhecido na categoria de Melhor Ator Secundário.




3. NICOLE KIDMANAS HORAS (2002)

Um ano após ter deslumbrado a Academia com “Moulin Rouge!”, Nicole Kidman voltou a estar na disputa por um desempenho drasticamente diferente, a escritora deprimida Virginia Woolf, num filme centrado em três mulheres, Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore.

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Como Moore estava na corrida de Melhor Atriz por “Longe do Paraíso”, a estratégia foi colocá-la como Melhor Atriz Secundária, ainda que o seu desempenho tenha o mesmo peso narrativo que as outras duas mulheres e até mais tempo em ecrã (27:41/24,14%) que Kidman. Com 23 minutos e 30 segundos (20,49% do filme), Nicole Kidman derrotou um grupo de mulheres que era praticamente o grande foco dos seus filmes e que apresentava desempenhos superiores a 55 minutos.




2. LOUISE FLETCHERVOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS (1975)

Em 1976, “Voando sobre um ninho de cucos” tornou-se apenas o segundo filme a conquistar o chamado Big Five (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Argumento). Os outros são “Uma Noite Aconteceu” (1934) e “O Silêncio dos Inocentes” (1991).

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Com 22 minutos e 37 segundos (16,96% do filme), o desempenho de Fletcher na pele da nefasta enfermeira Ratched não é o mais curto a vencer Melhor Atriz em termos de duração mas é em termos de percentagem no filme.




1. PATRICIA NEALO MAIS SELVAGEM ENTRE MIL (1963)

Na pele da cansada governanta Alma Brown, Neal quebrou o recorde de 26 anos de Rainer e tornou-se o desempenho mais curto da história a vencer em qualquer categoria principal. Além disso, excluindo Geraldine Page em “Intimidade” (1978) – 20:30/22.34%, nenhuma outra performance mais curta foi reconhecida pela Academia na categoria principal.

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Com 21 minutos e 51 segundos (19,58% do filme), Neal está também atrás dos homens com quem partilhou o ecrã e que também foram nomeados pelos Óscares: Paul Newman (1:11:52/64.40%) como Melhor Ator e Melvyn Douglas como Melhor Ator Secundário (41:21/37.05%).

Tinhas noção que estas atrizes tinham ganho Óscares com desempenhos tão curtos? Qual delas é a tua favorita?


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